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Diretamente proporcionais são a dor e a força de lutar.


Capítulo 35:  Diretamente proporcionais são a dor e a força de lutar.

Nos sentamos no sofá, com Malika em um dos meus lados e Kadi no outro. Hakim e senhor Mustarf se sentaram nas outras duas poltronas que havia na sala e assim ficamos por alguns segundos até que o senhor Mustarf falasse:

— Malika veio me contar a verdade e eu realmente custei a acreditar que tivessem mentido assim para mim e, principalmente, para Hakim. — Ele começou. Malika baixou a cabeça, mas eu não fiz isso. Não tinha porque baixar a cabeça para o senhor Mustarf. Eu não me arrependia do que tinha feito para ajudar minha irmã. Talvez me arrependesse de não ter contado para Hakim antes de perder a confiança dele, mas olhando todo o quadro atual, isso realmente faria alguma diferença agora?

Não era como se Malika não tivesse boca e não fosse contar para o senhor Mustarf sobre a situação. Além disso, eu sabia como Hakim estava sobre as mãos do senhor Mustarf de certa maneira por conta de Kadi. Não é como se ele não fosse aceitar que o jogo mudasse se o pai dele ordenasse que assim fizesse. Era justamente o que eu pensava que acontecia naquele momento por ali.

— A irmã mais nova se casou no lugar da mais velha para salvá-la. E não haveria problema nenhum nisso, desde que eu não ficasse sabendo, como Malika me contou, que você não vem fazendo o seu dever como esposa como deveria. Assim, sua irmã é bem mais qualificada para isso. — Meus lábios se arquearam sem acreditar na desculpa que Mustarf contava.

— Que deveres como esposa que não cumpri? Não dei amor, carinho, não cuidei de Hakim e não fui a companhia que ele precisava sempre? Ser esposa não é ser a companheira nos momentos difíceis? — Ralhei sem conseguir ficar quieta diante de tamanhas mentiras e idiotices.

— Seu dever como esposa é muito mais do que isso. É alimentá-lo, é cuidar da casa integralmente, sem gastar seu tempo indo para uma faculdade e deixando as coisas pegando na casa. E, acima de tudo isso, seu dever como esposa é dar uma descendência prodigiosa para Hakim. Muitos filhos. Você acaso engravidou alguma vez nos últimos 4 meses, Mariam, ou está tomando remédio e se renegando ao seu papel de esposa de engravidar? — Era muita cara de pau mesmo que ele conseguisse dizer tudo o que dizia com a cara mais tranquila que podia esboçar no mundo.

Não era possível que existisse um homem tão terrível como Senhor Mustarf.

— Que ideia esdrúxula é essa de que a mulher mal se casa e já deve engravidar? Eu por acaso não posso ter outros sonhos a concretizar antes disso? — Eu nem sabia porque ainda continuava me defendendo, tentando me manter na posição de esposa de Hakim, quando nada ali parecia ao meu favor para isso.

— Não como esposa de Hakim. A esposa do meu filho deve saber muito bem o seu lugar e a sua função. Pelo visto, como Malika me disse e eu pude comprovar agora com seus argumentos, você não é a mulher perfeita para meu filho. Ainda bem que ele casou no papel com sua irmã. Precisamos agora apenas arrumar a bagunça que foi feita. Malika o servirá melhor e você poderá seguir os sonhos que tanto almejou para si. Entenda, ninguém está impedindo que você os siga. É um pequeno preço a pagar ter que deixar Hakim para isso. — Olhei para Hakim, mas ele não se atrevia a levantar o rosto. Os punhos estavam fechados e ele parecia fazer um grande esforço para se controlar.

Eu estava lutando por tudo sozinha e eu já não aguentava mais.

Sentindo que lágrimas queriam novamente escapar pelos meus olhos e ganhar minha face na frente de todos, tentei controlar minha voz enquanto perguntava:

— E o que o senhor tem a me dizer, afinal? Pelo visto, já tenho que sair daqui. Não sou mais bem vinda. — Mustarf cruzou as mãos e pareceu reflexivo antes de decidir falar:

— Sua irmã tomará o seu lugar, como você já entendeu, e você continuará a sua faculdade como Malika já te adiantou. Até que você viaje para o exterior e possa dar paz ao nosso casal, algumas coisas precisam ser acordadas entre nós. Primeiro, não tente entrar em contato com Hakim. Será vigiado até sua derradeira viagem e ele sabe as consequências que terá se te procurar. — Ele umedeceu os lábios antes de decidir continuar: — Segundo, também não poderás falar com seus pais até próximo da sua viagem e mandará uma mensagem para eles de que você e Malika se entenderam, apenas isso. Eles estão com a ideia de internar a sua irmã através de um médico que eles conhecem e eu não quero que chegue daqui a pouco por fofoca para o governo que a minha nora está fazendo tratamento médico.

— Não, você não pode estar falando sério que vai me proibir de ver meus pai...— Malika me interrompeu.

— É por pouco tempo. E é isso ou colocá-los em perigo e você sabe o que quero dizer com isso. — Olhei para Malika com os lábios arqueados e também muito indignada.

— Malika! Como você pode ser tão má e fazer essas coisas? Porque você se deixa levar por esse surto, meu Deus? Porque faz isso quando eu te amo muito, Lika? — Perguntei deveras em um sofrimento tão grande que eu não conseguia nem colocar em palavras.

Eu estava tendo renegada a chance de ser esposa de Hakim, de poder ter meus pais com quem falar nesse momento difícil, de até mesmo conseguir me prover, se quisesse mesmo seguir apenas com o meu sonho. Por que, Deus? Por que?

— Como sua irmã mesmo disse, é melhor que assim seja. Você já fez as coisas se complicarem demais com sua irmã quando vocês fingiram ser outra pessoa. — E achando que as coisas estavam por fim finalizadas, Mustarf se levantou e terminou de falar: — Seja uma menina boa e não coloque as pessoas em maus lençóis. Eu não serei caridoso e não hesitarei se precisar colocá-la na prisão para que as coisas sigam da maneira que estou te falando. — E eu não pude deixar de lembrar de papai que me falara como Mustarf seria alguém muito capaz, se assim quisesse, de imputar crime a uma pessoa que não tinha nada a ver com a história.

A situação não parecia ruim, já era péssima.

Senhor Mustarf abriu a porta para sair, mas lembrou que talvez fosse melhor me deixar ir embora antes e então virou-se novamente para mim e perguntou:

— Não estava indo embora? — Engolindo o meu orgulho e as lágrimas que ainda queriam insistir em descer pelo meu rosto, assenti.

— Vou me despedir deles antes de ir. — Ele assentiu.

Pegando Malika de surpresa, a abracei. Não porque ela merecia, muito longe disso, mas porque eu tinha ainda dentro de mim que tudo isso não passava de um surto que ela estava tendo e que ela precisava de tratamento.

Malika tentou me empurrar para longe dela, mas aguentando os pisões no pé e os braços que tentavam me empurrar para longe, murmurei em seu ouvido:

— Eu ainda acredito que você esteja em surto e que você me ama muito. Aquelas nossas promessas da infância na tâmara que temos em nosso quintal não se foram, eu tenho certeza. Elas só estão esquecidas na enorme ferida que você carrega consigo. Eu te esperarei se curar, Malika. — E a soltei antes que ficasse toda roxa.

Com raiva e com o rosto fechado de ódio, Malika ralhou:

— Eu te disse que mudei, não disse? Apenas me deixe em paz, Mah! — E eu voltei até Kadi para abraçá-la e me despedir. Kadi me abraçou com muita força e muito amor e pela forma como ela falava, era nítido como ela estava muito mais triste do que eu ao saber que eu e Hakim estávamos terminando.

— Eu te amo, Mah! E você é a minha melhor amiga para todo o sempre! — E eu senti que as lágrimas voltavam, mas apertei um lábio sobre o outro me controlando.

— Oh, Kadi. Eu te amo como se fosse minha irmã mais nova. Eu não quero que você nunca perca esse seu jeito único, carinhoso e gentil de ser, ok? Eu quero o seu melhor. — E voltamos a nos abraçar apertado.

Senti que Kadi aproveitava o abraço para me depositar na mão um objeto. Tentei não fazer nenhuma cara de que passasse desconfiança e Kadi veio me beijar no rosto, mas acabou aproveitando para soprar sussurrando:

— Vá com seu carro. Hakim. — E eu entendi o que ela queria dizer. Era um recado de Hakim, pois certamente seria muito mais difícil ele conseguir me entregar uma chave sem que toda a atenção estivesse voltada para ele.

Talvez por isso, tomada de sentimento e sabendo que aquele era a nossa despedida, não aguentei e abracei-o em seguida, sem dar tempo para que Malika e Mustarf piscassem e percebessem meu ato.

Eu não podia deixar que a nossa última despedida fosse no máximo um aperto de mãos. Não quando eu o amava tanto que transcendia qualquer raiva por saber que ele fazia isso por conta do pai dele.

Com minha cabeça sob o ombro de Hakim, permiti que as lágrimas que tanto lutavam dentro de mim para escapar, assim pudessem fazer. Hakim ficou sem jeito, mas acabou me abraçando também e eu comecei a chorar.

— Por favor, seja feliz. Guarde nossas lembranças na memória. É onde também guardarei as minhas. Um dia, Alá permitirá que nos encontremos novamente e eu aguardarei por toda a minha vida e depois dela também. — Hakim assentiu me mantendo ainda sobre o seu abraço.Malika acabou nos empurrando para nos distanciarmos. Funguei para segurar as lágrimas e acabei concordando com a cabeça. Ainda olhei para trás algumas vezes ao andar em direção do carro, mas apenas para manter a lembrança de Hakim, Kadi e Malika fortes na minha memória. Eu queria lembrar da nossa despedida, mesmo que eu fosse obrigada a fazer faculdade em outro país e nunca mais pudesse encontrá-los novamente.

Confesso que dirigi sentindo as lágrimas molhando todo o meu queixo e caindo na coxa. Eu não podia voltar para casa, pois Malika havia me proibido e eu queria preservar os meus pais para todo o sempre. Eu não tinha mais Hakim, meu porto seguro, e eu não tinha amigos com quem com...

Pisquei diversas vezes enquanto a lembrança nítida de Zey aparecia em minha cabeça. Talvez fosse uma inspiração dos anjos de Deus, era a única explicação. Zey era a pessoa mais amiga que eu poderia chamar de amiga.

Eu precisaria contar com ela e, por isso, liguei para o seu número, a fim de verificar se ela estaria em casa e se ela poderia me permitir dormir naquele dia na casa dela antes que eu simplesmente me despedaçasse ainda mais.

— É claro! Venha agora! É um espaço pequeno e Siao vem aqui alguns fins de semana, embora não esteja nesse, mas vou pedir que ele fique na casa de alguns amigos dele o tempo que você precisar ficar aqui.

E era tão bom ter amigos com quem contar, pensei comigo mesma.

Eu só podia agradecer a Deus por ter conhecido Zey que podia me oferecer um lugar para passar a noite.

***

Contar as coisas para Zey não foi a parte mais difícil. Contar por alto e não chorar durante o processo foi o maior desafio. Minha vontade era de deitar e não acordar mais para sempre.
Zey encheu a banheira dela com água quente para eu tomar banho e cozinhou para mim, tal como uma mãe faria para um filho que está doente. Com carinho, ela cuidou para que eu contasse as coisas quando quisesse e me fez dormir, pois isso melhoraria um pouco a sensação de vazio que o resto daquela noite me proporcionava.

No dia seguinte, de manhã, ela tentou me animar com o intuito de que as coisas não parecessem tão melancólicas como estavam para mim.

— Eu tenho uma amiga que trabalha como garçonete em um restaurante aqui. É um dos poucos restaurantes que dá preferência para mulheres que trabalham e estudam e precisam conciliar esse tipo de vida. Ao que sei, a chefe do restaurante é muito liberal e feminista e, com certeza, ela vai te ajudar e te arrumará um emprego. Assim, você vai conseguir continuar seus estudos. E não se preocupe, você pode morar aqui comigo, sem problemas. O espaço é pequeno, mas adaptamos ele bem. O importante é você não desistir do seu sonho. — Ela segurou as minhas mãos entre as dela. — Tudo o que precisar, estou aqui para te apoiar. Você não está sozinha nessa. — E talvez porque eu estava muito sensível, acabei por assentir e abraçar Zey em choro convulsivo.

Como proposto por Zey, não dei asas para que meus pensamentos ficassem tentando sofrer como acreditavam que tinham o direito de ficar. A vida não era fácil para ninguém e eu não me deixaria derrubar por uma adversidade que havia no meu caminho. Tal como José que havia sido vendido pelos irmãos como escravo e havia saído vitorioso como o homem de mais confiança do faraó, eu tinha muita certeza de que Deus me abençoaria na minha nova jornada.

Por que afinal, amar era também deixar que a pessoa que amávamos ficasse livre. Amar era querer que Hakim estivesse bem, mesmo que isso significasse que ele não estava comigo. Eu sabia que ele não seria muito feliz, pelo menos não por ora, por todo o sentimento que tínhamos um pelo outro, mas eu podia talvez acreditar nas palavras vãs de Malika e pensar que Hakim amaria qualquer pessoa que estivesse com ele...

— Você que é Mariam Yasu, da qual Baliam me falara? — Perguntou uma mulher que era mais jovem do que eu imaginara que seria a chefe do restaurante.

Eu já tinha comido naquele restaurante com Hakim. Era o restaurante de comida francesa, mas que servia comida brasileira nas sextas-feiras, ao que parecia porque havia um chefe que também era brasileiro no restaurante.

A mulher tinha os cabelos negros e alguns reflexos dourados nas pontas e a pele levemente bronzeada como a minha. Os olhos eram escuros como os meus, mas ela sorria de uma maneira tão decidida e confiante que eu só conseguia admirá-la.

— Sim, sou eu mesma. — Ela franziu o cenho.

— Você já comeu aqui? Acho que lembro de você no mural que temos de fotos de casal. — E ela era boa de memória pelo visto. Assenti.

— Sim, era eu e meu ex marido. — Murmurei sentindo toda a amargura da palavra ao me referir a Hakim dessa maneira.

— Esqueci de me apresentar. Me chamo Pâmela. — Ela se sentou ao meu lado, puxando uma cadeira para isso. — Você parece triste pelo término, mas não fique mal por isso, tudo bem? Você terá uma chance aqui de se reerguer e conseguirá ser tudo o que planejou ser na vida. Não se apegue ao fato de que um homem se afastou de você como se fosse o fim do mundo. Muitos outros poderão surgir. E o mais importante. Nunca perca a essência de ser quem você é. — E as palavras dela eram de um poder de persuasão difícil de não me atrair.

— Eu gostaria de trabalhar aqui se possível para continuar estudando. — E me interrompendo, Pâmela falou:

— Não se preocupe. Está contratada. Nossa folga costuma ser segunda, mas se houver necessidade, pode pedir por outro dia de folga e repor depois. Sabemos como é difícil conciliar uma vida trabalhando, estudando. No meu caso, sendo mãe... — Sorri diante da sinceridade de Pâmela.

— Isso é sério? — Perguntei e Pâmela sorriu de lado antes de assentir.

— Nosso restaurante costuma funcionar no almoço e no jantar. Fazemos turnos para isso. Como você deve estudar mais de manhã, trabalhará no período noturno. Mas não se preocupe, temos uma vã que leva todos os empregados para casa, pois sabemos que é perigoso sair para mulheres altas horas da noite e você não é a única mulher trabalhando aqui. Espero que se sinta bem com a família que aqui somos. Baliam te mostrará amanhã as outras meninas. — Concordei várias vezes, ainda sem acreditar.

— Muito obrigada, senhora Pâmela! Muito obrigada! — Ela sorriu.

— Não precisa agradecer querida Mariam. Apenas faça o que seu coração deseja e não se perca do caminho que quer trilhar. — E as palavras de Pâmela eram de amor tao grande que eu só conseguia assentir ainda mais com lágrimas nos olhos, aceitando que talvez Deus já previsse que o mal me atacaria, mas que ele tinha uma solução para cada tribulação no meu caminho.

***

Oi oi gente! Tudo bem com vocês??
Como está o coração de tristeza depois desse capítulo de matar o coração?

Pelo menos temos a Pam que veio da história de Acordo Perfeito para dar uma forcinha para nossa querida Mah 😍

Para quem não conhece, a Pam é de uma outra história minha chamada O acordo perfeito (quem não leu pode entrar na plataforma Hinovel e ler por lá! Garanto que vai gostar bastante e se divertir muito com a Pam e o Ham!!)

Se maldade foi algo que vimos muito por aqui para nossa querida Mah... Aguardem mais um pouco, pois a cota, infelizmente, ainda não acabou.

A boa notícia é que a história está se encaminhando para o fim e tão logo teremos a resolução desse pesadelo!

Obrigada a todos!
Nos vemos amanhã :)
Bjinhos
Diulia.

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