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Capítulo 20

Em alguma cidade distante da segurança das Muralhas, anos atrás...

Os três caminharam calmamente de volta para o vilarejo, aproveitando a leve brisa mais fria, lembrando que o inverno se aproximava e logo a primeira neve cairia.

Lorena pensava na missão que seu aliado havia lhe dado. Pensando racionalmente, fazia muito sentido. O Encouraçado era uma armadura fisicamente. Força não o derrotaria. Inteligência e estratégia sim. A garota daria seu jeito de cumprir com a missão, estudando bem seus inimigos e projetando formas de derrota-los em combates.

-Annie, quer almoçar em casa hoje? Teremos pato assado - Lorena questiona levemente vermelha e colocando uma mecha do cabelo encaracolado atrás da orelha.

Grisha achou graça, mas, no intimo, ficou preocupado. Um amor adolescente poderia atrapalhar os planos e o bom senso da Reiss-Castanhari.

-Dr. Grisha, o senhor e sua esposa estão convidados também - a garota olha rapidamente para seu aliado e ele subentende a intenção da jovem.

"Mantenha seus amigos por perto e seus inimigos mais perto ainda. Muito esperta, Lorena".

-Eu agradeço o convite, mas, deixo para próxima. Imagino que você, seus primo e Annie tenham muito o que conversar! - e com um aceno, ele se despede.

Lorena olha novamente para a amiga que sorri e concorda com a cabeça, retomando o caminho para a residência da morena.

Pelas ruas, era possível ver feirantes com suas mercadorias, crianças correndo, alguns andarilhos. Marley poderia ser considerada normal se não fosse sanguinária e sem escrúpulos. A morena suspirou.

-O que foi?

-Só pensando que em breve as missões para a Muralha vão começar. Os titãs estão indo bem, considerando que estão se transformando agora. Você lembra de quem comeu?

-Não. Acho que ninguém lembra. - a loira responde com o olhar azul distante, quase morto - tem sorte de não precisar comer ninguém.

-O que você considera sorte eu chamo de maldição. Sabe, se pudesse escolher, eu não iria querer nada disso. Eu não tenho direito de escolha em relação ao meu sangue. Não tem um futuro para nós. Eu não sou cruel a ponto de condenar uma criança a esse inferno, Annie. Espero que meus primos nunca tenham filhas e a geração Titã Reiss-Castanhari termine em mim.

-Isso não é uma prisão, Lorena!

-O que estão nos obrigando a fazer é - ela retruca - Annie, você nunca viu o céu esverdear, nunca viu o mar estrelado nem rochas de gelo. Eu posso me transformar em titã e controlar meus poderes como ninguém. Posso ser a mais forte de Marley. Mas, se não consigo decidir meu próprio destino, estou acorrentada.

Annie ficou em silêncio, observando o rosto pensativo e triste de sua quase amante. Parou e a forçou a olhar para si, cobrindo seus lábios em um selinho tímido e demorado. Lorena enlaçou a cintura da outra, aprofundando levemente o beijo e sorrindo.

Lorena amava o caos que Annie representava.

-Você sabe qual é o clã que consegue suprimir suas habilidades? - a loira retorna a lenda, querendo deixar o clima um pouco mais leve.

-Hum, se eu não me engano é Arckman. Ou algo assim. - a morena dá de ombros e desvia o caminho chegando em sua casa e sentindo o cheiro de arroz, batatas cozidas, o pato assado e um leve toque açucarado no ar.

"Jonhy nunca desiste desse bolo de caramelo".

Seu estômago roncou e ela puxou sua amiga para a cozinha, colocando os pratos na mesa e cumprimentando os primos. Os 4 se sentaram e começaram a se servir.

Louis olhava de esguelha as duas amigas. Sentia certa empatia por Lorena. Era muito confuso o modo como se sentia em relação a sua parente, como se houvesse mais de um Louis dentro de si, brigando pelo controle. Sua cabeça estava sempre uma zona e totalmente dividida.

"Vou enlouquecer e não vai demorar muito!"

Lorena e Annie compartilhavam carícias por debaixo da mesa, um toque na coxa, um pé encostado, dedos entrelaçados. Lorena sentia um turbilhão de sensações. Culpa, desejo, raiva, paixão.

"Estou tão fodida!"

Após o almoço, os irmão saíram e deixaram as moças sozinhas. Louis foi se encontrar com Colt e Jonhy foi tirar uma dúvida a limpo, seguindo até a direção da residência dos Yeagers e aguardando o momento certo de agir.

"Eu não sei o seu plano, Grisha. Mas sei que está envolvendo minha prima em algo. Não importa o custo, eu vou descobrir o que é!"

Na casa, ambas as titãs se encontravam deitadas na cama de Lorena, enroladas em um fino cobertor trocando carinhos e conversando amenidades.

Annie estava com a cabeça no peito de Lorena e com uma perna envolta em seu quadril. Lorena havia passado um braço em torno dos ombros da menor, oferecendo um cafuné a mesma e segurando a mão da loira.

-Quando foi que chegamos a essa situação? - A Leonhart questiona baixinho, ouvindo um suspiro e levantando a cabeça para olhar a outra.

-Eu não sei, Annie. Mas, acho que isso não importa muito. Aconteceu. Estamos aqui agora e eu não quero que acabe - a morena confessa olhando os olhos azuis profundos da titã.

E era verdade.

Em seu íntimo, mesmo sabendo que era impossível, Lorena queria que Annie fosse com ela, que lutasse junto de si na rebelião. Marley não teria chances de vencer, o povo estaria livre, sua dívida quitada e ela poderia seguir em paz com a loira. Talvez, na Terra de Gelo em que ela e a irmã cresceram antes de toda a desgraça acontecer.

-Annie, vamos fugir? Só você e eu. Não teríamos que lidar com toda essa merda e nem nos esconder. Nós duas sabemos que Marley não aceitaria que ficássemos juntas numa boa.

Nem ela sabia o por que ou da onde essa ideia havia surgido. Ela só queria que Annie ficasse com si, queria protegê-la da guerra que sabia que viria. Não queria lutar. Não com Annie.

-Não vamos pensar nisso agora - a loira sussurrou.

No fundo, a Leonhart sabia que, uma hora ou outra, lutaria com a amiga. Lorena odiava Marley e tudo o que ela representava. Nunca escondeu isso. E, com os burburinhos de uma possível revolta, para ela ficou claro que Lorena tomaria um lado.

E não seria o de Marley.

Em um acordo silencioso mutuo, ambas se calaram e, ao trocarem um último olhar, suas bocas se encontram e o desejo tomou conta. Conforme o beijo avançava, as roupas se perdiam pelo quarto e suspiros eram ouvidos. Uma chuva fina começou a cair, acompanhando o clima do quarto.

Grisha estava errado.

Lorena não estava mantendo a inimiga por perto. Estava mantendo a amada aquecendo sua cama enquanto ainda podia amar.

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