2026, 19 de Agosto

Era quase 17:00 da tarde quando encerrei o expediente na empresa e segui até a galeria para buscar Laura, pois hoje iriamos finalmente conhecer a famosa cobertura que a minha linda irmã havia me dado.

Até hoje eu nunca entendi o motivo de sua decisão, mas quando falou que ainda não estava preparada para contar, decidi respeitar e não procurei saber mais, apenas aceitei a troca e não fiz mais perguntas.

Laura estava muito animada para conhecer o local, pois Luana havia dito que o imóvel ainda precisava de alguns reparos e não estava totalmente mobiliado, saber disso despertou uma certa euforia na minha loirinha, pois era o que ela mais gostava de fazer.

Nós já havíamos comemorado nosso primeiro ano de namoro mês passado e estávamos vivendo momentos incríveis.

Até o jantar na casa que ela morava com seus pais foi menos tenso do que eu imaginei, pois eles já me conheciam a muito tempo e fizeram questão de deixar claro que nos apoiavam e torciam por nós dois.

Fiquei mais feliz ainda quando apresentei minha irmã oficialmente para a minha mãe, que ficou feliz em saber que ela não era como o meu pai e hoje em dia as duas se tratam como mãe e filha, mesmo que não seja.

Uns diriam que a minha mãe é louca por estar de papo com a filha do homem que a humilhou no passado, mas ela não é assim e nem fica misturando as coisas, pois Luana não teve nada com o que aconteceu e para ela, vai ser sempre bem vida em nossas vidas.

Luana se sentiu acolhida e aceitou trabalhar comigo na empresa da nossa família, mas avisou que antes precisava voltar até Nova York e acertar umas coisas por lá.

Estava tão distraído que nem percebi que havia estacionado em frente a galeria e que a minha amada estava à minha espera, com seus lindos cabelos loiros soltos e esvoaçantes na medida em que ela andava pela calçada.

— Amor, que saudade eu estava de você! — Exclama, entrando no carro e puxando meu rosto para um beijo. — Fiquei mal-acostumada de ter você comigo o dia inteiro.

— Eu também estou morrendo de saudades, se eu pudesse ficava aqui parado, apenas te enchendo de beijos. — Digo, dando partida no carro e seguindo o caminho até a cobertura, que segundo Laura, era no mesmo bairro que os primos moravam.

Depois dos três meses que tirei de licença do escritório para conhecer e me inteirar dos assuntos daquela empresa, foi difícil não pensar em como seria se por um caso eu tivesse que me desligar totalmente das minhas outras funções e deixar Paola definitivamente em meu lugar, pois segundo ela, estava pegando jeito e que ali era o lugar perfeito para se trabalhar.

Eu acreditava em suas palavras, pois eu amava trabalhar ali e quando chegou o dia de me desligar totalmente daquele lugar, foi como se uma parte de mim estivesse morrendo porque sabia que não veria mais minha loirinha pela manhã e nem sairíamos juntos do trabalho.

Lembro-me de quando chegou o dia de Laura assinar definitivamente o meu desligamento, foi um tanto engraçado porque ela alegou que não teria condições para isso e ameaçou chamar sua mãe para que fizesse o seu papel, mas consegui convence-la de que aquilo jamais nos afastaria, pois eu estaria sempre presente em sua vida, independente se trabalhássemos juntos ou não.

Sinto sua mão em minha coxa, me tirando dos meus pensamentos e tento me concentrar no volante, pois de uns tempos para cá, Laura se tornou uma bela de uma safadinha, pois desde aquela vez que experimentamos certas coisas, ela não quis mais parar e sempre que temos uma oportunidade, damos prazer um ao outro.

Só não ultrapassamos certos limites, porque desde que confessou que era virgem naquela manhã, decidi que ela merecia uma noite especial e até o momento ainda não havia surgido uma oportunidade perfeita para que realizássemos o ato.

— Parece que é aqui. — Diz ela, me tirando dos meus pensamentos.

— Tem certeza? — Pergunto, dobrando a esquina e estacionando em frente ao prédio.

— Foi o endereço que sua irmã nos deu, mas mesmo assim irei perguntar ao porteiro.

Observo-a sair do carro e bater num vidro escuro, olho a hora no relógio e vejo que já são quase 18:16, segundos depois ela volta, dizendo que estamos no lugar certo e o porteiro que se chama Flávio disse que conhecia a minha irmã e que ela esteve aqui uma vez com o meu pai e um homem da minha idade.

Franzo o cenho e tento puxar na memória algum assunto que Luana possa ter citado o tal homem, mas nada me vem à mente e decido deixar esse assunto de lado.

Minutos depois, estaciono o carro na vaga certa e pegamos o elevador, minha ansiedade aumenta ainda mais de tamanho na medida em que vamos subindo até o último andar.

— Se for do tamanho da do meu primo, você vai se assustar. — Ela diz, alisando o meu ombro, na certa está percebendo o meu nervosismo.

— Eu queria ter ficado com o apartamento que ficava no centro. — Falei, vendo a caixa metálica parar e as portas se abrirem, indicando o nosso destino.

— Amor, ela parecia desesperada para se livrar disso aqui.

— Eu ainda irei saber o motivo.

Dito isso, abrimos a porta e adentramos a imponente cobertura, que estava praticamente vazia e precisando de reformas, como a minha irmã havia mencionado.

— Olha, é menor do que a do meu primo. — Disse, sentando-se num sofá pequeno que tinha no meio da sala.

— Certo, eu gostei muito dessa vista para a cidade, então vale a pena fazer uma reforma aqui! — Exclamei, observando o quanto aquela vista me agradava e já imaginava o sol da manhã iluminando o local enquanto eu preparava o café da manhã, pois a cozinha era um conceito aberto e aquilo estava me deixando ainda mais animado.

— Aquela cozinha está muito bonita, só precisa de um retoque. — Analisou, tocando nas coisas.

Ela parecia está fazendo uma vistoria em tudo, pois estava mesmo empolgada para dar início às obras, parecia até que ela mesma iria morar ali.

O que não era uma má ideia...

❤❤❤

Beijos e até o próximo capítulo...