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capítulo 1

Entrei no meu antigo quarto com alívio no coração. Sentia-me segura. Apesar do medo instalado dentro de mim, a proteção física se encontrava garantida.

Toquei os móveis. Portas retratos. Abri gavetas. Tudo estava do mesmo jeito que deixei. Parece que sai pela manhã e voltei depois que o sol se pôs.

Quem me dera... Sorri triste e sequei uma lágrima que seguiu solitária por minha face.

Abri a porta do banheiro e os meus anjinhos de porcelanas distribuídos na prateleira pareciam sorrir. Parece que foi outro dia que peguei gosto por anjos e comecei a colecionar. Em cada lugar, - cidade, loja - procurava por modelos diferentes, ou até parecido com os meus. E sempre saia com um novo anjo, feliz por aumentar minha coleção. Tempo bom... A alegria em um pequeno objeto.

Olhei no espelho e não me reconheci.

- Aonde eu me perdi? - perguntei-me num fio de voz.

Uma voz na minha mente gritou: "Quando não escutou ninguém e seguiu seu coração.".

É. Foi ali. O começo.

Apoiei na pia e abri a torneira, deixei a água correr pelas minhas mãos. Molhei o rosto. Voltei à imagem que refletia para mim.

- Cadê a felicidade que sempre tive nos olhos?

Fechei-os.

Respirei fundo e pensei no meu filho. Por ele eu precisava ser forte e fazer o caminho de volta. O primeiro passo já tinha dado. Assumi meus erros e escolhas erradas. Pedi a meus pais para voltar. Agora era seguir. Como?

Não sei.

Vou descobrir.

Voltei ao quarto e sentei na cama. Deitei, fechei os olhos e fiz uma promessa: - Nunca mais, ninguém, irá colocar as mãos em mim. Nunca mais irei permitir ser violentada. Seja na forma física ou verbal.

Acordei com um susto.

Felipe entrou correndo no quarto com mamãe no seu encalço.

- Mamãe!!!

- Que susto, filho! - exclamei sentando rápido.

- Falei que sua mãe descansava - reclamou ela.

- Mamãe, por que está cansada? Não fez nada hoje.

Olhei minha mãe esperando que ela tivesse uma boa resposta, e como não veio nada, falei:

- Porque passei a noite pensando e não dormi.

- Você é estranha. Pensar tem que ser durante o dia acordada. A noite foi feita para dormir. - explicou meu pequeno professor.

- Verdade. Você está certíssimo! Mas como você fala muito durante o dia eu precisei pensar de noite.

- Ora... - ficou pensativo - Devia ter me falado. Eu sei ficar calado. Muito difícil. Mas se pedisse eu ficava.

- Obrigada, meu amor. Eu sei, apenas não quis te pedir. E sabe por quê? Adoro você falando também. - beijei sua bochecha rosada - É que eu precisava pensar muito.

- É por causa do Ivan né? Ele não é um cara legal. Nem de pai eu podia chamar que ele gritava. Foi muito legal voltar aqui para nossa casa.

- Olha aqui para mim, Fê - voltei seu rosto em minha direção - nunca mais vou permitir que seu pai grite com você. Está escutando?

- Como? E se você não estiver por perto?

- Vou sempre estar por perto. Prometo.

- Nós não vamos voltar para casa dele não é mesmo?

- Não! Vamos ficar aqui na casa da vovó e do vovô - de onde não devíamos ter saído, pensei - por um tempo, até termos uma casa somente nossa. Tudo bem?

- E o Ivan?

Olhei para minha mãe.

- Seu pai, o Ivan, vai ficar um pouco longe. Depois vamos ver como ficam as coisas.

- Não quero ficar com ele, porque - falou triste - porque... Porque...

- Pode falar meu bem - minha mãe entrou na conversa pela primeira vez.

- Porque ele grita e fala coisas feias.

Entreolhamo-nos.

- Vovó não permitirá mais isto. Você e sua mãe estão protegidos aqui.

- Sem gritos?

- Sem gritos - ela garantiu.

- Queria ser grande e cuidar da mamãe. Não deixar que ele faça coisas feias - abaixou a cabeça e completou - ele acha que a culpa foi minha de ter ido morar com vocês.

Oh meu Deus... Meu filho passando por essas coisas, tão novo e já presenciou a violência dentro de casa. Parecia um mocinho falando. E meu coração doeu em perceber que ele sabia o que se passava entre mim e seu pai.

A quem eu queria enganar? Ele é inteligente, muito por sinal. Claro que notou quando as coisas mudaram. Quando foi isto? Nem eu sabia.

Líris, Líris... Aquela mesma voz.

Ele sempre foi violento. A diferença é que antes o arrependimento vinha rápido e com excesso de carinho.

- Fê. Preste atenção. Nunca foi culpa sua. Entendeu? - ele me olhou nos olhos e afirmou com a cabeça - Quem tomou atitudes erradas fui eu, não foi sua presença que o fez mudar.

- Ele bateu em você... - suas palavras eram quase um sussurro - Você e o vovô sempre disseram que quem bate perde a razão.

- Perde mesmo! Por isto estamos de volta aqui. Seu pai sempre teve reações agressivas, eu que demorei aceitar. - passei as mãos no cabelo - Vamos mudar de assunto?

- Tudo bem... - falou deitando na cama como se tivesse derrotado.

- Filho, nós vamos seguir nossa vida e com o tempo esquecer tudo de ruim. Apenas lembranças boas. Combinado?

- Combinado.

- Toca aqui companheiro! - pedi levantando minha mão para selar nosso compromisso.

Ele levantou a dele tocando na minha mão, fizemos nosso ritual. Batíamos com a mão em forma de soco, seguida de dois tapinhas - um de palma e um de costa da mão. Depois os dedos se mexiam e se afastavam.

- Nossa!! Quero aprender isto - falou mamãe.

- Ah vovó, vamos criar um especial nosso?

- Combinado!

E de repente ele estava com o sorriso no rosto e pulou da cama. Outra criança.

- Mamãe precisa descansar, vamos? - olhou para minha mãe - Preciso ensinar o vovô a usar o controle remoto. - saindo do quarto ele voltou - Mamãe! Sabia que ele não sabe gravar programas?

- Tenho certeza que sim.

- Já falei para ele que tem que ler a embalagem da caixa.

Somente sorri. Já podia imaginar. Meu pai sempre comprou produtos além da sua capacidade de entender o seu funcionamento. O Felipe estava certo, ele nunca lia o manual de instrução e depois quando não conseguia usar, pedia ajuda. Meu filho neste ponto sempre foi diferente. Pegava um brinquedo novo, sentava com o manual e pedia para ler. Ele dizia que era a "bula" dos brinquedos.

Felipe sempre foi muito inteligente. Acima da média de qualquer criança da sua idade. Falava de tudo com pouco mais de um ano e aos dois a sua pronuncia era correta, igual ou melhor que uma criança de uns cinco anos. Sua esperteza às vezes me assustava. E, por outro lado, ele era meu porto seguro. Aquele por quem eu não desistiria de tentar começar de novo. Uma vida totalmente nova.

Deitei minha cabeça no travesseiro e os pensamentos vieram como chuva grossa em fim de tarde.

💜💙💜💙💙💚💜💚💚💜💙

Oi, meus amores,
Começar um novo livro é sempre motivo de alegria. E hoje mais especial por ser meu aniversário. Se quero um presente? Sim. Uma estrelinha neste capítulo. E convide um amiga para ler também.
Essa história vem trazer um tema delicado, mas que está presente em muitos lares: gravidez na adolescência e violência domestica.

Mas vai trazer também muito amor. Amor de mãe e filho. Filho e mãe. Família no geral. Mostrar que o centro de tudo é o amor e a família.

Sem a família para ter este recomeço a Liris não conseguiria, ou seria mais difícil.

Novo começo.

E o surgimento de novas possibilidades.

De um amar diferente.

Amor zeloso e cuidadoso.

Quer saber mais?

Continue aqui, votando, comentando e pedindo capitulo.

Sou um amor de pessoa.

Beijos modestamente meu.

Um agradecimento especial a @Janahlvs e a @cristianebroca por serem as minha betas. É a primeira vez que tenho uma, ou melhor, duas! Obrigada minhas lindas amigas vocês moram no meu coração.

Beijo no 💓
Lena Rossi
💜💙💜💙💙💚💜💚💚💜💙

Se você conhece alguém que sofre de violência doméstica, não seja omisso, denuncie.
Sua identidade fica totalmente em sigilo.
Disque 180

💜💙💜💙💙💚💜💚💚💜💙

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