Eu hesitei muito em deixar Pippa escrever essa história. Não que eu tenha algo a esconder ou não goste de aparecer, mas porque além de aparecer, eu vou me expor da forma que ninguém nunca viu: nua e crua. A parte boa da Paola que algumas pessoas conhecem e talvez uma parte não muito agradável que só quem viu e conviveu sabe. Porque eu me torno alguém melhor todos os dias. E em um frasco só cabe mais conteúdo quando tem espaço.

Depois de ser coadjuvante de tantas histórias lindas, conhecer tantas pessoas boas e outras nem tanto assim, eu estava contente com o lugar que eu ocupava nesse universo cheio de finais felizes, sendo feliz da minha maneira, mas aí encontrei uma pessoa que em uma noite desestruturou toda a minha pseudo organização. E como vocês sabem, eu não amo fraco, não sei beijar morno. Não oscilo entre oito e oitenta, sou oitocentos.

Então vou contar minha história, a real, com alguns flashs de colaboração de outros personagens, com algumas viagens físicas e outras nem tanto. Com muitos amores, muitas paixões e muitas aventuras sáficas. É tanta coisa que vou precisar de dois volumes.

Mas preciso contar da forma certa, confortável, na praia, no Anjos ou em uma boa mesa de bar, com algumas cervejas, petiscos e muitas risadas, pois existem alguns dramas na minha vida, mas nem só de drama vive Pippa Rivera, não é mesmo?

Bora!