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Capítulo 3


Leo


— As ideias dela são boas. — Naomi espalhou alguns desenhos que Thaís havia feito. — Gosto dessa — indicou um com mais explosão de cor.

A Choi imports foi fundada nove anos atrás, quando os meus pais se separaram e Jong-Su, o patriarca, decidiu que estava cansado do Brasil e voltou para Seul. Mamãe ficou arrasada, ela ainda o amava e deixou os seus sentimentos bem claro, mas de nada adiantou. Minha família se desfez, e eu decidi transformar os limões em limonada. Aproveitei os contatos dele na capital coreana para trazer itens exclusivos a um baixo custo. A coisa escalonou e cresceu inesperadamente.

No final das contas, meu poderoso pai, rico e influente, terminou trabalhando para mim.

Aos vinte e um anos, Naomi terminou Administração. Como a empresa era minha, ela não era herdeira da Choi Imports, mas pediu para trabalhar comigo e não havia ninguém em quem eu confiava mais do que ela para ser o meu braço direito. Nepotismo estava valendo ali, entretanto, Naomi não ganharia a vice-presidência de graça, teria que trabalhar em vários setores e se mostrar resolutiva para merecer o cargo.

Claro, ela tinha escolhido começar pela equipe responsável por trazer a sua boyband favorita ao Brasil, o que era justo, uma vez que a ideia tinha sido dela. Nós dois havíamos herdado de nosso pai o tino para os negócios e muito de sua aparência física: cabelos negros lisos e olhos puxados, mas não éramos tão magros como ele.

— Você podia ter escolhido uma saia menos justa — reclamei pela terceira vez e fui agraciado com um dedo do meio por cima do seu ombro, ela nem se dignou a virar para me encarar.

Seu corpo mais voluptuoso do que uma coreana padrão veio do nosso lado materno, o que me irritava um pouco. Ela era minha irmãzinha e eu não gostava quando os caras a olhavam como se fosse um pedaço de carne, não me importava se isso fazia de mim um hipócrita. Desde que papai foi para o outro lado do mundo durante a fase de adolescência dela, tornei-me o mais próximo que tinha de uma figura paterna.

— O que acha? — insistiu, quando não respondi de imediato.

Hum... o desenho de Thaís.

— A senhorita Caldera tem ótimas ideias.

Desta vez, Naomi parou de analisar as imagens e me deu total atenção. Braços, cruzados, sobrancelha levantada e olhos ainda mais estreitados, de quem detectava cheiro de lorota. Antes que ela pensasse que eu tinha algum interesse na nova contratada, resolvi que trataria Thaís com a maior formalidade possível na frente dos outros.

— Tem sim, ela é esperta e bonita. — Esperou um comentário meu, porém não mordi a isca. — Por que é só uma contratada? Deveria ser efetiva.

— Ela é do Julian, estou apenas pegando emprestado.

Queria "pegar" de outro jeito, mas a garota era esquiva e sempre que eu pensava que estava a um passo de ceder e admitir que tinha um interesse em mim, fugia pela tangente.

— Bem que eu gostaria de ser do Julian também, Débora é uma sortuda! — Piscou um olho. Naomi tinha uma quedinha por meu amigo quando mais nova e até ignorou Deb rispidamente na primeira vez em que a viu, porém superou assim que descobriu sobre a gravidez e subsequente noivado deles.

Teria que discordar da minha irmã, Julian que era o sortudo. Meus relacionamentos — se é que poderia chamá-los assim — não passavam de casos passageiros sem sentido. Diferente dos meus amigos, não me casei jovem, também não tive uma decepção amorosa relevante. O mais perto disso seria com Renata, a gente ia e voltava em prazer fugaz, nunca ficando por mais de dois meses juntos.

Eu já possuía trabalho demais na empresa, por que insistiria em manter uma namorada? Sexo conseguia com facilidade, se precisava sair para me divertir, havia os meus amigos e a necessidade de afeto vinha da minha mãe e de Naomi. Ao menos, era assim que eu pensava, até ver como Julian ficou diferente após Débora. Agora, Isaac arrastava a asa para Letícia. Por mais que ele tentasse negar e resistir, estava óbvio que a desejava.

Não duvidava que em breve eu precisasse arrumar novos amigos solteiros.

— Achei que tinha superado Julian, e o Caetano?

Assim como eu com Renata, eles viviam entre idas, vindas e muitas discussões.

— Se liga, irmão! — Estalou o dedo no ar. — Superei os dois, estou de olho em alguém muito melhor.

Por mais que eu fosse protetor com Naomi, nós sempre fomos muito abertos um com o outro. Claro, sem entrar em detalhes demais. Não precisava saber sobre a sua vida sexual e, até onde eu sabia, ela ainda era virgem.

No entanto, a cada novo amor e o consequente coração partido, eu estava lá com um pote de sorvete e um ombro para chorar. Não se devia ignorar os conselhos de um cafajeste, eu sabia muito bem como a mente de um canalha funcionava, pois era um.

— Peixe maior?

— Isso aí! E se eu estiver certa, não serei a única a tentar conquistá-lo.

Minha irmã era como eu, sempre maquinando algo, também era curiosa e adorava estar a par das fofocas. Infelizmente, havia aprimorado a habilidade de capturar minha atenção:

— Fala logo.

— Acho que ela está interessada em um dos TDS, só não sei qual.

Thaís estava interessada em coreanos? Tinha minhas dúvidas, já que ela não quis me acompanhar a um dos quartos do Mundo, na primeira e única noite em que nos beijamos.

Sorri para minha irmã. Havia esperança, afinal.

****

Thaís

Encarei a tela do computador, mas não consegui digitar. Apesar dos olhos estarem abertos, o cérebro desligou de tanto sono. Aos sábados, a sala que ocupava na Choi imports ficava vazia, exclusiva apenas para mim e a vontade de deitar no sofá era mais forte do que eu. Retirei os fones de ouvido e coloquei uma música agitada e sexy do TDS que sempre me dava vontade de dançar.

Levantei e movi ao ritmo da batida, torcendo que isso espantasse o sono, como costumava fazer. Não adiantou, sentei de novo.

Fiquei em pé.

Voltei a sentar.

Eu não ia sucumbir ao sono! Não ia! Não ia! Foda-se, me arrastei para o maldito sofá e ativei o despertador para dali a meia hora. Iria fechar os olhos só por alguns segundinhos...

Posso descontar o cochilo do seu salário?

J-Suga pairou perto de mim, sua mera presença arrepiou minha pele. Mordi o lábio inferior, sentindo-me uma princesa no alto do castelo, a Bela Adormecida à espera do beijo do príncipe.

— Uh-hum... — murmurei, sonolenta. — Ou pode cobrar de outra forma. — Fiz um bico com os lábios, deixando óbvia a minha intenção.

— Você fala dormindo? Ao menos está consciente de verdade para isso ser uma proposta real?

Ai, caramba! J-Suga deveria gastar saliva cantando e não questionando bobagens, ouvi o farfalhar de roupas quando ele se abaixou perto de mim. Um toque suave em minha testa me fez inclinar em sua direção. Era real, mas tão real...

Abri as pálpebras de repente e me deparei não com o astro do k-pop que eu esperava, mas com um CEO cafajeste. Droga! Fui pega tirando uma soneca no trabalho, precisava de uma desculpa rápida.

— Com licença, poderia sair daqui? — solicitei com a melhor expressão de funcionária exigente dona de si.

O que eu estava bem longe de ser. Leonardo elevou o queixo e, por sorte, aparentava estar mais divertido do que chateado. Certo, ele não me demitiria por ser um pouquinho insubordinada, né?

— Você está me expulsando da minha própria sala?! — Ele continuou muito próximo do sofá, me olhando de cima para baixo.

— Esta é a minha sala, a sua fica no final do corredor. — Mantive a posição firme, independente do seu ar superior e indiquei a porta. — O senhor está atrapalhando a minha meditação.

Cerrei as pálpebras e cruzei os dedos em cima do peito, o mais relaxada que pude. A própria cara de quem sabia o que estava fazendo.

— Meditação? É assim que se chama agora? — Não caiu em meu blefe.

Abri o olho de novo:

— Claro! Preciso relaxar para que a criatividade venha.

Ouvi sua risadinha, apesar de não ver.

— Ok, longe de mim atrapalhar! — Finalmente, ele se afastou e suspirei aliviada, mas não escutei o barulho da porta se fechando. — Fico feliz em ver que meu investimento está sendo bem gasto.

Não iria arredar o pé de onde estava ou teria que admitir que estivera dormindo. Escrever a cena da fanfic na noite anterior não me ajudou em nada, na verdade, piorou. Pensamentos sobre Leonardo e J-Suga se misturavam em minha mente, fantasia e realidade se unindo para tirar o meu sono.

Mesmo sem enxergar, podia sentir o peso de sua atenção em mim, então continuei parada.

— Você está me observando?

— De olho no investimento — respondeu.

Desistindo da pose, eu me sentei e, como tinha imaginado, o encontrei na cadeira que eu estava ocupando antes. Cruzei as pernas e apoiei as costas no sofá.

— Você me deu uma lista de mil produtos e quer que eu penere entre eles os que não são necessários, também exigiu novas ideias e o layout do show.

Deixei de fora o seu desejo de explorar o fandom.

— E?

— E vai ter momentos que vou precisar parar e pensar — expliquei.

Leonardo girou a cadeira de rodinhas, ficando de frente para a tela do computador. Não gostava que espiassem os meus trabalhos inacabados, mas ele era o chefe e eu não queria forçar a barra.

— Não estou falando nada.

O canto de sua boca levantou e eu tinha quase certeza que ele não estava lendo nada no computador, pois não mudava a página na tela.

— Mas está com esse ar julgador. — Eu não sabia o que fazer, se deveria me levantar e ir para a mesa ou permanecer onde estava.

— Talvez seja você que esteja me julgando.

Ele me tirou dos meus pensamentos, mostrando de novo sua capacidade de adivinhar o que se passava na minha cabeça. Precisava aprender a mascarar melhor as emoções em meu peito.

— Não achei que fosse aparecer aqui no sábado. — Dei de ombros.

Leo se afastou do computador e aquele sorriso sacana voltou para o canto de sua boca.

— Preciso dar satisfação de quantas vezes venho para a minha própria empresa?

Ai, merda! Fiquei em pé e alisei a blusa, indo para a cafeteira no canto da sala. Uma dose de cafeína era o que precisava para acordar e deixar de ser trouxa. Ficava em dúvida de como fazer o meu trabalho na Choi fluir, se tinha o CEO presente e sempre me rondando. Julian nunca estava por perto, deixando tudo na mão do supervisor, ali não tinha um. Eu meio que era a coordenadora do projeto ao lado de Naomi, que não costumava trabalhar aos sábados.

— Desculpe, não dormi direito.

Ofereci uma caneca de café para ele e decidi me sentar na cadeira de convidados, do outro lado da mesa.

— Noite ruim ou muito boa? — Ele assoprou a bebida antes de tomar um pouco.

— Nenhum dos dois — suspirei animada com a energia percorrendo minhas veias —, fiquei com muita coisa na cabeça.

Leo parou de fingir que estava buscando algo no computador e me deu total atenção:

— Entendo, não conseguiu parar de pensar em mim, né?

Abri a boca e fechei, chocada por ter sido pega no flagra. Como diabos ele estava ciente de que andava me assombrando na cama? Não era possível que eu fosse tão transparente assim!

— O quê?

Minha voz saiu esganiçada, o que o fez levantar uma sobrancelha.

— No trabalho... — complementou. — Se estava pensando no trabalho que eu te dei.

Óbvio! Queria bater em minha própria testa para as bobagens que saíam da minha boca.

— Ah! Sim... isso sim.

Pensando bem, não estava longe da verdade. Foram os coreanos que me mantiveram acordada, não que eu estivesse planejando modos de ajudar com o show e sim, de como levar um deles para a cama. Precisava colocar as prioridades em ordem. Com tranquilidade e controle, ele se levantou e ajustou o terno:

— Tente trabalhar com os olhos abertos da próxima vez ou irei procurar alguém que faça.

Idiota!

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Alguém mais quer dar uns tapas no Leo?



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