Siena, 24 de abril de 1409...

Oh, caro mio,

foste ameaçado por Messer Salimbeni (mesmo que não declaradamente)! Sei que ele é capaz de matá-lo durante o palio para que não venças! Oh, Piero! Temo por tua vida que me é tão preciosa. O que será de mim se algo acontecer-te? Meu coração enche-se de dor e angústia só de imaginar!

Cuida-te mais, amore mio.

Per sempre tua,

Viviane

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Siena, 30 de junho de 1409...

Luce della mia vita,

bem sabes que daqui a dois dias disputarei o palio, e que dentre os diciassette competidores, os cinque primeiros que chegarem à base da cattedrale disputarão o cencio e, por consequência, tua mão.

Gostaria tanto de vê-la, de abraçá-la, de ouvir tua voz. Diga-me, cara mia, onde e quando?

Sempre tuo,

Piero

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Siena, 01 de julho de 1409...

Caro mio,

esperar-te-ei na sacristia do Frei Ambrozzio.

Tua,

Viviane

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Siena, 02 de julho de 1409...

Amore mio,

como percebestes, pedi para Maestro Lippi entregar-te esta missiva. Gostaria que fostes eu a entregá-la, mas como sabes, não posso sair de perto de papà, então, receba este cacho meu como forma de amuleto; algo que te tragas sorte nesta corrida e te protejas.

Esperar-te-ei ansiosa na cattedrale.

Ti amo,

Viviane

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Siena, 02 de julho de 1409...

Amore mio,

teu cacho e tua carta estão — neste exato momento — guardados dentro de minha túnica, junto ao meu coração. E não te preocupes, affetto, a Virgem está a proteger-me, pois o que ela uniu diante do altar, homem nenhum separa.

E assim que ganhar o palio, a primeira coisa que farei ao chegar a cattedrale, será tomá-la em meus braços e beijar-te a boca, os olhos... tua face toda!

Per sempre tuo,

Piero