Capítulo 18 - Fuja Para As Montanhas
Ei Beninas, tudo bem?
Me conta, o que estão achando do livro, amo ler os comentários de vocês. No último cap tivemos a aparição (virtual) da Van, gostaram dela? e do cara do sorvete, qual do personagens vocês acham que ele é?
Conte-me tudo, não escondam nada...rs
Não esqueçam de comentar e votar que ajuda muito a Unnie aqui!!
Tenham uma leitura maraaaaa
Beijos
Estou realmente avaliando, o que seria pior: Ficar e encarar o Jimin depois da enorme vergonha que passei, ou sair correndo como um louca e voltar para casa?
Meus olhos repletos de raiva vão para a Nina, que era a única das duas que olhava para mim. Mas logo desviou o olhar fingindo não ter me visto e dando sua atenção ao Cheol, que parecia bem determinado a não perder no jogo.
Vou embora daqui!
Observo que atrás dele a um pequeno corredor com alguns tênis a venda e maquinas com ursinhos. Se me abaixasse daria para sair dali sem que ele me visse.
Com as pernas bambas saio, dando a volta na pista entrando no corredor. Me abaixei e fui andando um tanto desajeitada para que não fosse vista.
Mas a vida meus amigos, a vida é uma vadia desgraçada que me odiava e que parecia disposta a me ferrar. Ou apenas me tornar o alvo de vergonha alheia.
Por causa da madeira lisa, meu pé escorrega de leve, mas cai no vão. Estaria tudo bem, se meu corpo não tivesse desequilibrado e derrubado a pequena estante com tênis bem na frente do Jimin, e claro comigo por cima escorregando entre ele e a Belle.
No fundo escuto a risada histérica da Nina junto algumas mais discretas.
Putaqueopariu!
Nunca fui uma pessoa desastrada, eu juro. Não sei que acontece quando encontro ele, minhas pernas ficam que nem gelatina e minha capacidade de ser uma pessoa completamente normal vai pro ralo.
Mas tudo que quero agora é um buraco, ou a habilidade de voltar no tempo e nunca sair da minha cama.
— Você está bem? – suas mãos passam pelo meu braço me ajudando a me levantar.
— Amiga – Belle começa a falar em português — não precisa se jogar nos pés de um cara para ele te notar – rindo minha suposta amiga tenta me ajudar.
— Tomar no cu, você não quer né? – respondo na mesma língua fazendo ela rir ainda mais.
Jimin me olha preocupado, procurando algum machucado aparente, mas a única coisa que estava machucada era meu orgulho e a minha dignidade mesmo. Se é que ainda tenho alguma restando.
— O que exatamente estava tentando fazer? – Belle pergunta voltando a falar em coreano.
Meus olhos passam rapidamente pela porta e depois para o rosto lindo do Jimin que tinha as sobrancelhas juntas, ainda procurando algum machucado em mim. Tão fofo.
— Acho que ela estava tentando fugir – Nina ainda rindo se aproxima — Se machucou?
— Estou ótima. – disse entre dentes — Obrigada.
— Jimin, essa é a Nina – Belle a ponta para a minha amiga do meu lado que faz uma reverência.
Um funcionário magro se aproximou perguntando como eu estava e começando a colocar as coisas no lugar enquanto Belle apresentava o Jimin para os outro.
Ajudei o menino que não parecia ter dezessete anos, enquanto me desculpava.
Assim que terminamos, vi meus amigos conversando e o caminho para a porta, completamente livre. É agora que eu desapareço daqui.
— Senhorita Aline? – sua voz fez as pernas de gelatina voltarem e meu coração disparar.
Com toda força que só Deus mesmo para me dar, me virei olhando seus olhos castanhos, que ainda refletiam preocupação.
— Pode me chamar apenas de Line – tentei sorrir o melhor que pude.
Deu um sorriso educado concordando.
— Você realmente não se machucou? Foi um tombo feio.
Com certeza vou acordar amanhã sem nem conseguir respirar por causa da dor na costela, mas não admitiria isso. Não para ele.
— Estou bem. Sério. – Sorri olhando de novo para a porta.
— Espero que não queira ir embora por minha causa. – Duas covinhas apareceram quando sorriu.
Imagina!
— Claro que não – nem eu acreditei nisso.
Respirei fundo desistindo completamente da minha fuga, tão próxima.
— Quer um refringente? Ou cerveja? – tentei com toda força afundar a vergonha que pairava no meu corpo.
— Refrigerante. Não bebo. – Sorriu me acompanhando.
Quando voltamos eles estavam discutindo como seria dividido os dois times.
— Não, não – Belle tinha um sorriso cruel nos lábios — Não quero ficar no time do "filhinho de papai" do Ji. Quero acabar com ele, no boliche – fez questão de completar quando o Doyon a olhou.
Do outro lado o Ji não parecia muito confortável ou satisfeito com o que sua... namorada? (não faço a menor ideia do status de relacionamento deles) dizia.
Os times ficaram: eu, Belle, Doyon e Jimin contra Nina, Cheol, Mathew e Ji.
Por mais que no começo tive certeza que não venceríamos, porque o Cheol claramente não era um iniciante no jogo, o fato da Nina e do Mathew serem terríveis, nos dava uma ótima vantagem.
Mesmo tentando disfarçar perto da minha amiga, Cheol estava claramente nervoso por estar perdendo, enquanto Mathew era só risada e a Nina um tanto sem graça. Já o Ji, parecia mais preocupado com a conversa da Belle e do Doyon do que no jogo.
— Você não é de Seul, certo? – Perguntei um pouco nervosa (lembrando de quando a Belle mencionou) tentando puxar assunto. E morrendo de medo de acertar ele com a bola que estava na minha mão.
— Não, eu sou de Jeonju. Conhece?
Quando ia responder Doyon foi mais rápido.
— Sério? – Doyon interferiu animado. — Sua cidade tem vários festivais incríveis, mas eu sempre quis ir no Jeonju Paper Culture Festival, e experimentar o bibimbap de lá.
—Você tem que ir mesmo. – Jimin se ajeitou na cadeira e começou a falar animado. — É incrível! E você vai achar bibimbap de todas as formas e gosto.
— A Nina iria amar, ela adora bibimbap. – Falei colocando a mão no ombro dela, que se virou para mim com um olhar um pouco chateada.
— Claro que amo – deu de ombros tentando disfarçar — é comida.
— Então o lugar certo para te conquistar é pelo estômago? – Mathew dá uma risadinha dando uma leve cotovelada no Cheol — Você já sabe o caminho agora.
Seu rosto corou de leve olhando para a Nina que dava um sorriso mordendo os lábios.
O jeito que eles se olhavam era tão íntimo que todos nós disfarçadamente paramos de olhar, até que um grito da Belle faze os dois darem um pulo do sofá.
— STRIKE! – levanta os braços vitórias. — Vocês são horríveis – mas seus olhos e mãos apontavam apenas para o Ji que tentava esconder que não estava gostando em nada daquilo.
Voltei a me virar para o Jimin, queria saber mais dele e já tinha dado uma primeira, segunda, terceira e quarta péssimas primeiras impressões. O que exatamente tenho a perder?
— E porque você veio para Seul? – perguntei para voltar ter a sua atenção enquanto Mathew se levantava para jogar a bola pela lateral pela terceira vez consecutiva.
Com um sorriso um pouco grande Jimin me olhou corando de leve.
— Depois que terminei minha faculdade na China voltei e me mudei para Seul para conseguir um emprego e continuar a estudar.
— Uau! Faculdade na China, isso é muito legal. – Estava inerte naqueles olhos castanhos, de longe apenas ouvia a voz do Cheol falando algo com o Mathew, e não parecia feliz – Você cursou o que?
— Eu fiz administração – disse orgulhoso
— Como alguém que fez administração acaba em um jornal? – escorei minha mão no rosto completamente encantada com tudo que dizia. Quase esquecendo a vergonha monstro que tinha passado, quase.
— Line! – a voz da Belle me traz de volta. Chata. — É a sua vez.
Levantei um pouco mal-humorada e joguei a bola sem vontade, mas mesmo assim ela acerta quase todas, deixando apenas três em pé.
Um "não acredito" saiu dos Cheol quando joguei de novo e as três caíram. Meu querido, também não acredito que fiz isso.
Belle ainda mais animada "humilha" um pouco mais o cara que parecia mais perdido que um cego em tiroteio. Se ele não sabia o que estava acontecendo com a maluca da minha amiga, imagina eu.
Eu e a Nina batemos o pé com a Belle para irmos comer alguma coisa em vez de emendarmos a terceira partida, e acabei comendo um pouco demais e estava meio sonolenta e pesada. Tudo que queria agora era a minha cama.
— Quero a minha cama – resmunguei tomando o resto do refrigerante no copo.
— Acho que também quero ir para casa. – Os olhos do Jimin pesavam dando um sorriso morto.
— Também... – Belle começa a falar, mas reprimi um "ai" depois que levou um chute nada discreto da Nina — Dormir para que, não é? – olhou para a Nina cheia de raiva.
— Jimin, - Nina se inclina na mesa olhando para ele — Já que vocês dois são os únicos – ela enfatiza o "únicos" e seu olhar gritava para ninguém mais abri a boca — que querem ir, você poderia fazer o favor enorme de deixar nossa Line em casa? Não queremos que nada aconteça com ela.
Seu largo sorriso e cara fingida de anjo fez o Mathew reprimir uma risada enquanto os outro faziam um trabalho bem melhor nesse requisito.
— Ah – seu rosto começou a tomar cores de um tomate maduro — Claro!
— Sei... – comecei a falar, mas a Belle me interrompeu.
— Você não vai voltar sozinha. – Arqueou a sobrancelha me fazendo bufar.
Saímos da lanchonete com o olhar das duas maliciosamente passando por nós.
Mesmo comigo insistindo que não precisava me levar em casa, Jimin dividiu o táxi comigo até o meu prédio, em uma viagem longa e silenciosa, mas estranhamente não desconfortável.
O táxi parou em frente ao prédio e me virei para despedir dele e sai.
Estava indo fechar a porta quando sinto o espirito sem vergonha da Belle baixar e mim quando me curvei para olha-lo.
— Quer ir no cinema comigo um dia desses? – me senti muito orgulhosa por não gaguejar.
Um sorriso brincou entre suas covinhas linda me fazendo aperta ainda mais forte a porta do carro.
— Claro – disse mais empolgado do que imaginaria. — Me manda mensagem quando e aonde?
— Tudo bem – sorri tão largo que achei que dava para ver a campainha. — Boa noite Jimin.
— Boa noite Line.
NOTA:
Jeonju - Jeonju ou Chonju é uma cidade da Coreia do Sul, capital da província de Jeolla Norte. Fica a 194km de distância da capital Seul.
Jeonju Paper Culture Festival - Organizado para promover as excelentes qualidades do tradicional papel hanji da Coréia, o anterior Jeonju Paper Culture Festival foi rebatizado como Jeonju Hanji Culture Festival. Como o nome sugere, a principal especialidade do festival é o papel, com todos os tipos de produtos feitos a partir de hanji, bem como concursos, exposições, programas práticos para visitantes e um mercado tradicional.
Programas de Eventos: Ao contrário de festivais anteriores, o Festival de Cultura Jeonju Hanji adicionou um novo Pavilhão Tradicional Hanji e uma Exposição Especial de Produtos de Hanji. O Concurso de Artesanato Hanji, onde os artesãos hanjis podem exibir seu trabalho, e onde os vencedores apresentarão e exibirão seu trabalho nas categorias de produtos tradicionais, modernos e culturais. Haverá também um desfile hanji com hanboks, vestidos tradicionais coreanos e uma exposição de hanji de produtos patenteados. O festival oferece inúmeros programas práticos que incluem folhas e casca de amoreira ferventes, colocação e secagem do papel, uma oficina de hanji para fazer vários ofícios e jogos usando itens tradicionais feitos de hanji. Se você quiser se aproximar de seus entes queridos ou amigos, experimente o concurso de colagem de papel da janela da família.
Bibimbap - é uma tigela de arroz misto, que é servido em um pote com pedras quentes. Uma variedade de legumes, proteínas e ovo frito são combinados com pasta de pimenta vermelha e óleo de gergelim. Se quiser provar o melhor Bibimbap da Coreia, pegue um trem até a província de Jeolla e se deliciar com essa com esse prato tradicional.
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