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XXIII. Sítio

- Está tudo certo pra esse final de semana não está Ricardo?

- Sim, a casa já está arrumada e todos já estão sabendo da nossa chagada.

- Ah, que maravilha então. Então vamos nos encontrar na sua casa e de lá é que vamos seguir viagem não é?

- É melhor. Se quisermos vamos somente em um carro, meu carro é bem grande acho que cabem as malas de todos.

- Vamos ver quando chegarmos aí...

- Ah, e não se esqueça de levar um casaco. Lá as noites podem ser um pouco frias, já que vamos subir um pouco a serra e tudo...

- Certo, mais alguma coisa?

- Ah, acho que é sempre bom levar repelente, épocas frias assim, tendem a ter mais insetos e não sei se você e a Manu se incomodam...

- Certo.

- E o mais pode deixar comigo Alice.

- Tudo bem então.

- Alice, tenho que ir, tenho que agilizar um monte de coisas por conta do trabalho que não vou poder fazer por lá.

- Certo, até o final de semana então Ricardo.

- Até Alice, mal posso esperar - ele desliga a ligação e aquela frase fica na minha cabeça. Mas logo tento me distrair, ele só falou por conta da emoção de ver a Manu.

O final de semana chegou muito rápido.

As bolsas já estavam todas prontas e a Manu que tinha me acordado de tão empolgada que estava com essa viagem. Ela estava correndo de um lado para o outro do quarto, me perguntando se eu tinha colocado um monte de coisas na bolsa dela. Ela só ficou quieta quando eu fui ajudá-la a se vestir. Ri da sua empolgação.

Meu telefone começa a tocar. Olho o número e vejo que é o Samuel.

- Oi lindo. Bom dia.

- Oi meu amor - ele fala um pouco ofegante.

- Tudo bom meu amor?

- Na realidade... Alice, aconteceu uma coisa.

- Nossa Sam, agora fiquei preocupada, o que aconteceu? Você está bem?

- Estou meu amor, o problema não é comigo, é que aconteceram algumas coisas com a minha avó...

- Sua avó? Ela está bem?

- Sim, pelo menos é o que eu acho, ela foi parar no hospital por conta de um mal estar e agora está com alguns problemas com as questões burocráticas do plano dela. Ela viajou com as amigas e nenhuma delas sabe o que fazer.

- Mas ela já está se sentindo melhor?

- Está, visto que foi ela que me ligou me pedindo ajuda. Desculpa minha linda, mas não vou poder ir com vocês... Tenho que ir ajudar minha avó.

- Claro meu amor, te entendo. Sua avó precisa de você. Você quer que eu vá contigo?

- Ah minha linda, não vou mentir e dizer que eu não queira que você venha comigo, mas eu sei que você vai ficar preocupada com a Manu. E eu sei que a Manu vai ficar triste se você não for com ela. Vocês duas se planejaram...

- E você também meu amor.

- É, mas imprevistos acontecem minha linda. Desculpe, queria ir com vocês, mas não vou poder.

- O senhor então fica me devendo uma viagem então...

- Combinado minha linda. Posso só falar com a minha pequena, só pra desejar uma boa viagem pra ela e me explicar?

- Claro que sim.

- E Alice - ele fala antes que eu passe o telefone para a minha filha. - Cuidado meu amor. Confio em você, nele, nem tanto.

- Pode deixar meu amor. Todo o cuidado do mundo.

- Obrigado.

Passei o telefone para minha filha e escutei ela choramingar pelo fato do Sam não poder ir conosco. Mas acho que ele prometeu alguma bem legal, pois logo ela estava pulando de alegria e sorrindo como antes. Ela me entrega o telefone.

- O papai Sam ainda quer falar com a senhora - ela sorri.

- Oi lindo - falo recuperando a ligação.

- Já convenci a Manu a irmos numa viagem. E eu vou cuidar para que a viagem não se estrague, certo?

- Combinado Sam.

- Eu te amo pequena. Faça uma boa viagem.

- Eu te amo. E você também. Me avisa quando chegar lá e quando conseguir resolver tudo da sua avó?

- Claro. Beijos pequena.

- Beijos lindo.

Desligo e minha filha me pergunta toda animada se já podemos sair. E depois de colocar nossas malas dentro do carro, partimos para a casa do Ricardo. Ele já estava pronto e para não perdemos tempo ele já desce e nos encontra na garagem. Depois de dar um grande abraço na Manu ele me dá um também.

- Esperamos ainda o Samuel? - ele pergunta.

- Ele não vai poder vir conosco, então somos só nós duas mesmo.

- Que maravilha - ele abre um sorriso enorme.

- Você pode pelo menos tentar diminuir esse sorriso Ricardo?

- Foi mal - ele fala ainda sorrindo. - Foi involuntário isso. Então vamos em dois carros? Ou vocês duas não se incomodam de ir comigo?

- Se quiser podemos ir no meu Ricardo.

- Acho melhor não Alice, eu comprei algumas coisas para levar para o sítio e foi um trabalho danado para conseguir colocar tudo na mala do carro. Acho mais fácil só acomodar as suas malas no meu mesmo...

- É, acho que sim. Deixa eu só pegar a cadeira da Manu.

- Não precisa - olho para ele confusa. - Eu comprei uma para mim. Esqueceu que às vezes eu ando com ela no meu carro?

- Ah, é, claro. Esqueci mesmo.

- Onde estão as malas de vocês? Deixa eu arrumar tudo na mala para podermos ir logo, assim chegamos lá antes do almoço.

- Tudo bem.

Depois de retirar as malas, tranco meu carro e o deixo ali na garagem dele. Ricardo não tinha brincado quando disse que tinha comprado algumas coisas pro sítio. O carro estava cheio de sacolas e caixas. Daria muito trabalho mudar de carros. Ele dá um jeito de ajustar tudo dentro e logo depois começamos a viagem. Só íamos nós três dentro do carro.

Manu dormiu grande parte da viagem. Acho que o cansaço de ter ficado tão animada finalmente a tinha pegado. Ricardo ia prestando atenção na estrada e uma música baixa ia tocando no rádio.

Quando entramos na estrada, Ricardo relaxou um pouco ao volante e até conversamos um pouco, ele basicamente me contou como tinha conseguido o sítio. Nada demais.

A paisagem ia mudando devagar e as casas iam ficando cada vez mais raras até que só se via estrada de todos os lados. Estrada e uma grama baixa. A grama foi ficando cada vez mais alta e verde enquanto nós subíamos a serra. Ali era muito bonito, não podia negar.

- Chegamos na cidade - Ricardo fala enquanto faz uma curva na estrada.

A cidade era bem pequena e simples. Somente com uns pontos comerciais, poucas casas simples e umas cinco pessoas andando nas ruas. Cara de cidade do interior, e poderia até ser, já que estávamos dentro do carro há pouco mais de duas horas.

Ele me disse que agora demoraríamos menos de quinze minutos para chegar ao sítio. Pegamos uma estrada estreita, mas muito bem pavimentada, a estrada era cercada por árvores bem espaçadas e que forneciam uma sombra fresca e agradável.

Uma pequena porteira eletrônica separava a estrada e eu consegui ver um pouco do sítio daqui. Quando a porteira abriu, fiquei impressionada com o tamanho do lugar. Ele tinha uns bons hectares aqui. E mesmo sendo um terreno grande, a casa principal não era grande demais. Mas ainda sim.

- Uau Ricardo, incrível - falei espantada com a beleza dali.

Tudo verde e bem cuidado. Consegui ver um lago atrás da casa e outra casa mais afastada. Um campo de futebol rústico ao lado do lago e um alpendre que parecia rodear toda casa. A casa parecia que tinha sofrido algumas reformas há pouco tempo.

- Finalmente chegamos - Ricardo fala, desafivelando o seu cinto e saindo de dentro do carro.

- Finalmente - saio do carro e aproveito para esticar um pouco as minhas pernas. Vou até o banco de trás para acordar minha filha. - Manu? - encosto a minha mão de ele no braço dela para despertá-la.

- Chegamos mamãe? -ela fala sonolenta.

- Sim princesa. Que tal, sair do carro e respirar um pouco desse ar fresco?

- Certo - eu ajudo ela a se desafivelar o banco dela e assim que ela põe os pés para fora do carro, seus olhos começam a brilhar de felicidade. - Papai! É tão bonito aqui.

- Obrigado princesa - Ricardo abaixa para ficar da mesma altura que ela. - Você agora que sabe o caminho, pode vir aqui sempre que quiser.

- Sério papai?

- Claro que sim - ele sorri para a minha filha e ela o abraça. - Que tal eu mostrar algumas coisas pra vocês?

- Quero ver tudo por aqui pai - Manu pega a mão do Ricardo e começa a puxar ele pela grama.

- Vamos então, vou mostrar tudo por aqui.

Ele nos dá um tour pelo sítio. Ele nos mostra o lago e a pequena piscina que nem tinha visto. Fiquei impressionada com ele nos mostrando a variedade de árvores que ele tinha ali. Ele nos mostrou a casa secundária, onde moravam as pessoas que cuidavam da fazenda na ausência dele.

A fazenda era bem auto suficiente. Tinha seu gerador de energia, plantações, e até criação de animais. Ele me disse que o casal que morava ali desde o dono passado e ele resolveu mantê-los ali, pois já saberem o funcionamento da fazenda e tudo mais.

- E quem está com fome? Acho que a Maria já preparou o nosso almoço - Ricardo fala. - Depois do almoço eu mostro para vocês a casa. Combinado?

- Combinado.

Ricardo nos leva pela porta dos fundos da casa, que dá logo para a cozinha. A cozinha era grande e bem equipada e assim que entramos uma mulher linda e morena vem nos receber. Ela tinha um enorme sorriso no rosto e um avental em sua fina cintura.

- Maria, deixa eu te apresentar duas mulheres muito importantes pra mim. Essa daqui é a Manu, minha filha - ele fala todo orgulhoso. - E essa daqui é a mãe dela, Alice.

- Prazer em conhecer as duas - ela sorri para nós. E nos cumprimentamos. - E espero que gostem de lasanha, o almoço já está quase servido seu Ricardo.

- Já disse Maria, pode me chamar de Ricardo.

- E eu já disse seu Ricardo, não consigo - ela ri e então um homem alto e musculoso entra na cozinha com uma menininha enlaçada em sua cintura.

- Humberto, venha aqui, deixa eu te apresentar minha família - Ricardo fala e o homem se aproxima. - Essas daqui são a minha filha, Manu e a mãe dela, Alice. Gente, esse daqui é o Humberto, marido da Maria.

- Prazer em conhecê-lo - estendo minha mão para ele e minha filha sorri logo para a criança no colo do Humberto.

- O prazer é meu senhorita. E essa adormecida daqui é a Raquel, minha filhinha.

- Ela tem traços de vocês dois - acho que a pequena sentiu que estávamos falando dela ou simplesmente pelo barulho, pois abriu os olhos.

- Tio Ricardo - ela abre um sorriso e se contorce nos braços do pai para descer. O pai a coloca no chão rindo e ela corre na direção do Ricardo e dá um abraço nele. - Saudades tio, o senhor fazia muito tempo que não vinha.

- Desculpe Quel, mas tive muito trabalho para fazer.

- Tudo bem. O senhor fez boa viagem?

- Fiz sim. Obrigado por perguntar. Deixa eu te apresentar uma pessoa Quel, essa daqui é a Manu, ela é a minha filha.

- Você tem o olho igual ao do tio Ricardo - ela fala sorrindo e pelo sorriso que a minha filha dá para a Raquel, vejo que o santo das duas bateram.

Fomos almoçar e a lasanha estava uma delícia. Maria não me deixou fazer nada para ajudá-la na cozinha e disse que ficaria mais do que satisfeita se eu ficasse de olho nas meninas enquanto ela ajeitava tudo na cozinha.

Humberto e Ricardo foram retirar as coisas de dentro do carro e arrumar tudo em seus devidos lugares. E eu fiquei observando as duas meninas se entrosarem. Logo Manu e Raquel já corriam na grama e Raquel foi logo mostrando os brinquedos que tinha, as bonecas e a casa de boneca de madeira que ela tinha.

Manu adorou tudo e ficaram brincando com a casinha até o Ricardo aparecer e chamar as duas para um passeio com os animais e as duas nem piscaram ao aceitar e sair correndo de mãos dadas com o Ricardo.

Ele me disse pouco antes de ser arrastado pelas meninas que nossas coisas já estavam dentro de casa e que a Maria iria me mostrar o meu quarto se eu quisesse tirar um cochilo ou qualquer coisa do gênero.

Eu agradeço e faço meu caminho para a casa grande. Encontro Maria na cozinha e ela me mostra o quarto que vou ficar e me mostra o banheiro e me dá um conjunto de toalhas macias e perfumadas.

Acabo aceitando a ideia e vou tomar um banho e colocar uma roupa mais confortável. Estranhei a presença de um chuveiro elétrico, mas adoro a água quentinha percorrer o meu corpo. Ainda era tarde, mas sentia a temperatura uns graus abaixo do que eu normalmente estou acostumada, então o banho quente foi bem vindo.

Meu celular vibra e quando eu o pego vejo que é uma mensagem do Samuel.

"Boa tarde linda. Desculpa a demora em dar notícias, mas a bateria dele tinha morrido e ninguém tinha um carregador por ali, então tive que esperar até chegar no hotel. Minha avó está bem e acho que vamos conseguir ir para casa ainda hoje, isso é se ela quiser. Antes que eu esqueça, minha avó está te mandando um beijo. Espero que tenha feito uma boa viagem, amanhã eu te ligo meu amor. Já estou morrendo de saudades de você. Te amo."

Escrevo uma resposta para ele.

"Fico feliz por você conseguir resolver tudo lindo. Ainda bem que não foi nada demais. Manda um beijo pra ela também. A viagem foi bem tranquila. E já espero sua ligação. Também estou com saudades. Aqui é bem bonito, queria que você tivesse aqui comigo pra compartilhar. Mas teremos muitas outras oportunidades. Te amo ;*"

Coloco uma calça jeans claro e uma camiseta verde de algodão. Calço minha rasteira e antes de sair do quarto eu lembro do que o Ricardo disse e pego um casaquinho fino que tinha trago.

Esse clima é perfeito para uma boa leitura, então pego meu livro, ponho debaixo do braço e vou em busca de um lugar legal para que eu possa continuar a minha leitura. Vou direto para o alpendre. Deve ter um lugar legal aqui.

Mesmo o sol ainda bem alto no céu, o vento era frio e agradável.

Encontrei um pequeno banco de madeira ao lado da casa. Ele já se encontrava na sombra e me fornecia um bom lugar para olhar o lago e passei um bom tempo somente desviando minha atenção das árvores e do lago para o meu livro.

Maria apareceu em algum momento da tarde com uma lamparina grande de metal e um copo de café bem quente. Agradeci e ela me disse que estaria na cozinha se eu precisasse de qualquer coisa, e se eu não a encontrasse lá, que poderia bater na porta dela.

Mas claro que não estava nos meus planos em incomodar a pobre mulher.

A noite caiu rapidamente e o Ricardo não brincou quando disse que aqui ia esfriar. Aperto meu casaco fino em meus ombros e me ajeito no banco de madeira. Ainda bem que eu estava de calça jeans, pois senão estaria batendo o queixo de tanto frio agora. Acendo a lamparina, que além de iluminar o local, ainda afasta os mosquitos.

Bem que eu poderia entrar em casa e pegar alguma que me protegesse melhor, mas as estrelas estavam tão bonitas ali que não queria perder nada dali. Maria apareceu mais uma vez e me entregou um copo de chocolate quente. Disse que já estava indo se retirar da cozinha, e disse mais uma vez onde eu a encontraria.

- Obrigada Maria - tomo um gole do chocolate quente e está uma delícia, além de me ajudar a me aquecer. - Está uma delícia.

- Por isso que eu também trouxe isso - ela coloca uma pequena garrafa térmica ao meu lado e pisca o olho antes de sair.

- Ah, Maria, você já está me conhecendo como ninguém.

- Fico feliz em saber que eu acertei.

- E se acertou.

- Boa noite Alice.

- Boa noite Maria.

Vejo seus passos até a casa perto do lago. As luzes da casa que estavam acesas até então, se apagam lentamente e eu fico ali mais um pouco. Não consigo sair dali e parar de encarar as estrelas. São tão bonitas.

- O céu aqui é uma coisa incrível não é? - Ricardo fala, e surpreendentemente ele está ao meu lado. Nem o tinha ouvido chegar.

- Demais. Onde está a Manu?

- Adormeceu. Estava tão cansada da viagem, da nova amiga, das brincadeiras e de correr por aqui que adormeceu assim que tomou um banho.

- Pensei que ela fosse fazer isso.

- A coloquei para dormir no quarto ao lado do seu. Achei que talvez você fosse ficar mais confortável assim.

- Ah sim, e muito mais. Obrigada Ricardo.

- Eu que tenho que agradecer Alice. Hoje foi um dia bem especial. Obrigado por confiar em mim e por vocês virem.

- Manu está contente por estar aqui.

- E você?

- Eu?

- Sim Alice, você está feliz por estar aqui?

- Ah, acho que sim. Minha filha está feliz, e eu fico feliz também... Esse sítio é lindo Ricardo. Um lugar bem calmo.

- Também acho. Adoro escutar o som das cigarras. Você gosta?

- Não é um som que eu estava acostumada, mas estranhamente ele é bem confortável.

- Posso sentar aqui com você?

- Claro que pode, afinal, isso aqui é seu.

- Também é da Manu e seu Alice. Deixe de coisas.

- Da Manu tudo bem, posso aceitar, mas meu? Ah não Ricardo, nada haver, e você sabe que não tem nenhuma obrigação financeira com a Manu.

- Eu sei, mas mesmo assim. Pensei em trazer isso para você - ele mostra um cobertor bem grosso azul escuro. Aceito de bom grado e cubro meu corpo que imediatamente se sente melhor, melhor protegido do frio.

- Ah, obrigada. Pode ficar bem frio de noite aqui não é?

- De manhã também - ele sorri e senta ao meu lado.

- Bom saber. Eu tenho aqui uma garrafa de chocolate quente que a Maria fez. Você aceita um pouco?

- Hum, aprendi a gostar muito da comida da Maria, mas o chocolate quente que ela faz fica fácil no meu top 5 de comida, mesmo sendo uma bebida.

- Estava pensando a mesma coisa.

- Vou lá dentro pegar um copo para mim. Volto em dois tempos.

Ricardo voltou rápido mesmo e enchi o seu copo com o chocolate que ainda estava quente por conta da garrafa térmica. Começamos a conversar e fiquei impressionada em perceber como ele tinha mudado. Ele já não falava sobre coisas fúteis e não tentava me irritar a todo tempo, bem diferente de como era quando estávamos juntos.

Um clarão momentâneo ilumina tudo por ali.

- Esse foi dos grandes - Ricardo fala rindo. Um estrondo grande faz tremer o chão e o barulho do trovão é bem alto.

- Sim, esse foi - sinto uma gota gelada em minha bochecha, e acho que aconteceu a mesma coisa com o Ricardo, pois na mesma hora ele também olha para cima.

- Acho que vai chover, vamos entrar Alice, se já estava frio, agora vai ficar glacial aqui fora. Nos quartos pelo menos temos aquecedor.

- Aquecedor? Sério?

- Você vai me agradecer, tenho certeza - ele ri e me estende a mão para me ajudar a levantar.

- Talvez, esse frio daqui, eu não esperava...

- Se chover mesmo, pode ter certeza que vai esfriar muito mais do que isso.

- Ainda bem que eu trouxe minha roupa de frio.

- Vamos - ele fala apoiando a mão na base da minha coluna e me guia para dentro de casa. Outro clarão ilumina tudo por ali.

Não falamos nada e ele me deixa na frente da porta do meu quarto.

- Aquela porta é o da Manu, e aquela lá no final é a minha porta, precisando de algo.

- Obrigada Ricardo.

- Sem problemas - ele me dá um beijo por tempo demais na bochecha e depois se vira e começa a caminhar apressado para o seu quarto. - Boa noite Alice.

- Boa noite Ricardo.

Entro no quarto e ali dentro está muito frio. E quando eu encontro o aquecedor e o ligo, abro um enorme sorriso. Ele tinha razão, fica bem mais agradável. Me troco ali mesmo e ponho um grosso pijama de algodão e vou para debaixo das cobertas.

A cama é confortável e bem espaçosa. A chuva agora fica bem forte e os raios e trovões agora são bem mais constantes. Ainda bem que a Manu estava dormindo, ela não gosta muito de tempestades... Não demora muito e eu escuto batidas fracas em minha porta. Fico tensa na cama.

- Mamãe? - a voz da minha filha fala baixo. Relaxo ao ouvir a voz dela.

- Oi Manu.

- Posso entrar mamãe?

- Que pergunta filha, claro que pode, a porta está aberta.

Ela abre a porta e depois de fechá-la atrás dela, vem andando na minha direção, mas quando um relâmpago corta os céus, ela corre e se abraça comigo.

- Posso dormir aqui mãe, com a senhora? - o barulho do trovão entra no quarto e Manu aperta suas mãos ao meu redor.

- Claro que sim minha princesa. Eu já estava quase levantando para saber se você estava dormindo bem.

- Eu já estou aqui mamãe.

- Sei que você tem medo de tempestades...

- Não é bem medo mamãe, é só que eu quero que eles fiquem bem longe de mim, eles são muito altos...

- Eu sei minha princesa, mas pode dormir aqui comigo.

- Obrigada mamãe. E não só por isso. Por vir comigo. Não sei se eu poderia dormir com o papai se eu sentisse medo.

- Sempre vou estar aqui minha princesa.

- Eu sei mãe - ela sorri, mas logo seu sorriso some quando o quarto se ilumina por conta de outro raio.

Ela se aproxima mais de mim e esconde seu rosto nas minhas pernas e me aperta quando escuta o barulho. Me ajeito na cama e durmo abraçada com a minha filha. Ela ainda me aperta algumas vezes, mas logo consegue dormir.

A chuva está quase torrencial. Não me lembro alguma vez de ver uma chuva dessa intensidade. Manu se remexe ao meu lado, e eu fico mexendo no cabelo dela até que consigo pegar no sono também.



Oiiiie pessoal. Capítulo passado eu esqueci de agradecer (foi mal, fui postar o capítulo com sono kkkk) as incríveis dez mil leituras no nosso Sam e Alice! São mais de mil votos também e todos os comentários que vocês colocam de coração, eu gostaria de agradecer a cada um de vocês por lerem, indicarem pros amigos, deixarem estrelinhas! Isso sem sombra de dúvidas me faz querer escrever sempre e cada vez melhor!

Até aqui tá tudo correndo bem não é? Os dois estão agindo como as duas pessoas civilizadas que são e até a Manu fez uma nova amiguinha! Então está tudo correndo bem. Vamos ver se vai ficar assim até o final da viagem.

Eles ainda não sabem o que eu preparei para eles! kkkkkkk Não, brincadeira :P Mas ainda vão acontecer algumas coisas. Essa corrida do Ricardo para o quarto, será que temos explicações? Foi estranho, concordam?

Bom, por hoje é só isso, e o capítulo de hoje é dedicado a um leitor que me acompanha em tudo, não é senhor Eslei? kkkkkkk Obrigada @EsleiMacedo pelo carinho desde de sempre e pela atenção não somente com os meus livros, mas comigo também :D

E não se esqueçam de deixar sua estrelinha para por um sorriso do tamanho do mundo no meu rosto ^^ Beijos e até breve ;*

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