Capítulo 40 - Home
Hoje o bom humor paira o Brasil!! (haha) E nada mais justo do que ter um capítulo nesse dia lindo e ensolarado, onde a kobra... ops, Karol Conk foi eliminada do BBB com lindos 99,17% dos votos. Olha q coisa linda!
Já ai que estamos todos de bom humor, aproveita e me segue lá no Instagram (link na bio), vota e deixa um comentário me falando oq achou do capítulo que ajuda muito essa escritora q vôs fala. Já agradeço de antecipadamente.
Esse capítulo saiu meio inusitado. Não tinha planos de fazer um capítulo narrado por ela, maaaas, a bichinha implorou por um... hahaha
Espero que gostem. Tenham uma leitura Mara!
Sinto a seda passar pelo meu corpo enquanto uma voz baixa me chamar.
Remexo na cama contorcendo meu rosto com o som, que insiste em tentar me acordar.
— Não – resmungo.
— Senhorita Shin, está na hora de acordar. – A voz doce da ajumma fica um pouco mais alta.
— Ajummaaa! – choramingo puxando o lençol de seda para cima da cabeça.
— A senhorita faz isso desde criança, alguma vez deu certo? – dá uma risadinha quase nostálgica. — E a senhorita tem reunião em duas horas.
De má vontade me sento na cama olhando seu enorme sorriso enquanto vai em direção a porta.
— Aigo! Nem parece que já é uma mulher adulta!
— Sou adulta – retruco —, só ainda odeio acordar cedo. – Viro o rosto encarando a janela grande observando os raios do sol que a pouco iluminavam o outro lado do mundo.
Me arrasto para fora da cama e abro a porta dupla que leva para o meu closet, pego um dos meus ternos favoritos, uma branco Chanel com detalhes dourados, um Louboutin vermelho, alguma maquiagem e estou pronta para mais um logo dia.
Entro na sala e minha primeira refeição do dia está posta. Apresso meu passo e antes mesmo de sentar direito, já estou colocando um pouco de mingau na boca.
— Como devagar senhorita – ajumma dá uma risadinha colocando um pouco de suco no meu copo.
— Está uma delícia! Como sabia que estava com vontade de comer isso?
— Conheço a senhorita a vida inteira, e notei que sempre fica um pouco nostálgica depois de falar ou vê o senhor Han, e gosta de comer algo que lembra ele.
Pisco algumas vezes vendo um sorrisinho crescer no seu rosto.
— Aigo! – reviro os olhos, mas não consigo segurar a risadinha — Por acaso minha mãe deu notícias? – tento mudar de assunto
— Sim, ela ligou procurando a senhorita ontem, e disse que volta para casa hoje a noite.
— Droga, achei que ela ia demorar mais para voltar. – Respiro fundo — Pode arrumar algumas das minhas coisas? Mais tarde passo para pegar e ir para um hotel.
— Claro. – Responde, mas sem esconder seu tom de reprovação. — A senhorita sabe que não pode fugir da sua mãe para sempre, não é?
Escoro na cadeira depois de engolir a última colherada do meu mingau.
— Eu sei. Mas não quero voltar para China, não ainda...
Levanto da mesa antes que aquela conversa perdurasse mais, me despeço e saio para a garagem onde o motorista me espera com a porta aberta.
— Bom dia senhorita. – Fala com um largo sorriso.
— Bom dia senhor Byun.
O silêncio da pequena viagem da minha casa até o escritório é interrompido com o som de mensagem chegando no meu celular com o nome do Han.
Oppa: "Dormiu bem? Comeu?"
Sorri começando a digitar.
Você: "Como um bebê! Não acredito que já esqueceu que a ajumma nunca me deixaria sair de casa sem comer pelo menos uma tigela de arroz."
Você: "E você?"
Oppa: "Nunca esqueceria dela! Ainda bem que você continua a ouvi-la."
Oppa: "É sempre durmo bem, quando não tem o Ji resmungando a noite toda tentando trabalhar"
Você: "Hahaha"
Oppa: "Joohyun-ya, quer jantar comigo hoje?"
Encaro a tela clara por dois segundos antes de responde.
Você: "Ye! Onde te encontro?"
Oppa: "Vou fazer a reserva e te envio o endereço"
Você: Ok! Dê o seu melhor no trabalho. Hwaiting!!"
Volto com o celular para bolsa no momento que o carro para em frente ao prédio da empresa.
Por onde passo pela empreso as pessoas se curvam me dando bom dia, até mesmo os que são mais velhos que eu. Não acho que deveria me sentir assim, mas todas as vezes que isso acontece, minha mente começa tocar Unstoppable da Sia. Me sinto muito girlpower, principalmente porque tem muito homem nesse lugar que acha que não deveria está aqui, mesmo esse lugar tendo sido fundado por uma mulher.
Chego no meu escritório, e acho estranho como a minha secretaria parece tensa. Me deu um bom dia sem me olhar nos olhos e disse que iria pegar chá.
Normalmente ela é animada e com um sorriso enorme, mas não falei nada, apenas assenti e abri a porta enquanto a via sumir em direção a cozinha.
Quando entro na sala meu corpo inteiro petrifica e sinto meu sangue congelar revirando meu estômago.
— Omma? – falo um pouco alto olhando a mulher de vestido me encarado com severamente. — O que a senhora está fazendo aqui? – pergunto fechando a porta atrás de mim.
— Acho que sou eu quem deveria está fazendo essa pergunta. Você abandonou seu cargo, veio para Seul sem a minha autorização, tem ignorado minhas ligações por dias. – Ela levanta da cadeira vindo em minha direção — Acha que isso aqui é alguma brincadeira Joo-Hyun? Acha que pode fazer o que quiser, que por ser sua mãe vou apaziguar tudo?
Respiro fundo, fixo meus olhos dentro dos dela e tento manter minha voz em um tom baixo.
— Claro que não espero isso de você, omma! Tentei apenas ser lógica, a senhora estava do outro lado do mundo, o escritório na China estava tudo encaminhado, não precisariam de mim lá, então tomei a iniciativa de vim ver e aprender mais do que acontece aqui, afinal o seu intuito é um dia se aposentar e deixar tudo comigo.
Ela dá uma risadinha se sentando no sofá branco.
— Quer mesmo que eu acredite nisso? Que está aqui apenas para aprender, e que não tem nada a ver com o Han? – cruza os braços e as pernas esperando que me sente a sua frente. — Não acredito que fez isso por causa de um homem. Te criei melhor que isso!
Essa doeu.
Meu pai nos abandonou quando tinha cinco anos, levando mais da metade da empresa que minha avó deu o sangue para construir, e ela demorou anos para poder reconstruir tudo de novo praticamente sozinha.
Não era nada pessoal contra o Han, ela gosta muito dele, mas depois do que aconteceu com meu pai, ela não é exatamente uma fã de homens no geral.
— Não vou mentir para senhora, tem uma parte que quer fica sim por causa do Han, mas não é apenas isso. Quero ficar com meu cargo aqui, sinto falta da minha cidade, da minha casa, dos meus amigos. – Tento relaxar meu corpo tentando abri um sorriso — Admito ter gostado muito do seu cargo omma.
— Claro que gostou – retruca desfazendo a amarra dos braços. — Se queria voltar, por que não apenas me pediu?
— Porque queria mostrar que dou conta.
Antes que ela respondesse, minha secretaria entra na sala trazendo uma bandeja com conjunto de chá azul turquesa de procela coreana, e com cuidado coloca na mesa entre nós e depois de se curvar sai da sala me jogando um olhar ligeiramente preocupado.
Me aproximo da mesa e coloco um pouco de chá para minha mãe, depois para mim.
— Nunca duvidei da sua capacidade, filha – fala depois de um pequeno gole do chá. — Mas ainda assim, você abandonou seu cargo sem autorização, e não posso deixar isso impune.
Mesmo o chá descendo queimando minha garganta, não amenizou o frio que tomou minha barriga.
— Entendo perfeitamente, omma. – Curvo um pouco meu corpo e coloco o xicara na mesa.
Seus olhos castanhos encararam os meus, mas não severa, algo que não consegui identificar direito.
— Vai ficar afastada por duas semanas sem remuneração, começando imediatamente. – repete o meu movimento colocando a xicara na mesa, depois endireitando sua postura. — Depois disso, vai voltar para China. – Meu peito dispara e um pequeno nó se forma na garganta e abaixo os olhos encarando o tapete azul — Quero que arrume suas coisas e treine o sucessor, a sua escolha, para o seu cargo. – Levanto minha cabeça rápido demais e sinto minha boca se abrir.
— Obrigada omma! – dou um gritinho atravessando a mesa e me jogando em cima dela com um abraço apertado beijando sua bochecha.
— Calma mocinha – rindo me afasta com gentileza virando o corpo para ficar de frente para mim. — Vou tirar um ano sabático, e nesse um ano vai está tudo nas suas mãos, toda a responsabilidade. Depois vamos ver como a empresa anda e dependendo dos resultados, posso ponderar a possibilidade da minha aposentadoria.
Apavorada estou, mas amando ainda mais.
— Obrigada, obrigada, obrigada! – dei mais alguns beijos na sua bochecha. — Não vai se arrepender.
Abre um pequeno sorrio repousando sua mão sobre minha bochecha.
— Sei que não. – Poucos segundos depois, se afasta dando dois tapinhas leve na minha coxa — Agora vá para casa, suas duas semanas acabaram de começar.
Levantou indo para mesa pegando os documentos que tinha deixado preparados para reunião de hoje.
Ela não me olhou quando me curvei para sair, nem respondeu quando dei tchau, mas vi seus olhos brilharem para mim pouco antes de fechar a porta.
Quando cheguei em casa me tranquei no escritório jogando meus sapatos em um canto e comecei a analisar, estudar os históricos e desempenho dos funcionários que trabalhavam comigo na China.
Posso sentir os olhos em mim enquanto entro no La Yeon. Não que isso seja algo incomum, mas sinto algo estranho, como um pressentimento ruim vindo junto com esses olhares.
Olho em volta, mas nada de irregular para um restaurante daqueles.
— Senhorita Shin? – um homem novo com um largo sorriso me chama se curvando — Vou leva-la até o senhor Go.
Nada incomum os funcionários de estabelecimentos dessa qualidade saberem quem sou eu, mas isso ainda não é o que está me dando essa sensação ruim.
Ando atrás do homem bem vestido até que vejo os olhos do Han que fazem, seja o que for aquela sensação desaparecer.
Na mesa duas taças e a garrafa do meu vinho favorito esperam junto com o grande e mais lindo sorriso que já vi.
— Você está linda! – seus olhos não correm meu corpo, mas ficam fixos dentro dos meus.
O mundo deu uma parada brusca naquele momento, e por um instante senti de volta a sete anos atras. A forma como ele me olha não mudou, e aquilo faz o anel que nunca tirei do meu dedo anelar ficar ainda mais precioso.
Não sei quando o homem foi embora, não sei quando me sentei, na verdade nem ele. Apenas notei que não estava mais em pé quando sorri o vendo todo refinado tomando vinho.
Mesmo sabendo que esse sempre foi o nosso futuro, ainda parece irreal de algum modo.
— Você não parece tão tenso quanto no casamento. – O encaro por cima da taça.
Seu rosto ficou um pouco vermelho.
— Sempre fiquei um pouco nervoso perto de você.
— Com certeza não me lembro disso.
— Estava ocupada demais colecionando corações na nossa escola para perceber. – brinca.
— Uwa! – dou uma risada irônica — Mas é um bobo exagerado.
Dá uma risadinha bebendo mais um pouco do vinho.
— Sabe que não é sério! Mas fico nervoso depois de tanto tempo e perceber que algumas coisas não mudaram... dentro de mim.
— Sei exatamente o que quer dizer – falo penetrando seus olhos com os meus.
Sentimentos não ditos pairam no ar quase implorando para saírem, não apenas de mim.
O clima acaba quando um garçom começa a colocar alguma das minhas comidas favoritas sobre a mesa.
Quando foi que fizemos o pedido?
— Quando vai voltar para China? – Han pergunta depois de coça a garganta.
— Em duas semanas – coloco um pedaço de carne na boca.
— Tão cedo? – os seus olhos, sua voz, sua expressão, tudo era uma clara e transparente decepção.
— É, tenho que voltar para poder escolher e treinar o meu sucessor. – Tento, mas não consigo esconder o sorriso.
Han quase deu um pequeno pulinho na cadeira, enquanto seu rosto se contorceu em um grande sorriso.
— Sucessor? Isso quer dizer que vai voltar para Seul?
— Vou sim, minha mãe vai entrar em um ano sabático e vou ficar no seu lugar.
— Joohyun-ya, isso é incrível. Parabéns! – sua mão atravessa a mesa segurando a minha.
— Obrigada – minha voz sai como um suspiro leve e intoxicado.
Dentro do carro, a mão do Han nunca soltou a minha.
As coisas que por tanto tempo pareciam apenas parcialmente certas na minha vida, finalmente parecem está... no lugar? Não, não é essa palavra, estou me sentindo confortável, em casa.
No caso literalmente também.
O carro para em frente os grandes portões negros e meu corpo vira em sua direção.
— Quer entrar? – pergunto antes que posso me dar boa noite, quero ficar mais com ele — Ajumma fez aqueles bombons de quando éramos crianças. Ela anda bem nostálgica ultimamente.
— Impossível dizer não para os bombons. – o alivio soa docemente dos seus lábios.
Peguei uma cestinha com os bombons e a garrafa de Bourbon doze anos da minha mãe, e nos servi, sentados de frente para o jardim dos fundos, mas ainda dentro de casa, observando o gramado verde e a cerejeira sem flores.
— Sua mãe vai te matar – aponta para a garrafa colocando um dos bombons na boca.
— Vou colocar a culpa toda em você – rio.
— Acha mesmo que não vou te dedurar?
Viro meu corpo fingindo o olhar chocado.
— Olha a audácia! – me estico para tentar pegar seu copo — Não merece mais o bourbon!
Posso sentir o calor do seu corpo aumentando a temperatura do meu. Seus olhos, sua boca. Tudo faz crescer o calor que toma cada célula do meu corpo.
Quero muito beija-lo.
Mas em vez de avançar, retrocedo ficando em pé.
— Está uma noite tão bonita, não é? – minha voz tremula enquanto abro a porta de vidro e o vento fria refresca um pouco o calor do meu corpo. — Vamos olhar as estrelas. – Tiro os chinelos e pulo para sentir a grama gelado passar pelos meus pés.
O vento frio bate no meu corpo enquanto o inspiro com força, e o fino tecido do meu vestido bater nas minhas pernas.
— Joohyun, está frio!
Meu corpo volta esquentar apenas com o som da sua voz.
A um passo de mim, Han para começando a tirar o terno, mas o paro repousando minha mão sobre seu peito, olhando dentro dos seus olhos.
— O que exatamente estamos fazendo? – nem parece que estava respirando nos últimos minutos.
Soltou o tecido colocando sua mão sobre a minha, e lentamente subindo pelo meu braço até que ela se encaixou perfeitamente entre meu rosto e meu pescoço. Sua outra mão desceu pelas minhas costas, até a cintura, me puxando apenas mais um pouco para perto.
— Quero recuperar o tempo que perdemos. E você?
Meus dedos correram por seu rosto esperançoso e paciente. Apenas cinco centímetros nos separam.
Levei minha mão até sua nuca e entrelacei meus dedos em seus cabelos negros e avancei o pouco espaço que separava nossos lábios.
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