Capítulo 4
Já eram mais de 8h quando cheguei no escritório, pois decidi passar na empresa e tentar conversar um pouco com o meu primo, mas segundo a secretaria, ele ainda não tinha chegado e eu cansei de espera-lo.
Ainda não sei o que se passa em sua cabeça, mas tenho certeza de que irá se tocar e agir responsavelmente, pois sei que tia Elisa depositou toda a sua confiança nele.
Sorri, assim que as portas do elevador se abriram e avistei Leonardo sentado em sua mesa, organizando as pastas e anotando os recados.
Sei que fui impulsiva quando invadi o sistema e peguei seu número de telefone, pois não teria coragem de lhe pedir pessoalmente.
— Bom dia, Laura. — Me cumprimenta, como sempre educado.
Demoro um pouco para lhe responder, pois fico um bom tempo admirando a sua beleza.
Meu deus!
Não sei o que dá em mim quando estou perto desse homem, mesmo ele sendo, meu secretário.
— Bom dia. — Digo, sorrindo feito uma boba apaixonada.
Entro em minha sala, arrumo as minhas coisas e dou início ao meu trabalho, pois hoje irei visitar um dos clientes que mamãe deixou em aberto para que eu assumisse.
Nisso preparo a apresentação que fiz com toda a nova decoração que preparei para o ambiente e arrumo em uma pasta vazia que encontrei na estante.
Estou tão distraída com as coisas que nem percebo quando Leonardo entra em minha sala, perguntando a hora que irei ver o cliente.
— Irei visita-lo agora, já estou com tudo pronto. — Digo, pegando as minhas coisas.
— Boa sorte, irei voltar para a minha mesa e anotar os recados que aparecerem. — Diz, sorrindo levemente para mim e saindo da sala.
Suspiro, pois ainda não consigo entender o motivo de me atrair tanto por ele.
As vezes penso que isso pode ser curiosidade, apenas por nunca ter vivido nada parecido.
Minutos depois, já estou estacionando na garagem do prédio onde residi o cliente, Bruno Novaes, que deseja mudar a decoração rustica da sua sala de estar para algo mais leve e agradável.
Passo alguns minutos dentro carro, analisando tudo, pois de repente me bateu um nervosismo repentino, como se eu não fosse conseguir.
Lembro das palavras de mamãe, dizendo que isso sempre foi o meu sonho e que torcia por mim.
Então organizo as pastas, saio do carro e sigo para o elevador, adentro a caixa metálica, aperto o 5º andar, espero alguns minutos e então estou no Hall do apartamento.
Toco a campainha e logo sou atendida por um homem alto, forte e musculoso.
— Olá, bom dia, você deve ser a Laura. — Diz o homem, estendo a mão para mim. — Sou Bruno, prazer.
— Ah, sim, é um prazer conhece-lo.
— Por favor, entre. — Pede, me dando passagem.
Adentro o local, percebendo o quanto a decoração da sala de estar é muito mais sem graça do que aparenta nas fotos.
— Bom, sei que já deve ter dado uma analisada no projeto que a sua mãe iniciou e queria saber como está indo, pois queria trocar essa decoração o quanto antes. — Diz, parecendo muito incomodado com o ambiente.
— Sim, eu olhei, dei umas modificadas e trouxe uma nova apresentação para que você possa dá uma olhada. — Digo, pegando a pasta e entregando em suas mãos.
— Hm, vamos nos sentar, por favor. — Pede, apontando para as poltronas.
Sento-me, observando melhor o ambiente enquanto ele analisa a apresentação que passei dias quebrando a cabeça.
Segundos depois, ele parece se admirar com o novo projeto e fica animado com as mudanças propostas por mim.
Horas depois, estou adentrando o mesmo restaurante do dia anterior, pois acabei passando mais tempo do que eu pretendia na casa do Bruno, pois ele queria discutir um pouco sobre o projeto, mas senti algo diferente em seu olhar, era como se quisesse me manter por perto.
Afastei os pensamentos assim que sentei numa mesa próxima da porta e fiz o meu pedido, pois já estava faminta.
Segundos depois, ouço uma movimentação em frente ao restaurante e vejo Leonardo adentrando o local, o mesmo parecia um pouco agitado, talvez tenha acontecido alguma coisa em minha ausência.
Curiosa para saber, resolvo tomar coragem e vou até ele, que sentou em uma mesa mais próxima do caixa.
— Oi. — Digo, chamando a sua atenção.
— Oi, eu nem te vi.
— Eu sei, vi você entrando e notei seu humor um pouco alterado, aconteceu algo no escritório? — Pergunto, querendo matar a minha curiosidade.
— Ah, não, está tudo bem, é problemas pessoais. — Diz, sorrindo um pouco.
— Entendi, então irei voltar para a minha mesa. — Digo, quase me estapeando por não ter coragem de chama-lo para me acompanhar no almoço.
Mas assim que ameaço me afastar, sou pega de surpresa quando toca o meu pulso me impedindo de andar e me faz o pedido:
— Almoça comigo?
❤❤❤
Beijos e até o próximo capítulo...
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