Oi oi amores!!! Tudo bem com vocês??? E a quarentena?

Eu não aguento mais olhar pra minha casa. Só falta eu polir os azulejos até virar espelho de tanto tédio e falta do que fazer.

Sem mais delongas, vamos ao capítulo de hoje.

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Em alguma cidade distante das seguranças das Muralhas, anos atrás...

Lorena procurou respirar fundo para conter o pânico crescente e engolir o bolo que se formara em sua garganta.

Os passos se aproximavam mais e mais de seu quarto, deixando os três jovens tensos e incertos dos próximos minutos.

Annie apertava o cabo da faca, olhando para porta sem piscar, completamente preparada para matar qualquer um que atravessasse.

Jonathan tinha a mandíbula cerrada e trocava o olhar entre as duas moças e a porta. Sentia o coração bater lento e pesado, além de sua consciência gritar que parte daquilo era culpa dele.

O tio de Lorena havia voltado e, ao notar que a garota não se encontrava na sala como ele havia abandonado, saiu procurando e batendo as portas.

Sorria consigo mesmo ao lembrar do terror nos olhos da sobrinha. Aquilo era satisfatório para ele e sua mente doentia.

Fez barulho propositalmente, com a intenção de deixar a mais nova apavorada, acreditando que ela se encontrava sozinha.

Ele nem sonhava que seu próprio filho estava trocando de lado.

Hoje ele arrastaria a morena para um experimento para ver se ela despertaria os poderes de titã.

Ao abrir a porta, estranhou a loira com a faca em mãos.

Annie não deveria estar ali, e sim treinando.

Desviou o olhar para Lorena e antes que questionasse algo, seu corpo foi de encontro ao chão com o peso de Jonathan em suas costas.

O homem tentou se debater, mas Jonathan não permitia que ele tivesse chance de virar e lutar.

–Annie, a corda no guarda-roupa! — Lorena exclamou, se recuperando do choque e levantando da cama num pulo.

A loira rapidamente pegou a corda e olhou questionadora para a amiga.

–Tu acha que eu fujo de madrugada como? — Lorena responde pegando uma faca de lâmina curvada e se dirige em direção ao tio amarrado e amordaçado.

Ela trava no lugar, sentindo o coração acelerado e o corpo gelido.

Ele tá preso. Não vai te machucar. Você tá segura.

Sua consciência a lembra e, ainda trêmula, ela se aproxima do homem, moldando uma máscara fria no rosto e se livrando de qualquer expressão que demonstrasse algum sentimento.

Ajoelhou em frente e o encarou nos olhos.

O azul frio em seus olhos eram retribuídos pelo brilho de raiva no outro.

A lâmina tocou o rosto do mais velho, descendo suave pela bochecha e deixando um corte fino e superficial.

Ele sentiu uma leve ardência, todavia, como marca principal da família, seu orgulho não permitiu que ele demonstrasse qualquer sinal de dor ou incômodo.

Entretanto, Lorena também tinha uma herança de família. O sadismo.

Ela iria se divertir muito despedaçando seu tio, levando o mesmo até o limite. Queria se vingar, queria que ele sentisse tanta dor quanto ela sentiu.

Ela o destruiria da mesma forma que ele a destruiu.

Mas não com seu primo e melhor amiga ali, vendo seu pior lado. Não, ela aproveitaria cada segundo sozinha, sem platéia.

Com isso em mente, a garota acerta a nuca do tio e o desacorda.

Suspirando, a garota se vira para os dois expectadores.

–Annie, o que veio fazer aqui? Você treina a essa hora — A voz mansa naquele contexto era no mínimo, perturbador.

Ela tá voltando a ter controle.

Annie balançou a cabeça de forma imperceptível e respondeu Lorena.

–Você não apareceu. Meu pai falou para mim não me preocupar, mas algo me dizia que você precisava de mim. Então eu vim.

A loira encolheu os ombros e desviou o olhar, lembrando da sensação de peso no peito quando a amiga não dera sinal de vida.

–Lory, eu não sei o que vai fazer com meu pai, mas, por precaução, vou levá-lo ao porão. — A morena ficou tensa com a menção da parte subterrânea da casa. Ela odiava o porão — Vocês duas esperem aqui.

Jonathan arrastou o pai até a parte inferior da casa e o acorrentou pelos pés e mãos.

Olhou uma última vez para o homem desmaiado e o lugar, sentindo o estômago revirar.

Como pude participar das torturas de Lorena sem vomitar?

O garoto sentia nojo de si mesmo no momento. A dura realidade e peso de suas ações o atingiram com força.

Subiu as escadas, fechando a pesada porta do porão e voltando para o quarto.

Lembrou-se que hoje era os testes para "O Despertar". Uma verificação se sua prima e Annie já estavam preparadas para assumir a forma titã e seguir com os planos contra Eldia e povo nas muralhas.

Assim que o garoto saiu, Lorena sentiu um súbito mal estar e correu para o banheiro e vomitou.

Que merda!

Não havia nada em seu estômago para por para fora, apenas bile.

–Quando foi a última vez que comeu?

Lorena apenas balançou a cabeça em negação. Nem ela se lembrava quando foi a última vez que teve uma refeição decente e não lanches rápidos com a intenção de enganar a fome.

A loira apertou os lábios preocupada. Não era bom para a garota ficar assim.

Correu até a cozinha e fez um lanche rápido. Arrastaria ela para sua casa depois, onde ela poderia comer decentemente e recuperar as forças para os testes.

Lorena devorou a comida oferecida em poucos minutos. Não percebeu o quão faminta e fraca estava até ter a comida.

Jonhy chegou ao quarto um tanto pálido.

Lorena notou e franziu o cenho para o garoto.

–Jonhy, o que foi? Você tá pálido.

–É só o porão... — Ele diz engolindo a vontade de vomitar. Ainda se sentia enjoado e sujo com a atitude do pai — Lory, sei que passou por um momento delicado...

Ele foi interrompido de forma bruta com uma lâmina passando a centímetros do seu rosto.

–Eu não quero falar sobre isso. Não quero pena. Não quero que digam que entendem, por que não entendem — Os olhos azuis ardem com as lágrimas querendo descer — Eu vou superar. Empurrar isso para o recanto mais profundo e esquecido da minha mente.

Ela dá as costas ao primo e pisca várias vezes, afastando a vontade de chorar.

Annie e Jonathan trocam um olhar sério. Eles notaram que Lorena estava criando um muro em volta de si e sua frieza começava a dar as caras.

–Temos um teste hoje. Para a transformação titânica.

Ao ouvir isso, uma idéia iluminou a mente da garota. Se desse certo, ela estaria livre e salva.

Poderia recomeçar, com outro nome, em outro lugar. Talvez até mesmo dentro da muralha e, quando chegasse a hora, lutaria a favor da humanidade e contra seu clã.

Mas para dar certo, eu não posso agir precipitadamente.

Seu cérebro ágil começou a traçar planos e rotas para sua fuga. Rapidamente, fez uma lista de soldados que já estavam insatisfeitos com a forma que Marley agia e pensava.

Os três jovens jovens seguiram em silêncio para a área de testes.

Lorena foi a primeira.

Uma dor aguda a envolveu quando o líquido entrou em contato com sua corrente sanguínea pela segunda vez.

E assim, como os últimos 5 anos, Lorena se transformou numa titã. A diferença, é que agora, ela atingia os 10 metros e conseguiu manter a consciência.

–Ela não deveria estar nesse nível.

Ela sorriu enigmática.

Ninguém sabia que ela se transformava escondida, treinando suas habilidades e desenvolvendo outras.

Se acham que vou me submeter aos seus caprichos e agir como um cão de guarda, vocês estão muito errados!

A transformação de Annie deu certo. Porém, a loira precisaria de um pouco mais de treino.

Lorena se forçou a voltar a forma humana. Olhou em volta e parou os olhos em Grisha Jaeger.

Sorrindo de canto, a garota bolou um plano rápido.

É minha passagem de ida para a liberdade.

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Finish amores!!! Oq estão achando? Confuso? Curioso? Conspiratório?
Segura o forninho que tem muita coisa vindo.

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Bjs e até a próxima amores 😘🥰❤️