Capítulo10 - Surpresa
Oie beninos e beninas!!!
Esqueci de avisar ontem, até porquê esqueci que esse final de semana que é o carnaval (haha), mas de ontem até terça vai ter capítulo TODO DIA!
aewwww!!!
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Tenham uma leitura mara!!
Está tudo bem, está tudo ótimo!
Palavras tem poder e essas vão fazer efeito em nome de Jesus, nem que seja apenas um dia.
A caixa em minha mão balança de leve, mas faço meu máximo para mantê-la firme. Última coisa que preciso agora é que isso estrague.
Esses últimos dias tem sido razoavelmente melhor, e não é por causa do sexo, que vinha fazendo falta na minha dia, mas ter a ajuda do Han para tentar resolver essa bagunça, é de um alivio enorme.
Tenho certeza que vamos descobri o que diabos aconteceu, e ajudar a Nina. Mas agora, mesmo que ela não queria, vamos comemorar o aniversário dela.
Não pode ser chamado de comemoração, é apenas um bolo de chocolate, com o presente que a Line e a Belle mandaram. Talvez isso a anime um pouco.
Olho para o relógio e ela tem voltado tarde das aulas de krav maga essa semana. Quando sugeri que fosse comigo, nunca imaginei que ela se empolgaria assim. Vai todos os dias, faz até duas aulas.
Até achei eu podia ter algo entre ela e o professor, mas não, além de muito magoada, acho que ela nem ao menos reparou que ele é homem. Um bem gato por sinal, e com uma pegada maravilhosa. Mas não é o ponto aqui.
Isso vai me dar um tempo para desembalar o bolo, encher alguns balões e pegar alguns salgadinhos que nossa vizinha faz. Só nos duas, dorama, bolo e cerveja. É acho que ela pode gostar.
No elevador estou quase quicando, mas não de ansiedade, mas com uma vontade absurda de fazer xixi. Tem alguma lei cósmica que faz a gente ficar apertado chegando em casa? Deve ser engraçado assistir nosso desespero para achar a chave enquanto aquela gotinha ameaça a sair.
Qualquer vontade de ir ao banheiro vai embora quando vejo a cena na porta do apartamento, ou desceu tudo ali mesmo e nem percebo.
O clima pesado é palpável a quilômetros, enquanto os dois fingem que o outro não está lá.
Caleb é o primeiro a me vê e um sorriso largo abre em seu rosto. Por um segundo meu peito para de bater e não sei nem mais o meu nome, até que o "oi" animado do Nate me traz de volta.
— Oi? – estou tão atordoada que nem lembro mais em que minha mente estava vagando. — O que estão fazendo aqui? E juntos?
— Não estou junto com ele – Caleb quase tropeça nas palavras —, estou em São Paulo para uma convecção e vim ver a como a Nina está e da parabéns. E claro ver você também.
— A Belle te mandou, não é? – arqueio a sobrancelha equilibrando o bolo na mão enquanto abro a porta.
Caleb apenas rir tentando me ajudar, mas não deixo que me toque.
— E você só veio ver sua irmã?
— Não só – Nate também tem uma caixa na mão e uma sacola na outra, mas ele eu deixo que me ajude pegando minha bolsa. —, além de aniversário dela, preciso saber o que está acontecendo.
— Você não é o único querendo saber. – deixo as coisas na mesa da cozinha olhando para os dois — Vai fazer bem para ela vê vocês. Contando que não se matem.
— Não se preocupe com isso, pelo menos digo por mim – Caleb foca seus olhos em mim —, sou maduro o suficiente para ficar algumas horas no mesmo lugar que esse ai.
— É, estou vendo, super maduro. – resmungo para mim mesma. — Senhor maduro, vai na vizinha do lado e pegue os salgados, não tem muitos, não sabia que ia ter mais que eu e ela aqui.
— Ah, eu trouxe bolo – Nate rir —, tem chocolates também.
— Vou lá – Caleb ignora Nate e me estica uma saco que não tinha notado. — é cerveja.
Assim que apoio a sacola na minha mão, ele a solta e sai do apartamento parecendo uma criança mimada.
— Como ela está? – Nate pergunta assim que a porta bate.
— Péssima! Ela quase não conversa comigo. Quando não está nas aulas de krav maga, se enfia no quarto bebendo e chorando.
— Falei para ela ir passar uns dias lá em casa, mas ela não quer que a Gabi a veja assim.
— Nate, ela vai falar qualquer coisa para não ter que lidar com ninguém agora. Por isso parei de perguntar, e estou procurando outros meios para descobri o que aconteceu.
— Outros meios? – junta as sobrancelhas grossas.
— O Han, cunhado da Belle. Ele tem vigiado aquela maluca da Hana. Demorou um pouco para acha-la, já que foi para China no mesmo dia que a Nina voltou para cá, aparentemente uns dias antes as duas foram parar na delegacia, mas ainda não sabemos porquê. Mas agora ele está revirando tudo da vida dela.
— Acha mesmo que ela tem algo a ver com isso? – sua voz saí apreensiva.
— Claro, aquela garota é capaz de fazer qualquer coisa, olha que fez com você! – respiro fundo — Sinceramente acho que nem é mais para ficar com o Cheol, acho que ela só quer ter a satisfação de vencer.
— Uma sociopata mimada, ótima combinação – ironiza.
O som da porta se abrindo tira nossa atenção, e com uma expressão de poucos amigos, Caleb passa pela porta com uma pequena bandeja.
— Obrigada. – falo terminando de organizar o que Nate trouxe.
— De nada. – se vira colocando as cervejas que tinha me entregando na geladeira.
Silêncio constrangedor pesa entre nós três. Acho que não tem como ser diferente, não somos exatamente amigos aqui.
Quando conheci o Nate, não teve como realmente conhecer, já que Nina e a Belle o expulsavam sempre que tentava se aproximar, mas mesmo assim ele teve a coragem de me adicionar no facebook. No começo deixei ele de molho lá por alguns meses, até que cheguei à conclusão de que ele provavelmente só queria saber da irmã, e estava certa. Começamos a conversar e, não falo que somos amigos, mas algo do tipo.
Já com o Caleb, as coisas foram feias, pelo menos para mim. Vamos apenas dizer que depois dele, aprendi bem a esconder e trancar bem qualquer coisa que sinto, o que para falar a verdade nunca mais aconteceu.
Caleb odeia o Nate por motivos óbvios.
Ainda bem que o silêncio durou pouco mais de cinco minutos, quando o som da porta sendo destrancada soa, e nos aprontamos. Assim que a Nina passa pela porta nós três gritamos "surpresa!" o mais alto que podíamos.
Nina abaixa o corpo colocando a mão no peito soltando um pequeno palavrão.
Mas quando levanta o rosto, somos nós que quase xingamos com a surpresa.
Seu rosto magro e com olheiras, está com um lado vermelho e inchado, com um machucado em cima da sobrancelha direita que ainda desde um pouco de sangue, do mesmo jeito que o canto da sua boca.
Mas o sangue não para ai. Sua blusa azul está manchada com o espeço liquido que fica quase preto com a cor da blusa, e até seus dedos estão machucados.
— Nina! – corro em sua direção tentando olhar melhor seu rosto — O que aconteceu?
— Nada. – se afasta do meu toque passando por mim.
Deus me dê paciência, porque se o Senhor me der força, me torno uma sith lady e mato minha amiga.
— Não acha mesmo que a gente vai cair nessa, não é? – Nate se aproxima da irmã
— Não foi nada – revira os olhos —, uma bicicleta me atropelou. – ela não está nem fazendo esforço para mentir.
Em um piscar de olhos Caleb passa por mim cruzando a sala e quase joga o Nate para o lado colocando a mão com cuidado no ombro da minha amiga.
— Alguém fez isso com você? Quem te machucou? Vamos na delegacia prestar queixa.
— 'Tá' doido Caleb? – Nina se afasta tentando disfarçar a dor — Não foi nada.
— Concordo com o Caleb – essa é nova —, devíamos prestar queixa, aquela garota te seguiu para cá? – Nate volta a se aproximar.
— Puta merda, qual o problema de vocês? – se afasta brava — Já falei que não foi nada. – se afasta mais um pouco — Vou me lavar enquanto esquecem essa merda e comer bolo. Mas sem parabéns por favor. Só quero me entupir de açúcar.
Ela não dá um passo mas Nate segura seu braço.
— Cacete Nina! Para com isso, para de se fechar, como diabos vamos te ajudar se você se tranca assim? Conta o que aconteceu em Seul, com o Cheol – quando Nate fala o nome do Cheol, a expressão da minha amiga, passa por dor e depois raiva —, você tem que ter um bom motivo para ter deixado ele lá sem dizer nada. – ela olha para mim com raiva mas logo levanto as mãos na defensiva — Ele me contou a verdade, não a mentira ridícula que inventou para o nossos pais que você decidiu aceitar um emprego aqui e terminou com ele. Sem contar que claramente não está trabalhando.
"Eu vi vocês juntos Nina, você o ama, de verdade. Nunca tinha te visto daquele jeito, com os olhos explodindo felicidade, mesmo com tudo que estava acontecendo. Sei que não o abandonaria assim. Por favor, me deixa te ajudar, nos deixe te ajuda."
Um segundo.
É nesse um segundo que tudo acontece. Vejo um deslumbre no rosto da minha amiga em cogitar contar, mas no meio segundo restante, seu rosto contorce ainda mais em raiva e é quando ela acerta um soco bem no meio do rosto do irmão, que cai no sofá.
— Não sou a porra de uma princesa em perigo que precisa ser resgatada. – ela fala com tanta raiva que até o Caleb se afasta.
Acho que a Nina vai fazer o mesmo, mas ela avança para cima do irmão e o soca, jogando seu corpo no chão. Nate tenta se defender mas acaba empurrando a irmã para o lado a fazendo acertar a mesa de centro.
— Desculpa! – Nate senta olhando a irmã que tem o cabelo cobrindo o rosto.
Se levanta indo em sua direção mas assim que se aproxima ela chuta com força sua barriga o jogando de volta para o sofá que é empurrado junto.
— Para que está se desculpando? – ela levanta jogando o cabelo de lado — Papai não está aqui para brigar com você. Sei que quer me dar uns socos a muito tempo, aproveite a oportunidade.
Ela se apronta para ir para cima do irmão de novo, mas Caleb segura sua cintura a puxando pressionando contra a parede.
— Que merda você está fazendo Nina?
Dá uma risadinha irônica.
— Do que está reclamando? Está doido para fazer isso com ele. Não está satisfeito em apenas olhar?
— Essa não é você!
— Acha que me conhece por que? Porque fui a primeira com quem você fudeu? Você não me conhece Caleb! Não é o tipo de cara que se tem conversas profundas. Você é do tipo que não se lembra do nome depois do sexo. Então não vem com essa de me conhecer. Agora me solta!
Aquilo doeu, nele, em mim e provavelmente no Nate. Mas Caleb a aperta mais forte e engole o tapa de palavras.
— Pode falar o que quiser, não vou te soltar até se acalmar.
— Acha que não vou te bater só porque é a droga de um delegado? Me solta e me deixa em paz, é melhor para você.
— Não...
É tudo que ele fala antes do grito de dor quando a Nina deu uma cabeçada no seu nariz, fazendo Caleb a soltar, e com força ela pisa no seu pé e dá uma cotovelada no estômago.
— Falei para me deixar em paz! – cospe as palavras com raiva.
Já via Nina brava, mas aquilo nos olhos dela não é apenas raiva, é ódio, não direcionada a nenhum dos dois, aquilo parece mais de si mesma.
Pega a bolsa que agora está no chão e olha cheia de culpa para os dois, antes de fechar os olhos e passar por mim.
— Parabéns para mim! – fala com a voz quebrada antes de bater à porta atrás dela.
Não consegui me mover, não conseguia fazer nada. Parece que minha alma saiu do meu corpo e fiquei observando tudo dali de cima, até que senti braços envolvendo meu corpo.
— Não precisa chorar Van – a voz do Nate me acolhe e é apenas ai que noto estar realmente chorando.
— Não sei como ajuda-la! – escoro meu rosto contra seu ombro e deixo tudo sair.
Tudo que estou guardando apenas para mim desde o dia que a vi sentada na porta de casa chorando. Desde esse dia me sinto uma inútil, uma péssima amiga.
— Também não sei. – Nate me aperta mais com a voz chorosa — Mas acho que podemos começar ajudando o doutor delegado ali.
Me afasto olhando para o sofá torto onde o Caleb se retorce em dor com o nariz sangrando.
— Ai, senhor! – me afasto do Nate e corro para pegar o saco de gelo.
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