Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Traços de felicidade e estranheza

Capítulo 24

Traços de felicidade e estranheza

Malika tinha até mesmo parado de usar o hijab na sua visão entorpecida de que deveria desagradar a Deus. Não tentei brigar com ela, pois sabia que isso no fim não levaria a nada e a faria mais desistir de confiar em mim do que se abrir pouco a pouco.

— Vou deixar o Hakim rezando um pouco pela gente na Mesquita e então vou te levar para comprarmos ingressos para assistirmos a um filme no domingo. — Malika concordou parecendo ainda como se pisasse em ovos.

— Parece que fazem tantos anos desde que eu vi um cinema... E olha que só se passaram uns 2 meses. — Tentei mudar de assunto antes que minha irmã entrasse no clima de tristeza sempre que lembrava do período que ela tinha passado.

— Eu também já entrei em contato com uma amiga minha, Mana, e ela ficou de me passar o contato de uma psicóloga com quem ela faz tratamento. — Malika concordou com a cabeça.

— Como combinamos, irmã. — Ela disse.

De forma cortês, Hakim abriu a porta para Malika entrar e sentar ao meu lado e foi para o banco de trás. Fui para o banco de motorista, o que fez minha irmã franzir o cenho.

— Você que vai dirigir? — Balancei a cabeça afirmativamente.

— É o meu combinado com Hakim. Todas as sextas feiras eu levo ele de carro para a Mesquita e depois também para um restaurante para experimentar um tipo diferente de comida de acordo com a comida que queremos experimentar. Já experimentamos comida italiana e comida brasileira. Tivemos que fazer uma pausa com o ramadã e agora estamos indo experimentar comida americana. — Malika abriu um pequeno sorriso.

— Uau, é difícil ver um homem que confia tanto ao ponto de dar um carro para a sua esposa. — Como eu não queria me gabar da minha relação boa com Hakim, tampouco abrir ainda mais as feridas que Malika carregava consigo, apenas assenti e passei a me arrumar para sair com o carro.

Hakim aproveitou e tentou fazer com que o silêncio não reinasse no carro.

— Se quiser, posso atualizá-la sobre as conquistas recentes da sua irmã nos últimos tempos. Duvido que do jeito modesta que ela é tenha falado alguma coisa. — Malika deu uma pequena risadinha.

— Não, nadinha.

— Eu sabia. — Ele disse de forma engraçada. — Mas não se preocupe que estou aqui as ordens para atualizá-la. Mah está dirigindo perfeitamente nos últimos tempos, tornou-se a amiga predileta da minha irmã que vem nos visitar todos os finais de semana e chegou até mesmo a desmaiar durante o Ramadã. — Malika colocou as mãos sobre a boca sem acreditar.

— Não era para você assustar a minha irmã mal ela tendo me visto, Hakim. Agora ela vai achar que sou uma desmiolada e que aconteceu algo sério.

— Aconteceu algo sério. — Disse Hakim como que praticamente invalidando a minha fala anterior. Revirei os olhos e liguei o carro.

— A primeira coisa que você precisa aprender, mana, é não ligar para o que Hakim fala, ok? Ele exagera as vezes. — Hakim riu.

— Eu exagero? — E eu tive que virar para trás para olhá-lo.

— Como não? Olha se você não concorda comigo, mana, olha o tipo de música que ele ouve. — E para ratificar que eu estava certa, coloquei o som para ligar numa música bem antiga que estava tocando no rádio dele.

Não preciso nem dizer que Hakim quase que ficou totalmente vermelho antes de falar:

— É, eu esqueci que a mulher sempre dá a última palavra. Você venceu, querida. — E foi naquele exato segundo a primeira vez que vi Malika rindo.

É óbvio que isso aqueceu o meu coração por dentro. Eu queria que Malika voltasse a vida dela, que não achasse que deveria sempre estar alerta e que a vida dela seria uma repetição do inferno que ela viveu nos últimos dois meses. Ela tinha pessoas que a amavam e que queriam que ela estivesse bem.

Hakim continuou falando algumas bobagens sobre mim enquanto eu dirigia e deu uma pausa sobre o assunto do desmaio. Em algum momento da viagem, Malika lembrou que ninguém tinha esclarecido ela sobre o ocorrido e então perguntou:

— Mas porque a Mah desmaiou? — Hakim umedeceu os lábios com a língua antes de se colocar em posição de explicar:

— Ela queria agradar os meus pais e decidiu que tudo bem assinar um acordo de servidão com a minha madrasta para isso, nada demais. — Ele disse com ironia, mas Malika não entendia a forma como Hakim contava ironia, que agora só eu praticamente entendia, porque ele falava como se fosse sério e tinha um mínimo toque na voz de ironia. Só quem vivia muito com ele sabia que ele estava sendo sarcástico.

— E você acha que isso não é nada demais? — Ela já ia me defender, mas eu fui logo em socorro.

— Ele está sendo sarcástico, mana. É a maneira dele de ser irônico, não liga. Ele ficou muito irritado com isso, se serve de consolo, mas como você sabe, a única pessoa capaz de me parar sou eu mesma. — E era verdade até certo ponto.

— Mas porque você fez isso, Mah? Quer dizer, vocês estão num relacionamento falso, não? — E Hakim foi salvo do gongo, porque estávamos na rua da mesquita. Ele já foi abrindo a porta do carro que mal tinha parado e deixando que eu resolvesse a situação com Malika por conta própria.

— Eu já vou. Até mais. — E saiu.

Malika aproveitou que ele tinha saído e cruzou os braços voltando sua atenção para a minha direção. Arregalou os lábios e então mexeu as mãos efusivamente enquanto falava alto:

— Vocês estão em um relacionamento verdadeiro agora? E ele sabe que você se chama Mariam? — Arregalei os olhos.

— Não! Ele não sabe ainda meu nome verdadeiro! A gente só... descobriu nutrir sentimentos um pelo outro talvez... — Respondi Malika, mas isso não foi suficiente para ela.

— Mariam, não! — E ela estava realmente irritada comigo. — Como você se relaciona com uma pessoa que sequer desconfia que você não é quem diz ser? Você ainda chama isso de relacionamento sério? — Apertei um lábio sobre o outro.

— Nesse caso, o erro é meu. Eu ainda não contei isso para ele. Mas eu o amo, eu só... — E Malika me interrompeu novamente.

— Você não pode dizer que o ama! Não quando ainda está mentindo para ele!

— Eu sei Lika, ok? Eu sei! Eu só não consegui achar ainda o momento adequado para isso... — E essa era a grande verdade somado ao meu medo de que ele surtasse ao descobrir que eu estava esse tempo todo mentindo para ele sobre o meu nome.

— Mariam, céus! Eu não acredito. — Mas graças a Deus esse foi o último comentário de reprovação que Malika decidiu fazer antes de continuar: — Há quanto tempo vocês estão assim?

— Uns três dias? — Malika riu.

A nossa viagem para o shopping para comprar os ingressos foi rápida e eu permiti que Malika escolhesse um filme, desde que não fosse de terror. Ela acabou escolhendo um filme de super heróis para assistirmos no dia seguinte e compramos ingresso para nós e para Kadi e Zayra.

— Amanhã podemos fazer alguma coisa só de meninas, se quiser. — Malika sorriu, mas não manifestou vontade alguma.

Contei para Malika um pouco sobre como a irmã de Hakim era muito fofa e de como ele via tia Zayra como se fosse a figura mais próxima que ele tinha de sua mãe, uma vez que ele perdeu ela muito novo, embora eu não soubesse mensurar com quantos anos.

Malika tudo ouvia sem nada dizer.

Voltamos para buscar Hakim e seguir para o restaurante americano, no qual comeríamos. Pedimos um hambúrguer com batata frita e coca cola e Malika ficou algum tempo encarando o hambúrguer antes de falar:

— Acho que faz muito tempo que não como carne. — E deu uma mordida grande no hambúrguer.

Eu sabia que o processo de cura ou, pelo menos, cicatrização das feridas que ela tinha precisava de certo modo que ela falasse o que estava dentro de si e colocasse para fora antes que ela sufocasse com aquilo tudo, mas a verdade é que me doía também a cada nova informação que Malika trazia de como havia sido a vida dela até então.

Hakim parecia entender um pouco nas entrelinhas a situação complicada que minha irmã tinha passado. Talvez por isso ele tenha tentado parecer mais legal para ela:

— Pelo menos nós podemos concordar que esse hambúrguer de carne bovina que a Mah não quis experimentar, com certeza, está mais divino do que o hambúrguer de frango dela. — Malika levantou o olhar do hambúrguer e deu um singelo sorriso antes de assentir e falar de boca cheia:

— Ela não sabe o que está perdendo. — Sorri. Eu estava muito bem com meu hambúrguer de frango que estava delicioso também, obrigada.

Comemos e nos divertimos e então voltamos para casa como sempre fazíamos. No dia seguinte, Kadi estaria ali conosco e eu tinha certeza de que Kadi conseguiria me ajudar a animar, ainda que brevemente, ainda que por apenas um final de semana, a minha irmã que pouco a pouco voltava a vida como era antes.

****
O

i oi gente! Tudo bem??

Desculpa a demora. Acabei tirando um tempo para mim por conta de cansaço mesmo do semestre....

Mas agora voltamos com tudo e teremos não um, mas dois capítulos por semana :D

Espero que gostem da aventura da Mah. Nos vemos amanhã TB!!

Bjinhos
Diulia

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro