Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

50-Nervos a flor da pele(?)

Jimin entrou na sala e fechou a porta com força, todo o peso e exaustão do dia recaindo sobre seus ombros. Ele caminhou até sua mesa, cambaleando, e segurou-se na borda para não cair. Suas pernas pareciam não obedecê-lo mais, seus olhos ardiam e sua cabeça latejava. Sua respiração estava acelerada e seu peito se apertava cada vez mais.

O alfa quis gritar, mas tudo o que conseguiu fazer foi chorar baixinho enquanto seus pulmões levavam todo o seu ar e, consequentemente, suas forças. Taehyung entrou na sala e, ao ver o amigo naquele estado, correu até ele e o abraçou por trás. Rodeando seus braços em volta da cintura de Jimin, o ômega repousou o queixo em seu ombro e sussurrou em seu ouvido:

— Estou aqui. Pode chorar.

Não era a primeira vez que Jimin tinha uma crise de ansiedade como aquela. No entanto, Taehyung sabia muito bem como acalmar seu melhor amigo. Ele sabia que tudo o que o alfa precisava era descarregar toda a sua angústia em lágrimas enquanto se sentia protegido e seguro de qualquer julgamento.

Em sua época de residente em medicina, Jimin foi socorrista por um tempo. Estar na linha de frente não é uma tarefa fácil. Desde muito jovem, ele deu o seu melhor para salvar muitas vidas. No entanto, infelizmente, nem sempre é possível salvar a todos.

Depois de um tempo lidando com a vida e a morte, os profissionais da saúde acabam ficando "acostumados". Na verdade, "anestesiados" seria a palavra mais correta. Entretanto, por mais que não deixem transparecer para seus pacientes, ainda têm um coração batendo no peito e o equilíbrio entre corpo e mente precisa ser mantido.

Nesse aspecto, Jimin sempre conseguiu ter um bom controle. Mas com o passar dos anos, desenvolveu uma crise de ansiedade muito forte, que há cerca de um ano aparece de tempos em tempos para atormentá-lo como um fantasma. Ele conheceu Taehyung nessa época e, desde então, o amigo vem ajudando como pode. Jimin demorou muito tempo para procurar ajuda, o que piorou o seu quadro.

— Respira com calma, Ji. — Murmurou o ômega, com suas mãos massageando o ombro tenso do amigo trazendo um leve alívio. — Posso ouvir seu coração batendo daqui. Isso não é bom, você sabe, pode ser infarto.

Jimin soltou uma risada abafada virando de frente, encarando o amigo: — Será mesmo? — perguntou o alfa, com a voz carregada de sarcasmo.

— Você não precisa ser forte o tempo todo, Ji. Já falou com o doutor Cha Eun Woo sobre suas crises? — A preocupação tingia cada palavra do ômega, e sua expressão intensa se via nítida.

Park desviou o olhar, um suspiro pesado rompendo a barreira de sua compostura. — Ainda não — confessou, sua voz saiu mais baixa. — Mas eu vou. Já marquei duas consultas para a próxima semana.

— Promete?

— Sim, prometo. —  sussurrou sorrindo levemente com toda angústia e tensão se esvaindo do seu corpo deixando apenas o cansaço em evidência. — Obrigado, Tae. — Agradeceu erguendo a mão a altura do pescoço do amigo, acariciando aquele ponto sem deixar de olhar em seus olhos.

— Obrigado nada. Você me deve um beijo. — Exigiu o ômega sorrindo travesso, quebrando a tensão.

— Na boca? — Jimin empurrou de leve o ômega pelo ombro, uma careta brincalhona moldou o seu rosto e ele riu alto ao notar a seriedade no semblante do outro.

— Na boca. — Taehyung afirmou, arqueando a sobrancelha sugestivo forçando uma aproximação, apertando as mãos  nos braços de Jimin.

— De língua?

— De língua.

— Não. — o alfa recuou aos risos indo em direção a porta enquanto o ômega olhava com indignação abrindo os braços.

— Poxa, é só para fortalecer a nossa amizade.

— Preciso voltar para o trabalho, agora.

[•••]

Paralisada, a ômega observava de longe o ex-marido, suas mãos tremendo enquanto segurava uma folha de papel. Passou-se um tempo, e ela imaginou várias vezes como iniciar a conversa, como dar-lhe a notícia que, em um passado não tão distante, seria motivo de imensa alegria para ambos. Contudo, o medo a dominou; a coragem lhe escapou completamente. Antes que pudesse ser vista, ela se afastou às pressas, deixando o hospital às suas costas enquanto corria em direção ao estacionamento.

— Deus, eu não posso… — As palavras escaparam entre soluços, enquanto ela caminhava atordoada até seu veículo. Apoiando-se na lateral do carro, abaixou a cabeça e olhou para o próprio ventre, coberto por uma simples blusa de algodão preta. A tristeza a envolvia tão completamente que não encontrou sequer forças para se arrumar antes de sair de casa. Com a mão trêmula, ela tocou a barriga, choramingando em um sussurro quase inaudível: — Jimin está melhor sem mim. Não posso destruir a vida dele... me perdoa, por favor?

Lágrimas pesadas envolviam seu rosto enquanto ela entrava no veículo e batia a porta com força. As ruas da cidade passavam como um borrão pela janela enquanto ela dirigia sem destino, a mente tumultuada e o coração sobrecarregado de culpa. Sua loba interior, Lila, sussurrava palavras de consolo, mas a ômega estava consumida demais em sua própria auto-recriminação para ouvir.

O peso do arrependimento a sufocava. Como ela poderia contar a Jimin? Como explicar que, em um ato desesperado ao ver seu casamento desmoronar, optou por uma inseminação artificial sem o consentimento dele? Tinha sido seu último recurso, uma tentativa falha de salvar a relação que julgava ser a base de sua felicidade. Agora, com a gravidez confirmada, cada dia trazia um fardo maior de culpa.

Havia três meses desde que Jimin saíra de casa, três longos e solitários meses. Desde que entregou os papeis do divórcio, ele nunca mais a procurou. No fundo, ela alimentava a esperança de que ele voltasse, que a saudade o fizesse reconsiderar e que, talvez, o tempo curasse suas feridas. Mas a realidade provou ser mais cruel e implacável. Agora, ela enfrentava o futuro com um novo medo: trazer uma criança ao mundo em meio ao escombro de um amor desfeito.

“O que eu faço?” IU repetia a si mesma, a voz abafada pelo som distante da música do toque de seu celular. Com a mão ainda trêmula, ela enxugou as lágrimas de forma desajeitada e estendeu o braço para alcançar o aparelho que vibrava insistentemente no banco do carona. O visor piscava com o nome do seu empresário. Com um suspiro pesado, ela atendeu.

— Alô?

— IU, eu… não sei como começar isso.

— Fala de uma vez, Jihyun — sua voz saiu mais firme do que sentia, um esforço para segurar a onda crescente de ansiedade.

— A Netflix cancelou o seu contrato. — A voz de Jihyun soava pesarosa e cautelosa. — Eu sinto muito, mas seu nome está sendo arrastado por essas notícias.

Um silêncio carregado de choque e descrença se instalou. IU sentia cada palavra como um golpe, desmoronando as últimas esperanças de manter sua carreira intacta. Ela respirou fundo, lutando contra a nova onda de lágrimas que ameaçavam cair.

— E agora, Jihyun? O que vamos fazer? — Sua voz, embora abalada, carregava um vestígio de luta, de alguém que ainda não estava pronta para desistir completamente.

— Estou trabalhando nisso, IU. Vou falar com todos os contatos que tenho, ver se podemos contornar essa situação de alguma forma. — O empresário tentava transmitir alguma esperança, mas a incerteza era palpável. — Vou levantar um processo contra essas revistas e esses sites que estão te perseguindo e obrigá-los a se retratar o quanto antes.

— Mantenha-me informada. — A ômega finalizou a ligação antes que sua voz traísse a maré de emoções que sentia.

IU ajustou o retrovisor e continuou dirigindo, os farois dos outros carros brilhando contra seus olhos enquanto se misturavam com suas lágrimas secas. A cidade ao redor parecia se mover em câmera lenta, refletindo a confusão em seu interior. Ela respirou fundo, tentando se acalmar e focar no som dos pneus rolando no asfalto.

— Eu tenho que resolver isso. — Murmurou para si mesma, sua voz mal audível sobre o ruído do tráfego. A decisão de manter sua gravidez em segredo estava se tornando cada vez mais pesada, assim como a necessidade de reparar sua imagem pública. Ela sabia que cada minuto contava.

[•••]

IU entrou no escritório do pai com uma pilha de revistas nas mãos. Ao ver a mãe sentada na poltrona, conversando ao telefone, ela caminhou até a mesa e jogou as revistas em cima dela. Em seguida, encarou a mãe com raiva, os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar.

— O que isso significa, mãe? — A voz da ômega escalou até se tornar um grito, enquanto suas mãos batiam na mesa com força antes de subirem aos cabelos, agarrando-os em desespero. Ela começou a chorar compulsivamente, lágrimas marcando caminhos salgados em seu rosto bonito, enquanto lutava para controlar a súbita onda de tristeza e sua respiração que se tornava cada vez mais ofegante. — Você realmente pagou por essas revistas e sites de fofocas para espalharem mentiras sobre o fim do meu relacionamento?

— Do que está falando? — A mãe, Ah-Reum, ergueu-se da poltrona, alarmada, contornando a mesa para se aproximar da filha. Seu olhar era de puro medo, e embora tentasse manter uma expressão de inocência, havia uma fissura de culpa que não conseguia esconder. — Claro que não, meu amor.

— Como você pôde fazer isso com sua própria filha? Minha carreira está arruinada e o Jimin... — IU pressionou a mão contra o peito, uma expressão de angústia profunda em seu rosto enquanto lutava para estabilizar sua voz trêmula. — Ele deve estar me odiando agora, e a culpa é toda sua! Você sabe como ele é discreto, mamãe. Lembra como ele ficou quando as fotos do nosso casamento vazaram?

— Calma, isso não vai acontecer, filhinha. — Ah-Reum tentou agarrar o braço da filha, buscando contê-la, mas IU se esquivou, empurrando a mãe, as lágrimas renovando seu curso enquanto uma nova onda de soluços a tomava. — Vai ficar tudo bem, é só mostrar o exame a ele. Ele vai entender, ele vai te perdoar...

— Eu não vou fazer isso. — IU interrompeu, a voz alta e firme apesar da dor evidente. Ela se inclinou para frente, os braços cruzados sobre o estômago, como se protegesse algo ali dentro. — Jimin não merece passar por isso. Ele é uma boa pessoa, mas você... você é cruel.

As lágrimas continuaram a fluir enquanto IU se agarrava a cada fôlego, buscando forças para se manter de pé. Ah-Reum segurou seu braço novamente, olhando-a com uma frieza calculada, enquanto a ômega se perguntava se, de fato, a mãe possuía um coração.

— Você vai esfregar esse exame na cara do Jimin e daquele ômega favelado ou eu mesma farei. Entendeu? — A voz de Ah-Reum era um rosnado ameaçador, suas unhas cravando-se no braço de IU como garras, marcando a pele com a intensidade de sua pressão.

— O que está acontecendo aqui? — Jin-Kook entrou no escritório, alarmado. Os gritos de sua esposa e filha estavam ecoando pelo corredor, cortando o silêncio da casa. Ao ver IU com os olhos vermelhos e inchados, a preocupação tomou conta de seu rosto. — Filha, por que você está chorando?

— São apenas os hormônios — Ah-Reum dispensou o ocorrido com um tom de desdém, soltando o braço da filha com desgosto. Caminhou de volta à sua poltrona, retomando o lugar como se nada tivesse acontecido. — A chance desse filhote ser um alfa lúpus é muito grande.

— Mamãe tem razão, não se preocupe, já estou indo — IU tentou disfarçar o tremor em sua voz, forçando um sorriso frágil. Saiu do escritório, deixando seu pai ainda confuso e preocupado com a cena que acabara de testemunhar.

— Ela vai ficar bem, Jin-Kook. — Afirmou a mulher sorrindo mínimo para o marido. — Não se preocupe.

Boa noite meus amores.

Betagem por LightMaryLight
Obrigado meu anjo 😚

Antes de me julgar por colocar a IU grávida do Jimin lembre-se do recado que deixei em um dos capítulos anteriores.

Os Jikooks não vão se separar por causa dela, não se preocupem ok!? Já estou avisando para não ter militância sobre clichê de ex que atrapalha relacionamento.

O meu objetivo para essa gravidez é fazer a personagem IU evoluir como pessoa.

Até breve 😘❤️

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro