Capítulo 27 - Chovendo Homens
Não acredito que a Nina está me fazendo voltar em casa! E a vaca nem para atender a droga do celular!
Desço do táxi e uma coisa estranha prende minha atenção.
Ji está claramente ansioso andando em frente ao elevador. Antes de chegar perto, as portas se abrem e vejo Cheol se acabando em lágrimas.
Ela fez.
No fundo não acreditei que terminaria com ele, acho que ninguém acreditou.
Aperto meus passos, acompanhando com os olhos Ji abraçar Cheol, e levando em direção ao estacionamento, enquanto entro no elevador antes que feche.
Que merda!
Assim que saio no corredor, consigo ouvi seu choro, seu peito rasgado.
Arranco os sapatos e corro os poucos metros que separam a entrada da minha amiga caída no chão, em meio as lágrimas, que tenta falar algo que parece ser:
"Precisei fazer isso", e "Ele nunca vai me perdoar".
Depois de algum tempo chorando, Nina quis manter nossos planos de procurar um lugar. Agora que o Cheol sabe que ela está em Seul, ficou ainda mais ansiosa para mudar para um lugar onde ele não a achasse. Mas a verdade acho que ela quer mesmo é fazer algo para tirar sua mente do que aconteceu, fugir da dor, nem que fosse por algumas horas.
Então levantou, trocou de blusa, colocou uma máscara e óculos, e agora estamos olhando apartamentos, que ela está zero interessada.
Entendo o que está fazendo, porque de terminar, de manter as meninas no escuro. Sei que ela aguentam o que aconteceu, e acho que a Line até vai entender o lado da Nina, mas a Belle é outra história, por isso é mais seguro esperar o bebê nascer.
Belle é rancorosa demais, e não vai deixar passar fácil, a nossa amiga não ter contado nada.
Estamos subindo o que parece ser uma ladeira eterna, e quando vejo as escadas de metal, juro que penso em deixa-la subir sozinha, mas segui atrás da minha amiga e da visivelmente cansada, corretora.
Atrás da Nina, a escuto dá um alto suspiro quando finalmente chega ao topo, e dois segundos depois, faço o mesmo.
Um vista linda daquela parte de Seul se abre no largo terraço verde, que tem uma mesa de madeira e um varal de metal no canto.
Uma porta de madeira abre para uma pequena sala/cozinha, do outro lado duas portas, uma para um quarto razoavelmente espaçoso e um banheiro. O lugar quase idêntico a tantos doramas que assistimos.
— Sei que querem com dois quartos, mas aqui dá para duas pessoas dormirem confortavelmente. Não foi fácil convencer o proprietário me deixar mostrar isso para vocês meninas. Ele não gosta de alugar para pessoas solteiras. É muito conservador e não gosta dessa pouca vergonha dos jovens de hoje. Mas assegurei que vocês não são assim. – mesmo com os olhos inchados, eu e Nina trocamos olhares divertidos. — E que são apenas amigas. – ela nos olha querendo uma confirmação.
— Somos apenas amigas, senhora Ma – Nina responde sem vontade saindo do cubículo.
— Ah querida, não quis insinuar nada – quis sim —, mas com esses tempos modernos – revira os olhos seguindo a Nina para fora.
— É igualzinho, não é? – Nina fala em português olhando para mim enquanto senta sobre a mesa.
— Está apenas faltando o lamen e o soju. – brindo parando ao seu lado.
— Você e o Han vão ter que procurar um motel ou algo parecido. Não quero chegar aqui e encontrar uma cena traumática. – tenta dá uma sorriso amarelo.
— Aish! – bato de leve em seu ombro — Não existe eu e Han, é apenas diversão.
— Não quero ver sua "diversão" quando chegar em casa, melhor?
— Muito melhor.
Seus olhos se perdem na vista linda a nossa frente, e não preciso ser nenhuma Jean Grey, para saber o que está passando na sua mente, principalmente quando seus olhos começam a marejar.
— Vamos ficar com essa – Nina se inclina olhando para a corretora, piscando algumas vezes, se esforçando para não pensar nele.
— Sabia que iriam gostar dessa! Vocês estrangeiros procuram muito esses lugares que aparecem nas novelas.
E provavelmente estamos pagando mais caro por isso.
— Pode preparar a papelada, assim que estiver tudo certo faço o deposito.
— Ok! – Senhora Ma dá um pulinho fazendo o sinal com a mão.
— Amiga, tem certeza que não quer dividir o deposito? – pergunto quando voltamos a seguir a senhor Ma, de volta a corretora.
— Não se preocupe com isso. Tenho dinheiro suficiente para cobri as despesas por uns dois meses. E conversei com o Tae, vou voltar a trabalhar. Para minha sorte, ou talvez não, Tae foi promovido, agora ele vai ser meu chefe. – revira os olhos.
— Isso é bom.
Falo sem vontade, vendo atrás da sua brincadeirinha.
— Não, não estou bem – responde minha pergunta silenciosa —, mas preciso está, para que tudo isso acabe logo.
— Já vão colocar o plano em pratica? – falo entrando no carro da senhora Ma, que está claramente desconfortável com nossa conversa em outro idioma.
— Sim! Tem que ser antes da Belle ter o bebê e eu ficar totalmente dura, e ter que voltar a trabalhar.
— Resumindo, rápido.
— Muito rápido.
Depois daquilo as coisas realmente aconteceram rápido.
Mesmo com os protestos da Belle, nos mudamos naquela semana, depois de comprarmos o básico. Mas não impediu o "presente" extravagante do Ji de desculpas e bem vindo a sua casa nova, que contou com um sofá rosa – lindo por sinal – e uma tevê enorme.
Nina está tão emocionalmente exausta que nem ao menos retrucou, deu apenas um olhar reprovador para o amigo, junto com um obrigada e não devia ter feito isso.
Eu, Nina, Line, Jimin, Han e Doyon, estamos bebendo do lado de fora, quando Ji e Belle chegaram com mais duas pessoas, e senhor jiso do céu!
Enquanto Nina corre para abraçar o Tae, nem ao menos disfarço meu olhar malicioso, para o que apenas posso descrever como um deus coreano andando pela terra. Que homem lindo, e delicioso!
Sinto algo bater na minha costela com força. Olho brava para Line, que tenta rir baixo.
— Para de olhar para o Seyoon como se ele fosse um pedaço de carne. Credo!
— Ah! Esse é o modelo! – mordo o canto da boca quando seus olhos famintos me olham inteira, fazendo meu corpo pegar fogo.
QUERO!
— Ele é muito gostoso – falo em português.
— Isso é! Quando anda dando aquele meio sorriso, parece até que o mundo está em câmera lenta.
Quase como se tivesse entendido o que a Line falou, Seyoon, dá exatamente o meio sorriso, e juro que tudo começou a desacelerar, menos meus hormônios que começam a pular como loucos dentro de mim, querendo lamber aquela mandíbula perfeitamente quadrada, e aqueles lábios grossos.
Todo o calor do meu corpo vai para região sul, e tenho que cruzar as pernas, respirar fundo, para não voar nele ali mesmo.
— Você deve ser a senhorita Vanessa – sua voz grossa acaba ainda mais comigo —, ouvi muito sobre a senhorita, é um prazer. Sou No Seyoon.
— O prazer é meu delicia – falo sem querer, mas agradecida por sair em português, arrancando risada apenas das minhas amigas e do Tae — Quero dizer – volto para o coreano —, pode me chamar de Van, o prazer é todo meu No Seyoon.
Você não faz ideia do tamanho do prazer.
— Nenhuma das meninas nunca foi formal comigo, é um pouco estranho ouvi uma de vocês sendo. Pode ser apenas Seyoon.
— Você chamou a gente de sem educação, é? – Belle brinca tomando atenção da razão do meu libido.
Estou admirando suas costas largas, bunda, coxa, quando sinto outro cutucão.
— Pelo amor, Van – Line segura para não rir — vai lá dentro, joga uma água gelada, e pela sua cara, é melhor trocar de calcinha também. Daqui a pouco vai deixar os meninos desconfortável. Na verdade, já está.
Ela aponta discretamente para o Doyon, que está mais tenso do que normalmente está.
Mesmo odiando perder a vista, vou para dentro e jogo um pouco de água fria no rosto e no pescoço, tentando dissipar o calor.
— Está tudo bem? – a voz do Han me faz olhar para a porta aberta e observar seu corpo lindo coberto por aquele cruel terno.
— Sim, apenas com um pouco de calor. Hoje resolveu esquentar. – tento disfarçar pobremente.
— Está uns treze graus lá fora, Van – fala rindo baixo, o deixando mais sexy.
— Para mim é calor? – tento brincar
— Acho que todo mundo percebeu dá onde está vindo o seu calor – escora no batente da porta cruzando os braços
— E você veio falar que está com ciúmes? – arqueio a sobrancelha.
— Claro que não! – dá uma risadinha — Só que é bom saber que estamos na mesma página. Não quero e não tenho tempo para equilibrar um relacionamento. Gosto das coisas como estão – aponta para nós dois.
— Eu também. – passo a mão sobre seu braço subindo até seu pescoço.
Han desfaz as amarras do braço, e sobe uma das mãos por dentro da minha blusa, soltando o fecho do meu sutiã, deixando seus seios livres, para sua mão.
Já a minha desabotoa seu sinto e o toco, sentido seu membro duro e um gemido delicioso no meu ouvido, enquanto o estimulo mais.
Sua outra mão entra com facilidade dentro da minha calça, e sente minha calcinha molhada.
— Que delicia – sussurra em meu ouvido mexendo os dedos, me enlouquecendo.
Puxo seu colarinho e movo nossos corpos por completo para dentro do banheiro e fecho a porta atrás dele.
Tecnicamente Nina não queria ninguém no quarto, não disse nada sobre o banheiro.
Sugo seus lábios enquanto nossas mãos arrancam as roupas, jogando-as no chão.
Han vira meu corpo, me deixando de frente ao espelho enquanto via aquela carinha de bom moço, se transformar por completo, me pegando por trás, tampando minha boca.
Alguns minutos depois volto para nossos amigos, depois que Han saiu, com um pouco de receio de terem percebido o que aconteceu, mas a única pessoa que não está bêbada ali é a Belle – que claramente percebeu nossa saída –, até a Line parece um pouco alegre demais na conversa com o Doyon. E a Nina está deitada no colo do Tae bebendo soju direto da garrafa.
Achei que minha libido me daria uma folga depois dos deliciosos minutos com o Han, mas assim que coloco os olhos no Seyoon, todo o calor volta, e minha cabeça repassa tudo que aconteceu no banheiro, mas agora imaginando como teria sido se tivesse entrado com o aquele modelo delicioso.
Estou à mercê dos meus pensamentos nada puros quando sinto meu celular tocar, e percebo que tinha cinco chamadas não atendidas.
— Alô
— Alô, senhorita Carvalho?
— Sim?
— É a Park Young-li, quis ligar pessoalmente para te parabenizar. Quero a senhorita no meu grupo principal de designs! Vamos começar a trabalhar na próxima coleção na semana que vem.
— O que? – falo tão alto que todo mundo para de conversar e me olha.
Do outro lado Park Young-li dá uma risadinha, satisfeita.
— Esperamos a senhorita aqui na semana que vem.
— Claro! – começo a pular que nem um doida — Muito obrigada pela oportunidade, não vai se arrepender.
Desligo o celular, olhando para as minhas amigas.
— CONSEGUI O EMPREGO! – grito em português
Minhas amigas veem em minha direção pulando sobre mim, em meio a mais gritos, deixando a maioria dos meninos sem entender nada.
Meu peito explode de alegria, finalmente poderia ficar com as minhas amigas, segui meus dois sonhos juntos.
Pelo canto do olho, perto da escada, noto uma figura que não estava na festa até então. Segurando uma sacola preta, Caleb me olha com pesar, mas mantendo um sorriso de parabéns.
Aquele sorriso triste, bate no fundo do meu peito, tirando a felicidade plena que sentia a alguns segundo.
O odiei por isso.
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