- Por que a necessidade de saber minha resposta antes de abrir o envelope? - quis saber Amora.

  - Porque eu não quero que você se case comigo por pena! - respondeu de prontidão. 

  - Pena? Eu jamais sentiria pena de você, Tiago. Eu te amo! E não vou te deixar, não importa o resultado nesse envelope, com ou sem aliança! 

  - Então isso é um sim? - perguntou esperançoso - Olha, amor, eu sei que você não entende muito bem meus motivos, mas eu quero fazer tudo certo. Quero um casamento com pompas e circunstancias, quero comprar uma casa pra nós com espaço para os cachorros e os filhos correrem; mas o tempo não tem sido meu amigo. Se esse diagnóstico se confirmar eu posso não ter tanto tempo com você, então me deixe ser um homem pra você enquanto ainda posso!

  - Mas amor... - agora ela entendia a pressa. A ideia de ter pouco tempo para viver esse amor inesperado trouxe lágrimas aos olhos de Amora. 

  - Não, amor, não chora! Só casa comigo, e eu prometo fazer tudo ao meu alcance para sobreviver! Então... sim?

  - Sim! - sussurrou, tentando conter as lágrimas. Sua garganta doía, e a vontade de chorar era enorme, mas ela não poderia desmontar na frente dele.

  - Sim?! Você disse sim? - ela sorriu, e confirmou com um aceno de cabeça, e  logo ele correu para a janela e começou a gritar - Ela disse sim. Ela vai casar comigo! 

  - Parabéns, cara! - Amora ouviu alguém gritar lá de baixo, e correu para tirá-lo da janela. 

  - Para com isso! - disse ela rindo, tentando puxá-lo. Mas foi ele quem a puxou para um beijo apaixonado, daqueles que a faziam derreter. 

  - Você me fez o homem mais feliz do mundo, obrigada! 

  - Eu amo você! - ela disse, e tornou a beijá-lo com intensidade, e decidiu que a abertura do envelope poderia esperar até o dia seguinte. Naquele instante o importante era fazer seu amor feliz!