Capítulo 31 - Obcecada
— Quero postres em todas as estações de metro dessa cidade, está me entendendo? E eletrônicos em cada esquina de Gangnam-gu!
— Senhorita Bae, isso não vai sair barato. – A voz baixa da mulher do outro lado do celular me irrita.
— Por acaso estou perguntando preço? Sabe com quem está falado? Apenas faça o que estou mandando. AGORA! Quero isso tudo até o final do dia.
— Senhorita, tem outros anúncios, fizeram contrato, não vão apenas quebra-los.
— Não me incomode com sua incompetência! Eu quero até o fim do dia, e se gosta de ter um emprego, é melhor fazer o que quero.
Desligo o aparelho olhando para o lado de fora, os arranhásseis de Seul, que logo estariam com seu rosto em todo o canto. Aquela empresinha ridícula que o oppa assinou, não sabe fazer marketing, então faço por eles.
Se é uma estrela que meu amor quer ser, é exatamente isso que vai se tornar. O mundo vai saber quem é Lee Cheol, graças a mim.
Quando vê o que estou fazendo, de como o apoio e amo, com certeza vai finalmente se declarar para mim, e vamos poder ficar juntos.
Para sempre.
Uma imagem linda de nós dois juntos com um menininho correndo pela casa, enquanto toca violão, aquece todo o meu peito, e um sorriso cresce em meu rosto.
O carro para no sinal e ainda visualizando meu futuro, sou puxada de volta quando meus olhos capta os longos cachos ao vento, atravessando a rua.
Seu rosto vira devagar na minha direção, e sorri, antes de voltar a se misturar com as outras pessoas.
É ela!
Tiro o sinto e saio do carro sem olhar, escuto o som de freios e o cheiro de borracha queimada. Mas meus olhos continuam fixo na direção que aquele amontoado de cachos foi e quando noto minhas pernas estão correndo em cima do salto, e meus olhos a procuram no meio das pessoas.
De moletom preto, com os longos cabelos cacheados a vejo parada de frente para mim, olhando dentro dos meus olhos, esponto um sorriso vitorioso do outro lado da rua.
Sem tirar os olhos dela, vou em sua direção empurrando seja quem fosse da minha frente, sem olhar os carros, apenas sigo em sua direção, que continua a mesma, sem se incomodar com a minha a proximidade.
Vadia!
Na metade da rua, sinto uma mão puxar meu cabelo com força e meu corpo é levado para trás no segundo em que um caminhão passa em toda a velocidade na minha frente.
— Chugŭlle? – uma senhora que devia ter quase cinquenta me olha assustada. — Você nem ao menos olhou antes de ir, garota!
A ignorando, olho para onde o objeto do meu ódio deveria estar, mas não tem ninguém lá.
— Você viu uma mulher ali? Uma estrangeira de cabelos cacheados parada bem ali? – aponto para o lugar olhando para a senhora.
— Única coisa que vi foi você quase sendo atropelada.
Merda! Será que estou alucinando? Não! tenho certeza de que era ela.
Dou as costas para a senhora e volto para o carro, procurando o contato do senhor Kim, e mando que ele consiga as imagens das câmeras daquela rua.
— Isso não pode está certo – bravejo com raiva — Tenho certeza do que vi!
— Senhorita Bae, não tem ninguém ali – aponta para a esquina que a uma hora tinha certeza ter visto a Nina me olhando. — Olha:
Volta as imagens, e não tem nada ali. Apenas eu olhando para a calçada vazia e entrando sem olhar para o trânsito, até que a senhora me puxou, segundos antes do caminhão me acertar.
Respiro fundo algumas vezes. O que está acontecendo comigo? Por que estou vendo logo ela?
— Já a achou? – pergunto entre os dentes fechando o notebook com força.
— Ainda não – sua voz saí tremula — Ninguém entrou ou saiu do apartamento no Brasil, nem no daqui. Mas... – ele pondera olhando para um dos funcionários — a alguns dias, Lee Cheol, foi até o prédio, mas subiu direto para o apartamento do Go Ji, vimos eles saindo juntos de carro algumas horas depois.
Respiro fundo, uma, duas, três vezes.
— E porque seu desgraçado, está me contando apenas agora? Eu te pago para me dá informações na hora, não depois de dias. – pego uma pasta na mesa e o acerto com força na cabeça. — Como ele estava? Parecia feliz? Triste? Chorando? Vigiou o lugar depois que ele saiu? Mandou alguém segui-lo? Tem alguma chance dela está dentro daquele prédio?
O seguro pelo colarinho exalando ódio.
— Quero respostas, quero saber cada movimento do Cheol, não me importa o que vai te custar. Se qualquer coisa remotamente diferente do seu dia normal acontecer, quero saber, na hora! Está me entendendo?
Devagar tira minhas mãos da sua roupa e se afasta.
— Sim, senhorita Bae.
— É melhor começar a me dar o serviço que estou pagando I-sekiya! – seguro seu rosto velho entre meus dedos, com um sorriso cheio de raiva cresce no meu rosto — Por que vou conseguir exatamente o que quero, agora cabe a você decidir se vai me dar, ou vai estar debaixo do meu sapato quando consegui.
Jogo seu rosto para o lado e saio antes que grampeasse a cabeça de alguém.
Acho que minha sanidade está escapando pelos meus dedos. Isso não tem que ter explicação racional. A vadia estrangeira some, e de repente começo a vê-la em todo lugar? E nunca tem nenhum vestígio dela.
Com tanta pessoa melhor para poder ver, tem que ser logo ela?
Bato as unhas atrás do Ipad com capa laranja olhando fixamente para cada pasta, com foto, vídeo e documento importante, quando sinto uma mão no meu ombro, meu corpo se sobressalta.
— Está tudo bem? Te chamei três vezes – Dong aparece no meu campo de visão com um sorriso alegre.
Travo o aparelho e coloco de lado.
— Cabeça cheia – sorri de volta. — Achei que viria apenas as três.
Sorrindo vira o celular e vejo que são três e dez da tarde.
— Nossa, perdi completamente a noção do tempo, e ainda pulei uma refeição. – faço um bico manhoso.
— Quer ir comer em algum lugar? – pergunta sentando na minha cama.
— Não estou com fome, na verdade.
— Tem algo a ver com as fotos da Nina que estava olhando? Aconteceu alguma coisa?
— Claro que não! aquilo foi algumas coisas que vi e tentei alertar seu irmão. Já devia ter apagado – falo lembrando do seu rosto, não nas fotos, mas do lado de fora da minha janela, na rua entre as pessoas, atravessando a rua, em uma loja experimentando roupa.
Cada dia que passo, a vejo com mais e mais frequência, mesmo nenhum dos detetives a terem achado, mesmo ela não estando em nenhuma câmera de segurança. Claro que parte de mim não consegue aceitar que esteja delirando, mas fatos são fatos. Ela não está nas câmeras de segurança, e ela não teria coragem de voltar. Aperto o aparelho entre meus dedos.
— Entendi – algo passa em seus olhos, mas não sei ao certo o que.
Depois de alguns dias, consegui confiar cem por cento no Dong, tudo que falou e fez condiz, isso e o fato de me contar algumas coisas do irmão, e saber mais sobre os Go. Não que os irmãos me interessem em alguma coisa, mas é bom saber como minhas iscas estão.
— Talvez você devesse ter tentado entrar da faculdade de polícia. É boa investigando os outros – aponto com a cabeça para o objeto laranja que coloquei na mesa.
— Nem morta! Ter que ficar perto dessa gente pobre e criminosos. – Sacudo o corpo com calafrios de nojo — Talvez moda. Sabe o quanto amo fazer compras, e meu estilo é perfeito. Acho que gostaria de ajudar pessoas ricas a fazer comprar.
— Não precisaria nem de fazer faculdade – brinca
— Estilistas e empresas, não aceitariam apenas meu bom gosto. Faculdade é uma obrigação. – jogo a cabeça para trás.
Não lembro como ou quando parei de pensar, em qualquer coisa que não fosse me livrar daquela garota, mas é bom pensar em uma possível carreira na moda.
Saio da cadeira e me jogo na cama ao seu lado com um pulinho.
— Ou uma melhor opção, assim que seu irmão ficar famoso e se declarar para mim, nos casamos e vou passar a vida cuidado dele.
Ele dá uma risada um pouco grosso, e sinto um pouco algo estranho que não sei identificar.
— Não acho que meu irmão esteja interessado em casamento.
Dou um tapinha no seu braço e abro um sorriso largo.
— Aí que você entra – abro um sorriso grande —, conversa com ele, mostre como sempre quis ajudar! Olha a quantidade de pôsteres dele tem pela cidade, graças a mim! Com sua ajuda tenho certeza que ele vai ver que sou a melhor pessoa para estar ao seu lado.
Um cansaço passa em seus olhos, enquanto levanta da cama e estende a mão para mim.
— Não deveria perder nenhuma refeição, vamos na padaria no final da rua comer alguma coisa. – abre um sorriso doce.
— Tudo bem – pego sua mão e depois de vestir um casaco saímos para rua.
Dong está empolgado falando da oportunidade na empresa Go, mas não estou realmente ouvindo, minha mente fantasia com o futuro, o meu futuro, quando a vejo a apenas alguns metros de mim, usando o mesmo maldito moletom preto e o sorriso.
Paro de andar, mas Dong continua parando a dois passos me olhando estranho.
— O que foi?
— Você não está vendo? – aponto para ela.
Não tem mais ninguém na rua, apenas nós três.
— Vendo o que? – segue minha mão, mas volta a me olhar confuso — Não tem nada ali.
— O que? Você não está vendo a Nina, parada bem ali? – quase grito.
— Nina? – olha de novo, mas outra vez seus olhos voltam confusos — Hanna, está se sentindo bem?
— Você nunca vai me achar. Nunca vai ficar com o Cheol! – Fala calmamente se virando e andando em direção a uma ruela na lateral.
É a primeira vez que escuto sua voz. Ela é real, não estou ficando louca!
Corro na direção que ela foi deixando Dong gritando pelo meu nome. Entro na ruela, viro em outra e mais outra, até chegar em uma rua sem saída.
Nada dela.
Escoro minha cabeça na parede de pedras, respiro algumas vezes, mas fico cada vez mais assustada. O que está acontecendo comigo?
Sinto meu celular vibrar com o poste novo de um dos meus jornais de fofoca favoritos, com o título em letras garrafais.
"CORPORAÇÃO GO DIVULGA COMUNICADO OFICIAL, ANUNCIANDO QUE FILHO MAIS NOVO DE PRESIDENTE GO, O PINTOR GO JI CASOU, E ESTÁ ESPERANDO SEU PRIMEIRO FILHO."
Merda!
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