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Capítulo 02 - Silêncio



Silêncio.

Meus passos arrastados pelo chão de madeira é o único som ecoando pelo apartamento vazio.

Olho para o aparelho na minha mão, que nas últimas semanas quase tem feito parte do meu corpo, mas não há mensagens, nem ligação perdida.

Única mensagem que me mandou foi que quando chegou, depois disso não tive notícias dela que não viesse da Van.

Vontade de entrar no próximo voo para o Brasil e encher ela de tapa por me deixar no escuro não me falta, mas lá no fundo sei que precisa de espaço. Mas fazer isso está despedaçando o meu peito, não poder está lá para poder lhe dá um abraço dizer que vai ficar tudo bem, ou para pelo menos me contar direito o que aconteceu, perguntar porque não me contou nada, porque apenas ir embora?

"É o melhor para todo mundo."

Essa foi a maldita explicação que recebi depois de anos de amizade, mas do jeito que estava, a tristeza que emanava da minha amiga nos pouco segundos que deixou transparecer, acho que devo ficar feliz de não ter feito comigo o que fez com o Cheol, ir sem um adeus.

A memória daquele dia bate com força. Seu olhar desesperado, lágrimas por todo o seu rosto, implorando para mim, Tae, qualquer um de nós para saber o porquê. Seus olhos, rosto, seu corpo interior se contorcia de dor.

Balanço de leve a cabeça, não quero lembrar daquilo.

Desbloqueio o celular e tento ligar para a Nina, mas como sempre, nada.

Van deve ter ouvido o celular dela tocar, porque quando ligo, ela atende no meio do primeiro toque.

— Você devia estar dormindo ainda – sua voz brincalhona me repreende —, tem que descansar por dois, não apenas comer! – dá uma risadinha claramente não querendo falar do motivo que liguei.

— Fui dormir cedo ontem, e odeio tomar café sozinha.

— Sozinha? Cadê o Ji?

— Foi para Jeju. Uma galeria lá quer expor seus quadros. Deve voltar hoje atarde.

— Isso é muito bom! – diz animada.

— É sim! Ele está bem animado com isso. – falo colocando leite e achocolatado no copo e pego um pacote de biscoitos.

Sem ânimo para esquentar a comida saudável que o Ji deixou.

Escuto soltar uma suspiro pesado depois de alguns segundos em silêncio.

— Ela está dormindo Belle. – fala antes que pergunte.

— Não mente para mim Van, não tem condição dela está dormindo tanto assim. Aguento o que estiver acontecendo.

— Não estou mentindo. Desde que chegou, ela basicamente fica no quarto dormindo. Sai para ir no banheiro e comer. Sei que está preocupada. Também estou, mas cada um tem seu próprio jeito de lidar com um coração partido, e esse é o primeiro dela.

Escoro meu corpo na cadeira, encarando o teto tentando ao máximo não chorar.

— Porque ela não quer falar comigo?

— Não é com você, ela não quer falar com ninguém. Mas o celular, bem, ela não conseguiu apagar as fotos ou bloquear o Cheol, e vamos dizer que ele é bem insistente e...

O som de uma porta batendo corta o que minha amiga.

— Nina, é a Belle. Vem falar com ela. – escuto alguns sussurros que não entendo — Só conversa com ela. – mais sussurros e o que parece "pede para não se preocupar" e depois outra porta bate. — Desculpa amiga, ela pediu para te falar que quer ficar sozinha, que está bem e não é para se preocupar e que está com saudades.

— Vou socar essa desgramada! – quase grito.

Como tem coragem de falar para não ficar preocupada? Que está bem? Ela acha o que? Que sou estupida de acredita? Ou que não me importo?

— Belle, respira! Sei que está com raiva, também estou e extremamente frustrada, mas brigar com ela agora só vai piorar as coisas.

— Isso é ridículo! – deixo transparecer toda a minha raiva. — Ela tem que voltar, o lugar dela é aqui. Do que adianta ficar ai? Deixando todo mundo preocupado, não tem ninguém "melhor" com a partida dela. – lagrimas escapam pelo meu rosto — Ela não te falou nada?

— Não, apenas pediu para ficar – conheço bem minha amiga para saber que está mentindo. — Mas olha, ela concordou em ir comigo amanhã para a minha aula de Krav Magá. Sair desse apartamento, nem que seja por duas horas vai fazer bem para ela e a aula vai ajudar a colocar algumas coisa para fora.

Respiro fundo algumas vezes antes de continuar. Ela tem razão nisso, brigar com ela só vai fazer com que se feche ainda mais, e eu sei como esse isolamento pode piorar.

— É, pode ajudar. – olho para meu café da manhã intocado. — Van, fica de olho nela, não quero que...

— Não se preocupe! Pelo menos não com isso, estou de olho nela, está tomando os remédios direito, e acho que estou quase a convencendo a ir em um psiquiatra.

— Isso é um alivio, e espero que aquela cabeça dura te escute.

O meu eu interno da uma gargalhada irônica, sabendo muito bem que ela nunca iria de livre espontânea vontade, não do jeito que está.

— Amém! – dá uma risadinha — Amiga, tenho que desligar, vou trabalhar mais um pouco antes de ir dormir.

— Me liga se acontecer qualquer coisa, viu?

— Claro! – mente de novo — Agora vê se não vai se entupir de biscoito recheado. Come algo saudável.

— Senhor, parece o Ji! – tento rir

Love you! – rindo comigo desliga o celular.

Olho para o pacote e me pergunto porque não confrontei a Van quando notei que estava mentindo, mas não sei a resposta para isso, não sei a resposta para nada.

Enfio o biscoito na boca, entorno o leite e volto para o quarto de uma casa vazia para me arrumar para o trabalho.

Dia longo, dia difícil.

As mensagens do Cheol não ajudam muito, nem as ligações. Odeio admitir que estou o evitando, mas estou. Ver sua dor é difícil demais, e não poder ajudar em nada pior ainda.

Único de nós que parece realmente de bom humor é o Ji, mas não sei dizer se é para me manter tranquila. Mas essa energia boa que vem dele, tem me ajudado muito, e sua felicidade quando conversa com a minha barriga é contagiante. Nesses pequenos momentos, parece que toda a tempestade fica do lado de fora e é apenas nossa futura família, rodeada de amor e felicidade.

Chego do trabalho e vou direto para o apartamento acima do meu. Tudo que quero agora é uma boa dose de carinho do meu namorado.

Coloco o código do apartamento deles e alguns segundo depois o elevador se abre na ampla sala. Está tudo silencioso, silencioso até demais.

Sigo até a cozinha e escuto vozes baixas que logo reconheço ser do Ji e do Han, vindo do escritório. Eles parecem preocupados olhando para o celular que está na palma da mão do Han.

Sei que não é educado ouvi a conversa dos outro, mas o tom dele é sério, e quando escuto a terceira voz, fico ainda mais curiosa.

— Que conta hospitalar é essa aqui? Vocês dois estão bem? Por que não me ligaram? – A voz rígida é claramente do presidente Go.

— Estamos bem. – Han responde olhando para o Ji com preocupação. — Não fomos nós que usamos, appa.

— Quem foi?

— A Belle. – Ji responde antes que o Han o fizesse.

— Ainda está namorando a ocidental? – Fala com um tom apático.

Meu estômago parece se alojar na minha garganta. Sei que não dei a melhor das impressões quando faltei ao almoço, mas não achei que me detestaria por isso.

— Estou sim. – Ji responde seco.

— Ela está bem? – Estranhamente a um leve tom de preocupação na sua voz.

— Sim, foi apenas um susto. – Ji responde e o Han dá uma cotovelada nas costelas dele fazendo-o reclamar baixo.

— Sei muito bem quando vocês dois estão escondendo algo de mim, então falem logo.

— Appa – A voz do Ji é baixa um pouco pidão, parecendo uma criança mimada sem para de encarar o irmão –, aconteceu algo sim, há algumas semanas. – Ele para.

— Semanas? – Sua voz soa preocupada.

— A Belle – Respira fundo –, ela está grávida! Vou ser pai.

Há um silêncio longo demais do outro lado da linha, depois um suspiro tão alto que posso ouvir com clareza.

— Ela e o bebê estão bem?

— Estão sim, e ela já está em casa. – Han responde.

— Vou ter que viajar para os EUA amanhã e vou ficar algumas semanas fora, mas quando voltar vou ai conversar com vocês dois e a senhorita Cibelle.

Sinto um frio na barriga quando fala meu nome com aquele tom autoritário. Escoro na parede e sinto um misto de raiva com ansiedade.

Como ele ainda não tinha contado para o pai que estou grávida? Do que tem medo? Ou será que é vergonha por eu ser estrangeira? O pai dele claramente vê problema nisso.

Tento manter meus pensamentos alinhados, mas desisto e tudo que meu corpo obedece é em dar passos apresados para fora dali, antes que seja flagrada, e vou o mais rápido possível para o meu apartamento.

Não demora muito para que o som da tranca da porta soe alguns segundos depois que já estava jogada no sofá, com a tevê ligada em qualquer canal.

Não sei muito bem o que fazer, se o confronto, ou deixo que me conte na hora que achasse melhor.

Penso melhor enquanto cobre o curto espaço com um sorriso largo, e sei que uma briga com ele vai me deixar nervosa, algo que o médico firmemente pediu para que evitasse ao máximo, e não estou disposta a fazer mal ao meu bebê, mas não sei se a ansiedade de não saber ajuda em algo.

Tento focar a minha mente no que passa na televisão, o que começa a ajudar, quando se aproxima beijando minha têmpora, deixando seu corpo cair do meu lado.

— Estava com saudade de você – envolve meus ombros com uma das mãos enquanto a outra vai para a minha barriga —, de você também! – dá um beijo na protuberância.

Fico imóvel por alguns segundo, não falo nada, até que seu olhos encaram meu rosto e percebe que tem algo de errado.

— Ji, acho que hoje quero ficar sozinha. – Ouço sem acreditar as palavras saindo dos meus lábios.

— O quê? – Ele me olha perplexo. – Porque? Tem dois dias que não te vejo, quero ficar aqui com você.

— Preciso pensar um pouco, conversar com a minha família, com meu pai, eles ainda estão bem preocupados com toda essa situação. – O olho diretamente e talvez entenda a indireta.

Parece que os olhos de Ji sairão das órbitas.

— Sabe que não foi fácil para eles lidar com a notícia de que estou grávida. Quero fazer uma vide chamada e mostrar que estou bem.

— Mas quem vai cuidar de você? – Ele insiste.

— Ji, sou bem grandinha, não preciso de baba! E também, fiquei os últimos dois dias sozinha, e olha, estou inteira. Por favor, só vai para sua casa.

Viro meu rosto de volta para tevê tentando ignorar sua presença.

— Belle, sei que aconteceu alguma coisa. Me fala, podemos conversa. – sinto seus olhos pesar em mim. — É por causa da Nina? – não sei se é apenas impressão minha, mas ele quase parece com raiva quando fala o nome da mina amiga.

— Por favor, não torne meu pedido em uma briga desnecessária – envolvo minhas mãos sobre a barriga e seu corpo fica tenso. — Só quero ficar sozinha.

Sem retrucar, Ji levanta e anda até a porta, mas antes de sair se vira para mim.

— Eu te amo, muito.

Desvio meu olhar para agora um Ji pálido com o mesmo olha pidão, mas a única coisa que consigo fazer é um sorriso forçado de canto de boca, e com a cabeça baixa ele vai embora, e eu sou levada de volta para o meu silêncio. 

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