25-Carinho e cuidado(?)
Número anônimo
07:30 AM
"Suga, é Jungkook. Você pode arrumar o Yoon-Yoon e a bolsa dele que eu vou passar para buscar ele daqui a pouco."
Min Yoongi
07:31 AM✓✓
"Está usando o celular de quem? O que você está aprontando, Jungkook? Para onde vocês vão?
Número anônimo
07:32 AM✓✓
"É você Namjoon? Não sabia que o número do Yoongi agora é seu."
Min Yoongi
07:32 AM✓✓
"Vai se foder."
Número anônimo
07:33✓✓
"Se tudo der certo em breve estarei sendo fodido de um jeito muito bom. Mas me fala se vai poder fazer o que te pedir sem que o Hoseok desconfie? Mas se em caso ele desconfiar de algo, diga que vou sair de viagem com a Hyuna na casa dos pais dela em Daegu."
Min Yoongi
07:33✓✓
"Para estar com esse fogo no cú todo, só pode ser algo relacionado aquele médico que você e o Yoon-Suk tanto falam. Eu vou tentar sair com Yoon-Yoon sem que o Hoseok perceba, por sorte ele ainda está dormindo. Mas não garanto nada."
Número anônimo
07:34✓✓
"Eu te amo, Min."
{•••}
Enquanto Jungkook arrumava as malas em casa, Jimin foi para seu apartamento fazer o mesmo. No caminho, porém, algo muito importante lhe veio à mente. Ele havia prometido um celular para o ômega, e após ter que emprestar o seu próprio para que Jungkook se comunicasse com o cunhado, já que Yoon-Suk se apossou do aparelho dele, o médico considerou aquele o momento ideal para presentear o rapaz.
Ao entrar na loja de eletrônicos, não hesitou em pedir o melhor aparelho disponível em uma cor específica, um chip com um número novo e um belo embrulho. Agradeceu a moça que o atendeu e, após pagar, saiu. Antes de ir embora, passou rapidamente em dois outros lugares para comprar algumas coisas para a viagem, como uma cadeira de conforto, um travesseiro e um boneco do Homem de Ferro para Yoon-Suk. Tudo isso para garantir o conforto e a felicidade do pequeno grande alfa. Jimin estava certo de que eles se divertiriam muito na viagem.
Após arrumar suas coisas em casa, Jimin passou na casa de Jeon para buscá-lo. O rapaz já aguardava ansiosamente a chegada do médico. Assim que ouviu o carro estacionar em frente à sua casa e a porta do veículo bater, apressou-se em sair com suas malas.
- Você demorou... - diz Jungkook, trancando a porta ao sair. Jimin sorri e prontamente se oferece para ajudar com as malas, levando-as até o porta-malas do veículo.
- Me desculpe, meu bem, eu tive que passar no shopping para comprar umas coisas - explica.
- Naah, às vezes esqueço que você é um playboy, Jimin-Shii - resmunga revirando os olhos.
O médico não consegue conter o riso e, depois de fechar o porta-malas, se aproxima de Jungkook. Ele puxa o ômega pelo braço, diminuindo a distância entre eles, e envolve os braços na cintura de Jungkook, sorrindo travesso enquanto o outro faz um bico adorável, o que derrete Jimin de tanto carinho.
- Você fica ainda mais adorável quando fica bravinho - sussurra roçando os lábios nos do ômega, fazendo-o ceder ao sua carícia. - Tão lindo, tão fofo...
- Não queira me ver bravo de verdade, doutor Park - interrompe envolvendo o pescoço do alfa com os braços e rindo travesso.
- Para não correr esse risco, vou te beijar então, ômega - responde de forma brincalhona e carinhosa.
Agraciado pelo riso e pelos olhos brilhantes de Jungkook, Park fechou os olhos, seguido pelo outro, e o beijou de forma lenta e profunda. Ele apertou a cintura do outro até seus corpos se fundirem em um abraço apertado, enquanto suas bocas se deleitavam no tocar das línguas e na troca de saliva quente. Jimin se sentia um adolescente de novo; seu coração acelerava a uma proporção que nem ele mesmo podia acompanhar o ritmo, e suas mãos suavam ao tocar o rapaz, enquanto o beijava com paixão.
"MAYDAY, MAYDAY, MAYDAY. As coisas estão ficando quentes por aqui - comentou Lucky, mas seu dono ignorou o sarcasmo, já que estava muito ocupado no momento."
O ômega virou o rosto para o lado contrário ao moreno, aprofundando o ósculo e sugou com força a carne esponjosa e molhada do alfa. Mas não se contentou em ficar só nisso, tirou proveito mordendo os lábios carnudos de Jimin e se afastou pela falta de ar. Ele suspirou, encostando sua testa na do outro, lambendo os próprios lábios para não perder nem um resquício do gostinho do Park, e com as pernas bambas começou a rir junto ao outro.
- A vontade de ficar com você aqui na calçada enquanto nós nos beijamos feito dois adolescentes bobos é grande, mas temos que passar para pegar o Yoon-Suk.
- Sim - Jeon assentiu, deixando-se guiar pelo alfa que agarrou sua destra e caminhou junto a ele até o carro. - Espero que o Yoongi esteja na frente do prédio nos esperando. Não quero topar com meu irmão, ele é um pé no saco - bufou, e por fim, Jimin abriu a porta do veículo para que pudesse entrar, agradecendo ao homem pelo gesto: - Obrigado, alfa.
- Não há de quê, ômega - o alfa fechou a porta, deu a volta no veículo e abriu a do motorista, entrando em seguida. Se acomodou no banco, fechou a porta, puxou o cinto e o prendeu, vendo Jungkook fazer o mesmo. Direcionou-se a ele e perguntou: - Pode colocar o endereço no GPS, meu bem?
- É claro, coração.
A viagem de Jimin e Jungkook é marcada por risos e uma atmosfera descontraída, enquanto o médico dirige e o ômega se acomoda no banco, voltando-se para o alfa. Jimin percebe o olhar intenso de Jungkook sobre ele e sente o intenso desejo mútuo entre eles. Ele toma a mão do ômega e a leva aos lábios, selando-a suavemente, enquanto Jungkook sorri timidamente, expressando sua emoção diante do sentimento compartilhado.
Ao chegarem ao destino, o ômega aponta o prédio, e Jimin estaciona o carro. O ômega se prepara para sair, dizendo "Eu já volto". Ele desceu do veículo, batendo a porta, e em seguida subiu na calçada, caminhando com pressa em direção a Yoongi, que estava parado na frente do prédio, com Yoon-Suk no colo, parecendo sonolento.
- Essa foi a meia hora mais longa que já vi em toda minha vida - debochou o ômega de cabelos esverdeados, vendo o desespero estampado no rosto do amigo e cunhado. Jeon sorriu nervoso, parando de frente a ele. O Min passou Yoon-Suk no colo do pai com todo cuidado, falando baixinho para não acordar o sobrinho: - Fica despreocupado, o Seok está dormindo ainda.
- Obrigado, Yoon, vou ficar te devendo essa.
- Eu vou cobrar, pode ter certeza.
Yoongi arrumou a bolsa no ombro do amigo e, sem mais, deu beijinho na testa do garoto e na bochecha do ômega, desejando boa viagem a eles. Jimin observava de dentro do carro e, quando viu Jungkook se aproximar com Suk adormecido em seu ombro, em meio a seus braços, enquanto caminhava com dificuldade devido ao peso, desceu imediatamente do veículo para ajudá-lo. Deu a volta na BMW, abrindo a porta do carona, e o Kim olhou com semblante confuso em sua direção ao ver uma cadeira de conforto devidamente instalada no banco.
- Você comprou uma cadeirinha para o Suk? - Questionou com a voz embargada, o médico assentiu, pegando o garoto do seu colo e passando o mesmo para a cadeira. Jungkook ficou parado apenas observando o alfa arrumar o cinto em volta do corpinho do seu filho e, em seguida, arrumou o travesseiro de pescoço, tirou o tênis dos pés dele, deixando o seu garotinho bem confortável para viajar - Poxa, você comprou até um travesseiro, Jimin-Shii.
- Sim, e um boneco do homem de ferro também - respondeu de maneira simples e direta.
- Mas ele já tem tantos - murmurou incerto, com a voz fraca.
- Mas esse ele não tem. É exclusivo.
O ômega engoliu em seco, seus olhos estavam marejados e não conseguia controlar a emoção que brotava de dentro do peito, que se aquecia inexplicavelmente ao observar o quão cuidadoso Park é com seu filhote. Assim que Jimin fechou a porta, Jungkook puxou ele pelo braço e o abraçou fortemente, murmurando um "obrigado" engasgado, com o choro emocionado que acabou saindo do seu controle e deslanchou naquele instante.
Ele nunca havia se sentido tão cuidado e amado por alguém que não fosse seus pais, seu irmão, seu cunhado e o próprio filhote que, em tempos que ficava doente, costumava fazer chá no micro-ondas e pegar seus remédios. Ao mesmo tempo que sentia medo por tudo aquilo não passar de uma grande ilusão que sua mente armava contra si, por não passar de um ômega frágil e carente com uma casca superficial de homem forte, o rosado se sentia grato pelo acaso ter colocado o alfa no seu caminho.
Por outro lado, o moreno via tudo aquilo como algo natural, não estava se forçando a nada, ele simplesmente sentia a necessidade e o dever de proteger e cuidar de Jungkook e o Yoon-Suk desde o momento em que os conheceu, e fazia com muito prazer. Ver o sorriso estampado no rosto do seu garoto e do ômega é tudo que mais deseja e isso se tornou seu objetivo desde então.
Park Jimin não descansará até vê-los completamente felizes e satisfeitos, porque isso se tornou seu ponto de paz e felicidade também.
- Vamos, meu bem, sua sogra está à sua espera - proferiu em tom divertido, afastou o outro lentamente e piscou. Ele deixou Jungkook paralisado e boquiaberto para trás, entrou no veículo chamando novamente: - Vamos, amor.
"Ele só pode estar de sacanagem. Estou chorando, como ele faz isso comigo?"
"Eu estou completamente rendida por esse alfa. Aí- Aí- Aí... - Luna suspirou, deixando seu receptor ainda mais tenso - Anda logo, Kookie. Nosso alfa está esperando!"
"Nosso alfa..."
A viagem seguiu tranquila, com Yoon-Suk dormindo e o alfa dirigindo com cuidado pela estrada movimentada. Diante das palavras proferidas por Jimin antes de saírem de Seul, Jungkook ficou em completo silêncio. Ele não queria parecer iludido ao ponto de achar que o médico o apresentaria como namorado para a família, mas não podia se fazer de sonso diante da indireta que Park lançou.
No entanto, logo chegou à conclusão de que seria melhor esperar para ver como o doutor iria proceder diante da situação, se o apresentaria como um amigo ou algo mais.
- Chegamos...
Jungkook piscou os olhos atônitos e surpresos. Concentrado em seus pensamentos barulhentos, ele não percebeu o tempo passar. Jimin estacionou o veículo na calçada da residência dos pais e desceu, dando a volta para abrir a porta para o ômega.
Trêmulo e com as mãos suando, Jungkook desceu da BMW. Ao olhar para o lado, avistou uma senhora muito bonita, de cabelos longos e pretos, olhos pequenos em um tom similar a avelã e um sorriso grande que parecia familiar. Ela vestia um vestido bege simples e um par de sapatilhas amarelas, e se aproximou do Park quase correndo em sua direção.
O Kim respirou fundo, tentando acalmar seu coração, mas acabou ficando parado ao lado do veículo, observando o médico ir ao encontro da mulher, que logo o abraçou.
- Achei que não viria, filho. Estou tão feliz por enfim te ver - confessou Ji-hye, emocionada em ver seu precioso filho unigênito depois de tanto tempo. Ela o abraçou fortemente e, ao se desvincular de seus braços, depositou beijos em suas bochechas, na testa e no nariz, enquanto acariciava seus cabelos, como costumava fazer na infância. - Eu te amo, meu amor. Obrigado por vir.
- Eu também te amo, mãe. Sinto sua falta todos os dias... - murmurou, agarrando ambas as mãos da mulher e retribuindo o gesto de antes dela, beijando sua testa. Ela sorriu largamente, voltando seus olhos para o rapaz que os observava a poucos passos de onde estavam.
- Aquele belo ômega é o Jungkook - fingiu sussurrar ao pé do ouvido, mas sabia que Jeon podia ouvir de onde estava, afinal, ele é lupino. - Seu namorado?
- Sim.
Ao obter a atenção deles e ouvir seu nome ser mencionado atrelado à palavra "namorado", Jeon se aproximou a passos lentos, com o coração saltando, quase indo parar na garganta. Ele definitivamente não sabia como lidar com toda aquela situação sem parecer ansioso, mas se esforçou para parecer o mais natural possível.
- É um prazer conhecê-la, senhora Park - cumprimentou, tímido, curvando-se diante da mulher e estendendo a mão.
A princípio, pelo nervosismo que o assolava, o ômega teve medo de que a mulher o olhasse de um jeito cético, mas, ao contrário disso, ela o abraçou sorridente, ignorando sua mão estendida, e o beijou na bochecha, assim como fez com Jimin. O ômega não pôde deixar de sorrir com o gesto gentil e genuíno dela se expressar, o brilho no olhar que sumia em meio às pálpebras inchadas era tão acolhedor quanto as mãos macias que acariciavam seus cabelos, seu rosto e suas bochechas vermelhas.
- Meu Deus, como você é adorável - Ji-hye falou empolgada, logo afastando o rapaz pelo ombro para olhá-lo de cima a baixo. Ela estava encantada e muito feliz em vê-lo. - Estava ansiosa para conhecê-lo, Jungkook. Mas onde está Yoon-Suk?
- Ah, o Suk...
- Ele está no carro dormindo - interrompeu Jimin, fornecendo a informação no lugar do ômega. Ele se moveu para buscar o garoto no veículo enquanto ainda falava: - Não se preocupe, amor, eu pego ele e as nossas coisas.
- O-obrigado meu amor - disse por fim Jungkook timidamente tomado por uma imensidão avermelhada em toda sua face enquanto Ji-Hye intercalava o olhar entre ele e o filho.
As coisas pareciam estar acontecendo muito rapidamente para eles, mas ao mesmo tempo, parecia natural, para não dizer "surreal". Jungkook poderia facilmente se acostumar com o tom de voz do alfa o chamando de amor, mas não conseguia evitar o forte salto de seu coração, tornando sua respiração falha o suficiente para ficar ofegante, enquanto seu lobo uivava clamando para que ele se rendesse de uma vez ao fato de que pertencia àquele homem, assim como Park Jimin também pertencia a si.
Capítulo revisado✓
Essa viagem promete. Já começou de um jeito especial.
Obrigado a todos que vem comentando e apoiando a obra. Amo vcs 💖
Até breve meus amores.
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