Capítulo 35 - Enlouquecendo
Empolgação é meu nome e sobrenome hoje. Mal conseguia ficar parado e nem consegui criar nada, apenas pensava na minha exposição.
Já conseguia visualizar como iria montar cada área para se unirem para o grande final. Ainda não consigo acreditar que vou ter uma das maiores galerias de Seul apenas para a minha exposição. Tenho que agradecer muito a Senhora Kim e a Nina.
Queria tanto ir até o trabalho dela, agarra-la e leva-la para comemorar essa nova etapa, mas infelizmente ainda não era hora. O que era uma droga!
Andando pela rua vejo um vulto cacheado que conheço bem passar por mim.
—Nina? – virou meu corpo acompanhando o vulto.
A morena para me olhando cansada e pareceu demorar um segundo para ver quem era.
—Ji! – abriu um sorrio voltando alguns passos na minha direção — Veio ver a Belle?– Tombo a cabeça sem entender e ela a ponta para além de mim.
Tive que rir quando notei que mesmo sem querer acabei vindo parar aqui. Essa mulher era como um ímã para mim.
—Acho que sim, e você?
—Não – deu uma risadinha —, estava aqui perto pagando penitência.
—Penitência?
—Só porque fiquei aqueles dias sem ir trabalhar, meu chefe está jogando inúmeras coisas para eu fazer, coisas que nem são trabalho meu. – Deu dois tapinhas leve no rosto — Para com isso Nina! Não vou reclamar.
A olhei por alguns segundos para ela e soltei uma gargalhada alta.
—Você é muito estranha!
Nina deu de ombros rindo comigo, mas não na mesma proporção.
—Ah! – coloquei a mão sobre seu ombro me lembrando que queria falar com ela desde ontem — Tem uma coisa que quero te contar, mas fica entre a gente, ok?
—Tudo bem. – Colocou as mãos na cintura
— O que é mais um segredo, não?
—Bem – continuo ignorando seu sorrisinho —, o Cheol ouviu o que você e as meninas conversaram no domingo.
O sorriso sumiu do rosto dela quase instantaneamente. Fechou os olhos passando amão no rosto.
—Merda! – abriu os olhos cheio de preocupação — O que ele falou?
—Ele ficou preocupado com a parte "vê outras pessoas", né Nina.
—Não quero ver outras pessoas Ji – fez um bico e uma cara de pirraça —, mas ele parece que não quer, você sabe... – Levantou as sobrancelhas de leve.
—Não preciso saber disso. Apesar de já saber.
—Como assim já saber? O que ele falou – sua voz ficou mais alta — E não vou comentar quem fez a casa inteira saber que estão transando. – Arqueou a sobrancelha.
Senti meu rosto arder. Bem sei que as vezes eu e a Belle éramos um pouco altos, mas não sabia que era assim.
Sinto Nina segurar a gola da minha blusa aproximando seu rosto do meu.
—Me conta o que ele falou!
—Calma, vou contar. – Desprendi seus dedos da minha blusa — Ele disse algo sobre não querer ser como os outro, mas não entendi direito.
Os ombros da Nina caem e ela escora a cabeça no meu peito respirando fundo alguma vezes.
—Eu sei. – disse sem se mexer — A gente meio que falou de antigos relacionamentos e disse que não ligava... – respirou fundo de novo — Mas é claro que ele não é como os outros.
Tento conforta-la quando de não tão longe vejo a Belle nós olhando e o que parecia pronta para sair dali até que a chamei. Nina se afastou olhando a amiga que não tinha uma expressão muito calorosa no rosto se aproximar de nós.
—Oi – falou um pouco sem vontade —, o que estão fazendo aqui? Juntos – sussurrou a última palavra.
—A gente só se esbarrou aqui – Nina se afasta um pouco mais.
—Mas já que te encontrei – peguei a mão da Belle acariciando sua pele macia —,quer ir naquele encontro hoje?
Seus olhos que por algum motivo pareciam confusos foram de mim para Nina depois de volta para mim.
—Não sei – olhou de novo para a amiga. Sentia mesma confusão que pairou no rosto da Nina passar pela a minha. Isso era estranho.
—Claro que sabe! – Nina junta as sobrancelhas tirando os olhos da amiga indo para mim
— Ela vai, pega elas oito.
—Nina... – Mas antes que pudesse falar algo, Belle recebe o olhar repreensivo da amiga que logo tira a atenção da Belle para atender o celular.
—Se não quiser, podemos marcar outro dia. – Tentai não demostrar que odiei a ideia.
A duvida ainda estava estampada no rosto da Belle, mas respirou fundo tirando os olhos da amiga voltando para mim.
—Você pintou o cabelo. – Mudou drasticamente de assunto.
—É, foi ontem. O vermelho estava muito desbotado, então resolvi voltar para o preto.
—Ficou bonito. Combina com você. – Seus olhos voltam para a amiga que com uma expressão brava faz sinal para que ela aceitasse logo meu pedido.
— Vou gostar de ir jantar com você hoje.
Belle estava muito estranha com aquele sorrisinho que parecia forçado.
—Não precisa...
Mas antes que terminasse de falar, Nina volta jogando o braço em torna da amiga comum sorriso cansado.
—Acho que não vou estar em casa para ajudar você a se arrumar, mas pega o meu vestido azul – Nina abre um sorriso que parecia mais uma vilã de quadrinho comum olhar malicioso —, vai mata-lo. - Rindo soltou o ombro da Belle. — Tenho que ir para o meu martírio. Mas divirtam-se!
Belle viu algo nos olhos da amiga que a fez juntar as sobrancelhas.
—Não fala!
—Usem camisinha! – fala um sorriso sapeca saindo literalmente correndo.
Como ela consegue fazer isso em cima daqueles saltos é algo que nunca vou saber. Belle revira os olhos ainda vendo a amiga sumir no meio das pessoas.
—Ela faz muito isso? – perguntei rindo
—Sempre que uma de nós sai com um cara. – Balançou de leve a cabeça sorrindo
—Sabe, você podia ter me ligado, não precisava vir até aqui.
—Estava aqui perto e – senti um sorriso que ela sempre me causava crescer no meu rosto —, queria ver você. Sempre quero ver você.
Uma vermelhidão linda cobriu a pele branca do seu rosto.
—Tenho que voltar para o trabalho, mas te vejo mais tarde.
Segurei seu pulso antes que se afastasse de mim e beijei seu rosto docemente e a soltei, a vendo ir embora.
Batina porta sentindo meu peito bater desesperadamente de ansiedade e nervosismos. Não era como se nunca tivéssemos saído antes, mas agora era sério, sem ficara penas se pegando por aí, ela vai ser minha namorada.
Quando Belle abre a porta nem consigo disfarçar, e sinto minha boca abri enquanto olho cada pedaço dela dentro daquele vestido azul que cobria apertadamente seu maravilhoso corpo. O decote, Zeus, tive que ser muito forte para não agarrar a Belle ali mesmo e leva-la para o seu quarto e rasgar aquele vestido pelo decote.
Sorrindo satisfeita com a minha expressão Belle me dá um "oi" como se nada tivesse acontecendo e veste o casaco preto.
—Você está maravilhosa – falei sem folego.
—Obrigada – disse saindo do apartamento passando os dedos na gravata presa no meu pescoço —, você está lindo também. – falou bem próxima ao meu ouvido deixando um beijinho no meu rosto com seus lábios carnudos pintados de vermelho.
Não sobrevivo a essa noite.
Na teoria era muito fácil esquematizar esse encontro em uma noite romântica, com conversa, talvez alguns beijos, sem sexo. Mas na pratica...
Tentei não olhar muito para ela enquanto estávamos naquele elevador apertado e sozinhos. Do lado de fora do prédio o motorista do Han nos esperava.
—Carro? – tombou o rosto de leve.
—Não acho que vá conseguir subir na moto com esse vestido – dei uma risadinha abrindo a porta.
O caminho até o restaurante foi de pouca conversar, ela parecia chateada com alguma coisa, mas quando perguntei ela disse que o dia apenas tinha sido longo.
Quando chegamos fomos para o reservado e a Belle admirava os detalhes do restaurante tradicional.
—Aqui é muito lindo! – seus olhos seguiram a funcionara que nos trouxe para cá enquanto abria a porta que dava para um lindo jardim. — Uau!
—Gostou?Comum sorriso largo ela concordou.
—Querem pedir algo para beber enquanto decidem o que querem?
—Vinho? – perguntei depois de lembrar da dica da Nina, que se caso ela parecesse tensa ou calada demais dar uma taça de vinho para ela.
—Claro.
Nomeio da taça Belle já estava sorrindo. Não bêbada, muito longe disso, mas estava mais relaxada e solta. Ela começou a falar mais e a rir.
—Ji – seus lábios que a dois segundos esboçavam um largo sorriso, agora ficaram retos —, tem algo que queria perguntar.
—O que? – Bebi mais um pouco do vinho.
Observei seu rosto e a forma que mordia seu lábio quase me levando a loucura.
—Você está saindo com outra pessoa? – me sobressaltei com a pergunta — Não que tivesse problema – seu rosto se repuxou com e evidente mentira —, não somos namorados, nem nada.
Sem me controlar, dei uma gargalhada alta, e a Belle juntou as sobrancelhas.
—Desculpa – tentei parar de rir, mas estava difícil —, não estou rindo de você.– Peguei sua mão e a levei até meus lábios a pressionando de leve. — Belle, não tenho olhos para nenhuma outra pessoa desde que te vi na empresa. – Respirei fundo passando o dedo de leve sobre sua mão — Posso não ser seu namorado,mas... – seu corpo ficou tenso e apenas sorri colocando sua mão de volta a mesa. — Não tenho outra pessoa Belle.
A garçonete entrou com nosso pedido e logo sumiu de novo. O clima ficou tenso por meio segundo até a Belle colocar um pedaço de carne quente na boca e ficar que nem uma criança abanando a língua me fazendo rir.
Depois daquilo voltamos a conversar como se aquela pergunta nunca tivesse acontecido.
Descobri que o amor dela pela moda vem de anos atrás quando ela e a Nina brincavam comas roupas das mães, mas que ela amava se vesti e vesti os outros, diferente da amiga. Que sua cor favorita é azul turquesa, que odeia filmes de terror e que ela tem vontade de um dia em um futuro distante (fez questão de completar com essa parte), ser mãe. Ela nunca viu neve e está mais que ansiosa para o inverno.
Ficava admirando a observando falar das coisas que amava, da sua família no Brasil,dos seus planos para o futuro. Não conseguia evitar de me perguntar se mesmo não falando, esses planos poderiam me incluiu ou ser partilhados comigo.
Não conseguia acreditar nos meus próprios pensamentos, nunca me imaginei querendo esse tipo de coisa com alguém, mas agora não consigo imaginar um amanhã sem elana minha vida.
Estávamos de volta no prédio e nem sei como consegui andar até o elevado depois do jantar, torta e do sorvete.
Pensei que cheio demais poderia ficar mais propenso a ir direito para casa, mas observando a Belle escorada no metal com o casaco de lado deixando toda a lateral do seu corpo exposta, tudo que quero é toca-la.
Seus olhos corriam por mim com a mesma intensidade que estavam nos meus. Tudo que consegui captar foi o som da sua bolsa acertando o chão e logo senti seus lábios tocando os meus.
Que insanidade!
Seus lábios mal tocam os meus e meu corpo inteiro reagi a esse movimento. Minhas mãos percorrem seu corpo ao mesmo tempo que a viro a pregando naquela parede sem parar de beija-la. Belle geme entre meus lábios quando aperto sua bunda me deixando completamente maluco.
Separo nossos lábios e ataco seus pescoços com mordidas enquanto sinto as mãos dela entrarem pela minha camisa arranhando minha pela. Puxo o ombro do vestido a mordendo com força e meu corpo esfrega no dela.
Aporta do elevador se abre no seu andar e me afasto com dificuldade do seu corpo.
Comum sorriso malicioso, Belle pega sua bolsa e estica o braço para pegar minha gravata me puxando para fora, mas uso a força que não tenho para parar quando meu corpo alcança a porta.
—É melhor eu ir – foram as palavras mais difíceis de falar em toda a minha vida.
—O que? – levantou as sobrancelhas — Porquê?
—Tenho que acordar cedo amanhã – não era bem mentira
Puxei seu braço devagar segurando seu rosto para olhar para mim, beijo de leve sua testa sentindo o vulcão dentro do meu corpo quase explodir.
—Boa noite – me afastei.
Continuativa parada, os braços na frente do corpo e o mesmo olhar questionador que começou a me incomodar.
Eu vou indo, era o que eu iria dizer quando meus lábios se abriram, pouco antes de o olhar de confusão mudar para raiva e Belle me dar as costas.
A porta do elevador se fechou e dobrei meu corpo tentando voltar a respirar. Se todas asvezes que formos nos encontrar for assim, não sei quanto tempo vou durar comesse plano de sem sexo.
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