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ⒺFINALE Ⓒ EPÍLOGO

10 anos depois.

Duas batidas soaram na porta do escritório do Doutor Pediatra Andries León-Beckers. Ele ergueu o seu olhar dos vários papéis que analisava para encarar Brigitte por cima dos óculos de grau redondo.

— Está muito ocupado? — Ela questionou parada na entrada, inclinada sobre o batente da porta.

— Para você nunca. — Sorriu carinhosamente ao ver a mulher vestida com um conjunto verde pastel, roupa característica dos enfermeiros daquele hospital. — Não devia já ter saído do seu plantão? — Beckers questionou após retirar os óculos e reparar em seu notebook que horas eram.

— Greve de enfermeiros. Saí um pouco mais tarde e entrarei um pouco mais cedo — explicou com uma careta frustrada e cansada.

— Então não vai conseguir ir buscar seu pai? Que horas ele sai? Se quiser, eu vou pegá-lo — ofereceu-se sabendo como era importante para Bree ir buscar o pai e finalmente poder abraçá-lo depois de dez anos.

— Não se preocupe, um Agente de Condicional vai pegá-lo. Eu só queria acompanhá-lo. — Encolheu os ombros fingindo indiferença. — Eu passei aqui antes de sair porque infelizmente não vou conseguir ir no aniversário dos gêmeos, mas vim aqui entregar os presentes deles. — Ela indicou, puxando da sua mochila pendurada ao ombro e retirando de dentro dois embrulhos relativamente grandes.

— Liam e Octavian vão ficar tristes da tia favorita deles não poder ir. — Beckers fez uma careta entristecida, mas compreendeu a situação.

— Eu prometo que compenso eles depois com um passeio só nosso. — A mulher abriu um largo sorriso, porém Andries ergueu o sobrolho.

— Desde que você não leve Leona — bufou desgostoso, baixando o olhar novamente para os papéis e os organizando com o intuito de se manter ocupado e não fazer caras e bocas repreensíveis.

— Não se preocupe. Ela está viajando com o marido. — A loira o acalmou e cruzou os braços sabendo como ele odiava Vossel.

— Não sei como consegue ainda ser amiga dela. — Ele bufou, não conseguindo se conter de contestar.

— Fizemos uma promessa. Enquanto ela não quebrar a dela, eu não quebro a minha. — Bree cruzou os braços e ajeitou a alça da mochila em seu ombro.

— Eu nunca entendi muito bem essa promessa. — O pediatra foi sincero. Não escondia o seu desgosto por sua irmã de consideração manter amizade com a sociopata.

— Eu continuo sendo amiga dela, estamos juntas sempre que ela quiser, em troca ela promete não fazer nada que prejudique a vida de alguém — explicou como se fosse uma elação de compreensão simples, mas para Beckers era bem mais complicado de aceitar e compreender os motivos de Bree.

— Então eu acho que ela já quebrou essa promessa, querida irmãzinha. Esse casamento dela foi pura arquitetação para usurpar o dinheiro do marido. — Andries recostou suas costas na cadeira e uniu as mão num campanário, olhando para Bree com um sorriso provocativo e dedutor.

— O Johan sabe das doenças de Leonnore, sabe que ela é manipuladora e narcisista. Ele casou com ela sabendo disso, então eu não considero isso como quebra de promessa. — A loira se explicou e o seu melhor amigo abanou a cabeça em negação.

— Mesmo que ela só tenha seduzido e casado com ele por interesse e que não nutre qualquer tipo de sentimentos por ele? — Ele indagou provocativo, querendo fazer a amiga perceber que manter aquela mulher era louca e não tinha emenda.

— Eu sei que você não gosta de Leona e não tem quaisquer motivos para confiar nela... — tentou começar a argumentar, mas o médico rapidamente a interrompeu.

— E você tem? Você gosta realmente dela.

— Não é o ponto. O ponto é que eu tenho convivido com ela ao longo desses anos e ela tem me dado a conhecer melhor de si, do que vai na sua cabeça. Eu sei que de um jeito egoísta e deturpado, ela gosta do Johan — completou, desviando por completo das perguntas do homem sentado à sua frente.

— Tenho medo de saber o que vai na cabeça dela — comentou sardônico.

— Andie — Bree o repreendeu e ele ergueu as mãos em defensiva.

— Desculpa, Bee, mas não há nada nesse mundo que me faça perdoar Leona ou Elise pelo que fizeram com os meus irmãos. Barth podia ter morrido e se não fosse por você, eu nem quero pensar o que teria acontecido com a Aletta. — Houve uma pausa constrangedoramente silenciosa entre os dois após Andries trazer à tona lembranças de um passado que para Brigitte há muito estava enterrado.

— Você tem todo o direito de se sentir assim Andie, mas guardar ressentimento não faz bem. Veja como Allie e Barth estão crescidos, dois adolescentes brilhantes prestes a ingressar na universidade. — Ela retomou, tentando anular o clima pesado que tinha ficado, com lembranças positivas e mais recentes. Não queria brigar com aquele a quem considerava como um irmão.

— Eu não guardo ressentimento, mas com certeza não vou me amigar com alguém que quase arruinou a vida dos meus irmãos, desculpe — rebateu ainda que num tom mais pacífico, pois sabia que tinha ido longe demais falando de coisas que não deveria fazer Bree relembrar.

— Não se desculpe. — A enfermeira suspirou e baixou o olhar, para rapidamente o erguer após lembrar de algo. — Ah, outra coisa. Você pode ir pegar Dorian na escola quando for buscar os gêmeos? Mamãe e Fred foram tratar de uns assuntos em outra cidade e não vão conseguir ir pegar meu irmão a tempo e como eu vou estar de plantão, também não conseguirei ir pegá-lo.

— Não se preocupe, eu peço a Dan para buscar o ruivinho — assentiu prontamente com um sorriso doce.

— Däniel voltou de viagem? — perguntou surpresa e animada pelo regresso do cunhado de mais uma missão infiltrada.

— Claro! É o aniversário dos nossos filhos. Se ele não voltasse eu pediria o divórcio! — Beckers afirmou num tom um pouco acima do seu normal, ultrajado pela pergunta da amiga.

— Você soube com quem casou, irmãozinho. — Ela provocou com um sorriso largo e doce.

— Eu casei com León porque ele era a tentação em carne e osso — Andries justificou e os dois imediatamente caíram em risada. — Agora pelo amor vai embora para casa descansar, suas olheiras estão horrendas. — Apesar da depreciação da aparência da enfermeira, Andries não falava com maldade, apenas preocupação profunda.

— Preciso ir no presidiário ver meu pai e avisar ele que não irei poder buscar ele logo.

— Não dá pra você ligar? São duas horas de carro até lá e duas para voltar. Você não vai dormir quase nada e ainda vai fazer plantão logo à tarde — Andries repreendeu, se levantando da sua secretária e dando a volta para abraçar Bree e depositar um beijo em seu rosto.

— Eu preciso deixar uma grana para ele. Agora preciso ir. Se cuida e parabéns pelos pequenos — explicou e devolveu o beijo na bochecha dele, apertando seu braços ao redor da cintura do Pediatra num abraço, então, se desprendendo e partindo em direção ao presidiário.

A sineta de som característico quando a grade prisional é aberta soou para ceder a passagem do prisioneiro. Stoker se aproximou da cabine telefónica, onde havia um vidro separando os prisioneiros dos visitantes. Do outro lado do vidro estava sua filha Brigitte com um rosto sereno e um sorriso no mesmo.

Ao longo dos anos os dois foram trocando cartas, se conhecendo melhor, criando laços e quando ela se sentiu preparada para perdoá-lo ela começou a visitá-lo uma vez por mês e mais tarde uma vez por semana. Bree não visitava mais do que isso por causa dos seus plantões no hospital, onde ela trabalhava como enfermeira.

— Está vindo cedo demais. Pensei que só nos veríamos daqui a umas horas — Theo falou assim que os dois pegaram nos telefones que se ligavam por uma caixa, permitindo assim que se comunicassem através do vidro.

— Eu não vou poder vir te buscar. Hoje está havendo uma greve de enfermeiros e estão precisando de todos os reforços. Lamento. — Havia tristeza em seu olhar

— Não lamente, eu entendo. — Acenou compreensivo e sorriu. — Hey, vamos ter todas as oportunidades para nos vermos mais vezes assim que eu sair daqui — Stoker tentou animar a filha e pousou a mão sobre o vidro, demonstrando a sua ansiedade para abraçar a sua menina, que agora já era uma maravilhosa e bem sucedida mulher.

Naquele dia Stoker iria receber ordem de soltura. Sua pena tinha sido reduzida para quinze anos após colaborar com a Interpol e a Polícia de Amsterdã para caçar todos os antigos e atuais clientes da rede de prostituição infantil. Agora sairia com liberdade condicional por bom comportamento. Ainda teria de usar uma pulseira eletrónica pelos conseguintes três anos e se se comportasse de acordo com as regras impostas, eles permitiram a retirada da pulseira e Stoker cumpriria os últimos dois anos em pena suspensa, tendo que efetuar trabalho comunitário regularmente para ganhar pontos.

Toda essa trajetória seria vigiada e acompanhada por um Agente de Condicional. Este o viria buscar assim que ele saísse para entregar dinheiro e as chaves do apartamento onde passaria a morar e, quando lá chegasse, o Agente ativaria a pulseira e a partir daí Stoker não poderia se afastar da área da sua nova casa.

— Mas eu prometo te visitar assim que possível. — Ela garantiu tocando o vidro igualmente e se sentindo nervosa com esse reencontro onde poderiam se abraçar. No fundo ela ansiava se sentir segura no abraço do pai. — Eu deixei com o policial que vai te devolver os seus pertences algum dinheiro para você comprar algumas coisas antes de ir para o apartamento e ficar lá confinado.

— Você não devia confiar o seu dinheiro a esses policiais. Alguns deles são corruptos — Theo repreendeu e enfermeira revirou os olhos e sorriu.

— Pai, o Frank não é corrupto.

— Olha, ela já tratando os guardas pelos nomes. Anda fazendo amigos aqui dentro, Dona Brigitte? — O homem de cabelos castanhos claros misturados com fios grisalhos bem espalhados provocou.

— Tenho de me certificar que você é bem tratado aqui dentro. Se eu tiver alguém de olho em você, eu fico mais tranquila — confessou e ouvir isso acalentou o coração do homem.

— Os dias ruins já acabaram. Quem tinha que se vingar de mim já se aproveitou durante esses dez anos aqui dentro — contou cabisbaixo, porém conformado e aliviado que não tinham ido atrás de quem ele ainda se importava.

— Não gosto nem de imaginar o que os detentos te fizeram passar aqui dentro. — A loira comentou agoniada, franzindo o cenho em preocupação atrasada.

— Nada que eu não merecesse. Mas não vamos falar de coisas tristes. — Ergueu o canto do lábio em um sorriso, tentando voltar a animar a sua menina.

— Não vamos porque na verdade eu já preciso ir. Desculpe pela visita curta, prometo que amanhã eu passo pelo apartamento assim que sair do plantão. — Ela lamentou, fazendo um bico triste de despedida, tocando novamente o vidro e desejando poder segurar a mão dele.

— Não, nada disso. Apenas venha me ver quando tiver descansado tudo e estiver com tempo, ouviu senhorita — ordenou impassível, montando uma carranca que ela não iria querer enfrentar nem desobedecer.

— Ok, tudo bem, seu chato. Agora preciso mesmo de ir. — Bree se despediu com um beijo na ponta dos dedos. Em seguida tocou o vidro com eles, pousou o telefone e se levantou para ir embora.

As restantes horas de espera até finalmente sair da prisão foram passadas se despedindo dos poucos amigos que fizeram, comendo a última refeição, tomando o último banho e lendo o último livro. Depois disso ele foi levado para uma sala especial onde seria averiguado de alto a baixo para garantir que não levava com ele nenhum "recado" de alguma gangue. Em seguida entregaram suas roupas e depois de vestido o encaminharam para a saída, onde pegaria seus pertences e o dinheiro que Bree deixou.

— E meu Agente da Condicional, já chegou? — Ele questionou para Frank. O homem e mais alguns guardas sorriram em antecipação e se entreolharam misteriosamente.

— Você é um filho da puta sortudo, Stoker. — Um dos policiais comentou com um sorriso sacana e Stoker franziu o cenho sem entender.

Suas algemas foram retiradas quando saiu do edifício prisional. A luz forte do sol feriu um pouco seus olhos. Ele levou um pouco de tempo para se acostumar, enquanto era encaminhado para o lado de fora das redes de proteção, que dividiam o mundo dos condenados do mundo da liberdade.

Assim que saiu, Stoker colocou a mão sobre os olhos para conseguir ver melhor a pessoa que o esperava do lado de fora. Ao lado de um carro conversível estava uma mulher loira, vestida com um fato de saia cinza justa e uma camisa social com babados e feitios. Demorou um bocado de tempo até ele chegar ao pé da sua nova agente e reconhecer a mulher que o esperava.

— Isso é uma miragem? — Ele questionou assim que reconheceu Katherina Bauer na sua frente.

Ela estava diferente, muito diferente da mulher que ele conhecera. Apesar de serem os mesmos olhos, o mesmo rosto, os mesmos lábios e o mesmo corpo, ali estava uma mulher diferente da bailarina ruiva sensual que o seduzira. Aquela mulher à sua frente era mais elegante e ainda que sensual, era mais discreta e tímida.

Seu coração falhou uma batida pelo reencontro que ele achou que nunca iria acontecer.

— Não. — Ela sorriu docemente, virando o rosto para o lado e mostrando que seus fios estavam mais longos e loiros, num tom natural.

— O que você está fazendo aqui? — Stoker questionou confuso, mesmo que a resposta fosse óbvia.

— Soube que ia sair, vim buscar você. Serei sua agente de liberdade condicional — explicou.

— Você é uma agente da Interpol, não uma agente de liberdade condicional — rebateu, começando a não gostar daquela brincadeira.

Depois de dez anos sem se verem nem se falarem, ele não entendia o que ela estava fazendo ali tão pacífica, como se só fizessem dois dias que tudo acontecera. Ou melhor, como se nada tivesse acontecido e eles não se conhecessem. Definitivamente ele não conhecia a verdadeira Katherina Bauer.

— Eu sou minha própria chefe, eu faço o que quiser — argumentou peremptória, cruzando os braços frustrada por ele continuar tratando ela do mesmo jeito que antes. — Precisamos resolver algumas questões pendentes entre nós e eu achei que seria ideal se eu, a mulher por trás da sua apreensão judicial e do desmantelamento do seu negócio, mantivesse meus olhos sobre você nos próximos cinco anos.

— Kat...

— Kate. Kat não existe mais. E por favor, não tente rebater sobre o meu novo cargo em sua vida, não há nada que você possa fazer, então entre no carro — ordenou. Stoker gargalhou incrédulo. Mesmo que Katherina não fosse mais a sua Kat, ela não tinha perdido a essência autoritária e desafiante da bailarina de todo.

Ainda que um pouco contrariado, ele obedeceu Bauer e entrou dentro do seu carro conversível. Por longas duas horas ele tentou falar alguma coisa, perguntar sobre a sua vida, fazer qualquer tipo de conversa, mas sempre que pensava em dizer algo ou abrir a boca, sua voz se perdia e ele perdia a coragem.

Era estúpido pensar que algum dia iria conseguir parar de amar Katherina. Ele não conseguira parar de amar Mina e não seria diferente com Bauer. Theodore era assim. Uma vez que abria o seu coração e deixava alguém entrar, não havia mais meios de sair.

Seu amor pelas duas era diferente, mas não deixavam de ser menos verdadeiros. O amor por Mina foi o seu primeiro, mas agora era uma lembrança carinhosa que ele mantinha. Ele sabia que as coisas com ela acabaram décadas atrás quando ele estragou tudo, mas agradecia que ela o tivesse perdoado e que agora apenas restasse o carinho e a amizade.

Clara por vezes também o vinha visitar. Não tão frequentemente como Bree. Era algo mais esporádico e espontâneo. Os dois falavam das coisas boas que aconteciam na vida de Clara, falavam de Andries, dos gêmeos e principalmente falavam de Brigitte. Por vezes falavam de Elise e das visitas que Clara fazia à amiga. Ainda havia ressentimento da parte de Clara, mas depois que Bree lutara para seguir em frente e até mesmo se reconciliara com Leonnore, uma das pessoas que mais prejudicou sua vida, Mulder resolveu seguir o exemplo da filha e perdoar Kirsa.

Bauer estacionou o carro na berma da estrada, perto de um posto de gasolina e de um restaurante. Stoker a seguiu assim que ela saiu do carro sem dizer nada. Ao longo da viagem Theodore analisou a mulher e percebeu que debaixo da falsa máscara de tranquilidade estava uma enorme camada de nervosismo. Havia algo acontecendo e ele temia o que pudesse ser. Talvez fosse uma emboscada para matá-lo, talvez fosse alguma outra coisa ruim que ele não conseguia imaginar, mas ele entregou sua sorte nas mãos do destino e decidiu não fugir. O que quer que Kate tinha preparado para si, ele sabia que merecia.

Os dois entraram dentro do restaurante. Bauer ia na frente e Stoker percebeu ela parar numa cabine ocupada por uma mulher idosa. As duas trocaram algumas palavras e então Kate ofereceu sua mão e seu sorriso para alguém que Stoker não conseguia ver. Uma garotinha loira de intensos olhos azuis saiu daquela mesma cabine e segurou a mão da Agente e naquele momento, quando a sua mente fez o clique compreendendo tudo, Stoker perdeu o ar.

— Theo... essa é sua filha, Hope.

FIM

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