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O passado de Hakim.

Eu não tenho desculpas pela demora... É só a vida realmente que está muito corrida. Felizmente, estamos na reta final. Vamos finalizar 🙏

ATENÇÃO: Esse capítulo é TRISTE e PODE ter gatilhos com os quais algumas pessoas não queiram lidar de depressão. Por gentileza, se esse for o caso, pule esse capítulo!

Capítulo 39: O passado de Hakim

Eu não esperava que tia Zayra fosse dividir algo tão específico como a vida que Hakim teve com o pai e que não tivemos o tempo adequado para dividirmos entre nós. Por isso, aguardei pacientemente até que ela conseguisse escolher as melhores palavras para começar.

— Quando Hakim era pequeno, ele tinha um amigo com quem várias vezes ele vinha me visitar. Se eu me lembro bem, o nome dele era Ibrahim, ou alguma coisa do tipo. — Começou tia Zayra revivendo o passado.

"Eles eram ótimos amigos e estudavam há muito tempo juntos. Dividiam muitos pensamentos de um futuro melhor e um deles era de que, para eles, era inadmissível que não tivessem o ensino de inglês na escola, uma vez que isso era muito necessário para que eles se adequassem ao ambiente de trabalho que cada vez mais tem relações estrangeiras e pede a fluência de inglês para isso. Como Hakim vivia me dizendo nas visitas que me fazia e quando tentava me convencer desse assunto, o inglês era a língua da ciência e eles precisavam sabê-la, mesmo que os países árabes não tivessem a relação mais saudável do mundo com países falantes de inglês."

Comecei a imaginar como seria o Hakim do qual tia Zayra me contava. O Hakim que lutava pelos seus ideias e que buscava algo com toda a garra possível.

— E ele e Ibrahim tiveram a grande ideia de revindicar isso diante do Governo. Conseguiram convencer outros alunos de que isso só acrescentaria mais para eles e foram então até a sede da prefeitura fazer uma passeata em busca do direito de estudar inglês. — E ouvindo tia Zayra meu coração se sentia esmagado por uma ansiedade difícil de explicar, como se eu soubesse que alguma coisa aconteceria de ruim nessa passeata e que eu não estava preparada para isso.

— Aquela passeata que passou na televisão há 12 anos? Eu não lembro direito, era muito nova, mas lembro que papai concordou que isso aumentaria a facilidade que ele teria de conseguir empregados fluentes na língua. — Tia Zayra concordou com a cabeça.

— Essa mesma. O propósito era bonito, mas nenhum governo gosta muito de pessoas que revindicam as coisas. Mas esse nem era o problema, pois o governo simplesmente não ligava para um par de estudantes idiotas e pacíficos que pedia o ensino de inglês nas escolas. — Tia Zayra falou com pesar. — O problema mesmo era que Mustarf buscava uma promoção no seu emprego e pensou que talvez esse fosse o motivo perfeito. As teorias eram muitas na minha cabeça, mas nenhuma delas poderia me preparar para o que eu estava prestes a ouvir. — O único problema dele era que ele descobriu tarde demais que os responsáveis pela passeata eram o seu filho e seu melhor amigo, Ibrahim. — Como se me preparasse para as próximas informações, tia Zayra pausou para ver como eu estava até ali.

E então voltou a falar de uma vez:

— Mas ele não podia culpar o seu próprio filho e perder a oportunidade de crescer na carreira. Acusar de que o responsável era parente seu só atrapalharia os planos que ele tinha pela frente. E ele precisava de um bode expiatório... Mesmo que esse bode expiatório fosse única e totalmente o amigo do seu filho. E foi exatamente isso que ele fez. — Continuou Zayra.

— Ele colocou a culpa toda em apenas uma pessoa e deixou Hakim de fora? — Tia Zayra então me olhou e, para minha surpresa, ela tinha lágrimas nos olhos. Quase dei um passo para trás de surpresa.

— Ele fez bem mais do que isso. — E conforme tia Zayra contava, eu imaginava a cena. — Ele prendeu Ibrahim por fazer desordem em local público e, quando Hakim tentou falar pelo amigo, quando ele tentou assumir toda a culpa como dele para salvar o amigo, Mustarf que não queria a mínima possibilidade de que Hakim assumisse a culpa, fez Hakim assistir o amigo sendo torturado. Somente quando Hakim prometeu que nunca abriria a boca para a imprensa e nunca ousaria dizer que ele havia se metido nessa história toda, que deixaria Ibrahim tomar a culpa por um dia e servir no exército como castigo pelo seu ato, em vez de morrer ali, nas mãos de Mustarf, é que toda a tortura parou. Hakim não queria que o amigo fosse obrigado a servir no exército, mas não conseguia ser forte o suficiente para ver o seu amigo de infância sendo torturado até a morte. Era algo que ele não tinha mesmo a capacidade de fazer. — E tia Zayra derrubava algumas lágrimas enquanto falava.

As lágrimas queriam fugir dos meus olhos também enquanto eu ouvia a história e só sentia mais e mais raiva do Senhor Mustarf. Como uma pessoa podia ser capaz de fazer isso? Como ele podia ser capaz de dizer que era pai, quando fazia algo do tipo com seu único filho homem? Será que ele não sentia o mínimo de remorso pelas dores que causou em Hakim?

— Ele chorou muito. Eu ainda sinto toda a minha pele se arrepiar quando ele me contou que aceitaria sofrer as torturas no lugar de Ibrahim, mas não aguentaria vê-lo sofrer. Porque ele carregava a culpa que para ele era a mais responsável por tudo. O fato de Ibrahim ser seu amigo, para ele, tinha sido o responsável por toda essa dor. Se Ibrahim não o tivesse como amigo, seu pai nunca poderia ter conseguido fazer algo do tipo na vida. Ele nunca poderia ter causado tantas dores no coração dos dois...

E eu não aguentei, derrubando lágrimas naquele instante. Como um jovem de pouco mais de 14 anos podia não desistir para sempre de ter amigos quando carregava tão dolorosamente na alma aquela dor tão intensa de que tinha sido ele o responsável por toda a dor do seu melhor amigo? Como aguentar saber que seu pai havia feito isso com o único intuito de crescer e ter cargos melhores e maiores?Como achar que ele poderia ser capaz de ter melhores amigos assim? Como, na verdade, se entregar novamente para uma amizade se a próxima vítima do seu pai pode ser justamente essa pessoa que você escolheu para ter ao seu lado?Eu não conseguia nem imaginar a dor de Hakim.

— E depois de que seu pai conseguiu o cargo que queria e Ibrahim foi obrigado a ir para o exército... Hakim me disse que nunca mais teria amigos. Não quando ele sabia que seu pai podia usar essas pessoas para atingi-lo. E ele decidiu a partir dali viver unicamente para salvar sua irmã Kadi de que tamanho sofrimento não acontecesse na sua vida e a fizesse ter cicatrizes tão profundas como as que ele tinha dentro de si. — Apertei um lábio sobre o outro sem acreditar em tamanha dor que eu ouvia.

— Como ele foi capaz de aguentar tantos homens na presença desse homem horrível? — Zayra fungou.

— Ele foi obrigado a aprender a esconder suas dores, querida. Ou você nunca percebeu como ele sempre sorri e as vezes ironiza algumas coisas pelas quais ele passa, mas nunca reclama? Ele é uma alma tão querida e gentil como de Kadi, minha querida Mah, mas ele tem tantas dores que as vezes eu tenho vontade de colocá-lo em um pote e abraçá-lo até que ele se perca nos meus braços. Esse menino nunca teve alguma coisa de boa na vida, exceto sua irmã e você. É por isso que eu queria tanto que ele fosse feliz... É por isso que eu fiquei tão feliz quando você apareceu na vida dele. Parecia um raio de luz entrando por uma fresta da janela. Era como se de repente aquele mínimo raio de sol pudesse pouco a pouco desfazer as camadas de gelo que ele havia criado para aprisionar o próprio coração... É por isso que eu torci e torço tanto por vocês... Só você pode ajudá-lo a perceber que ele tem pessoas que não se importam se precisarem dar a vida por ele, porque o amor é isso. É apesar das dores, dos sofrimentos, estamos todos juntos... — E tia Zayra fazia companhia nas minhas lágrimas e no meu choro livre.

Naquele momento, eu só queria colocar Hakim nos meus braços e dizer para ele que tudo ficaria bem. Ele não precisava mais fingir com sorrisos que estava tudo bem. Ele podia contar comigo, porque eu não me importava em ter que enfrentar um destino tão sombrio quanto de Ibrahim se fosse para tê-lo ao meu lado. Oh, eu queria tanto dizer essas coisas para ele...

— Embora Hakim não lembre, muitas dores com o pai dele já vem desde quando ele era uma criança, mas ele não deve se lembrar muito disso. E eu nem quero que ele lembre, pois se não ele se tornará ainda mais amargurado e acabará por cometer alguma coisa grave contra seu pai. Sim, seu pai é horrível e merece ir para a cadeia, mas não pelas mãos de Hakim, porque não quero que ele tenha um futuro amargo. Se ele souber do passado dele... Não sei o que ele poderia fazer e provavelmente desagradaria Deus vê-lo seguindo por caminhos nefastos. — Limpando as lágrimas que insistiam em cair, murmurei:

— O que tem dele criança que pode contribuir ainda mais para tanta dor? — Tia Zayra apertou um lábio sobre o outro e acabou suspirando. Lá íamos para mais uma história sobre a vida de Hakim que eu não sabia.

*

Memórias boas sempre são melhores e preferimos que elas sobrevivam em detrimento das memórias ruins. Contudo, nem sempre é o que acontece. Por vezes, ficamos com as memórias tristes, porque acabam sendo aquelas que mais marcam as nossas mentes e são lembradas, assim, com mais facilidade.

No caso de Hakim, pelo que eu e tia Zayra percebíamos, as memórias boas da mãe dele suplantaram praticamente por completo as memórias ruins e ele só lembrava com lágrimas nos olhos de como sua mãe cuidava dele, mesmo que seu pai não parecesse ligar muito para isso, tampouco para sua esposa.

— Mas a história é muito mais triste que isso. Nossa família estava passando por dificuldades e a família de Mustarf não pediu um dote muito grande. Minha irmã tinha afeição pelo Mustarf. Não podia dizer que era amor, porque ela mesmo dizia que não sabia se era isso, mas, sem dúvida, algum tipo de carinho ela tinha sim. Zayra começou a me contar como era sua irmã. Pelo relato, era a irmã mais linda do mundo e de muita gentileza e tão amável quanto Kadi. Ela não reclamava de nada, mesmo quando as coisas estavam difíceis, e isso era algo que Zayra sentia tristeza ao lembrar.

— Acho que o que mais me arrependo no mundo é ter esquecido da personalidade da minha irmã. Saber que ela não era de reclamar de nada deveria ter criado um alerta no meu cérebro e eu não fiz isso. Ela chegou a dar alguns alardes de que não estava bem, mas confesso que nem eu e nem nossos pais estávamos prestando muita atenção para perceber seu sofrimento que era tão visível quanto o que aprendi a reconhecer no olhar do seu filho Hakim. — E Zayra pausou o relato para começar a chorar.

Esperei que ela colocasse toda a emoção para fora e que isso pudesse dar algum tipo de paz para seu coração e então toquei a mão de Zayra para tentar dar um pouco de amor e compreensão para ela.

— Nós não prestamos atenção quando Iza começou a arrumar desculpas para não visitar, alegando que estava cansada, ou que ainda não tinha se acostumado com o trabalho que Hakim lhe dava. Nas celebrações de festa, ela preferia passar com a família do marido, pelo que ela dizia, e ela foi aos poucos se afastando cada vez mais sem que percebêssemos... — Zayra enxugava as lágrimas conforme elas iam caindo. Busquei esperar enquanto lembrava de como Hakim me falava dela com carinho. Ele tinha poucos anos, talvez não conseguisse enxergar muito bem o que Zayra me contava. De qualquer forma, confortava o meu coração saber que embora ele sentisse muita saudade da mãe dele, ele não sabia desse relato de dor que Zayra me contava.

— Ela foi criando depressão e contribuía ainda mais que Mustarf batesse nela quando ele ficava nervoso quando algo não dava certo do jeito que ele queria. Pelo que Hakim me conta sobre minha irmã, eu duvido que ela abrisse a boca para reclamar das dores, com medo de que Hakim acordasse e pudesse perceber tudo. Ela não queria que ele tivesse visões sobre o ocorrido. Acredito que ela se esforçava muito também para passar maquiagem e não deixar visível como ela estava machucada na visão do filho pequeno. Mas não posso negar que ela foi definhando pouco a pouco...

— Não acredito... — Disse gaguejando. Porque algumas pessoas passam por tantos intempéries quando outras não? Hakim não tinha porque passar por tudo o que ele passava, era muita dor para uma pessoa só...

— Pelo que os médicos disseram, ela emagreceu muito e não comia direito. Mas pelo que desconfio, Mustarf começou nessa mesma época a se relacionar com Alita e minha irmã deve ter percebido que ele a traía, uma vez que ele não tinha se casado com essa segunda para ela ser legítima. Desconfio disso, pois Mustarf só esperou o tempo de luto, antes de se casar novamente. Isso deve ter aumentado ainda mais a angústia e depressão da minha irmã. Somado ao que parece ter sido uma disenteria, pelo que os médicos falam, parece que ela teve uma desidratação profunda e acabou morrendo quase que subitamente. Junto da depressão e de tudo o que ela passou e sem que percebessemos para ajudar a Iza, ela acabou definhando na nossa frente sem que nos déssemos conta. Ela acabou deixando essa vida e eu até hoje não consigo me perdoar direito por não ter prestado mais atenção na minha irmã e percebido por tudo o que ela passava... — Zayra voltou a chorar copiosamente.

Realmente, como tia Zayra dissera, se Hakim soubesse dessa história toda, com certeza ele ficaria com mais raiva do que ele já tinha de Mustarf e isso poderia ser perigoso. Não queria que Hakim fizesse qualquer coisa, pois a justiça e Deus se encarregariam de fazer o que fosse necessário.Era melhor que Hakim não soubesse, até porque saber disso não faria com que sua mãe subitamente voltasse a vida. Só aumentaria o sofrimento dele e pelo que eu escutara, ele já tinha muito sofrimento para permitir que ele tivesse ainda mais.

— Acho que você está certa, tia Zayra. É melhor não aumentar o sofrimento. Hakim já sofreu muito e nada disso fará com que Iza volte à vida. Acredito, de verdade, que onde quer que ela esteja, a única coisa que ela pede do fundo do coração dela é que Hakim tenha a oportunidade de escapar desse laço de sofrimento e consiga ter todas as felicidades do mundo para todo e sempre. Com certeza, ela só quer que ele seja feliz e nada mais. — tia Zayra concordou comigo, mexendo a cabeça.

— E ele será feliz. Amanhã, ele começará a cortar os laços do sofrimento e vamos vê-lo feliz. — Ela disse limpando as lágrimas e tentando colocar um sorriso de esperança no rosto. Acabei fungando e sorrindo entre lágrimas. Assenti.

— Ele será feliz, tia Zayra. Eu prometo que o ajudarei a encontrar a felicidade. E conseguiremos justiça, nem que seja apenas no céu, de todo o mal que o senhor Mustarf fez surgir na nossa vida. — Tia Zayra concordou fugando também.

— Que Deus te ouça, minha querida. Que Deus te ouça.

— Ele já ouviu. — Murmurei por fim. O resto da noite fomos acalmando a quantidade imensa de sentimentos e emoções que tínhamos vivenciado com as coisas que tia Zayra havia dividido comigo. Quando nos despedimos e combinamos os últimos detalhes para o dia seguinte, abracei tia Zayra bem apertado e agradeci a ela por dividir toda aquela história comigo, o que eu guardaria no fundo do meu coração para sempre.

— Vocês vão ser felizes, Mah. Eu tenho fé nisso. — Disse tia Zayra se despedindo.

— A senhora terá a honra de vivenciar isso. — Disse. No dia seguinte, colocaríamos todo o nosso plano em pauta e eu estava realmente animada com tudo o que viria no dia seguinte.

Terminei a noite agradecendo a Deus todas as informações que eu havia recebido e adormeci com a certeza no coração de que dias melhores viriam.

***
Oi Oi gente!
Faz muito tempo que não apareço, não é mesmo?

Não é nem questão de ter desculpa, é cansaço, vida corrida e muita coisa acontecendo. Acabo conseguindo mais tempo durante as férias....

Felizmente, uma leitora querida lembrou de postar e calhou de ser véspera de feriado que costuma ser um pouco mais tranquilo (embora esse também não tenha sido, estudando para provas...).

De qualquer forma, disse para ela que ia postar hoje. Demorou um pouco, mas foi :)

Eu deveria postar mais, eu sei e vou tentar amanhã. É que eu nem sequer li esse capítulo para revisar e como preciso também arrumar o layout aqui que sempre bagunça ficando tudo junto quando copio e colo, isso leva um tempinho para eu arrumar.

Por isso, digo que tentarei postar mais um amanhã.
Estamos na reta final. Eu realmente vou tentar postar mais 1 amanhã e os outros 2 ou 3 que faltam nos próximos feriados. Podem me lembrar (1 de maio e feriado de junho).

Se eu conseguir postar antes, também posto.

No mais, agradeço a paciência.
Atenciosamente,
Diulia.

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