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Eu odeio aviões.

Capítulo 4 

Eu odeio aviões.

— Você já tomou o seu remédio? — Perguntou Malika do meu lado na poltrona.

Meus olhos estavam pesados e isso era até que óbvio, pois eu tinha tomado uma boa dose de remédios para me dopar. Ainda assim, tentei responder Malika coerentemente:

— Já... Logo eu durmo. Você cuida de mim. — Malika riu de mim e concordou.

— Se não sou eu, quem mais cuidaria de você, Mah?

— Que mentira... Sou eu que cuido de você. — Consegui responder Malika com um pouco de atraso na voz. Malika riu de mim.

— Tá, tá. Dorme Mah. Daqui dez horas estará em casa novamente.

— Eu sei. — Respondi drogada.

A grande verdade é que depois disso as coisas se tornaram bem incongruentes na minha mente e eu entrei no mundo dos sonhos, no qual eu, com certeza, duraria umas quatro horas. Tempo suficiente para já estarmos no ar.

Havia uma coisa que eu realmente não conseguia e era viajar de avião. Eu não tinha nenhum trauma de criança para isso, não tinha medo também de avião ou que ele caísse para que explicasse o fato de eu não conseguir viajar de avião.

Eu simplesmente tinha queda de pressão e ficava bastante enjoada até o avião alcançar o céu. Só de taxiar na pista de pouso, eu já desmaiava. E era somente no momento que o avião subia, pois quando descíamos não havia nada do que o contumaz friozinho de barriga que todo mundo sente quando o avião está pousando.

Por isso, conversando com o médico, ele propôs que eu dormisse nas primeiras horas de voo – depois de averiguar que não havia nada de errado comigo mesmo – até o momento que o avião estivesse no ar e eu pudesse relaxar.

Malika sempre que viajava comigo me ajudava nisso. Afinal, desmaiar do lado de um estranho era algo que eu realmente não tinha vontade de fazer. De qualquer forma, eu tinha viajado poucas vezes de avião na minha vida e as poucas vezes que não foi com Malika foi com mamãe e papai.

Eles sabiam manejar bem a situação.

E como eu confiava plenamente neles, dormi o tempo que o remédio fez o efeito dele, tranquilamente.

Só que a minha surpresa mesmo foi acordar e não encontrar Malika ao meu lado. O susto foi tão grande que os meus passos seguintes foram uma confusão só naquele avião.

Ainda grogue do remédio que realmente me dopava, tirei o cinto com certa dificuldade para controlar a dominância dos meus dedos e me levantei. Não havia ninguém ao meu lado. Aliás, o avião estava até com um número considerável de lugares vagos dado a hora que estávamos viajando. Por isso, comecei a pensar coisas das mais absurdas como, por exemplo, terem tirado minha irmã do voo porque éramos muçulmanas, ou até mesmo terem esquecido ela na Nova Zelândia.

Os pensamentos não faziam muito sentido.

— Onde está minha irmã? — Foi a coisa mais lógica que consegui falar meio grogue enquanto começava a procurar ela pelo avião em passos trôpegos. Quem me olhasse, com certeza pensaria que eu não estava lá muito ébria.

Não sabia dizer se era eu que tinha levantado rápido e estava grogue ou se de repente o avião tinha começado alguma manobra, porque a sensação que tive em seguida foi de que eu estava caindo.

Ouvi uma aeromoça brigando porque eu estava em pé, mas estava mais concentrada na figura masculina que tinha usado até o próprio corpo para me apoiar, a fim de que eu não me machucasse caindo no chão. Sua mão foi parar na minha cintura me abraçando e a minha bochecha foi esmagada pelo seu tórax. Apoiei minhas mãos nos seus braços tentando não encontrar o chão na queda iminente.

— A senhorita não pode... — Começou a aeromoça. O homem a interrompeu:

— Não se preocupe. Eu vou ajudá-la a se sentar. Sou o noivo dela. — Esclareceu o homem na minha frente me fazendo tentar me desvencilhar dele imediatamente. O alarme de que isso não fazia sentido tocava estridente na minha cabeça.

— Eu? — Perguntei e ele simplesmente me ignorou, aproveitando que meu corpo estava ao movimento do vento e que eu estava meio aérea, me puxando em direção para onde antes eu estava sentada. Ainda assim, com a voz grogue, gritei:

— Cadê minha irmã? Vocês deixaram ela lá? — Mas a aeromoça me ignorou voltando para ajudar outros passageiros que pareciam um pouco aborrecidos por eu estar causando e fazendo barulho no avião e acordando todo mundo, tal como um bêbado faria.

— Aquela menina ao seu lado era sua irmã? — Concordei com a cabeça várias vezes meio grogue enquanto observava Hakim fazer o movimento de prender o meu cinto novamente para mim. Como ele estava próximo, eu conseguia sentir o cheiro que parecia de rosas que escapava dos seus cachos. Era agradável.

— Ela foi expulsa do avião? — Perguntei grogue. Hakim poderia ser a minha única salvação para entender o que havia acontecido com maninha. Hakim negou com a cabeça e logo me explicou a charada:

— Ela esperou você dormir para sair. Pensei que era alguma babá sua lá de Nova Zelândia. Não sabia que era sua irmã. Ela saiu porque quis, ninguém pareceu forçá-la. Ah, parece que um homem estava acompanhando ela. Ela é casada? — Senti como se um lábio se grudasse ao outro e a minha pressão caísse automaticamente.

Eu não conseguia acreditar no que Hakim falava. Parecia ser muito para o meu cérebro. Não, ele não podia estar certo. Talvez alguma coisa tivesse acontecido. É, só podia ser isso mesmo. Malika não me abandonaria. Ela não faria planos próprios e não me contaria eles. É óbvio que não.

Comecei a convencer o meu cérebro de que as coisas não faziam sentido. Certamente, algum problema tinha acontecido. Quando eu chegasse em Dubai e ligasse para Malika ela me diria, com certeza, que tudo foi um mal entendido.

Não deixei que a voz que dizia que eu podia estar errada e que ela pudesse ter planejado tudo ganhasse vida. Essa era uma péssima ideia e eu deveria pensar nela depois. Ainda mais pelo fato de Malika estar acompanhada de um homem.

Na pior das hipóteses, poderia pensar que Hakim estava mentindo para mim, embora não houvesse motivo para ele fazer isso.

— Você está bem? — Eu realmente não esperava a pergunta de Hakim e acabei encarando seus olhos esverdeados procurando alguma resposta no seu rosto.

— O que você está fazendo aqui? — Foi a pergunta mais coerente que acabei conseguindo fazer. Hakim sorriu de lado.

— Acho que o efeito do que seja lá que você tomou para apagar está saindo. — Ele colocou o cinto dele e eu encarei com desconfiança o fato de ele ter simplesmente decidido que só porque o lugar ao meu lado estava vago, ele poderia muito bem se mudar para ali sem problemas.

— Você está me seguindo? — Ele riu baixo do meu lado da minha pergunta.

— Não cheguei a esse nível de distúrbio mental ainda, Mah. Muito embora eu deva ter algum nível de problema mental por me preocupar com você depois de ter sido muito bem recepcionado pelo seu espeto de morango. — Apertei um lábio sobre o outro para segurar a vontade de rir misturada a vergonha. Sim, quando eu ficava nervosa, eu costumava sorrir, o que era um verdadeiro problema psiquiátrico.

Também aproveitei para olhar para a janela do avião em um ímpeto. Era uma boa alternativa para sair do olhar inquisidor de Hakim e não respondê-lo.

— Mas tudo bem. Você fez bem antes que cometêssemos pecado. Eu acho que mereci. — Ele não parecia nem um pouco confiante disso na fala, quase com um leve toque de ironia, mas eu fingi que não percebi isso. — E respondendo a sua pergunta, eu não estou te perseguindo. Eu também moro em Dubai, sabia? Ou você achou que moraríamos no Brasil? — E talvez fosse o remédio ou eu que não estava muito atenta a mim mesma, mas acabei de instinto dando de ombros e murmurando em resposta:

— Também não vejo problema em morar no Brasil.

— Hm... Esse é um sim então? — E percebendo a gafe que tinha feito, como se tivesse aceitado o seu convite de casar e morar no Brasil, virei a minha cabeça novamente em direção a Hakim e ralhei:

— Porque você fica toda hora me perguntando isso? Será que você não pode desistir disso? — Hakim arqueou uma sobrancelha e parecia buscar informações no meu rosto para entender a minha fúria quanto ao assunto. Sem lhe dar a chance de encontrar o verdadeiro motivo, virei o meu rosto para a janela novamente e cruzei os braços.

Agora o problema era ainda maior, pois se Hakim não desistisse da ideia, papai, com certeza, decidiria que ter zero filhas era melhor que ter uma como eu, já que Malika não estava conosco. E, enquanto isso, ele precisaria procurar uma maneira de enrolar Hakim até conseguirmos trazer Malika da Nova Zelândia novamente, a sua verdadeira noiva, embora ele não saiba. Eu estava ferrada.

— Eu já disse que não tenho mais muitas escolhas para ajudar a minha irmã. — E Hakim falou tão baixo que eu acabei me desarmando pelo tom de voz de confidência. Descruzando os braços e olhando novamente para ele, respondi:

— Eu só quero encontrar maninha. — E parecíamos duas pessoas se desarmando e sendo sinceras umas com as outras. Hakim concordou com a cabeça.

— Com certeza conseguiremos. Provavelmente ela se casou com o homem que estava com ela. Você sabe o nome dele? — Buscando a informação da minha cabeça, tentei lembrar, mas nada vinha.

Vendo minha cara de provável esforço, Hakim mexeu a cabeça num gesto afirmativo e bateu as duas mãos nas coxas, falando:

— Não se preocupe. Você tem algumas horas até chegarmos em Dubai para lembrar. Descanse um pouco. Ainda deve ter algum efeito residual do remédio no seu organismo. — Balancei a cabeça em negativa.

— Não estou com sono. Ele tem efeito forte e rápido. É só para eu aguentar a subida. — Acabei me vendo explicando para ele. Hakim logo se mostrou curioso.

— Tem medo de viajar de avião? — E tão logo eu passei a explicá-lo que o problema era a minha pressão, apenas na subida. Hakim concordou.

— Com aviões ou com subidas em geral? — Franzi o cenho sem entender.

— Como assim? — Ele explicou.

— Brinquedos de parque de diversão? Subir de carro em uma montanha?

— Eu nunca andei em brinquedos altos, pois papai disse que quando pequena eu desmaiei em uma montanha-russa que era baixinha, só para crianças. Agora subir de carro para uma montanha nunca me trouxe consequência alguma.

— Que diferente. — Concordei.

— Não sei porque, mas é assim comigo.

Como o assunto morrera ali, fiquei sem saber o que fazer exatamente e acabei voltando a olhar a janela. Para minha surpresa, passados alguns minutos, Hakim me estendeu um fone de ouvido. Encarei ele tomada de susto e espanto.

— É só música, é inofensivo. Não estou tentando te matar, tá Mah? — Parecia como se ele tivesse lido meus pensamentos. Sopesando os prós e contras, acabei aceitando o fone de ouvido. Não tinha muito o que fazer e não queria voltar a dormir.

A música começou a tocar em um ritmo agradável e romântico, o que não era o que eu esperava de Hakim. O início da música também, acabou me fazendo sorrir imediatamente e, percebendo que eu estava entendendo o significado, Hakim disse:

— Parece o nosso primeiro encontro, não é mesmo? — Fingi que não havia ouvido ele, apenas para não sentir mais vergonha do que eu estava, mas continuei ouvindo a música.

Talvez o ritmo e a repetição de "I'm in love" tenha feito com que eu fosse lentamente embalada pelo som da música. Meus olhos foram pesando aos poucos e a sensação de que estava tudo bem e que eu poderia dormir foi se apossando do meu corpo.

Não fiz muito para lutar contra isso. Por algum motivo, minha mente acabou concordando com o fato de que Hakim poderia ser confiável. Não era uma decisão boa, afinal, ele era homem, mas os efeitos residuais do remédio foram bons o suficiente para ajudarem nessa decisão. Quando percebi... Estava dormindo.

A grande verdade mesmo é que eu queria acordar e ter certeza de que tudo não passou de um sonho. Não a conversa agradável com Hakim, mas a parte que eu descobria que Malika não veio no avião e que tinha ficado em Nova Zelândia, tampouco a possível traição dela, me deixando sozinha, não confiando em mim para contar suas possíveis decisões tomadas.

Por algum motivo, caindo no mundo do sonho, o primeiro nome do homem que Malika se dizia apaixonada apareceu na minha mente. Talvez porque eu estivesse relaxando, ele surgiu. Era apenas o primeiro nome dele, mas já ajudava. Já era alguma coisa.

Eu só esperava que eu conseguisse lembrar do nome quando eu acordasse novamente. De qualquer forma, lá estava o nome dele nas recordações antigas.

Kaleb. Esse era o nome dele.

Oi Oi gente! Tudo bem?? 

Eu convido quem costuma ler minhas notas aqui a ouvir a música que coloquei no início do capítulo. A tradução dela é fofa e parece trazer a vibe que o encontro de Hakim e Mariam teve, além da relação entre eles que veremos pouco a pouco...

Mas, para quem não quer receber spoiler antes de ler o capítulo, aconselho a parar exatamente por aqui =D

Ok, vamos lá para quem já leu o capítulo então...

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Agora a treta realmente começou, não é mesmo?? 

Quem estava esperando que Malika desaparecesse dessa forma? E agora??? Coitada da Mariam! Alguém sabe o que vai acontecer? Por que Hakim acha que ela é a irmã dela e a irmã dela desapareceu do mapa....

Falando em Malika... Alguém arrisca dizer o que houve? Ela fugiu? Foi sequestrada? Morreu? Quero ver as teorias shauhsuahsuah

Eu sei que para quem não estava esperando, deve ter sido um choque e tanto ver como a coitada da Mariam agora se meteu numa lascada maior ainda...

Mas as surpresas não acabam por aí! No próximo capítulo teremos o avião já pousado... E alguém arrisca o que vem por aí? (Fora a morte dela quando os pais descobrirem no que ela se meteu...) 

Estou ansiosa para ver as teorias e o que vocês acham que vai acontecer <3

Nos vemos no sábado que vem! Fiquem sempre alertas, vai que eu consigo dar um agrado e postar mais algum capítulo durante os dias de semana...

Ah, se possível, incentive que essa história alcance outras pessoas aqui no Wattpad e deixe uma estrelinha. Agradeço o amor <3

Bjinhoos

Diulia.

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