Epílogo
Dois meses depois
Tomo um gole da minha água com gás enquanto encaro a mulher em cima do palco, dançando. Ela se agarra a barra de pole dance ao reproduzir seus passos com elegância e sensualidade.
Eu tenho vindo ver ela dançar a meses, mas fico vidrado toda vez. É impressionante a habilidade que ela tem e eu adoro observá-la. Não apenas aqui, mas na nossa casa também, desde que eu instalei uma barra de pole dance no nosso quarto. Foi uma surpresa e Genevieve me recompensou da melhor forma. Além disso, ela também tem feito aulas em uma academia no centro.
Quando o show termina, me junto às pessoas aplaudindo. Muitas delas são homens os quais tenho vontade de quebrar a cara por estarem olhando para a minha mulher, mas tenho demonstrado ter bastante autocontrole ultimamente. Não apenas isso, mas eu sei que não preciso sentir ciúmes, apesar de não conseguir impedir o sentimento. Eu não sou de ferro.
Depois de alguns minutos, uma figura vestindo um vestido verde florido e de alças finas, aparece na minha frente. A roupa não combina com o lugar e ela também tirou a maquiagem pesada, além de soltar o cabelo. Ela está linda de toda forma.
— Você foi perfeita lá em cima — digo, puxando-a para um beijo.
— Você sempre diz isso. — Genevieve ri após nos afastarmos.
— E é sempre verdade. Aqui, beba isso. — Lhe entrego uma garrafa de água, como todas as noite que ela vem dançar e eu a acompanho.
— Obrigada.
— Pronta pra ir?
Ela anue e nós fazemos nosso caminho para fora da boate, com minha mão na sua enquanto abro caminho para passarmos.
É sábado, então o lugar está cheio. Genevieve geralmente dança apenas dias de semana, mas hoje uma das colegas de palco dela não pôde vir e ela se ofereceu para substituí-la.
Ao chegar do lado de fora, um manobrista vai pegar o meu carro enquanto esperamos.
— Nós vamos almoçar na casa dos seus pais amanhã? — Genevieve pergunta, verificando algo no celular.
— Não sei. Provavelmente.
— Acho que vou passar no apartamento da minha mãe depois.
— Tá tudo bem?
— Eu espero que sim.
Acaricio sua bochecha, querendo tirar essa expressão de frustração do seu rosto. Já até imagino: é algo relacionado a Emma. Sua irmã não está se adaptando bem à nova vida e Genevieve se sente responsável. Eu não vou me meter, mas odeio vê-la assim, ainda mais por causa da sua irmã, que fez tanto mal a ela.
Sua mãe, pelo menos, está feliz com as mudanças. Principalmente a do divórcio. Finalmente ela está livre daquele crápula. Ela e Genevieve saíram para jantar semana passada, quando saiu a decisão. E não comemoraram apenas isso, mas a prisão de Adrien também. Ele não vai apodrecer na cadeia, mas dez anos lhe cairão bem.
E com ele preso, a Bijoux Prescott está com um novo CEO: Orlon Salazar. Genevieve diz que ele é um homem bom, e eu espero que ela esteja certa. Nossas empresas ainda são rivais, mas agora não há nada pessoal envolvido, ou tramas para nos destruir.
O manobrista finalmente traz o carro e eu abro a porta para Genevieve, que entra. Eu dou a volta, entrando também e logo estamos em movimento.
— Você já mudou de ideia sobre o carro? — pergunto após alguns minutos.
— Não. Minha resposta ainda é a mesma: não vou deixar você me dar um carro de presente.
Reviro os olhos, mas não insisto. Tenho lhe feito essa pergunta todos os dias desde que ela recusou a primeira vez. Suas justificativas foram que agora ela recebe um salário muito melhor e é capaz de comprar o próprio carro.
Mas eu ainda vou lhe fazer a mesma pergunta amanhã.
— Acho que os documentos de Freya ficam prontos semana que vem.
— Já era tempo — digo. Finalmente, após tudo estar calmo definitivamente, assumi legalmente a paternidade de Freya. — Freya Josephine Prescott-Blackburn. Soa bem melhor assim.
— Rá, rá, convencido.
Dou de ombros, sorrindo. Ela sabe que estou certo.
Após dirigir por mais alguns minutos, paro o carro quando o semáforo fica vermelho, como todos os outros motoristas.
A diferença é que eles não estão descendo dos seus veículos.
— O que você está fazendo? — Genevieve pergunta, ainda dentro do carro e com certeza, confusa.
Ao invés de responder, vou até a porta do passageiro e abro, oferecendo minha mão para ela.
— Vem.
— O quê? Você parou o carro no meio da pista! — Seus olhos estão arregalados enquanto ela olha para os lados.
— Eu sei e é por isso que você tem que se apressar. Vamos. — Tiro seu cinto e puxo-a para fora.
Ela não tem muita escolha a não ser sair.
Assim que ela faz isso, eu me ajoelho à sua frente.
— Eros, o que… — Genevieve começa boquiaberta, os olhos mais arregalados que antes.
— Eu te amo — digo, sentindo meu coração bater descontroladamente enquanto seguro sua mão e encaro seus lindos olhos azuis. — Eu te amo tanto que não consigo lembrar de algum momento em que eu não estive amando você. E eu quero passar cada dia da minha vida ao seu lado, ao lado da nossa filha.
Respiro fundo apertando sua mão.
— Amor, você aceita se casar comigo?
Para minha surpresa e alívio, Genevieve dá um gritinho.
— Sim. Oh, meu Deus, é óbvio que eu aceito me casar com você!
Sorrindo – em parte aliviado – fico de pé e abraço sua cintura, girando-a no ar enquanto Genevieve abraça meu pescoço, rindo.
— Ela disse "sim"! — grito para o mundo ouvir.
Genevieve ainda está rindo ao mesmo tempo que ouvimos carros buzinando e as pessoas dentro deles gritando e aplaudindo.
Minha noiva segura meu rosto em suas mãos e me beija enquanto ponho-a no chão.
— Eu te amo — sussurra. — Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo!
— Eu também te amo.
— Nós estamos na Michigan Avenue.
— Estamos sim.
Quando inventamos esse noivado falso, Genevieve e sua mente intoxicada pelos romances que ela lê, inventaram que eu a pedi em casamento no meio da Michigan Avenue.
— Eu achei que seria interessante reproduzir. — Encolho os ombros, fazendo-a rir novamente. — E como você já tem uma anel de noivado… — Lhe dou um olhar acusatório antes de tirar um colar do bolso.
A corrente é de ouro ouro puro, assim como o coração pendurado nele. Dentro, ao abrir, há uma foto onde estamos Freya, Genevieve e eu.
— Eros… Eu amei. Obrigada. — Antes que ela me beije de novo, no entanto, ouvimos as buzinas novamente.
— Parece que eles cansaram de nos assistir — Genevieve sussurra.
Mas eu não me importo. O mundo inteiro pode sumir agora e eu ainda teria olhos só para ela, para essa mulher que abalou completamente o meu mundo e me mostrou um ainda melhor. Um no qual eu sou um homem completo e loucamente apaixonado. E tudo graças a ela e a nossa filha.
Minha família. Uma que eu não sabia que precisava, mas que agradeço todos os dias por ter encontrado.
— Vamos — digo, o sorriso nunca deixando meus lábios. — Vamos para casa.
FIM
💎
Meus Deus, é oficial, acabou😭😭😭😭
Vcs podem ter estranhado e até se decepcionado pelo epílogo ser curtinho, mas eu não poderia fazer de outro jeito sem afetar o futuro dos outros livros da série...
No entanto, gostei muito de como acabou e espero de coração que vcs também ♥
Não se esqueçam do capítulo de "Agradecimento" logo em seguida!
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2bjs, môres♥
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