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Capítulo 55

Não era minha intenção ir para o jantar na casa do Léo, mas quando sua mãe me ligou dizendo que havia preparado meu bolo favorito como sobremesa, fiquei tentada, arrumei o meu afilhado e fomos para lá.

Fiquei rindo o jantar inteiro da cara que o meu namorado fez quando cheguei em sua casa com Daniel, que o mesmo achou ser um amigo que eu estava recebendo em minha casa.

É claro que eu havia dado a entender realmente isso, pois me irritei quando soube que convidou aquela bandida para almoçar.

Todos amaram o meu afilhado, principalmente Luana que tentou brincar com ele o jantar inteiro, mas o Dan estava sério demais e naquele momento estava estranhando a presença daquelas pessoas que ele não conhecia ainda, mas que com toda a certeza estavam gostando o máximo de o terem por perto.

A mãe do Léo ficou curiosa sobre a origem do meu afilhado, tanto que contei sobre a história maluca dos meus primos que resultou no lindo neném em meus braços, lembro-me de ter visto Luana retesar e se surpreender quando falei mais sobre o Diego, era como se ela o conhecesse e aquilo me intrigou um pouco, pois ele nunca falou nada sobre ela.

Por hora resolvi deixar o assunto para lá e não comentar nada com ninguém, mas o Léo notou e também ficou meio intrigado com aquilo, tanto que comentou comigo e eu disse que não sabia de nada, só se fossemos conversar com o Diego, coisa que ele achou melhor não, e prometeu conversar com a irmã depois.

— Você poderia ter me dito que o Daniel era o seu afilhado. — Falou, assim que terminamos o jantar e subimos para o seu quarto.

— Eu queria te dar o troco pelo que fez hoje! — Exclamei, me sentando na cama e colocando Daniel sentadinho em meu colo, pois o mesmo estava bastante quietinho e aquilo realmente estava estranho.

Milena havia me dito que ele era um bebe agitado e bastante ativo, que gostava de brincar e engatinhar pelo chão, me deu várias recomendações e me pediu para ligar caso acontecesse alguma coisa.

— Acho que ele deve estar estranhando o ambiente. — Disse, sentando-se na cama ao meu lado e pegando em uma das mãozinhas que Daniel estava mantendo esticada.

— Milena disse que ele não estranhava. — Digo, balançando um pouquinho a perna, apenas para ele se agitar e começar a brincar.

Nisso Leonardo se levantou e o pegou no colo, mostrando-lhe as coisas que tinham pelo quarto, assim ele foi se animando e rindo das caretas que ele fazia.

O tempo passou e ficamos brincando na cama, pois Daniel começou a se acostumar com tudo e passou a ficar contente com as palhaçadas do Léo, até que começou a dar sinais de sono e como ele já tinha tomado a mamadeira, estava de barriguinha cheia, então ajeitamos ele e o colocamos para dormir no meio de nós.

— Sabe, eu sonho com isso todos os dias. — Diz ele, alisando a barriguinha do meu afilhado.

— Sua mãe disse que você pensa em ser pai, desde quando era jovem.

— Sim, sempre sonhei em encher a casa de crianças. — Disse, e rimos, observando Daniel que dormia feito um anjinho.

Estávamos deitados de lado, um de frente para o outro, apenas aproveitando aquele momento que de um nada se tornou especial para nós dois, porque eu nunca havia cogitado a possibilidade de ser mãe tão cedo, mas se acontecesse, seria muito bem-vindo, por nós dois.

Despertei assim que ouvi o celular de Laura tocando e quando estiquei o braço para pegar o aparelho, vi que Daniel estava acordado e olhando para mim com sua carinha pidona de quem estava com fome e queria a mamadeira.

— Bom dia, garotão! — Exclamei, fazendo o mesmo sorri e balançar os bracinhos.

Nisso peguei o celular e encarei a tela, vendo o nome do primo que provavelmente estava com saudade do filho e queria saber se o seu neném estava bem.

Coloquei o celular de volta no criado mudo quando a chamada caiu e resolvi levantar e fazer minha higiene, pois Laura quando acordasse retornaria para o primo.

Nisso tratei de ser rápido, mas antes de sair do quarto reparei que a mamadeira já se encontrava pronta e preparada em cima da cômoda para que um certo carinha agitado, pudesse se alimentar e começar bem a sua manhã.

— Léo, onde está indo? — Laura sussurrou, ainda sonolenta.

— Estou indo me cuidar, mas antes vou deixar a mamadeira com você porque o carinha aí está faminto. — Falei, entregando-lhe o conteúdo cheio de leite e dando-lhe um beijo suave na testa.

E antes de sair imediatamente do quarto, observei a mesma se levantar e ajeitar o pequeno em seus braços para que ele se satisfizesse e ficasse de barriguinha cheia.

Nisso, lembrei-me da ligação do seu primo horas atrás e lhe avisei, para que ela retornasse e garantisse ao pai que o menino estava ótimo.

Ela apenas balançou a cabeça e sorriu, na certa achando engraçado o fato de o Diego ligar a essa hora da manhã querendo saber como estava o seu neném que nesse momento sugava o bico de borracha da mamadeira com avidez.

E assim que abri a porta do quarto para ir ao banheiro, avistei a minha irmã no corredor, parecia que havia se levantado nesse exato momento e se assustou quando cheguei perto e toquei o seu braço.

— Oi, bom dia! — Exclamou, levando a mão ao peito e ajeitando melhor o cabelo.

— Oi, bom dia, o que está fazendo acordada a essa hora? — Perguntei, pois ainda eram 6:47 da manhã e estava cedo para vê-la perambulando o corredor.

— Eu perdi o sono, queria andar um pouco e arejar a mente.

Nisso aproveitei aquele nosso breve momento a sós para conversar sobre o motivo dela ter ficado tão mexida quando a Laura tocou no nome do Diego.

— Eu não te fiz perguntas ontem, porque não queria chateá-la com esse assunto novamente, mas você está me devendo algumas explicações.

Vejo quando se retesa e abraça o próprio corpo, eu sei que está escondendo alguma coisa, mas durante todos esses meses de convivência, tentei não ser evasivo, queria que ela ficasse à vontade e me dissessem o que tivesse vontade.

— Eu sei que você deve estar me achando uma louca, mas é que esse assunto é bastante complicado.

— Certo, mas pelo menos uma coisa você terá que me explicar. — Digo, interrompendo-a, pois sei que daria um jeito de argumentar e fugiria da conversa.

Como todas as outras vezes...

— Ok, o que você quer saber? — Diz, suspirando e cruzando os braços, na certa sabe que dessa vez não haverá escapatória.

— Qual era a sua relação com os Antonelli's, e principalmente o Diego?

❤❤❤

Beijos e até o próximo capítulo...

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