A penetração se inicia de forma lenta, Jungkook franze o cenho sentindo uma dor incômoda, mas leve, pois, apesar de toda sua lubrificação natural e preparação feita antes do ato, havia um bom tempo que não tinha relação sexual. Sendo ômega ou não, é normal que seja desconfortável no início. Ele geme baixo, quase inaudível, apertando os olhos tentando dissipar a dor momentânea enquanto a ponta do pênis do alfa passa por seu anel apertado.

Entendendo perfeitamente o lado do rapaz, o médico cessa seus movimentos logo no início e busca os lábios dele com volúpia e anseio. Mesmo surpreso, Jungkook retribui com a mesma intensidade e paixão, inclinando a cabeça para o lado oposto ele leva a língua para dentro da boca do Park, encontrando a dele no percurso, e logo a saliva de ambos se mistura, levando para seus paladares um pouco do próprio gosto armazenado nas papilas do namorado.

Arranhando desde o topo dos ombros até o tronco do moreno, o ômega se contorce de prazer com o atrito das peles igualmente quentes e suadas de ambos. Devagar, entre trocas de beijos e suspiros profundos, o alfa ganha o espaço almejado, detendo o peso do corpo sob seus joelhos, e os antebraços permanecem ao lado da cabeça do garoto, dando uma sustentação maior para se movimentar.

O rapaz geme um pouco mais alto ao sentir a glande inchada enfeitada com o piercing, mesmo que coberta, tocar o mais fundo do seu interior. Oh, céus! Isto trouxe a ele um prazer tão inigualável que tudo que soube fazer é grunhir o nome alheio de forma arrastada e dengosa.

O alfa moveu seus quadris estocando calmamente e tão profundamente que o fez urrar de tesão. Ele aperta os olhos, mas quando os abre, encontra os do Kim, tão devoto e apaixonado inundado de lágrimas de prazer. Park não resiste, ele acaricia a bochecha quente e molhada do garoto com os dedos e em seguida morde e chupa violentamente os lábios dele ao ponto de deixá-los avermelhados.

Jeon aperta forte o corpo do outro com as mãos e as pernas o envolvendo, ele inclina o quadril contra o do alfa, pressionando a própria ereção entre os abdomens de ambos. A sua lubrificação escorre em abundância, e a sua entrada contrai, apertando o falo alheio, causando arrepios gostosos em ambos os corpos, que ficam cada vez mais quentes e suados.

- Caramba, é difícil manter o controle com você me apertando assim, Jun - falou com a voz rouca e ofegante, buscando os olhos alheios pela vigésima vez pois, ele simplesmente não consegue se desprender destes.

- Você não precisa. - Afirmou o rapaz com um sorriso nos lábios: - Eu confio em você até mesmo de olhos fechados, doutor Park.

Jimin sente seu membro convulsionar dentro do aperto, ele morde os lábios, contendo os gemidos que insistem em sair, cada vez mais roucos, e se retira de dentro do rapaz e, simultaneamente, empurra, entrando com mais força, preenchendo o ômega de novo. Jungkook revira os olhos, apertando e arranhando, com suas unhas curtas, as costas do parceiro, enquanto é surrado pelo seu membro comprido e grosso.

- Céus... - clamou trêmulo, o vai e vem intenso e ritmado do alfa impulsionam o seu corpo para frente e para trás sob o colchão. - Ah, Jimin!? Hum...

O prazer se espalha por todo o corpo do garoto, o deixando cada vez mais sensível. O médico beija e chupa a pele do seu pescoço, o módulo da sua orelha, entoando gemidos carregados de luxúria, arrepiando cada centímetro da sua derme. Ele nunca havia se sentido tão preenchido, tão desejado, tão amado. Jimin explora seu corpo com as mãos, levando o tronco, passando a fodê-lo ainda mais fundo e forte, segurando firme em sua cintura.

- Ah, caralho Jeongguk...

Park levantou as pernas do ômega e agarrou seus quadris, obrigando-o a se inclinar ainda mais. Com isso, ele passou a ter a visão mais linda de todas: Jungkook completamente rendido. Enquanto seu pau se enterrava fundo no rapaz, podia ver todas as reações que causava na estrutura corporal dele.

O suor escorria nas têmporas de Jimin, obrigando-o a afastar os fios compridos da franja que caíam nos olhos. A visão do corpo sensível, quente e banhado em suor do rapaz o enlouquecia de tesão, o cheiro delicioso dele se expandindo por todo o cômodo e até em si próprio. Ele fechou os olhos, apertando o quadril do garoto com a mão esquerda e, com a destra, alisou a cintura dele, escorrendo os dedos por entre as curvas arredondadas do ventre ao passo que sentia as ondulações no baixo ventre ocasionadas pela penetração cada vez mais brusca.

O mais novo suspirou profundamente, arqueando as costas a cada movimento certeiro em sua próstata. O cheiro do alfa ficava cada vez mais forte, inebriando o ômega, que vivenciava suas forças se esvaindo ao ponto de não conseguir controlar o próprio corpo que solavanca sob os lençóis. Os barulhos molhados junto aos grunhidos de Jimin e seus arfares mesclavam-se, tornando a melodia mais bela ouvida por eles.

O médico deitou seu corpo sob o de Jeon novamente, considerando o fato de que não podia viver mais longe da boca bonita do rapaz, ele o beijou intensamente, retomando os movimentos um pouco mais lentos. As línguas se encontraram dentro e fora da boca, famintas e desejosas, gemidos escapando por entre eles. Logo, o alfa ganhou uma velocidade considerável, estocando por entre as pernas bem abertas do rosado.

─ Você me preenche tão bem, alfa. ─ O ômega disse entre o beijo bagunçado ─ Ah, Jimin, eu estou perto...

─ Então venha para mim, Jun, me deixe apreciá-lo. ─ O alfa manteve o ritmo das estocadas, saboreando os mamilos do ômega mais uma vez, sentindo o corpo abaixo do seu estremecer com a proximidade de seu ápice.

O Kim sente seu baixo ventre formigar, enquanto tem seus sentidos cada vez mais entorpecidos pelo prazer que o alfa lhe proporciona. Jimin tenta se manter lúcido, mas conforme os gemidos de seu ômega se intensificam e o cheiro de ambos se aflora, mais fora de si o alfa fica, sentindo-se ensandecido de prazer enquanto seus olhos são tomados por um brilho intenso.

Fagulhas vermelhas ganham espaço na imensidão castanha, e perdido nelas, Jungkook se derrama formando um arco com o corpo, caindo segundos depois sob o colchão amolecido e esgotado. Jimin vem em seguida com um rosnado forte, arrepiando a pele sensível do seu ômega. Ele preenche o preservativo com seu líquido viçoso e abafando os próprios arfares contra o pescoço do namorado.

Ele se retira devagar, evitando que o nó se faça dentro do outro, além da chance do preservativo se romper ser muito grande, havia o risco de seu lobo emergir a fim de buscar contato com o do Jeon ou pior: marcá-lo sem consentimento. Jimin, como ninguém, conhece a personalidade hostil de Lucky, e apesar de seu relacionamento com ele ter melhorado um pouco, o médico não confia totalmente nele.

- Não... - o rapaz nega com a cabeça ao notar que Park se retira de cima dele. - Fique. - sussurra, puxando o homem pela nuca.

Jimin infla o peito, sua respiração está irregular, e o coração salta dentro da caixa torácica, a princípio ele fica sem reação sobre aceitar ou não a proposta do ômega. Depositando um beijo breve e suave em seus lábios, Jungkook leva a destra até seu membro inchado e sensível retirando o preservativo. Um suspiro profundo e áspero vindo da parte do mais velho pode ser ouvido, ele mantém o olhar aceso aos do garoto, que passa a manusear o seu caralho molhado entre os dedos com firmeza.

- Mais forte, Jun...- pronúncia com a voz arrastada entregue ao toque do garoto.

Tendo o pedaço de carne firme e avermelhado encoberto entre os dígitos, Jungkook ouve o namorado gemer para si de uma maneira tão profunda que se torna inevitável não gemer junto ao alfa. O rosado se sente nas nuvens ao prolongar o prazer de ambos com seu ato.

Ele aperta com firmeza o nó um pouco acima da base, constatando que seus dedos curtos não dão a volta completa, o que faz o rapaz grunhir contra os lábios do médico. Jimin comprime os lábios um contra o outro, trincando o maxilar. Com o rosto e os cabelos molhados pelo suor, finalmente, ele sente sua estrutura corporal tremer por inteiro, e o seu baixo ventre formigar pela nova onda de prazer que o assola, se libertando do nó doloroso desta vez, transborda derramando-se nas mãos do ômega, lamuriando rouco.

- Você é tão lindo, doutor Park... - fala com os olhos brilhando em uma genuína e completa devoção, acariciando o rosto do outro com a mão livre.

- Precisamos normalizar você me chamando de amor. O que acha?

- Doutor Park é mais divertido.

Eles riem cúmplices e, mesmo tomados pela exaustão, trocam muitas carícias, ignorando toda a sujeira do amor feito naqueles lençóis por alguns minutos, até que criam a devida coragem para se levantar e se banharem juntos. Jungkook fica um pouco tenso dividindo o chuveiro com Jimin em um ambiente com pouco espaço; eles não conseguem se mover sem trombar um no outro, mas no fim, esse é mais um bom motivo para rirem, trocar abraços e muitos beijos.

Ao que seria o fim da noite para eles e o começo da relação íntima que estabeleceram como namorados, eles dormem juntos e desprovidos de roupas, compartilhando calor e, sobretudo, o amor que sentem um pelo outro. No dia seguinte, o cirurgião é o primeiro a acordar e, com toda certeza, a mais bela visão de todas já vistas por si é o Kim adormecido em meio aos seus braços.

Ele dorme tranquilamente com a respiração amena e as bochechas rosadas do mesmo tom do seu cabelo, uma se vê pressionada em seu peito, já que Jungkook está deitado com a cabeça apoiada ali, enquanto a outra está mais arredondada e adorável. Nos lábios, ainda marcados pela noite anterior, vê-se um bico fofo. Um de seus braços está abaixo do corpo, enquanto o outro descansa largado em cima do peitoral do alfa, e o mesmo ocorre com suas pernas, uma esticada comportando o peso do seu corpo para o lado, enquanto a outra está largada e entrelaçada com a do moreno.

Preso dentro do abraço apertado do rapaz, o mais velho apertou a mão esquerda sob o ombro do rosado, enquanto a outra livre deslizou sob a coxa dele, apalpando a pele firme e macia. Ele moveu a cabeça e deixou um selo na testa alheia, vendo um sorriso mínimo brotar dos lábios do ômega no mesmo instante.

- Bom dia, doutor Park - proferiu baixinho, relutando para abrir os olhos.

- Bom dia, Jun. Dormiu bem?

- Muito, muito bem.

O mais velho sorriu com o tom de voz fraco e, empolgado, virou-se e o beijou brevemente, esfregando o seu corpo contra o dele, deixando em evidência sua ereção matinal. Jungkook se inclinou acomodando o pênis do outro entre suas coxas e abaixou a cabeça com as bochechas queimando de vergonha e excitação, escondendo o rosto na curva do pescoço do Park.

- Céus, alfa. Não acredito que você acorda pensando em...

- Eu não pensei em nada até você apertar o meu pau entre essas suas coxas deliciosas, Jun.

"Eita que o dia começou do jeito que eu gosto - comentou Luna com seu jeito emblemático e empolgado: - Ataca ele logo, Kookie!"

Capítulo revisado✓

Esses dois capítulos foram os mais difíceis de escrever de toda minha vida de escritora 🥲

Espero que vcs tenham gostado da maneira em que abordei o ato.

Beijos e até breve 😘