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Parte Única

POR FAVOR, ALGUÉM me belisque! Quero ter certeza de que não estou sonhando. Estou prestes a me casar... pela segunda vez.

"Pare, Álvaro, ela não vai deixá-lo plantado! Alice te ama! Trate de se acalmar!"

"Como se fosse fácil, Consciência."

O pior é que ter toda essa gente me olhando não está ajudando nem um pouco. Estou uma pilha de nervos!

A decoração foi feita segundo o gosto de Alice. Arranjos de flores-do-campo enfeitavam toda a Igreja; um longo tapete bege estava estendido da entrada até o altar; duas cadeiras enfeitadas com flores estavam posicionadas atrás de mim, no altar. O Padre estava parado, a minha direita, conversando com minha mãe.

Olho mais uma vez para o relógio. Dez minutos atrasada.

― Tente se acalmar ― pede Mateus, meu irmão e padrinho de casamento.

― Falar é fácil ― resmungo, olhando outra vez para o relógio.

­­― Álvaro, ela vai vir. ― Ele coloca sua mão em meu ombro. Se não fosse pela cor dos olhos e pelo fato de eu estar usando fraque, seria difícil distinguir quem é quem. É como se olhar em um espelho. Meu irmão não é só meu irmão, é meu melhor amigo, e sabe sobre o que passei há sete anos. ― Alice não vai te deixar plantado, então se acalme.

Suspiro frustrado. Sabia que ela era diferente e estava feliz com isso, mas tinha aquela bendita vozinha na minha cabeça que insistia em dizer que eu ficaria ali, sozinho, mais uma vez.

― Casamento só é casamento quando a noiva se atrasa, querido ― diz minha mãe, sorrindo, ao se aproximar. ― Alice deve estar tão nervosa quanto você e, além disso, sua irmã está com ela, não há com o que se preocupar. ― Ela me beija e se afasta.

Olho para o relógio. Quinze minutos atrasada. Droga! Estou começando a sentir náuseas.

"Controle-se, Álvaro, ela está a caminho, afinal, não foi ela quem respondeu ontem, quando você disse que a esperaria no altar, que ela seria a de branco?"

"Foi, Consciência, foi ela."

"Então trate de ficar calmo!"

Eu não queria me lembrar, mas foi inevitável... A mesma Igreja, só que com uma decoração diferente, alguns rostos conhecidos e uma espera que parecia não ter fim.

Duas horas.

Fiquei duas horas esperando por alguém que não viria.

Até hoje não sei dizer o porquê de Márcia ter me deixado. Antes de conhecer Alice, eu queria saber o motivo de ter sido abandonado, mas quando trombei com ela no corredor da Universidade e me perdi em seus olhos da cor do mel, eu esqueci completamente que algum dia teve alguma Márcia na minha vida. Só tive olhos para Alice desde então.

Não vou dizer que não tivemos problemas. O primeiro deles apareceu no mesmo dia em que nos conhecemos. Eu era professor de Arqueologia, e ela, estudante de Literatura. Se o Reitor soubesse do meu interesse por uma aluna, na hora eu perderia o emprego. Mas como não queria ficar longe da moça dos belos olhos cor de mel, decidi usar o mesmo método que meu pai usou para se aproximar de minha mãe: bilhetes de um admirador secreto.

E não é que funcionou!

Até o dia em que nos esbarramos de novo.

Meus papéis caíram no chão e Alice, enquanto pedia desculpas, me ajudava a recolhê-los; e foi aí que ela encontrou o bilhete que eu iria colocar em seu armário.

― Por favor, deixe-me explicar.

Ela levantou a mão em um sinal para que eu me calasse.

― Me encontre no Mirante às oito da noite ― disse, entregando minha papelada.

Céus, naquele dia eu pensei em mil e um motivos para me justificar, sem que tivesse de dizer que estava apaixonado por ela, e todos eles terminavam comigo levando uma bofetada. Afinal, onde eu estava com a cabeça quando pensei que uma garota como ela fosse me dar bola?

"Quem tem problema é ela que decidiu ficar com um homem dez anos mais velho."

"Cala boca, Consciência!"

Fui até o Mirante naquela mesma noite, mas cheguei antes da hora marcada, já que estava nervoso.

Alice chegou pontualmente às oito.

E quando ela se aproximou, eu me apressei a dizer:

― Antes de você me bater, deixe-me explicar.

― E quem disse que vou te bater? ― disse ela, sorrindo.

― Não vai? ― perguntei confuso.

― Não, não vou. ― Ela segurou o colarinho de minha camisa. ― Vou fazer isso. ― E me beijou. Não vou negar que o beijo me pegou de surpresa, e por um breve momento, só por um breve momento, não soube o que fazer. Enquanto a tomava nos braços e a trazia para mais perto de mim, o beijo deixou de ser suave para se tornar apaixonado.

Céus! Eu passei um ano imaginando como seria o nosso primeiro beijo e, cá entre nós, foi muito melhor. Foi simplesmente perfeito!

― Por favor, se isso for outro dos meus sonhos, eu não quero acordar ― disse, encostando minha testa na dela, quando nos separamos.

― Acha mesmo que isso é um sonho?

― Acho.

Alice me beliscou.

― Ai! Por que fez isso? ― perguntei, enquanto massageava meu braço.

― Para te provar que isso não é um sonho. ― Ela sorriu marota.

Ficamos nos olhando por um tempo até que tomei coragem e perguntei:

― Por que me beijou?

― Porque pensei que você nunca confessaria que os bilhetes eram seus.

― Mas eu não...

― Você disse "eu posso explicar", além disso, eu já tinha visto sua letra em um relatório que você emprestou para meu irmão.

― Você sabia?

Alice assentiu.

― Achei sua letra conhecida, mas não me lembrava de onde a tinha visto, e foi aí que te vi colocar o bilhete em meu armário.

― Quando foi isso?

― Há sete meses.

Eu me senti um completo bobo. Um bobo apaixonado que passou os últimos sete meses assinando bilhetes como: "De seu admirador secreto", sendo que já não era tão secreto assim.

Não vou negar, eu cogitei a ideia de desistir dos bilhetes e dela, mas quando a ouvi dizer que havia se apaixonado por mim, eu não pensei duas vezes, a beijei de novo e a pedi em namoro.

Passamos dois anos namorando "escondido", bem, a família dela sabia que eu existia, mas não sabia quem eu era exatamente.

Continuei enviando bilhetes a ela, mas passei a assiná-los como: "De seu admirador não tão secreto assim".

O segundo problema — que, cá entre nós, foi o mais difícil de enfrentar —, foi quando fui jantar na casa de Alice com o intuito de pedi-la em casamento. Ela já havia me dito que o seu pai era um pouco difícil de lidar, contudo, eu nunca pensei que o meu futuro sogro fosse, um tanto, temperamental.

"Temperamental?! O cara estava polindo um revólver quando você chegou!"

"Ele só queria me intimidar."

"Te intimidar? Para mim, aquilo foi claramente um aviso do tipo: Se você fizer minha filha sofrer, você sentirá a minha ira!"

"Definitivamente, Consciência, você deve parar de assistir TV."

"Se você acha..."

Tudo estava indo às mil maravilhas. Consegui conquistar meu sogro, meu futuro cunhado prometeu guardar segredo, minha sogra me adorava e Alice iria se formar em um mês.

Em um mês eu poderia gritar para o mundo o quanto a amava.

Mas como sempre tem alguém para te jogar um balde de água fria... O Reitor acabou descobrindo sobre nós. Não me pergunte como que até hoje não sei explicar, só sei que para Alice não ser expulsa da Universidade, eu pedi demissão.

Percebo um movimento na Igreja, mas como estou perdido em minhas lembranças, não dou muita atenção.

Olho para o relógio mais uma vez. Vinte e cinco minutos atrasada... Então ouço uma música. Meu olhar vagueia pela Igreja e é preso pela coisa mais linda que vi na vida. Alice está de braço dado com seu pai, vindo em minha direção. Uma coroa de margaridas — sua flor preferida — está acomodada em seus cachos louros, um sorriso largo ilumina seu rosto e seus olhos — que me conquistaram de primeira — brilham como nunca.

Ela está belíssima!

Maravilhosa!

Fascinante!

"Eu te disse que ela viria."

"Cala a boca, Consciência!"

― Álvaro, eu te entrego o meu tesouro mais precioso. Espero que cuide bem dela.

― Eu prometo que cuidarei, senhor.

― Oi ― diz ela, sorrindo.

― Oi... Cheguei a pensar que você não viria ― confesso.

― Está brincando? Eu não perderia este casamento por nada no mundo! ― Ela pisca.

― Tenho algo para você ― digo, procurando em meus bolsos o pedaço de papel.

― O que é? ― Alice pergunta, curiosa.

― Algo que não poderia faltar em nosso casamento... Isto. ― Lhe estendo um pedaço de folha de caderno dobrado.

Alice, estive pensando... se o futuro nos reservar uma filha, espero que ela tenha os seus olhos, e que encontre o amor assim como nós encontramos. Quero levá-la até o altar e, tenho certeza, de que ela ficará tão linda de branco, assim como sei que você está.

Eu te amo!

De seu admirador não tão secreto assim...

― Oh, Álvaro, é lindo! ― diz ela, como os olhos marejados.

― Podemos começar? ― pergunta o Padre.

― Sim, senhor ― respondemos em uníssono.

Meu coração se acalmou e meus nervos se abrandaram quando vi Alice entrar na Igreja, contudo, quando chegou a hora de pronunciar os votos, voltei a ficar nervoso.

― Álvaro Montero, aceita como tua esposa, Alice Lopez, para amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte os separe? ― pergunta o Padre.

― Si-Sim. Sim, Padre, eu aceito! ― respondi, depois de respirar fundo.

― Alice Lopez, aceita como teu esposo, Álvaro Montero, para amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte os separe?

― Sim! Sim! Mil vezes sim!

― Então, pelo poder a mim investido, eu vos declaro: marido e mulher. O que Deus uniu o Homem não separa. Pode beijar a noiva.

― Eu te amo ― ela diz, em um sussurro apaixonado.

― Não mais do que eu. ― A tomei nos braços e a beijei. Coloquei no beijo todo o amor que sentia por ela.

E em algum lugar da minha mente, eu ouvia a marcha nupcial tomar conta da Igreja, assim como os aplausos das pessoas presentes, mas como minha concentração estava na mulher que eu tinha nos braços, não dei atenção ao resto. O que importava era que Alice era minha esposa.

Céus, parecia o final feliz perfeito. Não, isso é muito melhor que um simples final feliz... é um começo perfeito! O nosso começo! Meu e da minha Alice.

FIM

💘💘💘

Acabei de perceber que eu já tinha criado meu Divertidamente antes mesmo da Disney ter a ideia haha É claro que o Divertidamente do Álvaro é mais chato e intrometido, do que os da Riley rs

Bem, chegamos ao fim da nossa coletânea de contos :( mas não fiquem tristes, tenho uma surpresinha pra vocês. Talvez duas hehe

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