Capítulo 01 - Novo Vício
Vocês que estão aqui a muito tempo, já acostumaram com as minhas aparições do nada. Algumas são boas, outras nem tanto, mas hoje é uma boa.
Finalmente o primeiro capítulo de Amores III chegou mermão!!! uurruuu
É pra glorificar de pé igreja!
Mas como comigo, nada é 100% bom... hahaha
Bem, não tem muitos capítulos prontos, então por enquanto vai ser apenas um capítulo por semana, até eu conseguir adiantar mais.
Então aproveitem!
Ah! Feliz 2020!!! Que seja um ano de muito sucesso para todos nós!
Beijuuuuuuuuuuu!
Saímos da nossa festa direto para o aeroporto.
É o dia mais perfeito da minha vida, a expressão do Jimin quando passei pela porta, seus olhos brilhando, as lágrimas, tudo, vou carregar na minha memória pelo resto da vida.
Me sinto a mulher mais linda do mundo enquanto ele me olha daquele jeito. O sorriso rasga meu rosto quando chegamos ao aeroporto, para as nossa lua de mel surpresa que o Ji nos deus de presente.
Na primeira classe me ajeito do lado do meu marido, e... Ai. Meu. Deus. Meu MA-RI-DO!
Seus olhos brilham, parecendo ler minha mente com um sorriso largo acompanhando. Entrelaça nossos dedos, enquanto escoro minha cabeça em seu ombro.
Depois de horas de voo, uma conexão e algumas horas de carro, finalmente chegamos aos Alpes Suíços.
No aeroporto, um homem de terno preto nos espera para nos levarmos ao hotel, que senhor, nunca na vida estive em um lugar tão chique.
Depois do check-in, fomos levados para um suíte que fez literalmente minha boca se abrir.
O quarto todo de madeira com janelas grandes que emolduram a linda vistas com árvores verdes e as montanhas cobertas por neve. Espetacular!
A cama king size fica de frente para a janela. Na lateral, a porta entre aberta vejo a enorme banheira branca, do outro lado um sofá branco grande de frente para a lareira e uma tevê enorme, atrás do sofá as janelas se transformam em portas duplas, que levam a um deque com espreguiçadeiras brancas e uma piscina quente com fumaça saindo.
Depois que os carregadores foram embora, ficamos sozinhos e meu coração bate desesperadamente encarando a cama enorme.
Nunca admitiria em voz alta, mas as coisas que Belle e Nina me disseram na despedida de solteira começam a fazer sentido, e me vejo imaginando várias coisas naquele colhão e sinto meu rosto esquentar.
Pego a mala que elas fizeram e a abro com cuidado, e meu rosto fica ainda mais quente e sei que está vermelho como um pimentão quando vejo o que tem lá e rapidamente a fecho.
— Elas são loucas? – Abro novamente e olho o que parece uma loja inteira de sex shop. Óleos de todos os sabores, fantasias, algemas (sim, no plural), dados, um jogo de cartas, um chicote e um vibrador.
O que elas acham que é isso aqui? Cinquenta tons de cinza? Pego no chicote.
— O que elas te deram? – A voz veio atrás de mim. Fecho a bolsa correndo antes que ele pudesse ver.
— Nada. – Minto, mas meu rosto me entrega.
— Vindo das duas... – Ele não termina a frase, apenas ri. – Vamos jantar? Estou faminto.
— Claro, ótima ideia – Falo aliviada.
Jimin é um anjo enviado do céu, disso tenho certeza. Que outro homem tentaria tanto não deixar a noiva virgem nervosa na noite de núpcias? Estou muito agradecida, por mais que queira pular em cima dele, estou extremamente nervosa, e admito, com um pouco de medo.
Fomos jantar em um dos restaurantes do hotel. Foi romântico, lindo e tão cuidadoso, mais uma prova da sua paciência e carinho, quando acabarmos de comermos ele propôs darmos uma volta pelo lindo jardim coberto por neve.
Estamos no meio de uma conversa quando vejo uma pequena montanha de neve, e corro até lá para fazer um anjo, abro os braços e solto o corpo a tempo de ouvi-lo gritar.
— Line, não... – Mas já é tarde.
Tem neve demais, e acabo afundando por completo, ficando toda molhada. Jimin para e me olha morrendo de rir, quase não tem forças para me ajudar a sair de lá.
Sinto que vou passar o resto da vida fazendo ele rir. Isso é bom, não é?
Voltamos para o quarto e vou direto para o banheiro e tomar um banho, e deixando a água quente esquentar meu corpo.
Saio do banheiro e vou para mala procurar um pijama, mas vejo apenas lingeries extremamente sexys.
— Belle! – Pego uma azul com detalhes brancos que tem uma calcinha quase inexistente e visto o robe branco e fofo do hotel.
A televisão está ligada. Ele não veio no quarto, espera pacientemente por mim. Não sei o que fiz na minha vida passada para merecer uma pessoa tão maravilhosa assim na minha vida, mas deve ter sido algo muito bom.
Da porta do banheiro olho no espelho abro o robe, sem saber se ele vai gosta ou não, mas jogo esse pensamento para longe enquanto fecho e sigo o caminho para a sala.
Calma, Line, respira, digo a mim mesma quando entro na sala e o vejo sentado de frente para a lareira sem camisa segurando uma toalha menor.
— Vem aqui. – Meu marido ri pegando minha mãe e me puxa para sentar ao seu lado. Com a toalha começa a enxergar meus cabelos.
— O que você estava tentando fazer?
— Anjo de neve. – Respondo rindo, sentindo a barriga aquecer de leve.
Ele ri ainda mais de mim, mas quando seus olhos encontram os meus, o boneco de neve não tem mais graça, e posso sentir meu coração batendo mais rápido. Lentamente se aproxima e me beija.
No começo carinhosamente, devagar, suas mãos passando pelos meus cabelos e as pontas dos dedos tocando de leve meu pescoço. Arrepios sobem pelo meu corpo, o aquecendo meu corpo cada vez mais, com um desejo que vem me consumindo desde o nosso primeiro beijo. Uma das suas mãos segura minha cintura aproximando mais nossos corpos, deixando o beijo ainda mais quente, coisa que não achei que é possível.
No meu pescoço, seus dedos pressiona ainda mais seus lábios, meu corpo começa a responder automaticamente. Jimin puxa meu cabelo para trás devagar e começou a beijar minha pele exposta, um gemi baixo escapa de nos dois. Sinto seus dedos irem até o robe e o desamarra, depois vai para o meu ombro o tirando devagar o tecido macio. Quando para de me beijar, seus olhos passam pelo meu corpo seminu, seus lábios são exprimidos por uma mordida de canto.
Seu olhar é tão cheia de desejo que faz meu rosto ficar ainda mais vermelho do que tenho certeza que já está.
Meus dedos encontram seu abdômen e sua pele arrepia. Sinto uma satisfação indescritível por ser a causa.
Devagar meus dedos caminham pelo seu corpo, não sei direito o que fazer, mas parece quase um insisto natural.
Quando meus dedos chegam em sua nuca, os entrelaço no seu cabelo negro, levanto parte do meu corpo, uma de suas mãos envolve na minha cintura e sento em seu colo, sem para de beija-lo.
Está um calor insuportável que sobe dentro do meu corpo, parte de mim está se perguntando porque diabos não fiz isso antes, e a outra está feliz por ter esperado por ele.
Em cada beijo, cada toque, nossos corpos vão ficando mais quentes e até o fino tecido da lingerie e da sua cueca vai ficando insuportável de ficar.
Com a respiração pesada Jimin, para o beijo e com um sorriso malicioso me deita no tapete felpudo branco, leva as minhas mãos colocando-as a cima da minha cabeça e começa a beijar todo o meu corpo, que se contorce com seu toque. A palma da sua mão leva fogo enquanto continua seu caminho descendente até minha coxa que abre, para fica entre minhas pernas.
Jimin se aproxima do meu ouvido, o morde devagar minha orelha e depois sussurrou:
— Minha esposa!
— Não consigo acreditar que estava perdendo isso esse tempo todo! – Falo empolgada nos braços do meu marido que ainda respira fundo. — Vamos fazer de novo?
— De novo? – Ele ainda tenta voltar com sua respiração normal. — Line é a quarta vez, preciso descasar, comer alguma coisa. Dormir.
— Tudo bem! – faço um biquinho e ameaço levantar do tapete mas me segura virando meu corpo com agilidade que não me lembra nada a alguém cansado e sobe em mim.
— Você... – Mas não termina a frase, apenas me beija começamos tudo de novo.
Duas intensas semanas depois estamos de volta a Coréia.
Queria ter conhecido mais do Alpes, os inúmeros lugares lindos, mas tenho que admitir que não conseguia largar o Jimin. Transar é muito bom! Senhor, até parece que quero compensar o tempo perdido, mas tudo que quero mais e mais é esse homem.
Sempre achei que minhas amigas exageram quanto ao sexo, mas entendo totalmente agora, principalmente o nojo que ficam quando estão apaixonada.
Jamais deveria tê-las julgado.
Agora estou eu, dentro de um táxi me segurando para não voar em cima do meu marido que carinhosamente passa os dedos sobre as costas da minha mão.
Tento prestar atenção na rua, tirar meu foco do leve toco da sua pele e é quando reconheço o caminho que fazemos.
— Estamos indo para o apartamento da Belle e da Nina?
— Sim. Imaginei que quisesse ver suas amigas, e também tem uma mala só de presente, bom que é menos um peso para levarmos para casa – Fala tentando reprimir um sorrisinho.
— Que exagero! – sorri — Mas, obrigada – me inclino dando um beijinho na sua bochecha —, estou morrendo de saudade delas. – abro um sorriso cheio de dentes.
— Te conheço muito bem, Měilì.
Deixamos as malas no lobby com o porteiro e subimos para o apartamento. Mesmo que todos não estejam no meu antigo apartamento, com certeza Belle e Nina estão lá. Só espero não pegar ninguém em momentos íntimos.
Senhor, o que aconteceu comigo?
Para a minha não tão grande surpresa, quase todo mundo está no nosso apartamento que definitivamente não comporta aquela quantidade de pessoas, mas nunca nos importamos com isso, de um jeito estranho deixa as companhias ainda melhores.
Depois de abraços e brincadeiras constrangedoras do Mathew e Seyoon, começamos a entregar os presentes de todos, sobrando apenas dois.
— A Nina e o Cheol estão no quarto? Ou no apartamento dele? – Pergunto olhando os presentes que restam. Quando olho para cima todos estão com expressões pesadas. — O que aconteceu?
Belle se aproxima e me abraça meio desajeitada com a sua barriga que está começando a apontar mais claramente.
— Line, a Nina voltou para o Brasil. – Com a voz chorosa e um vazio envolveu meu peito.
Em mim não há nem traços da perfeita felicidade que sentia cinco minutos atrás.
Acabei de pisar em casa e ver meus amigos depois de duas semanas perfeita com ele, e então, uma bomba é jogada no meu colo.
Não, no meu colo não. É bem na minha cara.
No primeiro segundo sinto certa raiva por ela ter feito isso, mas no segundo depois, tudo o que consigo pensar é nos motivos que a levaram fazê-lo: a dor que ela teve ter sentido, todo o sofrimento que guardou para si, em silêncio, enquanto estava na minha bolhinha de amor, sem ao menos notar o que acontecia.
Que tipo de amiga eu sou? Que tipo de monstro ignora os sinais de uma de suas melhor amiga? Que nível de insensibilidade me levou a não perceber nada?
Nas minhas mãos seguro um cachecol rosa e uma caixa de chocolate que tinha comprado para presenteá-la, mas que agora não precisaria mais. O tecido pouco a pouco se amassa, e faz o máximo para que a caixa não se desfizesse em meus dedos.
Porque não é só eu.
A expressão dos meus amigos reflete a minha, e pior, a dela, a outra pessoa na sala que sustenta no olhar os mesmos sentimentos que se encontram no meu, a mesma dor, a mesma culpa.
Tenho certeza de que por sua cabeça se passam os mesmos questionamentos meus, que me pergunto como não reparei antes os olhos tristes, ou sua voz melancólica.
Se tivesse aqui teria conseguido impedir? Acho que não. Se nem o homem que ela ama conseguiu isso.
Sinto braços me envolvendo, mas nem o conforto do homem que eu amo e seus lábios tocando o topo da minha cabeça ajudam a aliviar o peso no meu peito.
Do outro lado do recinto quase a mesma cena se repete. Mas, ao contrário de mim, a outra mulher na sala, duas do que deveriam ser três, rejeita o abraço antes mesmo que o homem ao seu lado, cujo olhar grita desculpas, tenta lhe dar.
Ela sai na direção dos quartos.
Não sem antes deixar ouvir um som que sei que, tentou a todo custo reprimir sem sucesso. Um soluço dolorido que reverbera em todos os nossos corpos.
— Eu quero ir embora. - Me viro para ele, já voltando na direção da porta.
Se me pergunta para onde, não saberia responder. Talvez para um mundo em que promessas não possam ser quebradas. De novo.
Eu e minha amiga estávamos na fase mais feliz das nossas vidas, mas não estava completa, não mais.
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