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1.

Olá... sim, sou eu de novo. Mas fiquem tranquilos, Masquerade é uma shortfic e já está finalizada em rascunho. Murphy está na reta final e Kiss Me também é shortfic e finalizei ela recentemente para ir editando e publicando.

Não me perguntem sobre Slytherin, essa eu sou apenas promessas.

Bem-vindos a essa shortfic Drarry, espero que gostem e deixem muitas citações!

Com amor e saudades dos meus leitores, Murphy.



Enfrentar Hogwarts apenas alguns meses após a devastação da guerra não era tarefa para os fracos de espírito, isso era indiscutível. Covardes jamais teriam a coragem de pisar naquele mesmo chão manchado com o sangue de entes queridos, onde os ecos da batalha ainda ressoavam pelas paredes do castelo. Não. Eles recuariam ao primeiro pensamento de rever rostos marcados pela perda, especialmente de pessoas que acreditaram nele, que sacrificaram suas vidas para que ele pudesse salvar o mundo bruxo.

O peso da culpa assombrava Harry como um espectro invisível, pressionando seus ombros a cada passo. Mas, apesar de tudo, ele era um Grifinório. E Grifinórios não eram covardes.

Potter caminhou determinado em direção a uma figura mais alta que o aguardava à distância. As olheiras profundas marcavam o rosto do rapaz, sinal evidente de noites mal dormidas. Seus olhos claros, quase tão pálidos quanto nuvens de tempestade, revelavam uma exaustão silenciosa.

"Malfoy," Harry chamou, sua voz firme e inabalável. "Precisamos combinar os dias dessa semana para trabalhar no nosso trabalho em dupla."

Alguns olhares curiosos se voltaram para eles. Era um fato intrigante sobre esse novo ano: Harry Potter e Draco Malfoy ainda não tinham brigado como costumavam, como cão e gato. Na verdade, o que mais surpreendia era a estranha civilidade entre os dois. Polidos demais, por assim dizer.

O burburinho nos corredores sussurrava que o motivo desse respeito repentino de Malfoy tinha a ver com o fato de Harry ter testemunhado a favor de Narcisa e Draco no julgamento dos Malfoy. Talvez fosse verdade, mas Harry não tinha certeza do porquê o loiro ainda não tinha sequer soltado uma provocação se isso fazia parte de sua personalidade.

Ele deveria se sentir aliviado por isso. Mas, de forma estranha, a ausência de conflito lhe dava a sensação de que algo estava faltando.

"O que sugere?" A voz de Malfoy o tirou de seus pensamentos. Ele analisava dois frascos de poções sentado na mureta de acesso entre um corredor e um dos pátios internos, sem sequer erguer os olhos para Harry, seu tom simples, mas com aquele traço rígido e distante de sempre.

"Ah..." Harry hesitou por um instante, observando o outro com liberdade, já que não estava sendo olhado de volta. "Depois do café da manhã? Nos terrenos da Estufa?"

Draco Malfoy era um assunto delicado para Harry. Havia muitas questões que entrelaçavam suas trajetórias de maneira intrincada, e existia muito mais que Potter ainda não sabia sobre o loiro. Após o fim da Guerra, Harry sentiu profundamente que todas as crianças, independentemente de qual lado estiveram, mereciam paz para tomar suas próprias decisões. Ele acreditava que cada um tinha o direito de reescrever sua história, e a ajuda que de Malfoy durante os eventos tumultuados da guerra parecia ser um passo na direção certa.

Finalmente, o loiro ergueu os olhos, aquelas orbes cinzentas e frias cravando-se diretamente nas de Harry. Nem mesmo o checou de cima a baixo, como costumava fazer com arrogância. Apenas o fitou, sem rodeios.

"A biblioteca não seria mais apropriada para um trabalho de História da Magia?" Malfoy perguntou, o tom óbvio, mas sem o habitual cinismo. Isso fez Harry erguer uma sobrancelha, intrigado, mas, ao invés de comentar, ele apenas negou com a cabeça.

"Eu levarei alguns livros."

A resposta de Harry não pareceu satisfazer Malfoy, que acenou com a cabeça, como se aquele detalhe fosse irrelevante. Eles se encararam por mais um breve segundo, e Harry, sem jeito, pigarreou, dando um passo para trás, percebendo que, de algum modo, estava atrapalhando.

"Até segunda."

"Hm-uh." Sua atenção voltou ao frasco de poção em sua mão e as anotações que fazia em seu caderno.

•••


"Você vai ficar bem mesmo, Harry?" Hermione perguntou pela quarta vez naquela manhã, seu olhar cheio de preocupação enquanto ajeitava a mala. Ela claramente se sentia culpada por passar o Natal com os Weasley e deixar o amigo para trás.

"Ele disse que está, Mione," respondeu Ron, tentando aliviar a tensão, o que fez Harry sorrir em agradecimento.

"Nos veremos em uma semana e meia, Hermione, eu vou ficar bem," Harry garantiu, sua voz tranquila. "No dia 25, vou passar tomando chá e comendo biscoitos com a Minnie. Estarei em ótima companhia," completou com um sorriso leve, ajudando a colocar a bagagem da amiga na carruagem.

"Não faça nada imprudente," Hermione advertiu, apertando-o em um abraço caloroso antes de subir. Ron repetiu o gesto, com um sorriso sincero.

"Feliz Natal, Harry," disseram os dois quase em uníssono.

"Feliz Natal para vocês também. Mandem minhas lembranças aos Weasleys," respondeu Harry, acenando com um sorriso enquanto a carruagem se afastava.

Ele ficou parado por um momento, observando até que a carruagem desaparecesse entre as árvores. Quando finalmente se virou para subir o caminho de volta à Hogwarts, sentiu um estranho alívio por não ter que lidar com despedidas de outros estudantes. Afinal, os amigos haviam sido os últimos a partir.

As vestes amarrotadas de Harry ofereciam calor suficiente, mas o vento gélido ainda acariciava seu rosto, bagunçando seus cabelos e penetrando por entre as frestas de seu casaco. A neve começaria a cobrir Hogwarts dentro de alguns dias, mas por enquanto apenas uma fina camada de gelo brilhante revestia a grama, que ainda exibia seu verde relutante.

Perdido em pensamentos, ele quase não percebeu a figura loira sentada mais adiante, no alto de um pequeno monte, com um livro nas mãos e o olhar fixo no horizonte distante. Só notou a presença porque um leve chiado, acompanhado de uma música trouxa familiar, chegou aos seus ouvidos.

Seus olhos se ergueram automaticamente, e os passos cessaram assim que ele reconheceu a figura. Malfoy. Um dia depois da conversa sobre o trabalho.

O loiro estava tão absorto em sua leitura e na melodia que não notou Harry de imediato. Mas, quando finalmente o fez, um lampejo de constrangimento cruzou seu rosto. Rápido e quase desajeitado, Malfoy desligou o pequeno rádio que repousava ao seu lado e o guardou apressadamente na mochila, como se fosse um segredo que não deveria ter sido descoberto.

Harry hesitou por um instante. Seus instintos gritavam para ele voltar para dentro, mas, contrariando essa voz interna, ele decidiu se aproximar.

"Ei," Harry cumprimentou ao se aproximar, observando Malfoy de cima.

"Ei..." Malfoy ergueu o rosto, suas bochechas um pouco avermelhadas pelo frio que cortava o ar. As de Harry não estavam diferentes.

"Estava ouvindo Elton John?" Harry perguntou, curioso.

"Hm...?" Draco tocou na mochila, parecendo confuso por um momento até entender a pergunta. "Ah... acho que sim."

O silêncio que se seguiu foi carregado, mas não desconfortável. Ambos desviaram o olhar para o horizonte, deixando o som do vento preencher a ausência de palavras. Depois de alguns instantes, Potter quebrou a barreira invisível, abaixando-se para se sentar na grama úmida ao lado de Malfoy. O loiro o observou, ainda mais confuso com o gesto inesperado.

"Continue, eu gosto dessa," Harry murmurou, o olhar ainda fixo no horizonte, evitando encontrar os olhos de Malfoy.

Malfoy ficou estático por alguns segundos, o rosto inexpressivo, até que, com um pequeno suspiro resignado, puxou o rádio da mochila novamente. A melodia suave de Elton John encheu o ar, e o som familiar se espalhou ao redor deles, criando uma bolha peculiar de conforto no meio da vastidão gelada de Hogwarts.

You could never know what's it's like
Your blood like winter, freezes just like ice
And there's a cold, lonely light that shines from you
You'll wind up like the wreck you hide behind that mask you use
And did you think this fool could never win?
Well, look at me, I'm coming back again
I got a taste of love in a simple way
And if you need to know, while I'm still standing, you just fade away

A melodia dançava no ar, misturando-se à brisa gelada do inverno. Harry, distraído, movia o pé esquerdo de leve, acompanhando o ritmo suave da música enquanto olhava além das árvores, para a cabana de Hagrid, que parecia distante e tranquila, coberta pela neblina do inverno.

Seus olhos, no entanto, foram inevitavelmente atraídos de volta a Malfoy. O loiro estava com os olhos fechados, o rosto sereno, deixando-se levar pela música. As palmas de suas mãos estavam abertas e apoiadas na grama úmida, com o tronco inclinado levemente para trás. Suas pernas estendidas, os pés batendo suavemente no ritmo da canção, davam a ele uma aparência despreocupada, quase vulnerável.

Havia algo curioso na cena — algo que Harry não estava acostumado a ver em Malfoy: um momento de entrega total à simplicidade de uma música, sem barreiras ou máscaras. Por um breve instante, o peso das rivalidades e mágoas parecia ter desaparecido, deixando apenas duas almas compartilhando a mesma canção em meio ao frio cortante.

Don't you know I'm still standing better than I ever did?
Looking like a true survivor, feeling like a little kid
I'm still standing after all this time
Picking up the pieces of my life, without you on my mind

"I'm still standing, yeah, yeah, yeah," Harry cantou com entusiasmo, o sorriso se alargando ao ver Malfoy lançar-lhe um olhar discreto. O loiro desviou o rosto, mas Harry notou o leve sorriso que apareceu por um segundo, e isso foi o suficiente para uma sensação estranha brotar nele. Ele queria ver Malfoy sorrir de verdade, e, de alguma forma, queria ser o motivo disso sem ser uma piada.

"I'm still standing, yeah, yeah, yeah!" Harry repetiu, agora mais alto, rindo da própria audácia. Malfoy, ainda sem olhar diretamente para ele, parecia levemente desconcertado, mas havia algo no ar — um momento quase genuíno, livre de julgamentos.

Foi então que uma voz familiar os interrompeu.

"Senhores?"

Ambos se viraram, surpresos, para encontrar McGonagall parada na entrada do castelo alguns metros. Malfoy rapidamente desligou o rádio, enquanto ela continuava.

"Não desejo atrapalhar, mas estaremos fechando os portões mais cedo devido à nevasca que se aproxima. Que tal se juntarem a nós no Salão Principal? Tenho certeza de que essa música poderia animar a todos, Sr. Malfoy."

Malfoy, visivelmente desconcertado, apenas assentiu, ajeitando-se para se levantar. O momento de leveza entre os dois foi interrompido, mas não completamente apagado, como uma chama que ainda fumegava em meio à brisa fria do inverno.

Harry observou Malfoy, notando o rubor em seu rosto enquanto ele se erguia do chão. O moreno repetiu o gesto seguinte dele, batendo as mãos na calça para se livrar do excesso de umidade. Eles caminharam lado a lado em direção à diretora, enquanto ela se dirigia ao Salão Principal. Contudo, Harry percebeu que Malfoy, em um dado momento, desviou o caminho, provavelmente em direção à comunal da Sonserina.

Potter parou por um instante, acompanhando Malfoy com o olhar enquanto ele se afastava, desaparecendo na penumbra do corredor.

"Sr. Potter?"

Harry virou-se para a mulher, que estava aguardando sua atenção novamente.

"Dê o tempo dele. Venha, temos biscoitos de gengibre," ela disse com um tom suave e encorajador.

No início, Potter não compreendeu completamente o que ela dissera, mas logo assentiu, absorvendo suas palavras. Ele lançou uma última olhada para o corredor já vazio da presença de Malfoy antes de seguir a diretora em direção ao Salão, onde o aroma reconfortante dos biscoitos recém-assados preenchia o ar, prometendo um momento de aconchego em meio ao frio que se instalava lá fora.

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