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Aceitação


Capítulo 4

Manu

Não consegui me concentrar em nada relativo a minha aula e após a bronca que tomei ao chegar no estágio após o meu chefe ter se dado conta de que havia saído por conta própria havia piorado tudo.
Segundo ele eu não deveria ter saído de lá por apenas estar vomitando e que deveria ter esperado a exposição acabar.
Após ele ter falado tudo o que queria, e ter me um sermão dizendo o quão anti ética eu era, ele me liberou e deixou eu continuar trabalhando.
Agradeci a Deus por pelo menos o meu trabalho não perder.

Gabe assim que me viu me bombardeou de perguntas juntamente com Adélia que pareciam estar realmente preocupados com minha saúde. 
Tratei logo de os tranquilizar e disse que não era nada demais. Óbvio que escondi, se nem ao menos Joaquim sabia não era justo que meus amigos de trabalho soubessem antes dele.

Eu estava ainda mais nervosa com a minha primeira consulta amanhã. Rubi e eu marcamos com meu ginecologista, que por um acaso era obstetra, para o primeiro horário da manhã. 
Dizer que eu estava nervosa era um eufemismo, eu estava em pânico, mas Rubi tratou de me tranquilizar e disse que me acompanhava.

Ela não apoiava a minha decisão de esconder de Joaquim, afinal ele era o pai e precisava saber e, segundos ela, sabia que meu namorado iria gostar da notícia coisa que eu duvidava com todas as minhas forças.

O plano era nos formamos e daqui há alguns anos nos casarmos. Apesar de Joaquim nunca ter feito o pedido oficialmente ele vivia tocando naquele assunto então eu sabia que ele queria tanto quanto eu.
Mas eu não havia seguido o plano e estava grávida, eu estraguei tudo com minha burrice.

Cheguei em casa e o sol já havia deixado o céu dando lugar ao brilho prateado da lua.
Constatei que a luz do apartamento já estava acesa, pelo visto Joaquim havia chegado cedo naquele dia, o que era um milagre.
Abri a porta e um cheiro maravilhoso do que parecia ser lasanha assolou meus sentidos, mas o meu mundo caiu quando meu estômago se embrulhou.
Não estava acreditando que justamente no dia de lasanha eu não ia conseguir comer.

— Oi Manu. — Escutei uma voz infantil surgindo no corredor, me virei e sorri ao ver cabelos pretos e um sorriso parecido com o de Joaquim.

— Olá Lucas, quanto tempo. — Abri os braços e ele correu para se aconchegar neles.

Eu adorava o irmão de Joaquim. Ele era sempre muito quieto, atencioso e tinha uma mente brilhante. Sempre me deixava fascinada o quão inteligente ele era para um rapazinho de dez anos.

— Veio passar o fim de semana conosco? — Perguntei por perguntar. Não era a primeira vez que aquilo acontecia e eu gostava bastante.

— Veio sim meu anjo, tem problema? — Revirei os olhos ao ver Joaquim com aquela carinha de cachorro que caiu do carro de mudança.

— Por que haveria? 

— Esqueci de te avisar. — Ele veio em minha direção e me abraçou deixando um beijo em meus cabelos.

— Para com isso. Eu amo esse baixinho, mas teremos que nos comportar. Rubi encheu meu saco por conta de ontem. — Falei em tom de reprovação e Joaquim deu uma risada em deboche.

— Ela é tão ou mais inconveniente que nós então já deveria estar acostumada.

— E eu não sou baixinho Manu. Olha o tanto que eu cresci. — Lucas se distanciou e deu uma volta para que eu o analisasse.
Ele realmente já estava mais alto desde a ultima vez que o vi.

— Nossa, você realmente está mais alto mesmo, o que minha sogra está colocando em sua comida? — Perguntei em tom divertido, mas parecia que minha brincadeira foi feita na hora errada pois o sorriso de Lucas sumiu na mesma hora. 

— Lucas vai ver televisão. — Joaquim pediu.

— Fiz algo errado? — Questionei confusa.

— Não meu amor. Só que estamos com problemas com nossa mãe. Te conto mais tarde. — Ele beijou a minha testa e fez um carinho em minha nuca deixando um selinho em meus lábios. — Tome um banho e venha jantar. — Assenti sorridente e fui para o banheiro.

Sentindo minha vontade de colocar tudo para fora no corredor mesmo.
Iria ser um show digno confesso, digno de pena no caso.
Retirei minhas roupas e entrei na água gelada mesmo, nem fiz questão de ajustar termostato. Aquilo iria ser bom para meu enjoo ir para o espaço, pelo menos assim eu esperava.

Eu estava no fundo do poço, se caso não estivesse faltava pouco.
Eu tinha que contar logo para ele, tentaria abordar o assunto filhos com ele naquela noite. Queria saber o que ele acharia e se ele quisesse eu contaria ali mesmo e se eu fosse otimista ele amaria e iria na consulta comigo e Rubi amanhã mesmo.

— Seu papai irá te amar não é sementinha?! — Falei chorando enquanto afagava minha barriga.

Eu era uma idiota mesmo, estava conversando com minha barriga. Aquela gravidez mal havia começado e já estava me deixando louca.
Que maldita confusão que eu fui me meter.

Peguei a toalha e me enxuguei, a enrolei em meu corpo e saí do box.
Quando saí do banheiro o cheiro voltou com mais força ainda, coloquei a mão na boca e no mesmo instante voltei para o banheiro.
Me ajoelhei no chão e só tive tempo de levantar a tampa do vaso.
Vomitei tudo o que havia comido durante o dia e até mesmo quando achava que não havia mais nada meu estômago parecia encontrar alguma coisa para colocar para fora.

— Manu meu anjo, está tudo bem? — Escutei duas batidas na porta e a voz do Joaquim logo em seguida.

— Sim lindo. Já vou sair. — Falei entrecortado quando mais um jato daquilo era expelido por mim.
Será que nunca iria acabar?

— Manu. Abra essa porta agora mesmo ou eu vou arrombar. Estou escutando você vomitar. — Droga. 

— Já estou indo se acalme. — Dei descarga e passei alguns segundos com a cabeça entre as mãos e sentada no chão.
Por fim me levantei ao escutar as batidas frenéticas de meu namorado. Escovei os dentes rapidamente e abri a porta.

— O que está acontecendo Manu. Está passando mal, vamos logo para o hospital. — Ele já me pegou no colo e me carregou para o quarto.

— Ei pera lá Capitão caverna. Não vou a nenhum hospital, estou bem. — Ele me deitou na cama e pegou uma roupa, me ajudando a me vestir como se eu fosse uma criança. O que era ridículo pois eu era uma mulher adulta.

— Se você estiver doente eu quero saber logo. — Seu tom frágil trouxe lágrimas aos meus olhos. Envolvi meus braços em sua cintura e ele escondeu seu rosto na curva de meu pescoço.

— Meu bem se acalme, estou esbanjando saúde. Não estou doente. — Falei carinhosamente pois sabia do que aquilo se tratava.
Medo.

Joaquim desde que perdeu a ex namorada na adolescência tinha aqueles medos. Mesmo ele se consultando e fazendo terapia aquilo aparecia com alguma frequência.
Como no dia em que eu peguei dengue, ele ficou louco e quase me deixou também, mas eu o entendia.

— Prefiro que vá ao médico logo meu anjo. — Ele beijou meus lábios e enxugou minhas lágrimas. 

— Marquei uma consulta para amanhã Quinzinho. Não se preocupe.

— Quero ir com você. 

— Não. — Falei alto demais e me endireitei. — Quer dizer, não é necessário atrasar seu dia. Rubi vai comigo, deve ser por alguma coisa que comi. — Fiquei mais tranquila ao vê-lo relaxar diante dos meus olhos. Pelo visto eu era uma boa atriz.

— Promete que vai me contar se houver algo errado? — Seu tom de voz triste fazia com que eu me sentisse uma vaca sem coração por estar escondendo algo daquela magnetitude dele.

— Meu amor está tudo bem. — Falei, me colocando na ponta dos pés e beijando seu rosto todo o fazendo sorrir. — Agora quer me contar sobre o que está havendo com sua mãe?

— Sim. — Ele suspirou aparentemente cansado demais. — Minha mãe está namorando.

— Isso é muito bom. Ela merece. — Falei animada demais.

— Deveria ser, mas ela está colocando o homem acima do Lucas. Por esse motivo que o trouxe sem avisar. 

— Eu prefiro não acreditar que sua mãe esteja agindo dessa forma.

— Pois está. Sente-se aqui que vou lhe contar sobre ontem. — Ele fez um breve resumo desde a ligação que recebeu de Lucas até o momento do embate com sua mãe por conta do tal Daniel.

— Meu Deus. — Falei incapaz de formar qualquer outro tipo de opinião.

— Mas não se preocupe com isso eu vou resolver.— Coloquei a minha mão na sua e fiz uma leve carícia.

— Estou aqui para você Joaquim, saiba disso.

— Eu sei meu anjo. Vamos jantar agora. — Ele se levantou e me pôs de pé tambem.

— Não estou com fome. Acabei de colocar até a minha dignidade para fora, meu estômago não vai aguentar. Melhor eu ficar aqui quietinha. 

— Vou fazer então uma vitamina para você, o que acha? — Sorri animada. Mesmo que se eu não conseguisse tomar iria me esforçar somente por seu semblante apaixonado.

— Pode ser.

— Volto logo. Descansa loirinha. — Ele saiu do quarto e me deixou sozinha com meus pensamentos.

Eu não iria conseguir esconder por muito tempo aquela gravidez. Tinha que encontrar o momento certo para contar.
Bastava saber quando aquilo iria acontecer.

***

Desci do ônibus apressada pois estava atrasada para encontrar Rubi e para a minha consulta com meu ginecologista.
Para a minha sorte ela já estava na entrada do pequeno hospital e me esperava com um sorriso no rosto.

— Pensei que havia desistido. — Parei para respirar, eu era uma negação quando o assunto era algum tipo de exercício físico.

— Eu só não queria estar aqui vivendo esse pesadelo. — Falei entre um fôlego e outro.

— Deixa de bobeira. Estou muito feliz por estar vivendo esse momento com você. — Ela disse me dando o braço e entramos no hospital.

Fui até a recepção onde uma moça morena com maquiagem impecável estava. Ela levantou a cabeça e sorriu de forma simpática ao nos ver.

— Bom dia. — Ela disse nos mostrando demtes brancos e impecáveis.

— Bom dia. Tenho uma consulta marcada com o doutor Sandro. Sou Manuela. — Falei me apoiando no balcão da recepção.

— Ah sim. É a unica paciente para o primeiro horário. Ele já se encontra aqui, irei telefonar para a sala dele e avisarei que a senhorita já chegou. — Ela pegou o telefone, o tirou do gancho e apertou um número. — Sua paciente chegou doutor. — Ela disse e escutava algo que ele falava. — Sim. Pode deixar. Ele disse para vocês aguardarem uns cinco minutinhos. 

— Obrigada.

— Tem café, leite e biscoitos ali. — Ela apontou para a máquina e Rubi nem pensou duas vezes antes de ir lá atacar os biscoitos como se fosse uma morta de fome.

— Rubi, controle-se. —Falei séria pois a recepcionista estava nos olhando com divertimento.
Eu detestava servir de chacota para os outros e era aquilo que estávamos sendo naquele momento.

— Fala sério Manu. Eu amo esses biscoitos amanteigados. Pega um. — Ela estendeu a rosquinha tentadora que era metade branca e metade marrom.
Droga, a minha preferida.

— Você não presta. — Falei pegando o biscoito e colocando na boca de uma vez a sentindo derreter em minha língua. 

Naquele momento que eu havia me dado conta de não comia nada desde ontem. Somente uma vitamina de banana com maçã havia forrado meu estômago e nem café eu tinha tomado.
Me levantei de uma vez e fui no pote de biscoitos junto com Rubi que deu um sorriso debochado quando me viu pegando o leite e os biscoitos.

— Alguém está com fome. Será você ou meu sobrinho? 

— Cale-se. — Falei de boca cheia.

— Manu o doutor está pedindo para você entrar.—  voz da recepcionista me fez virar para a olhar.

Senti minhas bochechas corarem ao me dar conta da vergonha que estava passando. 
Tudo culpa da Rubi.

— Estou indo.

— Sem pressa meu bem. 

— Vem logo Manu. — Rubi disse me puxando pelo braço somente dando tempo de pegar mais um biscoito.

Corremos em direção ao consultório chique demais e com uma decoração clean.
A ausência de cor me incomodava pois o cômodo era totalmente branco com apenas alguns quadros de pinturas abstratas e alguns cartazes sobre o uso de camisinha, anticoncepcional e o que parecia ser a foto de um esqueleto humano.
Se o intuito era trazer conforto para os pacientes comigo não estava funcionando.

— Quanto tempo Manu. Veio botar seu exame preventivo em dia não é, mas creio que ainda não completou um ano. — Ele disse mexendo na ficha que tinha meu nome.

Corei de vergonha pelo médico dizer aquilo de forma tão explícita na frente de Rubi, mas joguei aquilo para o fundo da minha mente e foquei no homem de meia idade que tinha uma espessa barba branca.

— Ela está grávida meu senhor. Por isso corte o papo furado e vamos ao que interessa.

— Rubi!! — Exclamei exasperada pela boca enorme de minha amiga.

— Não precisa se envergonhar Manuela. É normal. Você é jovem e saudável. — Ele se levantou e foi até a porta chamar uma emfermeira que entrou no quarto segundos depois.

— Prepare a sala do ultra-som. 

— Sim senhor. — A moça jovem trajada de branco respondeu e se retirou mais rápido que um raio.

— Você fez um teste de farmacia suponho?! — Assenti e ele retirou um pequeno pote da gaveta de sua mesa e me entregou. — Faça de novo por favor. Ali tem um banheiro. 

Não via a necessidade de fazer tudo aquilo de novo, mas se não tinha outra escolha então ia fazer.
Me levantei e segui para o banheiro minhas pernas se movendo no automático.
Não acreditava que eu estava passando por aquilo. Tudo por conta de um erro meu.

Fiz o que tinha que ser feito e voltei para onde o médico e Rubi estavam me aguardando.
Entreguei o potinho com o líquido para ele e o senhor enfiou uma espécie de palito dentro dele, muito igual ao teste que eu fiz e casa.
Ele retirou e aguardou alguns segundos.
Logo o palito mudou de com para um tom de rosa bem clarinho.

— Você está gravida mesmo Manuela. Sua mãe vai ficar eufórica. 

— Disso nós já sabíamos doutor. Da para o senhor fazer o que tem que ser feito? 

— O senhor não vai contar nada para a minha mãe hein. — Falei para o médico.
Qual era a dele afinal? 

— Venham comigo preciso saber de quanto tempo você está e poderemos escutar as batidas do coração do bebê. — Ele disse me ignorando.
Rubi me deu um enorme sorriso e me vi espelhando aquilo.

Eu iria escutar o coração do meu filho e pela primeira vez me permiti ficar feliz com a gravidez.
Eu poderia fazer aquilo?
Que se foda eu ia conseguir.

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