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O quinto passo.

Capítulo 3 

O quinto passo.

Minha irmã continuava escondida em algum lugar do restaurante e eu tinha saído com Hakim. Não havia mais coisas erradas para acontecerem ali. Ele havia pagado a conta sozinho e eu tinha visto que tinha sido bem cara, porque assim eu tinha deixado, mas ele não reclamou, nem fingiu algo para justificar uma divisão de conta.

Agora estávamos caminhando em direção a um parque e eu não sabia o que fazer. Minhas mãos estavam até gelando! Eu nunca tinha passado, nunca, em nenhum encontro, da parte onde o cara já não desistia de mim no próprio ato de comer. O fato de Hakim ter sobrevivido só me fazia ficar ainda mais nervosa.

Aparentemente, ter tentado fazer as coisas darem errado tinham feito as coisas darem mais certo do que deveriam. Talvez eu tivesse que ter tentado isso com os outros pretendentes. Quem sabe assim eu teria tido mais sorte.

Estava ansiosa e sem saber mais o que fazer – além de recorrer ao passo cinco – o que eu não queria. Por isso, enquanto ainda sopesava a ideia de usar ou não o passo cinco, tentei realmente agir naturalmente como eu agia nos outros encontros.

Quem sabe isso não fosse o sucesso que eu estava esperando?

— O que você pensa... agora? — Ele perguntou diminuindo o passo enquanto andávamos por uma praça arborizada cheia de árvores e folhas que aproveitavam o resto do outono para se livrarem das suas folhas amareladas.

— Eu? — Pega de surpresa pela pergunta inusitada, falei a primeira coisa que surgiu na minha cabeça: — As folhas caindo. As árvores se preparando para o inverno frio e seco. — Hakim concordou colocando as mãos no bolso. Agora, caminhávamos lado a lado e, talvez pelo meu nervosismo, eu não estava mais conseguindo agir de maneira chocante como tinha feito no restaurante.

— A natureza nos ensina a esperar o momento certo para todas as coisas. Agora, embora seja um momento de reserva e parece que você está prestes a perder tudo o que demorou um tempão para conquistar, na verdade, só está se preparando para o que virá. — Hakim olhou as folhas que caíam muito próximas de nós e eu aproveitei o ensejo para olhá-lo.

Era uma imagem bonita, digna de uma boa fotografia ver seus cachos para trás, o sol do fim da tarde batendo na altura dos seus olhos e iluminando tudo e as folhas que caíam completando a linda paisagem que se esboçava na minha frente.

— O mesmo vale para nós. — Pisquei tentando entender onde o assunto havia entrado. Onde eu tinha me perdido? — Parece que o casamento é uma estação fria e seca que enfrentaremos na nossa vida, mas talvez ela só esteja nos preparando para momentos de primavera que poderão se suceder a seguir. — Eu realmente não estava preparada para aquela conversa, tampouco para a analogia de Hakim.

Fiquei piscando paralisada enquanto tentava não corar. Percebendo que não seria possível fazer isso por muito tempo, virei minhas costas para ele e recomecei a caminhar tentando teatralizar minhas ações em seguida:

— Você metaforiza muito a natureza. Ela só está fazendo o que milênios de anos de evolução as ensinaram. Não tem nada a ver conosco. — Hakim riu da minha atitude, mas passou a me acompanhar na caminhada também.

— Falta um pouco de poesia na sua vida, não acha? — Neguei com a cabeça.

— Acho que anda muito bem por sinal.

Ele não retrucou mais.

Continuamos andando por outros casais que também por ali andavam e tentavam conversar sobre amenidades. Avistei uma barraquinha que vendia espetos de morango com chocolate e achei que era uma boa sobremesa, então segui até ela e pedi um espeto para mim.

— Dois. — E antes que eu pegasse o dinheiro, Hakim entregou para o moço da barraquinha e eu fiquei sem saber exatamente o que fazer.

Era normal estar com vergonha como eu estava?

— Você não precisava... — Comecei e ele negou com a cabeça.

— O que é um espetinho comparado a um carro que vou ter que te dar? — Ele brincou piscando. Sorri de lado.

— Seria melhor começar a economizar agora então, não acha? — Hakim riu antes de pegar um morango com chocolate. Engoli em seco e olhei para o outro lado.

— Não se preocupe. O senhor Mustarf fica com essa dívida. — Franzi o cenho.

— Senhor Mustarf? — Hakim fingiu cara de ofendido, mas logo suavizou e explicou:

— O senhor lorde meu pai. Possivelmente, seu futuro sogro. — Ele esclareceu com uma ironia louvável na fala. Concordei com a cabeça.

— Deixa ele ver como você se refere a ele. — Ele entrou na brincadeira:

— É isso que ganho de você por comprar um espetinho de chocolate? Estou indignado, Mah. — E eu quase parei no meio do caminho, porque realmente não esperava que Hakim me chamasse pelo meu apelido.

Quer dizer, tudo bem que Malika e Mariam começavam com Ma, mas normalmente as pessoas chamavam minha irmã de Lika ou Likinha e eu de Mah. Ver que Hakim tinha decidido apelidar Malika de Mah fazia com que tudo parecesse ainda mais errado.

Meu Deus, ele é o noivo da minha irmã ainda, não é? Ela pediu para que eu acabasse com o noivado. Foco, Mah. Essa é a sua função hoje.

— Me desculpe, Malika. Fui muito precipitado te chamando de Mah? — E eu estava discordando de mim mesma, porque inusitadamente acabei respondendo-o:

— Não, não. Tudo bem, Mah. — Deus, não era isso que eu deveria ter dito nesse momento crucial. O que eu estava fazendo, caramba?

— Tudo bem Mah. — Ele sorriu. — Seu chocolate está derretendo. — Acordando do transe que eu estava, acabei concordando e passei a tarefa de comer meus morangos antes que o chocolate fizesse uma enorme sujeira na minha mão. Aproveitaria o tempo para pensar nas idiotices que eu deixava sair dos meus lábios.

Continuamos em silêncio por alguns segundos, mas aproveitando que eu estava mais quieta, diferente do restaurante, Hakim decidiu falar:

— Podemos acordar o que você quiser no acordo de casamento. Eu só tenho um pedido. — E dito isso, Hakim aproveitou que estávamos passando por um banco de praça e sentou ali.

Ainda sem saber o que fazer, fiquei encarando o banco. Como Hakim chegou bem para um determinado canto, acabei aceitando que talvez não tivesse nenhum mal se eu me sentasse no outro canto, bem afastada, para terminar de comer minha sobremesa.

Continuei minha tarefa, bem concentrada, de comer os morangos e Hakim esticou novamente a cabeça para olhar a árvore que estava fazendo sombra para nós. Aproveitei o momento que ele prolongava o silêncio para pensar em quais deveriam ser os meus próximos passos a partir dali.

Eu precisava voltar para o hotel que eu estava com a minha irmã. Felizmente, ele não era muito longe dali. Dava até para ir andando se eu quisesse. Com uma corridinha, não passaria de 4 minutos correndo. Era rápido.

O sol ainda estava no horizonte. Eu só precisava ter o sol em mente para não sair daquela praça quando estivesse muito escuro. Não gostava de andar sozinha no escuro, exceto na minha cidade natal. Ainda assim, poderia ser perigoso. Havia homens ruins em todos os lugares do planeta.

— Você tem uma irmã. Faria qualquer coisa que fosse para protegê-la? — E novamente Hakim parecia intenso demais com as perguntas inesperadas.

Pelo menos ele fazia perguntas intensas demais para as quais eu não estava preparada ainda para responder. Comi o último morango que faltava, a fim de ganhar um pouco mais de tempo. Hakim continuou esperando que eu terminasse e decidisse por conta própria iniciar minha fala:

— Protegê-la? — Perguntei só para confirmar e Hakim balançou a cabeça que sim.

O que eu estava fazendo para Malika ali, naquele momento, não era exatamente isso? Não estava tentando ajudá-la? Protegê-la de um casamento que ela não queria? Eu seria capaz de fazer mais por ela? É claro que seria capaz. Eu amava minha irmã, Malika.

— É claro que sim. — Respondi enfaticamente. Escondi o fato de que era justamente o que eu estava fazendo ali.

Hakim concordou e respirou fundo. Prolongaram-se os segundos enquanto ele parecia tomar alguma decisão. Apertei um lábio sobre o outro. Havia uma coisa que eu não sabia realmente fazer. Como se terminava um date?

Era só dizer tchau? Até nunca mais ver? Mas caramba, eu ainda não tinha conseguido fazer Hakim me odiar. Pelo contrário, parecia que ele estava até cada vez mais à vontade ao meu lado. O que mais eu podia fazer? Quer dizer, sem ser o quinto passo? Eu deveria lhe dar um tapa e sair correndo?

Será que isso seria suficiente para fazê-lo me odiar? Aparentemente não, já que ele havia refutado tudo até ali e parecia muito tranquilo com tudo, infelizmente.

— Eu também faria tudo pela minha irmã. — Disse Hakim quebrando o silêncio. Sua voz parecia carregada de algo que eu não sabia identificar e talvez por isso eu tenha virado o rosto para olhá-lo. Talvez a expressão dele pudesse me dar uma pista sobre o que ele queria dizer. — Eu só quero protegê-la. — Ele continuou.

Deixei que o silêncio invadisse o espaço da sua fala, porque não estava conseguindo decifrar o que ele queria me dizer com isso. Felizmente, como se percebesse que estava divagando e não dizendo nada com nada, Hakim piscou antes de respirar fundo e se virar na minha direção.

— Esse é o meu único pedido. — Pisquei.

— Como? O que? — Eu tinha perdido algo?

— Espera. Vou esclarecer isso melhor para você. — E dito isso, Hakim se empertigou no banco como se precisasse parecer um pavão para dizer o que tinha que dizer. Encarei seus olhos esverdeados.

— Pois faça.

— Eu, Hakim Isnar, aceito qualquer condição que você tenha para esse nosso casamento, desde que você me conceda apenas um desejo. Quero proteger a minha irmã. E uma forma de fazer isso seria que ela morasse conosco nos dias de semana. É somente isso que preciso e nada mais. Prometo respeitar qualquer outra cláusula que você queira colocar no nosso casamento. — Pisquei algumas vezes ainda embasbacada.

Que pedido louco era aquele? Quer dizer... Ele aceitaria de tudo, tudo mesmo, desde que sua irmã estivesse segura? Quem se coloca tanto em segundo plano apenas por alguém que ama tanto como a irmã?

Tudo bem que eu também tinha dado ares de amor pela minha irmã... Mas o que Hakim estava querendo era muito acima disso. Ele aceitaria se casar com alguém que ele nem mesmo gostava só para salvar a irmã! Isso que era nível máximo de doação.

Meu coração se apertou no peito.

Aish que droga. Meu órgão idiota tinha até mesmo cedido a Hakim. Era como se o homem a minha frente precisasse ser colocado em um potinho de tão fofo que era e isso era péssimo! Acorda Mah! Foco!

Ele precisa esquecer essa ideia... Mesmo que seja para ajudar sua irmã. Malika estava em jogo. A felicidade da minha irmã era maior do que a felicidade de Hakim a minha frente. Seria mesmo? Sim!

Meu cérebro parecia pensar prós e contras e quem eu deveria ajudar. Malika ou Hakim. Era um dilema que eu enfrentava ali. Meu lado humano que gostava de ajudar todos os animais queria porque queria encontrar uma solução na qual eu pudesse ajudar ambas as partes envolvidas.

Só que não havia essa opção! Se papai descobrisse que eu havia passado pela Malika ele comeria os meus órgãos de jantar! Eu também precisava pensar em mim mesma! Foco Mah! Quinto passo! Isso, quinto passo.

Você precisa usar o quinto passo, não tem muito o que você fazer.

Respirei fundo.

Eu não queria mesmo usar o quinto passo. Porque isso significava que...

Não dei asa aos pensamentos. Não podia deixar ser enganada pela minha mente. Era só chutar os países baixos dele e correr. Era só fazer isso, Mah!

Mas porque parecia tão difícil?

Era por causa da carinha de anjinho de Hakim.

E como um mosquitinho atraído pela luz, a atitude menos coerente foi a que o meu cérebro decidiu seguir. Meu dedo indicador andou em direção a testa de Hakim e tentou desfazer os pontos de marcas de expressão que havia entre as sobrancelhas dele, como se fosse a única coisa que eu poderia oferecê-lo e, por isso mesmo, deveria oferecer.

Hakim levantou os olhos, encontrando os dele sobre os meus. O silêncio continuava se prolongando. Acabei abaixando a mão quando percebi a besteira que havia feito, mas o contato visual já havia sido tomado.

Ah, sei lá o que deu em mim. Talvez porque era o meu primeiro encontro dando certo. Talvez porque parecia haver uma formiga dentro de mim ou talvez porque estávamos sozinhos quando não deveríamos estar, em outro país, a coisa mais sensata que acabei fazendo foi aproximar o meu rosto do dele.

Não era brincadeira. Não tinha sido Hakim que havia tomado a dianteira. Tinha sido eu, eu mesma que havia aproximado nossos rostos até o momento que eu conseguia sentir a respiração dele sobre os meus lábios.

Mariam do céu? O que você está fazendo?

Nem eu realmente sabia o que estava fazendo.

— Mah... — Hakim falou soltando mais ar entre nossos lábios. Meus olhos estavam cravados nos lábios dele. Eu não conseguia levantar mais e nem sabia mais o que deveria fazer direito dali para frente.

Era o meu possível primeiro beijo.

— Hm? — Perguntei.

— Isso é um sim? — Ele perguntou baixinho.

E finalmente foi aí que o meu cérebro decidiu acordar e xingar todas as células do amor que haviam dentro de mim pela atitude impensada que estavam tentando jogar para cima de mim.

Não pensei muito. Eu só tinha que sair dali o mais rápido possível e o quinto passo talvez fosse a coisa mais apropriada que o meu cérebro achou naquele momento para usar.

Não me orgulho do que se seguiu em seguida. O espetinho que estava na minha mão foi usado nos países baixos de Hakim e enquanto ele urrava de dor sem acreditar no que eu tinha feito e como eu tinha saído de 8 para 80, me levantei rapidamente e numa atitude que nem eu mesma conseguia entender, tentei explicar minha ação:

— Eu te disse nada de sexo! E beijo também está no pacote! — E dito isso, comecei a correr em direção ao hotel.

Eu tinha sido injusta, já que quem tinha sido a depravada que havia se aproximado dele tinha sido eu. Ele ainda fez questão de perguntar se aquilo era um sim, não tinha aproveitado do momento para roubar meu primeiro beijo. Tentei convencer o meu cérebro de que isso não importava.

Esperava que isso fosse suficiente para Hakim desistir de mim – de Malika – porque não havia mais uma arma que eu pudesse usar para fazer com que Malika se livrasse desse infeliz destino.

E estávamos ferradas se ele não desistisse da ideia, porque papai realmente nos mataria por ter enganado Hakim e, pior, por ter encontrado com ele em outro país.

A minha única alternativa naquele momento era orar para Alá atender minhas preces e fazer com que Hakim desistisse da ideia de se casar. 

Oi Oi pessoal! Como vocês estão?

Alguém esperava esse quinto passo da Mariam? kkkk

Acho que ela foi um pouco enfática em realmente tentar de tudo mesmo para se livrar do casamento para a irmã. Vamos às apostas, quem acha que agora que Hakim deixou um pouco claro que ele tem um motivo para querer esse casamento, alguém acha que ele vai desistir mesmo depois do quinto passo? 

Enfim, como combinado, o nosso próximo capítulo agora sai no sábado que vem. Dá bastante tempo para que vocês possam ler esse capítulo com calma.

E por favor, se gostaram do capítulo, incentivem para que ele chegue a outras pessoas com estrelinhas <3

Ansiosa para o que vocês acham que vem de bomba para o próximo capítulo. (Sim, temos bomba para o próximo capítulo, quero ver quem acerta!) Ficarei feliz em responder quem quiser interagir =D

No mais, obrigada a todos que estão acompanhando <3

Bjinhoos.

Diulia.  

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