Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

72-Laços inquebráveis

O silêncio dentro do veículo era quase insuportável, quebrado apenas pelas respirações pesadas do alfa ao guiar o veículo e os suspiros aflitos do ômega vindos do banco do carona. As lembranças da audiência com a assistente social pareciam se repetir como um filme incessante na mente de ambos, criando uma tensão constante que os acompanhou até estacionarem em frente ao prédio onde Yoongi vivia com Hoseok.

Ainda dentro do carro, suas mãos se entrelaçavam, uma tentativa frágil de apoio mútuo. No entanto, o peso do cansaço e da preocupação os impedia de trocarem olhares. Jungkook foi o primeiro a soltar a mão do namorado, abraçando a bolsa contra o peito como se fosse uma armadura contra as emoções que ameaçavam transbordar. Ele não queria parecer fraco, mas sua mente ecoava a exaustão de lutar por algo que, no fundo, sentia que nunca deveria ter sido contestado: a guarda de seu próprio filho.

Por tanto tempo, ele se apoiou no amor incondicional de Yoon-Suk, usando-o como combustível para seguir em frente, firme e resiliente. Agora, ele tentava reunir forças no mesmo amor, mas a sensação de derrota parecia esmagadora. Mesmo com as palavras encorajadoras de seu pai e advogado, Kim Namjoon — que assegura que a audiência havia sido positiva e que as evidências de abandono paternal de Junwoo eram mais do que suficientes para barrar qualquer chance de guarda compartilhada —, mas o medo de perder seu filhote nublava seus pensamentos.

Estou com pressentimento ruim e por mais que tente, não consigo me livrar dele — pensou apertando a bolsa contra o peito, Jungkook soltou um último suspiro quase inaudível antes de se livrar do cinto de segurança. Odiando aquela sensação ruim que o diminuía a cada segundo o sufocando, ele virou-se levemente para o alfa, sua voz baixa e hesitante erguendo o olhar para encontrar o dele:

— Vou passar um tempo com o Yoongi. Faz tempo que não conversamos, e eu… quero saber como ele está.

Jimin o observou por um instante, sua expressão suave, mas o olhar transbordava amor e compreensão. Apesar da tensão que pairava como uma nuvem densa ao seu redor, ele sabia que não precisava de mais nenhuma palavra do ômega para entender: Jungkook buscava, e precisava, de um momento sozinho. Um tempo para absorver tudo o que havia acontecido e reunir forças para o que estava por vir. É compreensível.

— Tudo bem, amor. — falou, com a voz tão baixa e delicada que parecia um sopro. — Tenho certeza que um tempo com Yoongi te fará muito bem.

Jungkook assentiu, abaixando o olhar novamente e limpou o suor nas palmas das mãos na calça, na região das coxas. Apesar que seu alfa entenda e compreenda a sua dor trazendo uma sensação de alívio, isso também trás a si um pouco de culpa. O ômega deveria prezar pela união dos dois, mas, ao invés disso, está  afastando Jimin e isso só reforça a ideia em sua cabeça que Junwoo sempre consegue o que quer, de um jeito ou de outro. Precisava reverter essa situação o quanto antes, mas também precisava de um espaço para organizar os próprios sentimentos.

O movimento das mãos do rapaz trouxe algo à visão do médico, e ele não conseguiu desviar. Seus olhos foram atraídos para a marca vermelha na pele do braço do seu ômega — uma lembrança vívida e cruel da recente agressão sofrida. O seu sangue ferveu, a raiva subindo como lava borbulhante prestes a transbordar. Dentro dele, seu lobo, Lucky, rugiu ferozmente, a revolta pulsando tão forte em seus ouvidos, deixando a sua audição aguçada o suficiente para ouvir o latejar frenético do seu próprio coração dentro da caixa torácica. Por um momento, ele teve certeza de que o namorado havia escutado também.

O desejo de proteger, de se vingar daquele que ousou machucar quem tanto ama, tomou conta dele. Ele conhece muito bem esse sentimento e as consequências que ele pode trazer.

Os seus instintos batem à porta. Não como um toque suave de quem estava ali para uma visita amigável, longe disso…é como um soco no estômago que rouba todo seu ar, como furacão que arrasta tudo pelo caminho se alimentando do caos que ele mesmo causou, como um tsunami que se levanta em silêncio e quando se choca ao chão causa um estrago irreparável.

Lucky tomava o controle, pronto para defender o que era seu, seus olhos se acenderam como faíscas. Jimin cerrou os punhos apertando o volante em torno seus dedos pequenos mas que traziam uma força que um dia julgou ser desconhecida, sentindo cada veia do seu corpo saltar com seu sangue correndo em uma velocidade inimaginável. Uma fina camada de suor surgia em sua face avermelhada e o seu aroma se espalhou como pólvora no ar, difícil de conter embora o lúpus seguisse lutando para conter o caos que rugia em seu interior era tarde demais para isso, a tempestade que se formava dentro de si não parecia ter intenção de ceder.

“Deixe sair — rosnou o lobo. — Você sabe que precisa. É impossível continuar lutando por tanto tempo.”

Jimin ignorou o clamor de seu lobo, embora a intensidade dos sentimentos aumentasse gradativamente, não poderia arriscar afetar Jungkook. O seu ômega já estava passando por muita coisa, lidar com sua ira é uma responsabilidade que só corresponde a ele.

— Você sabe onde me encontrar, caso precise. — As palavras saíram firmes, mesmo com ele mantendo seus olhos longe da figura frágil do ômega, temendo que sua raiva pudesse transbordar.

— Tchau. — A resposta veio curta e um tanto fria demais, o rapaz abriu a porta do carro e saiu sem olhar para trás.

Park o observou caminhar até o prédio, os ombros curvados, cada passo mais lento que o anterior. Quando Jungkook desapareceu pelas portas do edifício, o alfa soltou um longo suspiro, apertando o volante com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. Ele sabia que precisava se controlar, mas algo dentro dele dizia que sua paciência e contenção estavam chegando ao limite. Buscando o seu celular no bolso da calça social, ele deslizou os indicadores com agilidade buscando o primeiro contato que veio em sua mente e discou o número levando o celular ao ouvido enquanto dava partida no veículo e saia.

— Alô, Bin. Você tem algum contato quente na polícia? Preciso localizar uma pessoa.

[•••]

Taehyung estava atrasado, mas não se importava em perder mais alguns minutos beijando a boca de Yoongi com uma paixão alucinada. Suas mãos grandes seguravam firmemente a cintura magra do ômega de cabelos esverdeados, puxando-o para mais perto, enquanto Yoongi mantinha os dedos longos e finos enroscados nos fios macios na base da nuca do médico. Ele fazia pressão contrária desfazendo qualquer distância entre seus corpos.

Os olhos permaneciam fechados, e as línguas se tocavam com avidez e desejo, explorando cada canto em uma sincronia que os fazia esquecer o mundo ao redor. Quando os lábios finalmente se separaram em busca de ar, um curto instante se passou antes que voltassem a se encontrar com mais intensidade. O beijo aprofundou novamente, roubando o ar que mal tiveram tempo de recuperar, até que ambos, obrigados pela falta de fôlego, se afastaram em selos demorados e ofegantes.

— Eu preciso ir, baby — murmurou com a voz rouca enquanto abria os olhos para encontrar os pequenos olhos semicerrados de Yoongi, agora com um semblante irritado. — Yoon, eu realmente preciso trabalhar. Você mesmo disse que o…

— O que está acontecendo aqui? 

A voz de Jungkook cortou o silêncio do corredor como uma lâmina afiada. O timbre melodioso, que costumava confortar, agora era áspero, carregado de incredulidade e raiva. Ele estava parado a poucos passos deles, o corpo tenso, como se estivesse ancorado ao chão pelo peso da cena que testemunhava. Seus olhos, arregalados, oscilavam entre Yoongi e Taehyung, enquanto suas mãos tremiam levemente ao lado do corpo. A respiração entrecortada traía a luta interna: a surpresa o congelava, mas a raiva fervia em suas veias. 

Seu cunhado. Seu melhor amigo. Traindo o irmão dele, ali mesmo, na porta do apartamento que deveria ser um santuário do casamento. A mente de Jungkook girava em círculos, procurando uma explicação que não existia. Sua mandíbula se contraiu antes de soltar a acusação em um grito que reverberou pelo corredor. 

— É isso mesmo que eu estou vendo, Yoongi? Você estava beijando esse cara?! 

Yoongi congelou, como se o som o tivesse atingido como uma onda. Seus olhos se arregalaram, e um rubor intenso se espalhou por suas bochechas. O coração dele batia com tanta força que parecia querer escapar do peito. Ele abriu a boca para responder, mas nenhuma palavra veio. Em vez disso, seus dedos começaram a brincar nervosamente com a barra da camisa, como se o tecido pudesse absorver a culpa que o consumia. 

— Jungkook, eu… 

A tentativa de falar foi interrompida por Taehyung, que soltou um suspiro baixo, as sobrancelhas arqueadas em um misto de irritação e nervosismo. 

— Eu bem que tentei avisar. 

O comentário casual do Kim só inflamou ainda mais o ambiente. 

— Merda. — Resmungou Yoongi, baixinho, afastando o outro ômega com um toque hesitante, quase delicado, mas que não conseguiu disfarçar a urgência de separá-los. O cheiro adocicado de morango do perfume de Taehyung ainda pairava no ar, misturando-se ao aroma fresco de menta, tornando o momento ainda mais sufocante. Ele ergueu as mãos em um gesto quase desesperado enquanto tentava justificar: — Kookie, eu posso explicar… Por favor, me escuta. 

— Ah, mas você vai explicar mesmo. 

Um rosnado baixo saiu pela garganta do rosado, ele avançou com passos apressados, os ombros curvados pela fúria. Sem pensar, empurrou Taehyung contra a parede, o impacto fazendo o ranger sob a força, sua antipatia pelo outro falava mais alto outra vez e desta vez Jimin não estaria ali para impedir que Jungkook arrancasse os olhos do azulado com seus próprios dentes.  Ele agarrou a gola da camisa do médico puxando com força enquanto o encarava ferozmente, bufando.

— É melhor eu ir para que vocês possam conversar. — O médico levantou as mãos em um gesto de rendição, com os olhos arregalados encarando o ômega à sua frente sua voz baixa e hesitante, tentando desarmar a situação. 

Mas Jungkook não desviou o olhar, pelo contrário, ele parece ainda mais determinado. O ar ficou denso no instante em que ele ergueu a voz mais uma vez, cortante e carregada de rancor. 

— Você não passa de um oferecido. — Ele cuspiu as palavras, cada sílaba penetrando fundo no orgulho de outro ômega. — Primeiro o Jimin, e agora o Yoongi? Você não sabe o que é respeito. 

— Hey, calma, Kookie, por favor. — Ele tentou intervir, erguendo a mão na direção do amigo, mas Jungkook sequer o olhou. Sua atenção estava completamente focada em Taehyung, como se mais ninguém estivesse ali. 

— Eu vou te mostrar agora mesmo o que é respeito. — O tom de voz grave do ômega fazia o corredor inteiro parecer menor e o ar mais pesado. 

Com o peito subindo e descendo em respirações rápidas, Jungkook deu um passo à frente e agarrou a camisa de Taehyung, puxando-o com tanta força que o tecido cede, rasgando-se como papel. O barulho seco do tecido se partiu e ecoou, e o Kim arregalou os olhos, surpreso com a intensidade do outro. 

O olhar de Jungkook era feroz, predatório, como um animal encurralado prestes a atacar. Por um momento, ninguém se moveu. Yoongi, paralisado pelo medo, assistia ao amigo, incrédulo. Nunca, em todos os anos de amizade, tinha visto o melhor amigo tão furioso, tão descontrolado. 

O Kim, apesar do impacto, manteve-se imóvel olhando para o garoto, o sorriso que sempre carregava completamente apagado mas não demonstrou medo. Yoongi, por sua vez, entrou em pânico, vendo a situação se descontrolar rapidamente para um cenário que não estava familiarizado. Ele não reconhece o próprio amigo quando Jeon deixa o ciúmes o dominar. É assustador e muito perigoso.

Percebendo o perigo iminente, Yoongi agiu. Sem pensar duas vezes, lançou-se entre os dois, empurrando o amigo para trás com força suficiente para criar uma distância segura. 

— Para com isso, Kookie! — Ele gritou, a voz tremendo, mas firme. — Entra agora, e eu te explico tudo, por favor! 

Jeon hesitou, respirando com dificuldade enquanto o olhar ainda queimava no azulado. Taehyung, com sua ousadia característica, lançou um beijo no ar. O gesto aparentemente despreocupado fez o sangue de Jungkook ferver ainda mais. Como ele podia ser tão insolente em um momento tão carregado de tensão? A mandíbula do ômega se contraiu, e ele deu um passo à frente, como se a audácia do azulado o puxasse como um imã. 

O Kim não disse uma palavra, apenas observava, quando finalmente, o rosado deu um passo para trás, os punhos ainda cerrados ao lado do corpo. Ele lançou um último olhar de desprezo para Taehyung antes de seguir para dentro do apartamento, sem dizer mais nada. 

— Depois eu te ligo — sussurrou o Min dando as costas para o ômega e entrando no apartamento fechando a porta atrás de si.

Ele suspirou profundamente movendo-se a passos lentos do hall de entrada até a sala onde o amigo estava, o suor escorria frio em suas têmporas e  seus olhos se desviavam do rosto de Jungkook automaticamente quando o viu novamente, fixando-se ora no chão, ora em qualquer objeto na sala, como se buscassem uma saída que não existia. O olhar de reprovação vindo do seu melhor amigo, fazia a culpa queimam como brasas em seu peito, ele não sabia por onde começar e quando enfim viu um resquício de coragem se acender Yoongi levantou os olhos, encontrando os do  cunhado já posicionado no centro da sala com os braços cruzados, a expressão severa, aguardando visualmente impaciente. 

— Kookie, muitas coisas aconteceram em tão pouco tempo. — Ele começou com a voz embargada. — Mas, eu juro que não estou traindo o seu irmão. 

— Não? — O Kim soltou uma risada sarcástica, inclinando levemente a cabeça para o lado, como se achasse aquilo uma piada de mau gosto. — Você jura que não? Então você tropeçou e caiu acidentalmente com a língua enfiada na boca daquele... daquele... justo ele? 

Era tão absurdo que parecia irreal. Aquele definitivamente não parecia ser o Min que ele conhecia desde os tempos de escola. Sempre diferente dos outros ômegas, Yoongi carregava um estilo rebelde, quieto, na dele, observador. Era quase impenetrável, a menos que se sentisse confortável o suficiente para se abrir, e foi justamente isso que os uniu na adolescência. Apesar das personalidades distintas, eles se sentiam bem na companhia um do outro, abraçando suas diferenças e construindo uma amizade sólida. 

Ou, pelo menos, era o que Jungkook pensava. 

A imagem do que havia presenciado mais cedo permanecia viva em sua mente, congelada, como um soco em seu estômago. Raiva, ciúme, repulsa... Sentimentos misturados que o deixavam confuso e nauseado. 

Yoongi respirou fundo, buscando organizar as palavras. Precisava resolver aquele "problemão" no qual havia se enfiado. Se tivesse contado tudo antes, talvez não estivesse nessa situação. Mas agora já era tarde e só restava implorar para que o melhor amigo ouvisse a sua versão dos fatos.

— Kookie, por favor, me deixe explicar desde o início. Você me conhece há anos. Sabe que eu nunca faria nada para machucar o Hoseok. Eu amo meu marido. Por favor, sente-se e vamos conversar. 

Jungkook hesitou, cruzando os braços em postura defensiva. Após alguns segundos de silêncio, ele bufou e caminhou até o sofá, sentando-se de frente para o amigo. Seu olhar era fixo, como se analisasse cada expressão e gesto do outro, procurando por qualquer sinal de mentira. 

O jovem ômega de cabelos esverdeados respirou fundo novamente, tentando se manter calmo concentrando-se para esclarecer as dúvidas do seu melhor amigo e cunhado, tomou o assento ao lado dele no sofá.

— Kookie, eu conheci o Tae na mesma época que você conheceu o Park. Desde o início, senti uma atração inexplicável por ele. Achei que fosse algo passageiro, mas... você lembra quando fiquei doente há algum tempo? 

— Sim. — Ele assentiu, lembrando-se de como Hoseok e até mesmo Yoongi havia contado sobre o episódio na época. 

—  Eu estava me sentindo sozinho, perdido. Sempre sonhei em ser pai e dar o carinho que nunca tive do meu para um filhote e desde que eu esbarrei a primeira vez no Tae, esse sentimento de vazio, incompletude que carrego dentro de mim há muito tempo só aumentou.  Eu tentei lutar contra isso, eu juro mas…— Ele parou por um momento, encarando o chão, no entanto sua voz saiu novamente tornando-se mais urgente, enquanto lágrimas surgiam em seus olhos miúdos: — Eu fiquei doente. Hoseok teria que comparecer a uma reunião importante. Não queria que ele perdesse algo importante por minha causa. Achei que fosse um resfriado, mas era algo emocional. Eu estava dividido entre seu irmão e o Tae. Naquele dia... eu piorei muito. Por acaso, o Tae apareceu aqui. Ele me viu mal e cuidou de mim. Naquele momento, eu soube. Eu precisava dele da mesma forma que precisava do Hoseok. 

— Espera, você está me falando que o meu irmão está ciente de toda essa situação? — Estreitou os olhos, ainda absorvendo cada palavra com dificuldade.

— De alguma forma, Hoseok percebeu o que estava acontecendo. Acho que estava claro que apesar de almas gêmeas ainda restava um vazio, algo a ser preenchido e depois que melhorei, conversamos mais abertamente sobre o assunto, até pensei que ele fosse me deixar. Mas ele aceitou. Disse que, se estar com o Tae me fazia sentir completo, ele queria tentar também. 

Jungkook arregalou os olhos, a boca formando um perfeito "O". Ele recostou-se no sofá, levando as mãos à nuca e fixando o olhar no teto. Ficou assim por alguns minutos, em silêncio absoluto, enquanto Yoongi observava-o, esperando qualquer reação. Negativa ou quem sabe positiva, não sabia exatamente o que esperar do amigo e não poderia culpá-lo por qualquer tipo de reação que fosse.

— Então... — Ele soltou um longo suspiro quebrando o silêncio entre eles no momento seguinte, mexendo com as próprias mãos de forma ansiosa. — Você está me dizendo que meu irmão, o Hoseok, o ser mais ciumento e possessivo que conheço, depois de mim, aceitou dividir você com o Taehyung sem nenhuma objeção? 

— Eu sei como isso soa, Kookie. — Min levantou os olhos hesitantes, parecendo pequeno e vulnerável enquanto falava e gesticulava vagarosamente com as mãos. — Mas, sim conversamos  sobre o Taehyung e Hoseok disse que a minha felicidade é importante para ele, mesmo que isso significasse me dividir com outra pessoa. 

— Não acredito que irmão aceitou isso. — Balançou a cabeça fazendo inúmeras caretas levando o amigo a rir fraco. — Isso é tão... surreal. 

— Eu também pensei isso no começo. Mas, com o tempo, percebi que Hoseok e Taehyung podem me completar de uma maneira que eu nunca imaginei.  

— Eu jamais aceitaria uma coisa assim. O Jimin que não me venha com essa, porque eu arranco a pele dele e faço um tapete! Ainda mais com tantos caras por aí... Nah, tinha que ser logo o Taehyung? 

— Ei, não fale assim do meu namorado! Ele é lindo. — Respondeu com um sorriso maroto, rindo aliviado pela mudança no tom do amigo. 

— Ugr —  fez uma careta de nojo, mas logo começou a rir, balançando a cabeça. Lentamente, ele ergueu o tronco e encarou o amigo questionando: — Você e o meu irmão... estão felizes com essa decisão? Tipo, você está mesmo bem em dividir seu alfa com outro ômega? 

— Mais do que nunca. Taehyung é incrível, e, acredite ou não, até o Hoseok gosta dele. Estamos nos adaptando

— Deus, eu não sei como processar isso. É muita informação de uma vez. 

— Eu sei, e não espero que você entenda tudo de imediato. Só... por favor, acredite em mim. Eu nunca faria nada para magoar o Hobi. 

Jungkook respirou fundo pela milésima vez analisando o amigo antes de finalmente falar:  —  Eu não vou mentir, isso é estranho pra mim. Isso não entra facilmente na minha mente ciumenta, mas, fico feliz que estejam completos e felizes, Yoon.  E me desculpa por ter chegado daquele jeito. Por ter gritado com você e com aquele azulado metido, mas você sabe como eu sou... como a Luna é. 

— Tudo bem Kookie, eu entendo. —  Min sorriu ameno, estendendo a mão para segurar a do amigo e beijá-la em um gesto de carinho. — Sei que você só estava defendendo o seu irmão. No seu lugar também faria o mesmo. 

— Na verdade, estava defendendo você também. Porque te amo, como melhor amigo e irmão. Você é muito importante para mim, Yoon. Desde o fundamental você esteve comigo nos momentos felizes e ruins. Ficou ao meu lado até mesmo quando eu estava errado nas minhas atitudes. E me acompanhou na pior fase da minha vida, quando o Junwoo me deixou com um filhote na barriga. Você foi comigo às consultas, psicólogo, exames, pré-natal, ultrassom... era tanta coisa para lidar sozinho, mas você esteve sempre comigo e o seu carinho meu deu forças.

O Min poderia até ficar ouvindo aquela conversa sentimental por mais tempo, mas, em vez disso, preferiu pular em cima do amigo, abraçando-o com toda a força que seus braços permitiam. 

Jungkook, por sua vez, suspirou aliviado, sentindo toda a tensão se dissipar enquanto se concentrava no calor reconfortante do abraço do melhor amigo. Ele se deitou no sofá, levantando as pernas sobre o estofado e puxando o ômega para junto de si. Por ser menor e mais leve, Yoongi se acomodou facilmente, deitando de barriga para baixo com a cabeça no ombro de Jungkook. Fechando os olhos, rodeou os braços ao redor do tronco do rosado, que, por sua vez, envolveu o corpo magro do amigo e deixou um beijo suave no topo de sua testa. 

— Saiba que eu faria tudo de novo por você, Kookie — sussurrou como se confessasse um segredo. Sua voz estava embalada pelo conforto e carinho daquele momento. — Você é como um irmão que eu nunca tive. 

— Você também é como um irmão para mim, Yoon. Prometo que vou tentar ser menos ciumento e, quem sabe, engolir aquele ômegazinho. — Revirou os olhos, rindo. 

— Algo me diz que você não vai conseguir, Kookie. — Riu provocando-o. — Mas tá tudo bem. Eu amo você também. 


Olá meus amores 😚 quanto tempo não é?

Peço desculpas pela demora. Muita coisa aconteceu. Meu esposo ficou doente, alguns coisas na família ocorreram com tudo veio o fim do ano e esses feriados me fizeram trabalhar o dobro.

Bom, espero que vcs tenham passado um fim de ano maravilhoso e abençoado. Farei o possível para concluir a nossa história.

Então até breve 😚❤️

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro