Espero que gostem deste novo livro.

BOA LEITURA!!

Convido todos para lerem minha obra ''Entre amor e ódio (Série Os Mafiosos)''.

— North, por favor, não conte para ninguém, ok? — pergunto mais uma vez.

— Pode deixar Luna. — minha amiga me assegura — Mas eu não entendo, até ontem você era...

— Sim, mas não sou mais. — afirmo triste — Nunca mais poderei sonhar em formar uma família.

— Não vá dizer que vai se afundar nos livros novamente, Lu? — pergunta com os olhinhos tristes.

— Irei ser o que eu sempre fui, invisível. — afirmo convicta. O sinal bate.

Mal sabia eu o que me esperava.

— Licença Beth, que horas fecha a biblioteca hoje? — pergunto.

— Luna, terei que sair às quatro. — sorri — Vai ficar aqui estudando de novo?

— Sim, me afundar o máximo.

— O que houve querida? — pergunta preocupada

— Nada — sorrio tentando disfarçar minha tristeza.

— Tudo bem, se quiser conversar.

Sigo em frente para sentar no final da biblioteca. Diferente da maioria das bibliotecas, aqui sempre enche e, particularmente, acho desnecessário, pois ninguém vem para estudar.

Sou Luna Guimarães, tenho dezessete anos, estou no terceiro ano do colegial e tudo está uma maravilha.

Só que não!

Minha irmã mais velha, Summer, acabou destruindo nossa família. Ela vendeu as máquinas de costura de nossa mãe enquanto eu e mamãe estávamos em uma viagem, e fugiu com todo dinheiro. Resumindo, mamãe está se afundando em uma depressão, nunca achamos que Sum fosse capaz de fazer isso, mas por dinheiro não duvido de mais nada.

Meu pai sumiu depois de eu completar dois meses de vida.

Minha vida é monótona. Acordo cedo. Venho para escola. Volto. Vou trabalhar e fim.

— Lucas, volta aqui. — uma garota grita.

— Venha pegar, Karen. — ele solta uma gargalhada; maravilhosa por sinal.

Lucas Ramalho, capitão do time de futebol, lindo, maravilhoso, e meu amor desde sempre. Sou apaixonada por Lucas desde quando era pequena, mas isso não vem ao caso.

— Não irei correr mais. — se apoia em uma cadeira.

— Já cansou irmãzinha? Pensei que as Team Leaders não cansassem. — pergunta.

— Mas cansam, e muito. Agora volta aqui e me devolva o celular e o livro. — pede.

— Tudo bem. — concorda andando em sua direção. — Toma.

Foco em meus estudos, mas não consigo tirar da minha cabeça que as possibilidades de engravidar são poucas, bem próximas ao zero. E não que fosse uma preocupação agora, mas sempre foi um sonho meu formar uma família.

— No mundo da Luna? — sou surpreendida quando ele senta em minha frente.

— S-sim. Deseja alguma coisa? — pergunto abaixando a cabeça.

— Poderia me ajudar com algumas matérias? — levanto a cabeça e o olho.

— Po-posso, olha, irei ver e te falo depois. — encerro a pequena conversa entre nós virando a página do livro.

— Me passa pelo menos seu número.

— Tudo bem. — pego na bolsa e o entrego para que ele possa escrever o dele.

— Depois vemos quanto fica. — apenas faço que sim com a cabeça, e ele sai.

Fiquei no máximo umas duas horas lá, mas como Beth iria fechar, tive que vim embora.

— Mamãe? — pergunto fechando a porta da sala. — Mãe? — chamo novamente.

Saio correndo pela casa a procura dela. Lilian era para estar aqui. Cuidando dela.

— Mãe. — solto um grito abafado quando dou de cara com seu corpo largado no chão do quarto. — Mãe, acorda, por favor. — peço sentando em sua frente. Checo sua pulsação, porém já não existe mais. — Por favor, mamãe, eu só tenho a senhora. Vamos mãe, acorde. Seja firme por mim. — choro a abraçando.

— Luna? — levanto o rosto e olho Lilian.

— É s-sua culpa Lili, você a deixou aqui e ela morreu. — choro mais.

— Querida, eu fui comprar o remédio para ela. — levanto e a abraço.

— De-des-culpa Lilian, e-eu não sei o que fazer. — choro mais e mais.

— Desculpe meu amor, eu juro que não fiz por mal. Sua mãe estava passando mal, então tive que ir lá. — sibila com a voz chorosa.

— Eu sei. Desculpe-me por pensar coisas erradas.

— Sente – se, temos que ligar para a ambulância.

Eu estava tão nervosa e abalada que tiveram que me dar calmantes para dormir. Acordei em uma sala branca; o hospital. Então não era sonho, era a minha realidade.

Duas semanas depois.

Tudo era escuro, minha vida se tornara um inverno rigoroso desde a morte de minha mãe; frio e impiedoso.

— Lu, eu quero seu bem e, sua mãe também iria querer. — mais uma vez North fala tentando me animar.

— Já disse North, não quero sair, não quero acordar e não quero ir para a escola. — digo rudemente.

— Desculpa, sinto daqui a sua dor, ela era como uma segunda mãe para mim. — afirma deixando uma lágrima teimosa cair. — Isso é tudo culpa da Summer. Se ela não tivesse ido embora nada disso teria acontecido e, você não teria sido despedida. — fala rangendo os dentes.

— Chega. — levanto exausta — Tenho que arrumar um emprego, ou algo que dê para pagar as últimas prestações da casa e as contas.

— Sim, tenho dinheiro guardado. Você sabe, não é muito, mas já é uma ajuda. — a mesma conversa de semana passada.

— Não, não e não. O dinheiro é seu. — a olho — Não vamos mais falar sobre esse assunto. — termino e o telefone toca. North atende.

— Alô? Sim, sou eu. Está, pera aí. — ela tira o celular do ouvido, tampa a passagem e sibila

''É o Lucas, quer falar com você.''

— Oi, Lucas. — atendo indo só para a cozinha.

— Luna, quando você tá livre?

— Como assim? — pergunto não entendendo nada.

— Pra começarmos as aulas. — responde parecendo óbvio.

— Ah sim, podemos começar amanhã. Na parte da tarde, de preferência.

— Tudo bem, aqui resolveremos os valores e o que faltar. Tchau, Luna.

— Tchau Lucas. — desligo virando para trás.

— Que susto. — digo pondo a mão no peito.

— O que ele queria? — pergunta fazendo cara de ''segundas intenções''.

— Nada disso mocinha, aulas extras, apenas.

Estava na hora de continuar minha vida!

Tri, tri, tri

Mas que droga. – bato no relógio, praguejando palavras sem sentido.

Levanto rapidamente, arrumo a cama, entro no banheiro, vejo minha cara e está uma bosta, relativamente bosta.

Arrumo-me e dentro de quarenta minutos estou atravessando os portões da escola Objective high school.

— Bom dia. — falo para Beth.

— Bom dia querida, como está? Por que faltou? — pergunta cheia de curiosida.

— Minha mãe morreu. — digo prendendo o choro.

— Sinto tanto. — atravessa a bancada e me abraça. — Qualquer coisa que precisar, avise. — diz me soltando.

Apenas sorrio em reposta.

— Luna, estava te procurando. — North diz enquanto retiro meu caderno da mochila.

— Shiu, estou com dor de cabeça. — rio.

— Argh! Bela amiga você é. Eu queria te contar algumas novidades, mas estou vendo que está muito mal.

— Sim, estou. — encerro a conversa com a entrada do professor na sala.

(...)

— Luna, por favor. — Pela milésima vez North pede para eu ir com ela na festa do tal Leonardo, amigo de Lucas. — Não tenho par e como você é uma ótima amiga irá comigo, né?

— Já disse, não.

— Mas hoje é sexta. — protesta

— E daí?

— Dia de sair, curtir, dançar.

— Irei estudar com o Lucas.

— Mas é à noite. — diz indignada. — Não sei como aguenta.

— Eu irei. Feliz agora?

— Muito. — dá uns pulinhos. — Nos vemos na minha casa às? — pergunta.

— Sete. Acho que já terei acabado.

— Ok. — nos abraçamos e eu voei para almoçar e ir para casa de Lucas.

(...)

— Desculpas, é que eu tive que resolver alguns problemas antes. — peço entrando na casa de Lucas.

— Luna, calma. Você nem se atrasou tanto. — ri.

— Nada mudou. — checo a decoração da enorme casa.

— Pois é. Só algumas coisas lá dentro. — garante sorrindo. — Vamos?

— Sim.

— Fica aqui um estante? Tenho que ir ao escritório pegar uns livros. — faço que sim com a cabeça.

— Luna, estava com saudades querida. Nunca mais a vi. — Elena, mãe de Lucas fala entrando na sala.

— Olá Elena. — levanto para abraçá – la.

— Como vai sua mãe? — pergunta e o choro entala na minha garganta e enche os meus olhos. — Querida, o que foi? — Marta. — ela grita

— Senhora Elena, o que foi? — quando ela me olha — Luna, o que foi? Está passando mal.

— Nã-não. — afirmo assegurando as duas. — Ela morreu. — Olho para elas deixando minhas lágrimas cair.

Elena me abraça.

— Sinto tanto, nem tive tempo de me despedir. — lamenta suspirando.

— Nem eu. — limpo minhas lágrimas.

— Achei. — Lucas aparece na sala. — O que tá acontecendo aqui? — pergunta

— Nada de mais. — sorrio para encerramos logo o assunto. — Vamos?

— Claro.

(...)

— Não, mas acho que se botarmos essas incógnitas aqui será melhor. — Lucas teima mais uma vez.

— Argh! Você é tão teimoso. — digo o olhando.

— Olha quem diz. Você também é.

— Foi você quem jogou mostarda em mim na sexta série e postou o vídeo na internet. — falo com raiva.

— Foi engraçado. — gargalha.

— Não foi não. — digo me levantando, revoltada.

— Luna, calma.

— Estou muito, mas muito calma.

— Nervosinha. — ri me jogando na cama. — Pede desculpas, Luna. — fala sério.

— Não! Quem me deve desculpas é você. Por sua causa eu fui chacota na escola por dois anos. — respondo revoltada.

— Pede desculpas. — diz sentando de forma delicada em cima de mim.

— Não.

— Se prepara. — começa a rir.

As cosquinhas começam de leve, mas.

— P-PARA LUCAS. — gargalho. — PARAAAA.

— Pede desculpas. — fala rindo.

— Não.

— Então tá. — ele continua.

— Des-desculpas. — ele para — Satisfeito?

— Sim Guimarães. — gargalha.

— Lucas! — desfiro um tapa em seu braço — Sabe que eu odeio esse sobrenome. — fecho a cara.

— Ai. — reclama — O que vai fazer mais tarde?

— Irei para uma festa que North insistiu de eu ir com ela. — ele continua sentado em cima de mim.

— Hm, eu também irei. Quer uma carona? — pergunta se aproximando.

— Meu Deus! — levanto em um pulo, arrastando ele — Tenho que ir, Lucas. Eu irei me atrasar pra chegar na casa dela. — falo juntando minhas coisas.

— Eu posso te levar. — sugere.

— Faria isso? Te adoro. — dou um beijo em sua bochecha.

— Vamos.

— Tchau Luna. — Elena sorri em forma de consolo.

Apenas sorrio de volta.

— Chegamos. — Lucas fala estacionando o carro em frente à casa de North.

— Obrigada mais uma vez. — digo pondo a mão na porta para abri – la.

— Por nada e nos vemos mais tarde.

(...)

Não, não e não. Não iria nem se me pagassem, penso olhando para o vestido curto de um tom chegado ao sangue.

— Vamos, ficará linda. — North incentiva.

— Nor, não! Arrume uma calça e um casaco. Com isto aqui eu não vou.

— Ok.

No final tive que ir de vestido, pois não conseguimos achar uma blusa adequada para a ocasião. Pelo menos o vestido era comportado, assim por dizer. Já que meu corpo era bem avantajado.

North distribuía ''Oi's'' para todos que via.

— Vou me sentar ali. — chamei sua atenção.

— Tá.

Sentei no bar, pois era a única parte não tão cheia.

— Tem refrigerante? — pergunto.

— Sim, só um minuto.

— Luna. — vejo Lucas tentando passar entre as pessoas.

— Oi.

— Uau! Está linda. — sorrio.

— O que a maquiagem não faz. — sentindo a tensão entre nós, falo para descontrair.

— Vodca, por favor. — pede para o barman. — Jura Luna? Refrigerante. —sorri, falando perto de mim.

— Sim. — envergonhada abaixo a cabeça.

— Vamos dançar? — propõem.

— Nunca.

— Vamos, anime – se.

— Não sei dançar Lucas, e você sabe disso. — coro.

— Você dançava quando você ia lá pra casa — contesta.

— Falou bem: dançava. Não danço mais. — sorrio.

— Ah, para. Vem. — me puxa.

Fomos diretamente para o meio da pista.

— Lucas! — o repreendo tentado voltar, porém minha tentativa falha quando ele me puxa.

— Fica aqui e remexe. — me olha furioso e eu acabo rindo.

''Dançamos'' Runaway, Blame, Summer...

— Chega! — vocifero alto para que ele entenda que estou morta.

— Como nos velhos tempos. — dá um meio sorriso. — Olha, pra quem não queria dançar, até que você foi bem.

— Cala a boca. — sorrio.

Não posso negar que a noite fora espetacular, mas como diz o ditado: Se você está se sentindo bem, não se preocupe. Isso passa.

O que acharam do primeiro cap? Demorei, mas postei. Este cap tem mais de duas mil palavras e onze mil caracteres. Então só postarei mais quando o próximo estiver chegando a esta contagem. :)

BJUS OFICIAL DA LOUCA!!

Vestido da Luninha!!! s2