Capítulo 45
Semanas se passaram desde a minha primeira noite de amor com o Léo naquele dia inusitado em sua nova cobertura, estávamos vivendo um sonho desde aquele dia até que depois de alguns dias ele começou a ficar estranho.
Tudo começou quando fomos jantar na casa da sua mãe para comemorar o aniversário dela e a amiga da sua ex-namorada apareceu lá, a menina não me era estranha, pois eu havia visto ela perto da galeria algumas vezes e coincidentemente no dia em que conheci o bar que ficava aqui perto, o mesmo que tive minha primeira crise de ciúmes, como Léo costumava dizer.
Eu não estava entendendo o motivo da urgência em querer conversar a sós com o MEU NAMORADO e ainda precisei aguentar o nervosismo dele quando ela foi embora e por incrível que pareça não queria me dizer do que se tratava.
É obvio que fiquei chateada e fazem exatos três dias que não respondo suas mensagens, pois não nasci para ser feita de idiota e só voltaremos as boas quando ele decidir me contar a verdade, porque algo me diz que ele me esconde algo e pelo jeito que está agindo ultimamente, é bem sério.
— Laura, você está me ouvindo? — Paola perguntou, assim que se sentou de frente para mim e depositou a pasta com o projeto da reforma da cobertura em cima da minha mesa.
Pois ele tinha me autorizado a criar o projeto e dar andamento para que tudo ficasse pronto, porque na cabeça dele, nós moraríamos juntos e viveríamos felizes para sempre.
É claro que eu havia aceitado a sua proposta, tanto que a conversa com meus pais não foi muito fácil, pois papai não queria de jeito nenhum aceitar porque para ele aquilo ainda estava muito cedo pelo fato de termos apenas 1 ano de namoro.
— Desculpa, eu ando tendo alguns problemas e estou meia distraída. — Digo, pegando a pasta e entocando-a no fundo da gaveta, pois só darei início as obras quando ele resolver conversar comigo direito.
— Amiga, ainda sobre aquele assunto, achei que vocês já haviam resolvido isso. — Diz, suspirando e se encostando mais na cadeira.
— Não, enquanto ele não sentar comigo e me dizer o que está acontecendo, iremos continuar sem progresso. — Sou taxativa, verificando os projetos de outros clientes e como não tem nada marcado para hoje, minha amiga resolveu me fazer companhia.
As horas vão passando enquanto nós arrumamos melhor os arquivos na estante e comemos alguns donuts que pedimos pelo aplicativo.
Nos distraímos tanto que nem percebo quando a porta do escritório é aberta e Leonardo passa por ela, fechando-a atrás de si e cumprimentando Paola que grita, animada por revê-lo.
Depois de se cumprimentarem, trocarem algumas palavras, ele pede para conversar comigo a sós e ela pisca um olho para mim, saindo em seguida, nós deixando sozinhos.
— Até quando você ficará me dando gelo? — Pergunta, se aproximando e depositando as mãos em minha cintura.
Tento me afastar, mas ele me agarra forte, me imprensando entre ele e a estante de madeira, onde fica todos os meus trabalhos.
— Quando é que você vai me falar o que aquela menina queria com você? — Pergunto, me segurando na estante, pois ele me imprensa mais, fazendo com que eu sinta sua ereção bater em minhas costas, mesmo pelo tecido grosso de sua calça jeans.
— Esquece isso, loirinha! — Exclama, beijando meu ombro nu, pois minha blusa era uma tomara que caia de mangas longas e meu ombro estava praticamente exposto para o seu bel prazer.
Eu estava prestes a ceder quando ouvi suas palavras, me pedindo para esquecer, ou seja, algo de muito sério ele está me escondendo e eu só iria deixa-lo brincar quando me dissesse, então virei-me para ele, lutando contra o desejo de tê-lo ali e agora, olhei-o no fundo dos olhos e me afastei sobre os seus protestos.
— A última coisa que irei fazer, é esquecer. — Afirmei, cruzando os braços e sentando-me em minha cadeira, pois ainda eram 16:05 e eu teria que finalizar um projeto para daqui a duas semanas.
— Laura, eu sei que estou agindo errado, escondendo isso de você, mas saiba que é apenas para te proteger. — Confessou, pois até dias atrás nem isso ele queria dizer, continuava fingindo que não me escondia nada.
— Então existe algo?
Ele suspirou, depois de balançar a cabeça e sentar-se de frente para mim, e como o assunto estava interessante, eu fechei os meus arquivos e abaixei o meu Notebook, pois queria dar toda a atenção possível para que ele me dissesse finalmente que estava acontecendo e o motivo de eu precisar ser protegida.
— Meu amor, desde aquele dia, eu pensei em te dizer umas coisas, mas tenho medo. — Disse, esticando os braços, tentando de alguma forma tentar me tocar.
Aceitei seu toque, entrelaçando os nossos dedos, sentindo um choque percorrer o meu corpo por conta da saudade que eu estava dos seus toques carinhosos, pois fazia muito tempo que não ficávamos juntos por causa desse segredo que ele fazia questão de me esconder.
— Eu quero você por inteiro, mas como faremos isso se você não confia em mim, amor! — Exclamei, soltando suas mãos.
Vi quando se levantou, ajoelhou aos meus pés e apertou as minhas coxas num pedido silencioso para que eu confiasse nele e lhe ouvisse quando estivesse preparado para me contar o que quer que fosse de tão sério, pois eu podia ver em seus olhos que aquilo o perturbava e tirava o seu sossego até os dias de hoje.
❤❤❤
Beijos e até o próximo capítulo...
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