Capítulo 22 - Não Fui Eu
Ei beninas, tudo bem?
Sorry por não ter postado o cap ontem, não tava mto bem. Mas aproveitem e volto na segunda!!
Tenham uma leitura maraaa!!
Beijos
Seochon Village é bem fofinho é dá um belo passeio para um sábado ocioso. E, hum, eu poderia dizer às meninas que fui à serviço para fazer uma pequena matéria de turismo para casais. Mas tem Sky Rose Garden e é tão român...
Belle, que merdessa?
Me forço a reprimir o sorriso que estica o meu rosto, enquanto dissolvo os planos que resolveram invadir minha cabeça na volta para a casa depois de passar parte da noite com o Ji.
Achei que nessa altura essa merda de sorriso já teria parado de aparecer depois de vê-lo, mas ele parece cada vez mais frequentemente, mais largo e mais feliz. E os planos..? Desde quando eu sou uma mulher de planos românticos?
Isso sem mencionar que constantemente me pego pesando nele depois daquele encontro e nem é de uma forma sexual.
Droga.
Parada em frente a porta respiro algumas vezes antes de entrar e ver a Line parada a cinco passos da porta com um olhar assustado. Ela agarra meus braços de uma vez.
— Onde diabos você estava? – sua voz saiu alta me assustando
— Tive que fazer umas coisas na rua. – Menti descaradamente — Porque parece que quer me matar?
Não demorei tanto assim para ela ficar desse jeito.
— Você e a Nina me prometeram ajudar a me arrumar para o encontro com o Jimin. E vocês duas simplesmente DESAPARECERAM! – me deu uma tapa no ombro.
Atrás de mim a porta se abre e a Nina aparece com os olhos pesados, mas sem tira-los do celular. Novidade.
— Corra pela sua vida – falei alto empurrando o ombro dela de lado.
Nina me olha um pouco confusa, mas assim que seus olhos encontram o da Line ela da um passo para trás avaliando suas chances de sair correndo, que não pareciam muito boas.
— O que está acontecendo? – tenta proteger seu corpo com a bolsa.
— Aparentemente esquecemos de ajuda-la a se arrumar para o encontro – cochichei.
— Ótimas amigas que tenho, simplesmente esqueceram de mim por causa de macho. – Cuspiu as palavras com raiva.
Gelei.
Como assim "por causa de macho", será que ela sabe que o Ji vem aqui? Mas tomamos cuidado e nem fazemos tanto barulho assim.
Não, ela deve estar apenas com raiva.
— Do que está falando Line? – Nina tomba a cabeça de leve — seu encontro é na sexta. Hoje é quinta.
Por um segundo a expressão de raiva da Line sumiu do seu rosto enquanto pegava o celular e logo em seguida dando um largo sorriso de desculpas.
— Estou tão ansiosa que devo ter confundido os dias – deu de ombros parecendo mais aliviada. — Sorry! – abriu o sorriso ainda mais.
— Ela quase me mata do coração e sai como se nada tivesse acontecido?
Olho para a Nina que da uma risadinha enquanto tirava o casaco e o pendurava próximo o da nossa amiga psicopata.
O verão já estava no final enquanto o clima frio do outono já começava a dar a suas caras. Por mais que estávamos um tanto ansiosas pela primeira neve que veríamos na vida aqui, tenho que admitir que já estou com saudades dos vestidos leves.
— Deixe-a, Belle – Nina fala com uma expressão tranquila. — A Line está nervosa.
Arqueei a sobrancelha olhando para a minha amiga um pouco chocada. Desde quando a Nina é tão calma?
Ela sempre foi a irritada mal-humorada. Nina uma vez literalmente jogou uma garrafa de água cheia na minha cabeça só por que a assustei na saída da escola.
— Quem é você e o que fez com a minha amiga? – a segui até o sofá onde a Line olhava para o celular a cada dez segundos. Contados.
Nina revirou os olhos se jogando no sofá tateando até achar o controle e apenas ligar a tv sem realmente vê-la.
— Melhor – sorri maliciosamente para ela —, o que o Cheol está fazendo com você. Finalmente descobriu o que tem debaixo daquelas roupas largas?
Line largou o celular abrindo o mesmo sorriso que o meu.
— Aposto que ele deve ser do tipo gostosão, braço forte, tanquinho. – Line fala empolgada.
— Não sei – coloquei dois dedos de baixo do queixo — ele parece mais do tipo magro, mas definido.
Nina estava ficando igual a um tomate maduro do meu lado e aquilo era extremamente divertido.
Ela sempre implicava comigo, a Line e a Van, quando entravamos do modo "in love", e finamente poder fazer isso com ela era impagável.
— Olha Line, ela está com vergonha. – Apertei a sua bochecha — Ela não fica fofa toda 'apaixonadinha'.
Nina me da um tapa forte na mão me dando seu olhar assassino que faz a Line tentar suprimir a risada.
— Da para parar? – disse irritada — E só para constar – seu rosto ficou um pouco mais vermelho — não sei como é, a gente nunca fez nada.
Eu e a Line trocamos olhares chocados e não resistir a uma risada alta.
— Espera ai! – ajoelhei no sofá levantando as mãos — Está me dizendo que você, Nina Silva, a que só usa os homens, que além de ficar o dia todo trocando mensagens, ainda não transou com Lee Cheol?
— Não – respondeu entre dentes claramente nervosa.
Deixei meu corpo cair no sofá entre risadas altas junto com a Line, enquanto tentava falar "não acredito", mas simplesmente não saia nada que desse para entender.
— Gente, ela está mesmo apaixonada. – Line fala entre risadas — He is the one!
Nina levanta irritada indo para o seu quarto nos xingando.
— Quer que a gente liguei pro Cheol para ele te acalmar? – consegui falar.
— Vai se fuder! – grita do corredor.
Nossas risadas são interrompidas quando alguém bate na porta e a Line meio cambaleando vai até a porta.
Me sento direito no sofá limpando as lágrimas que caiam no meu rosto. Abrindo meus olhos me deparo com a figura do Ji parado não muito longe de mim, me olhando com um sorriso doce.
Sky Rose Garden, definitivamente.
Belle?, sinto uma urgência em socar minha cara.
— O-oi – disse um pouco aérea.
Ele não devia estar aqui.
— Oi – seus olhos saíram de mim indo para a Line voltando para mim — você pegou meu celular sem querer mais cedo. – Estendeu o aparelho preto.
— O quê? — engoli em seco tentando disfarçar.
Estiquei meu corpo pegando minha bolsa que tinha jogando na poltrona do lado e vasculhei até achar o aparelho que definitivamente não era o meu.
Como saí quase correndo para o Han não me ver, peguei o primeiro aparelho preto que vi, sem reparar em qual era.
— Aqui. Desculpas, nem vi – entreguei o dele e peguei o meu.
— Então vocês dois tem saído juntos? – Line nos olhos com um sorriso malicioso
Droga, ela está desconfiada. Ji não podia ter me entregado isso depois? Tinha que vir aqui agora?
— Não é assim, Line – Ji a encara um pouco sem graça — Apenas nos encontramos por acidente na barraca de comida aqui perto, e sentamos na mesma mesa por uns trinta minutos. Nada demais.
Gente, aquilo saiu tão natural que se não soubesse até teria acreditado.
— Hum... – Ainda nos olhava com malicia.
— Para com isso, Line – tentei soar casual lhe dando um tapa leve na coxa — Como se esse filhinho de papai fizesse meu tipo. – ri. Alto demais, forçado demais.
Na minha frente Ji fica tenso, claramente detestando o que saía de mim. Não sei explicar porque falava aquelas coisas, apenas acontecia.
— Não pareceu isso no elevador no dia que saímos – abriu um largo sorriso.
Revirei os olhos escorando o cotovelo no sofá.
— Para, Line! – até consegui sorrir — Aquilo não foi nada. Não me conhece mais? Esqueceu do Alok, o Caio, o..?
Com a Line de costas para mim, Ji aproveita para me olhar com a cabeça tombada em uma clara expressão que vai de "que tanto de nome masculino é esse? " para "depois você vai me explicar direitinho do que tá falando" quando suas sobrancelhas se juntam.
E, socorro, eu preciso fazer para me concentrar no que estava dizendo porque aquela cara ali significa uma coisa: ele. vai. me. fazer. falar! Meu mundo dá umas três voltas consecutivas em ansiedade pelas técnicas de interrogatório que o Ji vai utilizar.
Senhor, estou suando.
— Enfim. — respiro fundo tirando os olhos dele. — Ele estava me provocando e apenas respondi. Caras que nem ele, que nunca trabalhou na vida e sempre teve tudo, não fazem nem um pouco meu tipo. Gosto de homem de verdade.
Alguém cala a minha boca!
Escuto o celular do Ji estalar entre seus dedos com o aperto e sua respiração ficar pesada, mas não tive coragem de olhar para ele.
— Tenho que ir. — Escuto seus passos firmes acertarem o chão. Então, Ji se vira para nós duas parecendo hesitante. — Line, isso é coisa da sua cabeça... — o sorriso que dá quase parece uma máscara. — Eu não faço isso de namorar. — fixou os olhos em mim. — Só uso passatempos mesmo.
A porta é aberta e fechada com força, me deixando com um caroço imenso na garganta.
Droga.
— Porque você fez isso? – Line me repreendeu. — O Ji é um cara tão legal e o que ele acabou de falar soou tão forçado pra mim como pra você. — ela levou as mãos à cintura. — Por que você fica tratando ele desse jeito?
— Que jeito Line? – falo irritada, mas não era com ela — Se ele não gosta, problema é dele. – alguém, POR FAVOR, cala a minha boca — E se não disse nada é porque não achou ruim.
Line estava claramente chateada e nervosa comigo, e toda hora olhava para a porta, como se esperasse que eu fosse correndo atrás dele.
— Você está falando sério? – disse indignada.
— Olha, cuida do seu encontro, está bem? E não se mete nisso.
Abriu a boca para falar mais alguma coisa, mas nada saiu, ela apenas foi em direção ao seu quarto, mas parou no meio do caminho olhando para mim.
— Isso foi frio e cruel, até mesmo para você.
Assim que ouvi a porta do quarto da Line fechar, peguei o celular correndo e mandei uma mensagem para ele.
Você: Ji, me desculpa pelo o que falei, só queria despistar a Line, mas sei que fui longe demais.
Ele demorou algum tempo para responder, e aquilo estava me deixando doida, até que quase pulei quando ouvi o toque do kakao.
Ji: Ok!
Aquela simples palavra foi pior se ele não tivesse me respondido. Quis mandar outra coisa, tentar fazê-lo conversar comigo, mas talvez fosse melhor deixa-lo esfriar a cabeça.
Depois de tomar um banho, fui para o meu quarto, onde passei a maior parte da noite olhando o céu negro, quase sem estrelas de Seul, sentindo a culpa me comendo por dentro.
Acordei depois de uma das piores noites de sono que já tive na vida e fui até a cozinha onde a Line estava sentada tomando café.
— Bom dia – disse um pouco receosa
— Bom dia – Nem se quer me olhou.
Me sentei depois de pegar um pouco de café e comecei a olhar o celular, ler algumas notícias, tentando me distrair desse clima horrível com a minha amiga.
Desço mais algumas notícias e vejo que finalmente saiu a entrevista que tinha feito com o Han. Empolgada a abro e começo a ler.
Meu coração começa a ficar apertado e escuto minha xícara se espatifar no chão quando sinto minha boca se abri.
— Belle? – a voz da Line me traz de volta, mas é o rosto da Nina que vejo primeiro.
— Você viu. – Nina se aproxima se sentando do meu lado.
— Viu o que? – Line pergunta confusa
— Saiu a entrevista que ela gravou com o Han – Nina responde depois que viu que não falaria nada
— Mas porque isso seria um problema?
— Falaram coisas horríveis do Ji. – A voz da minha amiga saiu baixa e quase não escuto.
Falaram coisas realmente horríveis dele, coisas que eu falei para ele, varias vezes. Se lesse aquilo, com certeza acharia que tinha sido eu.
Levantei de uma vez, sem me importar em como estava e comecei ir me direção a porta. Ji tinha que saber que não fui eu que escrevi aquilo.
Senti as duas vindo atrás de mim, e quando abri a porta dei de cara com o Ji e o Han na porta.
Han parecia querer acalmar o irmão que não estava disposto a ouvir ninguém.
— Então é realmente isso que pensa de mim? – entrou balançando o celular antes de olha-lo — " Enquanto Go Hansol parece ser o filho prodígio perfeito, assumindo as responsabilidades do futuro da corporação Go, e colecionando, diplomas, ações sociais e engrenando a empresa em um futuro promissor, o filho mais novo, Go Ji, parece estar seguindo o caminho oposto ao do irmão, sendo apenas mais uma imitação barata de um playboy norte americano que gosta de gastar o dinheiro do pai..."
Se aproximou de mim, um passo de cada vez, me fazendo andar para trás.
— Foi para isso que se aproximou de mim? Para me humilhar, não apenas na frente dos meus amigos e dos seus, mas em toda droga da Coréia?
— Ji, eu não...
— Não – me interrompeu — Não quero saber, não quero mais ouvir mais uma palavra que venha de você, senhorita Cibelle.
Passou a mão no rosto enquanto ignorava qualquer tentativa de o Han falar alguma coisa.
— Quando te vi na empresa do meu pai, fiquei encantado e cada dia que te conhecia melhor isso ia aumentando. Me convenci que a forma como você me tratava na frente deles era apenas para ninguém desconfiar da gente. Porque, caso não tenha percebido, existiu um "nós". Você pode rejeitar o quanto quiser a imitação barata de play boy americano, mas era com ele que você estava passando horas dos seus dias, seja trocando mensagens antes de dormir ou seja dor... – Ele parou, seus olhos lacrimejaram — Mas fui apenas um trampolim para sua carreia. – Limpou uma lágrima que escapou — Não sei o que isso era – apontou para nós dois — mas acabou.
Saiu pela porta, e minhas pernas que não tinham forças para ir atrás dele, logo desabaram deixando meu quadril acertar o chão. Lágrimas desceram pelo meu rosto mostrando a dor do meu peito esmagado.
Escuto a voz do Han se misturar com as vozes das minhas amigas, e ao choramingo que a minha se tornou.
— Eu não, eu... aponto para a porta aberta por onde a silhueta do Ji vai diminuindo.
— Eu sei que não, Belle. — Han me corta se abaixando na minha frente.
Eu não sei como ele acredita em mim, mas ele acredita e eu deveria me sentir feliz com isso.
Mas tudo que consigo fazer é manter os olhos fixos pra onde ele se foi e completar a frase que eu já não tinha certeza se era inteiramente verdadeira.
— Eu não fiz isso.
NOTA:
Seochon Village - Seochon Village, que significa literalmente vila oeste, tem o nome em referência à sua localização a oeste do Palácio Gyeongbokgung. As antigas casas de hanok, alinhando as longas vielas, harmonizam-se com as novas lojas e lojas emergentes. Andando pelos becos que se assemelha a um grande labirinto, os visitantes serão agradavelmente surpreendidos por murais e imagens adoráveis.
Uma sugestão da tradição da Coreia é verdadeiramente equilibrada com muitos espaços modernos e elegantes que realçam a beleza e o aconchego autênticos e simples da Vila Seochon.
Sky Rose Garden - Também conhecido como "Hanuel" Rose Garden, é um jardim de rosas / café lindamente decorado situado no topo do DaeHan Cinema Multiplex localizado em Chungmuro. Este é tipicamente o lugar para ir para as pessoas que estão esperando o filme começar ou um lugar para surpreender o seu encontro com o incrível grupo de rosas e vistas da cidade!
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