Capítulo 3
Porschay acordou na manhã seguinte com uma terrível dor de cabeça. Não sabia dizer à que horas havia ido dormir, só sabia que tinha apagado em algum momento, depois de ter chorado por horas em seu quarto.
A primeira coisa que veio à sua mente, assim que abriu os olhos, foi a imagem de Kim beijando o garoto lufano na noite passada.
Seus olhos se encheram de lágrimas novamente e, quando estava quase chorando, ouviu alguém bater na porta de seu quarto, era Ken, que o chamava para o café da manhã, já que não podiam se atrasar para o jogo.
Porschay balançou a cabeça, afastando aquela imagem dolorosa de sua mente, e disse à Ken que logo estaria tomando café com eles.
Ele se levantou e foi tomar um banho e vestir o uniforme de quadribol verde e prata, as cores de sua casa.
Quando terminou de se vestir, pegou sua varinha e guardou no bolso, se dirigiu para a porta de seu quarto e saiu por ela, arrumando seus cabelos de qualquer jeito, já que, em poucos minutos, eles estariam bagunçados pelo vento por conta do jogo.
Porschay era o apanhador da Sonserina, sua função era pegar o pomo de ouro, que valia 150 pontos para o seu time que, se estivesse com vantagem nos pontos, somaria e levaria a vitória para sua casa Também era sua função impedir que o apanhador do time adversário o pegasse.
Ele havia conquistado essa posição no time no segundo ano, depois de Porsche o provocar, dizendo que ele não conseguiria o vencer em uma partida.
Ele nunca fora muito fã do jogo mas, depois que começou à jogar, percebeu que gostava bastante. E gostava ainda mais de provocar Porsche depois dele vencer uma partida contra o time da Grifinoria.
Enquanto andava pelos corredores de Hogwarts, indo em direção ao Salão Principal para tomar seu café da manhã, Porschay se sentia estranho. Ele sentia que estava esquecendo algo muito importante. Só não sabia dizer o que.
Quando, finalmente, chegou ao Salão Principal, foi até a mesa de sua casa e se sentou com seus companheiros de time.
- Não comam muito, podem passar mal no jogo. - Orientou Vegas.
Porschay olhou para Vegas e, então, arregalou os olhos.
Macau.
- Macau! - Porschay gritou, atraindo a atenção de todos ao seu redor.
- Credo, Chay! - Time deu um tapa em sua cabeça. - Vai assustar tua mãe!
- Vegas, e o Macau? Ele tá bem? - Porschay perguntou, olhando para a mesa da Grifinoria, suspirando aliviado quando seus olhos pararam no grifinorio com o time de quadribol vermelho e dourado, rindo e fazendo brincadeiras com seus amigos.
- Ele tá. - Vegas respondeu, olhando para trás, em direção ao irmão mais novo. - Ele passou mal ontem, mas tá tudo bem agora.
Porschay se acalmou. Quando leu sobre a poção no dia anterior, durante a aula, descobriu que, se desse a poção para a pessoa errada, ela poderia passar mal, ou até pior, poderia morrer.
Macau percebeu que estava sendo observado por Porschay, então o olhou, sorriu animado e acenou freneticamente. Porschay sorriu e acenou de volta, estava tão feliz e aliviado por ele estar bem, que até poderia deixar ele pegar o pomo de ouro no jogo, e fazer a Grifinoria vencer.
Mas é claro que não deixaria isso acontecer. Iria acabar com Macau no jogo daquele dia.
Feliz com aquele pensamento, Porschay nem se lembrava mais de Kim e de seu coração partido. Era impressionante como Macau conseguia, ao mesmo tempo, ser o seu tormento e sua paz.
Depois de terminar o seu café da manhã, Vegas mandou todos do time se dirigirem para o campo, juntamente com o time adversário e os outros alunos.
Depois de irem para os vestiários, deixarem suas varinhas por lá, pegaram suas vassouras e, então, se dirigiram para o campo. Chegando lá, viu que todos os alunos e professores já estavam sentados nas arquibancadas.
- Eu vou ali rapidinho, e já volto. - Vegas anunciou, subindo em sua vassoura e voando em direção à cabine onde Pete estava. Ele que narraria o jogo.
Porschay pode ver Vegas chegando perto da cabine e se inclinando um pouco, dando um selinho em Pete, então voltando para o chão, onde foi recebido com risadas e piadinhas de seus colegas de time.
- Parem de me encher o saco, idiotas. - Vegas resmungou, revirando os olhos.
Ambos os times foram para o meio do campo e, em poucos minutos, o jogo se iniciou.
Porschay voou para cima, enquanto os outros jogadores iam atrás da goles e desviavam dos balaços.
Ele ficou observando os colegas de time tomarem uma surra de Porsche e Macau, que eram os melhores do time.
Macau poderia ser o apanhador de seu time, mas também participava ativamente do jogo.
- Hoje o meu cunhadinho está muito animado, gente. - Pete narrava, com uma risada. - Macau pega o bastão de Big, e rouba a goles que Vegas antes que ele à jogue em direção ao aro! Ele voa igual um raio pelo campo, ultrapassando todos os sonserinos, e sem passar a bola para os outros de seu próprio time, mas como é presunçoso! Ele se aproxima dos aros, ele vai fazer um gol? E... Nossa! Porschay!
Como todos estavam com os olhos vidrados em Macau, Porschay aproveitou e voou, tão rápido quanto o grifinorio, até Ken e roubou o seu bastão, pegou um balaço e, com toda sua força, arremessou em direção à Macau. A bola pesada bateu na vassoura e fez Macau se desequilibrar dela, quase caindo. Mas ele foi rápido e se segurou nela.
Então isso, Porschay pegou a goles e jogou para Vegas, que voou em direção aos aros protegidos pelo goleiro, mas Vegas conseguiu fazer um gol.
- Golaço! Que gol mais bonito dos sonserinos! - Pete elogiou. - Agora a Sonserina está 10 pontos à frente da Grifinoria!
Vegas sorriu e apontou para o aro, e depois, para Pete, lhe lançando um beijo logo em seguida.
- Foi o que eu entendi? Esse gol foi dedicado para mim? - Pete perguntou, vendo Vegas assentir com a cabeça. - Meu namorado é um fofo, gente! E sim, vadias da Sonserina, ele é meu, tirem o olho!
Porschay riu e olhou na direção de Macau, que já havia montado em sua vassoura novamente.
Macau fez um sinal ameaçador para Porschay, mas ele nem deu bola.
O jogo seguiu e, embora a Sonserina tivesse começado o jogo bem, fazendo mais três gols contra a Grifinoria, o time adversário havia tomado controle da situação e, agora, eles estavam com 70 pontos, enquanto a Sonserina estava com 50.
- E mais um gol feito pelos grifinorios, agora totalizando 80 ponto! - Pete anunciou, quando Macau arremessou a goles pelos aros, fazendo a torcida vermelha e dourada ir a loucura. - Se os sonserinos não se moverem agora para capturar o pomo de ouro, eles estão lascados, e a Grifinoria ganha este jogo!
Enquanto Pete falava aquilo, Porschay olhou em volta, à procura de Vegas. Quando o encontrou, o capitão do time fez um sinal de positivo. Estava na hora dele pegar o pomo e vencer aquela partida.
- Macau, o que você...
Porschay olhou em direção à cabine, vendo que Macau havia pego o microfone de Pete.
- Desculpinha cunhado. - Macau pediu, sorrindo nervosamente para os alunos e professores, que protestavam por ele ter interrompido o jogo num momento tão decisivo. - Desculpa, colegas e professores, mas eu preciso falar algo que está preso na minha garganta.
Porschay desviou a atenção para Porsche, que também encarava, sem entender, o colega de time.
- Porschay!
Ele olhou assustado para a cabine, para Macau, que olhava para ele de volta, com uma expressão estranha.
- Macau, o que você está fazendo? - A voz de Pete pode ser captada pelo microfone.
- Apenas estou tomando coragem para abrir meu peito, e declarar meus sentimentos. Se não o fizer, sinto que vou padecer. - Macau respondeu.
Porschay se desesperou, o que diabos Macau iria falar?
Será que... Ah, não. Por favor, não!
Antes que pudesse impedir, as palavras saíram da boca de Macau:
- Porschay, eu tô loucamente apaixonado por você! Eu amo você! Quer namorar comigo?
Porschay gemeu, enquanto ouvia os gritos de todos na arquibancada.
Sim, era o que pensava: a poção ainda estava no organismo de Macau.
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gente desculpa a demora 😭😭 eu tava com um bloqueio do caralhokkkk mas eu prometo que não vou demorar pra postar o próximo cap
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