🩰Chapter 02🩰
Jimin assistiu o carro virar a esquina e sumir de sua visão, ele então suspirou e entrou novamente em sua casa. Trancou o portão e apagou as luzes quando chegou no quarto, mas infelizmente não conseguiu cair no sono, ficou revirando na cama enquanto pensava no advogado e se lembrava das palavras do melhor amigo
Pela internet aquele homem parecia uma pedra de gelo, mas quando ele chegou ali, todo preocupado com a filha, Jimin já não sabia o que achar do homem
Será que Jungkook apenas aparentava ser alguém frio e na verdade só precisava estar perto de quem gosta? Sarang seria seu porto seguro depois do divóricio de anos atrás?
Jimin não podia responder tais questionamentos, mas estava certo de que não deveria julgar uma pessoa sem conhecê-la
Quando finalmente dormiu, o relógio já marcava meia noite, porém não se preocupou muito com isso já que não precisava acordar cedo durante as sextas-feiras, e com isso, Jimin acordou apenas quando estava quase na hora do almoço
O Park acordou ao ouvir seu celular tocar e logo viu que quem o incomodava era seu melhor amigo:
— Alô – atendeu e foi possível perceber a voz sua voz sonolenta
— Bom dia! – Taehyung disse animado – Estava dormindo até agora? Esquece, você com certeza estava. Estou te ligando para avisar que eu, você e o Hobi vamos almoçar juntos, você tem 30 minutos para se arrumar
— Eu não tenho a opção de dormir mais?
— Não, não tem. Nós vamos e pronto, a gente vai te buscar então acho bom que já esteja levantando sua grande bunda para tomar banho
E dizendo isso, Taehyung desligou enquanto Jimin bufava frustrado por não poder dormir mais, por isso apenas se levantou e se arrastou até o banheiro, logo tomando um banho gelado para conseguir acordar de vez
Ao sair enrolado em sua toalha, ele decidiu usar uma calça rasgada no joelho e uma camiseta preta qualquer, Jimin não precisava se esforçar muito para parecer bonito e ele usava isso para benefício próprio
Quando estava pronto, decidiu esperar já no andar de baixo e não foi preciso aguardar muito para ouvir o interfone tocar
— Bom dia – cumprimentou assim que saiu e encontrou Taehyung ali, seu melhor amigo era tão estiloso que conseguia parecer que estava indo para um photoshoot quando na verdade estava indo almoçar
— Bom dia Minnie, estamos indo naquele restaurante japonês que você adora! – exclamou e viu o amigo sorrir sincero – O Hobi nos espera no carro, vamos?
Jimin assentiu e logo estava no banco de trás ouvindo Hoseok contar sobre sua apresentação de terça-feira, e quando finalmente chegaram, Jimin quase pulou de felicidade por estar ali, fazia tanto tempo que não ia até aquele restaurante!
Assim que entraram no local, não demoraram muito para escolher a mesa e logo estavam se servindo
Assim que Jimin se sentou para comer junto dos amigos, sentiu alguém cutucando sua perna e quando olhou para quem estava o chamando, ficou surpreso ao ver que era Sarang
— Oi! – ela cumprimentou e Jimin sorriu enquanto a puxava para um abraço
— Sarang! Como está, meu amor?
— Estou bem! Appa me trouxe para comer aqui hoje, porque me deixou lá no Studio até tarde
— Sarang! – ouviu a voz grossa do pai quando finalmente a achou – Por favor não suma desse jeito, me avise quando for sair do meu lado
— Desculpa appa, mas é que eu vi o Minnie aqui e vim cumprimentar ele! – disse usando o apelido que todos o chamavam, inclusive por suas alunas mais velhas, Park Jimin seria o eterno Minnie
— Ah, olá Jimin! – Jungkook disse quando enfim viu o professor de sua filha
— Olá!
Taehyung e Hoseok que assistiam aos três, estavam de bocas abertas ao verem Jimin conversando com Jeon Jungkook, mas também por verem que o advogado estava sorrindo para o professor de ballet
— Me desculpe por ontem, mais uma vez – pediu o moreno ainda se sentindo culpado pela situação do dia anterior
— Não se preocupe, o estúdio sempre estará de portas abertos caso aconteça algum problema – disse e viu o outro assentir
— Bom, não vamos mais atrapalhar o almoço de vocês – disse pegando na mão da filha, esta que acenava em despedida para Jimin e os outros presentes na mesa – Até mais!
— Até... – Jimin acenou para os dois e logo viu que sentaram em uma mesa um pouco distante
— Minnie – Taehyung chamou surpreso
— Aquele era Jeon Jungkook? – Hoseok completou o que o namorado queria dizer, também em tom de surpresa
— Sim, era ele sim – disse enquanto enfiava uma porção de yakisoba na boca
— Desde quando você conhece ele?! – o alaranjado tornou a perguntar
— Eu conheci ele ontem, a filha dele é minha nova aluna de ballet – explicou
— Espera – Tae chamou a atenção do amigo – Como se conheceram pessoalmente e por que ele estava pedindo desculpas?
— A cuidadora da Sarang teve um compromisso ontem e deixou uma mensagem para ele, mas ele teve um imprevisto e não olhou o celular durante a tarde. Acabou que a menina ficou comigo lá em casa até tarde da noite porque ele não sabia que tinha que buscar ela e por conta desse tal imprevisto – explicou – Parece que ele não gostou do imprevisto, porque do jeito que ele falou para mim...
— Calma, vamos processar: Você deu aula para a Sarang, ninguém foi buscar ela e o pai não sabia que a senhorita Choi teve um compromisso, a menina ficou com você e ele foi buscar ela só quando pegou o celular de noite?!
— É, mas quando ele chegou Sarang já estava dormindo, então ele pegou ela no colo e levou para o carro. Eu disse que sempre que ele não conseguir sair do trabalho para busca-la no horário certo, eu ficaria com ela
— Meu Deus Jimin – Taehyung exclamou – Parece até o começo de algum livro de romance
— É verdade – Hoseok confirmou e Jimin fez uma careta confusa – O dono da melhor escola de dança da cidade começa a dar aulas para a filha do advogado mais renomado do país, que tem cara de durão, mas na verdade é um amor de pessoa e ele só esconde sua verdadeira essência por conta do coração maltratado pelo passado. Os dois se apaixonam depois de um tempo, mas o passado volta para atormentar todo mundo, felizmente no fim dá tudo certo e vocês adotam uma criança para fazer companhia para Sarang!
E foi ao ouvir tal absurdo que Jimin caiu em uma gargalhada
— Hoseok, essa foi o resumo da história mais pitoresca que eu já ouvi! – voltou a rir e viu o outro fazendo cara feia para si
— Pois eu espero que aconteça, só para você ficar de bico calado enquanto eu rio ao ouvir você falando que está apaixonado pelo pai da sua aluna
— Então espere sentado senhor Hoseok, porque isso não vai acontecer. Além de que eu acho que o Jungkook é hétero! – rebateu
— Mas você pode ter o poder de deixar a vida dele mais colorida! Ele pode só estar precisando de um empurrãozinho para sair do armário – Taehyung disse, mas quando Jimin ia respondê-lo, seu celular começou a tocar e um número desconhecido apareceu na tela
— Alô? – perguntou depois de atender e fazer um sinal para que seus amigos ficassem quietos – Sim, sou Park Jimin... Busan? Posso sim, em que dia? Segunda? Certo... Estarei ai... Muito obrigado... Até mais!
— Quem era?
— O que queriam?
— Por que disse Busan?
Seus amigos começaram a lhe fazer diversas perguntas seguidas e Jimin deu risada da afobação dos dois
— É um estúdio de ballet de Busan, pediram para eu dar um curso na segunda-feira e eu aceitei!
— Que maravilhoso Minnie! – o melhor amigo comemorou – Aposto que vão amar você e não vai demorar muito para que o Studio Sunshine receba o título de melhor do país!
— Eu ficaria muito feliz, mas prefiro que amem meu trabalho antes de me chamarem apenas por título
Taehyung sorriu ao ouvi-lo, ele conhecia seu amigo tão bem que seria impossível imaginar uma outra resposta vinda do professor de ballet
Os amigos voltaram a almoçar em silêncio, Jungkook e Sarang se sentaram em uma mesa um pouco mais distante e longe da vista dos três
— Appa – chamou Sarang depois que o pai terminou de mastigar o sushi que colou na boca – Você conheceu o Minnie ontem?
— Conheci meu bem, você estava dormindo no quarto dele ontem, quando fui te buscar – respondeu o Jeon mais velho com pesar na voz – Nós conversamos um pouco antes de eu ir embora...
— Você gostou dele, né appa? – a menina perguntou com seus olhos brilhando, mostrando o quanto ela queria que a resposta fosse "sim"
— Claro que gostei dele, meu amor – "Gostei muito dele"
Jungkook não queria admitir nem para si mesmo que Jimin mexeu consigo quando o encontrou, ele não acreditava em amor à primeira vista, mas seria impossível dizer que Park Jimin foi apenas um encontro repentino que o causou uma intensa euforia, não, Jimin foi muito mais que aquilo
Similar a um furacão, o professor de ballet fez com que seu coração fosse devastado no momento em que trocou o primeiro olhar, passou por ali e fez com que seu batimento cardíaco aumentasse de um jeito que sequer achou possível, para que enfim, Park Jimin fosse para sua mente, lugar que escolheu permanecer, levando todos os pensamentos do advogado até o acastanhado
Sarang não continuou a fazer perguntas para o pai, voltaram então a comer em silêncio, o pai sempre observando sua pequena, feliz por estar ali. Eles eram as melhores companhias um para o outro
Quando terminaram de comer e se retiraram do restaurante, Jimin, Taehyung e Hoseok partiram novamente para o estúdio de dança. Os Jeon's abanaram as mãos quando viram os três partindo, ato que foi devolvido pelos amigos, Hoseok sorriu divertido quando saíram do local, ele ainda acreditava fielmente na pequena invenção que criara durante o almoço quando descobriu sobre Jimin e Jungkook
O estúdio seria limpo naquele dia, Jimin separou a parte da tarde de seu dia para deixar tudo pronto para a próxima semana que estava para chegar, era um costume seu sempre manter o local o mais limpo possível, nunca gostou de bagunça e sempre ficava incomodado quando um lugar estava desorganizado
Geralmente seu melhor amigo ajudava com a limpeza, mas como estava com saudades do namorado, pediu desculpas para o moreno por não poder ficar com ele naquele dia, Jimin não viu problema algum, sabia como Taehyung era e tinha certeza de que não demoraria muito mais para limpar tudo sozinho. Com um abraço, eles se despediram
— Vamos à luta! – exclamou enquanto pegava seu celular para conectá-lo em uma das caixas de som que ali havia, colocou em sua playlist favorita e clicou para que a música rodasse de modo aleatório, logo se iniciando com Avril Lavigne, uma de suas cantoras favoritas além de Troye Sivan
Resolveu iniciar a limpeza higienizando as barras da sala de aula para logo depois limpar os espelhos, o chão foi o último a ser limpo. E enquanto as músicas acabavam para que outras se iniciassem, Jimin terminou de limpar todas as salas do primeiro andar, olhou para o relógio e viu que boa parte da tarde já havia se passado
Guardou todo o material de limpeza usado naquele dia, ele nunca limpava o segundo andar no mesmo dia, preferia fazê-lo no dia seguinte, acreditava que não conseguiria limpar tudo de um bom jeito caso estivesse cansado e por isso dividia o trabalho
Subiu para tomar banho e vestiu roupas claras, gostava de passar o resto do dia em uma praça próxima de sua casa, não era um lugar lotado, porém ainda assim cheio de vida, lá ele lia livros, fazia uma caminhada, tomava sorvete. Ali era onde Jimin ficava a sós, ignorava os problemas da vida, deixava de lado o trabalho e se tornava apenas Jimin
Montou em sua moto e partiu em direção ao lugar, gostava de dar algumas voltas pelas ruas da cidade durante a noite enquanto procurava por um restaurante onde pudesse pegar sua comida e ir para casa. Quando ia andando até a praça, voltava e pedia por um delivery. As sextas-feiras eram os melhores dias da semana, onde não havia restrições para comida, pressão para criar novas coreografias nem nada do tipo, era o seu dia de relaxar e Jimin sempre tentava aproveitar ao máximo
Outro fato interessante sobre sua pessoa é que Park Jimin sempre sai de casa com um livro em sua mochila, mochila essa que era tão necessária quanto qualquer outra peça de roupa, o professor se sentia desnudo cada vez que saía de casa sem sua bolsa. O livro que carregava desta vez era especial, O Extraordianário. Lembrava-se de quando foi convidado para ir assistir ao filme junto de Taehyung, ficou apaixonado por aquela adaptação e logo recebeu o livro de presente do melhor amigo. Já estava além da meade da leitura, mas se sentia incapacitado de lê-lo com calma, queria tanto terminá-lo! Mesmo sabendo que depois se sentiria minimamente arrependido por ter acabado tão rápido, tal sentimento é mais que comum para Jimin quanto para qualquer outro leitor, mas é impossível resistir tal façanha
Cerca de três minutos depois, Jimin já estacionava sua moto em lugar que já considerava seu, nunca viu outro veículo naquela vaga, era como se a rua já soubesse de sua visita semanal à praça
A grama verde era bem cuidada por ali, muitos moradores ao redor prezavam pelo local, alguns até plantavam flores, como girassóis. Os bancos dispostos pelos caminhos de pedra eram feitos de madeira escura, havia algumas mesa para as famílias que iam até lá para fazer um piquenique. De fato aquele lugar era um dos favoritos de Jimin
Algumas crianças se divertiam enquanto brincavam de esconde-esconde entre as árvores, outras revezavam a vez para se balançarem no famoso pneu que alguém pendurou em um dos galhos da árvore central. As gargalhadas infantis soavam de modo mágico para Jimin, não existia nada melhor que a felicidade que pairava no ar
Escolheu um banco um pouco afastado das famílias, não queria ser visto como incômodo por eles, mas ainda assim gostava de admirá-los, o amor genuíno deles era maravilhoso e não existia nada mais puro no mundo aos olhos de Jimin. Alguns pensavam que ele sentia inveja ao ver uma família feliz, ao presenciar o amor maternal com bebês, assistir aos pais ensinando os filhos a como andar de bicicleta; todos estavam enganados, Jimin os olhava com olhos brilhantes, não teve aquele amor, não presenciou nada daquilo, mas ver a felicidade dos outros o deixava feliz também, ele olhava para as famílias e apenas sonhava em como seria quando ele formasse uma família também
Aquele com certeza era seu maior sonho. Sabia que não teria um filho biológico por conta de sua orientação sexual, mas sempre quis ter alguém que o chamasse de pai, que o olhasse com carinho, alguém que ele poderia ensinar diversas coisa, poderia correr atrás quando fugisse do banho, dar de comer em sua boca enquanto fosse pequeno. Jimin queria até mesmo as coisas chatas como reuniões escolares, briguinhas e birras, queria o pacote completo, queria uma família completa e odiava pensar que talvez seu sonho não se realizasse, afinal muitos não pensam como ele, diversos homens com quem saiu o disseram que seus sonhos não eram compatíveis e Jimin tinha medo de não encontrar alguém que partilhasse dos mesmos sonhos de formar uma família
Ainda observando as crianças brincando, Jimin sentiu algo bater contra sua perna esquerda. Era uma bola de futebol
— Oi! – disse um menininho. Seu porte era pequeno e ele parecia envergonhado por estar ali – Me desculpe por isso, não era para a bola ter ido tão longe! O senhor se machucou?
— Não se preocupe pequeno, eu estou bem – sorriu enquanto pegava a bola para entregar novamente ao menino – E meu nome é Jimin, não precisa me chamar de senhor, ainda não novinho para tal título
— Tudo bem, tio Jimin! eu posso te chamar de tio, certo?
— Claro pequeno, pode me chamar tio – sorriu de modo que seus olhos se tornaram apenas dois risquinhos – Acho que seus amigos estão te esperando, vai lá jogar com eles!
O menino olhou por sobre o ombro e viu seu colegas parados no campo improvisado enquanto esperavam por sua volta
— É verdade, obrigado e desculpe tio! Tchau!
Jimin não teve tempo de dizer que não eram necessárias desculpas, o garoto já corria de volta para os amigos, o viu lançando a bola para o campo e então recomeçando a partida de onde pararam. Suspirando com a fofura presenciada, Jimin finalmente deu início a sua leitura
Passadas mais 100 páginas do livro, deixando as quase 60 páginas restantes para o dia seguinte. Colocou o livro com delicadeza dentro da mochila, passando-a para as costas enquanto se levantava e verificava se os cadarços estavam bem amarrados para que começasse uma leve caminhada pelo redor da praça. Não costumava andar muito, deixava os treinos para o resto da semana, nestas tardes ele gostava mesmo de observar o movimento, respirar o ar puro e sentir a leve brisa batendo contra seu rosto. Não levava fones de ouvido, sabia que era questão de tempo para que alguns pássaros começassem a cantoria e não trocaria aquele som nem por uma música da Beyonce
Quando deu duas voltas completas, se sentiu satisfeito e partiu para o lugar onde estacionou a moto amarela. O sol começava a se pôr naquele horário, manchando o céu nos mais belos tons de amarelo, laranja, roxo e azul. Aquela era uma visão de se admirar com todo o seu ser e Jimin sentia que a cada pôr do sol presenciado naquele lugar era como observar o mais belo dos quadros já pintados em todo o planeta. Era realmente uma obra prima que ele queria guardar para sempre
Colocou o capacete e deu a partida, ainda não sabia em qual restaurante passaria para comprar comida então se deixaria levar pelo movimento das ruas e pararia assim que seus olhos brilhassem com alguma placa de um, muito provável, fast food
As ruas da cidade estavam agitadas devido a chegada do fim de semana e por muitos trabalhadores estarem de saída de seus expedientes. Enquanto fazia as curvas em se aventurava ainda mais pelo caminho, Jimin sequer prestou atenção quando entrou na parte da elite comercial de Seul
Passou os olhos pelos enormes arranha-céus e ficou de boca aberta com o tamanho de cada empresa dali. Uma delas captou ainda mais sua total atenção, um edifício enorme pintado em cores escuras e neutras, com janelas amplas e uma placa indicando o nome:
"Advocacia Jeon"
Parece que Taehyung não estava exagerando ao falar do império da família Jeon. Ainda mais quando, ao passar pela enorme garagem do prédio, um belíssimo carro preto de marca cara estivesse saindo dali
Jimin conhecia aquele carro, o viu apenas uma vez quando Sarang ficara no estúdio naquela quinta-feira e seu pai demorou-se a ir buscá-la. A mercedes de modelo AMG GT S, avançou até estar ao lado de sua moto, os vidros escuros estavam abertos e Jimin pôde enxergar Jeon Jungkook enquanto o advogado falava com alguém pelo telefone conectado ao próprio carro
Pelo pequeno espaço que conseguia enxergar o moreno, o professor de ballet conseguiu ver o terno preto um tanto bagunçado pelo fato do Jeon estar afrouxando a gravata vermelha enquanto mantinha a outra mão no volante e continuava a discutir com quem quer que fosse ao telefone. Parecia estar tão alheio na conversa que só percebeu o motoqueiro o encarando quando desligou a chamada e virou a cabeça para observar o movimento da rua naquele fim de tarde
Jungkook sabia que já tinha visto aquela moto em algum lugar, mas não conseguia afirmar quem estava dirigindo por conta do capacete que cobria todo o rosto do homem que a pilotava. A cabeça estava tão cheia por conta do trabalho que nem se importou se de fato conhecia mesmo o motoqueiro, apenas acenou em cumprimento antes de o semáforo abrir e ir embora na direção de sua casa
Pelo retrovisor, conseguiu ver a moto amarela virando em uma das entradas antes de sumir e ele continuar a ir em direção de seu merecido descanso junto de sua filha.
Sarang estava na cozinha enquanto jogava conversa fora junto da governanta, Sra. Choi remexia algo no fogão - com certeza a janta que estava sendo preparada
— Boa noite! – anunciou o advogado assim que retirou a gravata e o paletó por completo, deixando tudo em cima do sofá juntamente com a pasta que carregava todos os papéis e documentos do trabalho
— Boa noite, senhor Jeon! – Sra. Choi sorriu ao vê-lo, mas logo se virou novamente para o fogão a fim de continuar a observar a comida
— Appa! – Sarang exclamou antes de pular de cima da cadeira e correr para os braços já abertos do pai – Como foi seu dia de trabalho, appa?
— Foi bem, meu amor! – Jungkook beijou o topo da cabeça da menina, felizmente tivera pouco trabalho naquele dia, o que era raro considerando que o fim de semana estava chegando e tudo parecia ficar mais corrido nas sextas-feiras – E quanto a sua tarde? O que fez de bom?
— Eu brinquei com algumas bonecas junto com a senhorita Choi e depois eu pedi papel e lápis para poder desenhar enquanto ela fazia o jantar! – contou empolgada, ainda aninhada nos braços do pai – Quer ver meus desenhos appa? Eles ficaram muito bonitos e muito coloridos!
— Mas é claro que eu quero ver! – Jungkook sorria como um bobo para sua filha, logo colocando-a no chão e pegando em sua mão para que ela o guiasse até seu quarto – Vamos deixar a senhorita Choi em paz enquanto você me mostra suas obras de arte
Sarang apenas balançou a cabeça em concordância, dando um aceno de tchauzinho para a governanta enquanto entrelaçava os pequenos dedinhos nos longos dedos do pai, causando um contraste entre os tamanhos extremamente adorável. A pequena Jeon arrastou o pai pelas escadas da mansão, não demorando muito para chegar no quarto todo decorado em tons de cor-de-rosa
Havia uma pequena mesinha em um dos cantos do quarto, Jungkook já podia enxergar os diversos lápis coloridos esparramados pela mesa, e até mesmo alguns jogados no chão. As folhas desenhadas eram diversas e ele mal conseguia manter o olhar em apenas um dos desenhos. A menina se sentou em uma das pequenas cadeiras, as quais Jungkook sequer arriscava se sentar por conta de seu tamanho e peso, portanto decidiu que se sentaria sobre o enorme tapete felpudo que cobria grande parte do chão do quarto
— Veja appa, eu fiz muitos desenhos hoje, mas alguns não consegui terminar. Vinham tantas imagens na minha cabecinha que eu não consegui escolher só um tipo de desenho e acabei fazendo vários! Todos bem diferentes uns dos outros! – os pequenos bracinhos se moviam conforme ela falava sobre a dificuldade de se manter em uma única folha, iniciando novos desenhos de montes enquanto abandonava outros
Sarang mostrou ao pai o desenho que fez de Lolla, de senhorita Choi, do pai, dos amigos do pai e de seus amigos de escola. Jungkook se mostrava cada vez mais impressionado a cada novo desenho que ela lhe estendia
— E este é o último! – entregou mais um folha
— Quem é esse minha filha? – Jungkook perguntou enquanto observava os traços fortes de contorno, arregalando os olhos pela coincidência de minutos atrás
— Oras, appa! É o Minnie, meu professor de ballet – ela respondeu enquanto organizava todos os outros desenhos, não tinha visto os olhos do pai enquanto ele ainda encarava o desenho – Ele é tão incrível que além de ser professor ainda é motoqueiro!
E ali estava, um desenho de um homem, a cabeça coberta por um capacete enquanto os rabiscos horizontais indicavam o vento soprando contra a moto que o professor de sua filha dirigia. Uma moto amarela, como aquele que ele viu há minutos e abanou a mão sem saber quem estava ecarando-o
CHEGOU A NOTÍCIA QUE O MUNDO NÃO ACREDITOU!!!! VOLTEI MEU POVO!!
Aiai, quanto tempo né? Por favor não me xinguem pela demora 🥺🤧
Estava, e ainda está, bem difícil para mim escrever como escrevia antes. Tenho que escrever toda semana para a escola, e agora ao invés de ver a escrita como meu momento de lazer, se tornou uma obrigação. Tenho que passar muito tempo pensando em novas redações, até mesmo ler fanfics para mim se tornou difícil. Mas isso não quer dizer que eu vá abandonar minhas histórias!!! Não é isso, mas espero que entendam que eu vou demorar para atualizar, acho que de nada adiante escrever por escrever, confesso que esse pico de criatividade este fim se semana me salvou, comecei este capítulo ontem e hoje mesmo consegui terminar 🥳🥳
Quando fechei os documentos, mal me aguentei e logo vim publicar para vocês 💕
Agora quero saber, depois de tanta demora, vocês gostaram do capítulo? Imaginavam o Ji pilotando uma moto amarela?? Pois é, meu professor de ballet tinha uma dessas, estava sempre estacionada em frente ao estúdio já vi ele pilotando muito aquela moto ao sair de ensaios
Peguei algumas imagens da moto amarela (apesar de não ser igual a que meu professor tinha, ainda quis retratar a moto lendária aqui em ADB) e também uma foto do carrão do JK
É isso gente. Espero que vocês não abandonem a história e continuem nesta aventura entre nosso bailarino e nosso advogado favoritos
Beijinhos de luz da Luh🥰💕
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