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⁶|Atuação de noivos felizes

    Genevieve tem uma filha.

     Esse pensamento martela na minha mente até agora, na quarta-feira de manhã enquanto me arrumo para o trabalho.

     Eu nunca poderia imaginar. Nunca pensei nela como mãe, mas vê-la com a Freya — eu tenho ignorado a ironia do seu nome — foi como um tapa na minha cara. Quando ela me contou o que seu pai fez… Se eu já odiava Adrien antes, agora nem sei como chamar a vontade de ir até sua casa e fazê-lo implorar pelo perdão de Genevieve. Ou matá-lo.

     Apesar do meu… desprazer pela mulher antes, eu a admirava relutantemente pelo seu trabalho. Agora, sabendo o que ela precisou passar, que cuida daquela garotinha sozinha e precisa morar naquele lugar para que ela possa ter uma boa educação… Algo mudou, sim, definitivamente na forma como a vejo e de repente me sinto mal por todos esses anos tratando-a como alguém que deveria agradecer por se quer estar em minha presença.

    Estou entrando no meu carro quando ligo para Kate.

Sentiu tanta saudade que não pôde esperar até me ver na empresa? — Kate cantarola do outro lado da linha.

— Sim, senti que iria morrer se não ouvisse a sua voz. — Reviro os olhos, apesar de sorrir um pouco. Kate e Genevieve parecem ter algo com o sarcasmo.

Awn, você é tão fofo.

     Balanço a cabeça, ligando o motor.

— Preciso que ache uma coisa pra mim. Um endereço, na verdade.

Vou ser presa por isso?

— Depende.

Tô dentro.

❦︎

    Entro em meu escritório, mas paro assim que vejo a mulher na mesa do outro lado da sala.

— O que está fazendo aqui? — pergunto ao invés de dar bom dia.

— Até onde eu sei, não fui demitida. — Genevieve arqueia a sobrancelha ruiva para mim. Está usando uma calça jeans e uma blusa social tão azul quanto seus olhos. Um bom dia, então.

— Freya está bem? — Não percebi que tinha me aproximado da sua mesa até ela levantar o rosto para me olhar.

— Sim, obrigada por perguntar.

    Anuo. Penso em dizer alguma coisa, qualquer coisa, mas nada deixa meus lábios, então lhe dou as costas e vou para minha mesa.

— Que horas vamos hoje à noite? — Genevieve pergunta quando me sento. Eu paro, franzindo as sobrancelhas.

— Para…?

— O jantar com a sua família. Você esqueceu?

— Não, mas achei que com Freya doente…

— Oh, certo… Mas ela está melhor, então por mim tudo bem. Ou você quer  marcar outro dia…?

     Considero isso. Eu nem mesmo cheguei a contar à minha mãe que havíamos decidido um dia. Dizer a ela agora seria muito em cima da hora, mas…

— Não. Vamos acabar logo com isso.

    Eu ligo para minha mãe em seguida, avisando. É claro que ela tem um pequeno infarto porque está em cima da hora, mas diz que dará um jeito. Simples assim.

❦︎

     Antes de ser Designer de Joias, pensei que assumiria o lugar do meu pai como CEO. Eu sabia que alguém tinha que fazer isso e Anthony era muito novo, e Kalhil não dava — e não dá — a mínima para nada, então estava disposto a estudar para assumir o cargo do meu pai, mesmo que eu gostasse mais de desenhar. Mas meu pai não deixou que eu colasse as necessidades da família na frente dos meus sonhos.

     Ele sempre foi melhor para nós do que a nossa mãe.

— Cunhada, que prazer em vê-la. — Ouço a voz de Anthony e ergo o rosto do meu trabalho. Eu não o ouvi entrar e Kate certamente não avisou da sua presença.

— Oi, Anthony — Genevieve o cumprimenta de volta, também tendo sido interrompida dos seus afazeres.

— O que você quer? — pergunto a Anthony, mas ele nem olha para mim, focado na ruiva.

— Eu vim te desejar meus pêsames. Quer dizer, meus parabéns pelo casamento.

— Noivado — Genevieve o corrige.

    Anthony olha para mim por cima do ombro, a sobrancelha arqueada.

— Parece que ela está com muita pressa para se casar com você, irmão.

— Se você não tem nada de interessante para fazer aqui, vá embora. Estamos tentando trabalhar — digo a ele.

    Meu irmão revira os olhos, lançando um olhar de desculpas para Genevieve antes de caminhar até minha mesa.

— Lorelei quer saber quando irão fazer uma declaração.

— Declara… — Mas paro de falar e encaro Anthony friamente. — Você contou para ela do noivado?

— Era segredo? E antes que você comece a dar seus chiliques, é melhor que a imprensa saiba disso por nós e não distorça tudo como sempre faz.

    Tensiono a mandíbula. Ele está certo. Eu bem sei como esses paparazzis e jornalistas gostam de distorcer a história. E agora com Genevieve envolvida nisso e por minha causa…

— Ok? — Anthony pergunta quando não digo nada. Posso sentir a atenção que vem do outro lado da sala, mas não olho para ela.

    Fixo minha atenção em Anthony.

— Apenas digam o básico: nos conhecemos há três anos, quando ela veio trabalhar para mim, mas há apenas um ano nos envolvemos e eu a pedi em casamento há dois meses.

    Anthony anota isso em seu celular enquanto eu penso como foi bom pesquisar o Instagram de America e ver quando Noah fez o pedido. Foi há um mês, então não podem dizer que eu estou seguindo o exemplo.

— E quanto a família de Genevieve? — meu irmão torna a perguntar.

— O que é que tem?

— É de conhecimento público a rixa entre nossas famílias. O que devemos dizer sobre isso?

    Olho para Genevieve então.

— Isso é com você.

    Ela morde o lábio, hesitante e mesmo de longe, acompanho o movimento, como um tarado. Preciso desviar os olhos quando percebo o que isso está fazendo comigo.

— Qualquer pessoa desse meio social sabe que não acompanho minha família em eventos. Não sei a desculpa que eles dão, mas pode dizer que cortei laços com eles há seis anos.

    Anthony anue e pergunta mais algumas coisas antes de ir.

    Agora é esperar até a noite.

❦︎

    Genevieve saiu mais cedo para poder se arrumar, mas ela ainda está atrasada, mesmo com uma hora de antecedência. E como odeio esperar, me vejo subindo outra vez as escadas do seu prédio.

    Nós não conversamos muito pelo resto do dia e prefiro acreditar que foi porque estávamos muito ocupados com o trabalho, do que por alguma… estranheza entre nós.

    Vestindo um terno completo, bato na porta do apartamento de Genevieve.

    Espero cerca de dez segundos antes que a figura pequena que se parece muito com sua mãe, abra a porta.

— Oi — diz, olhando-me com seus olhos azuis.

— Olá. — Sorrio um pouco, pondo as mãos nos bolsos. Freya olha para mim, parecendo procurar alguma coisa.

— Você não trouxe flores — fala.

     Arqueio a sobrancelha.

— Eu deveria?

— Sim! Você está levando a mamãe para um encontro. Tem que trazer flores!

    Dou risada. Essa garota é esperta.

— Sinto muito. Eu esqueci. Você acha que ela vai me perdoar?

     Freya parece considerar isso.

— Já sei! Fica aqui, eu já volto! — Então ela sai correndo. Não para dentro do apartamento, mas para fora.

— O que você… — Mas ela já desceu as escadas.

    Estou considerando se devo ir atrás dela, quando ouço passos e olho de volta para o apartamento.

— Onde está Freya? — Genevieve pergunta.

    Eu tento responder, mas minha concentração está nela: seu vestido roxo rodado, abaixo do joelhos, mas que mesmo assim marca suas curvas. Seu decote é reto, mas mais revelador do que eu já a vi usar e tenho certa dificuldade de tirar meus olhos de lá e subir para seu rosto. Sei que é um erro fazer isso, principalmente quando a visão dela faz, por algum motivo, meu coração disparar. Ela não parece estar usando mais maquiagem do que no dia a dia normal, mas algo está diferente nela, em seu cabelo jogado por cima de um ombro ou em seus lábios pintados de um rosa fraco.

— Ela… Ela saiu — consigo dizer, minha voz rouca.

— Sinceramente, não sei o que faço com essa garota — Genevieve resmunga, pegando uma mochila do Homem-Aranha no sofá, ignorante ao abalo que causou em mim. — Eu estou cansada de dizer para ela não sair sem me avisar, nem que seja para a casa do Kevin.

    Isso me tira do meu transe. Pelo que eu bem me lembre, ainda não recebi uma explicação de quem é esse homem.

— Desculpe, eu estou aqui falando e você não tem nada a ver com isso. — Genevieve suspira, balançando a cabeça. — E sim, eu sei que estou atrasada. Foi mal, eu estava ajudando Freya com o dever de casa.

— Sem problemas.

    Genevieve ergue as sobrancelhas.

— "Sem problemas"? Você sempre surta quando eu me atraso um minuto sequer. — Ela me lança um olhar da janela, onde parece estar conferindo para ver se está mesmo fechada.

— É, mas isso aqui não é trabalho e querendo ou não, você está me fazendo um favor.

    A mulher põe as mãos na cintura, sua atenção total em mim enquanto semicerra os olhos.

— Você está estranho. Nunca admitiria isso sem o mínimo de coação.

    Reviro os olhos. Talvez ela esteja certa e eu esteja meio estranho, mas não vou admitir isso também.

— Adiante. Dessa forma só vamos chegar lá na hora da sobremesa. Já basta eu ter dirigido até esse fim de mundo onde você mora.

— Melhor — Genevieve parece satisfeita que eu tenha "voltado ao normal".

    Ela ainda está checando se está tudo ok no apartamento quando sinto um puxão no meu braço.

    Olho para baixo, para Freya.

— Toma. — A garota empurra um buquê de margaridas para mim. — Agora você tem flores para dar a ela.

— Freya! Você roubou as flores da senhora King? — Genevieve parece horrorizada.

    Freya dá de ombros.

— Ela ia jogar fora como sempre faz — é a resposta da garota, antes de empurrar o buquê para mim de novo, que ainda tenho as mãos dentro dos bolsos.

    Sem escolha, eu pego, olhando para as flores com as sobrancelhas franzidas.

— Ótimo, eu criei uma ladra!

    Freya ignora a mãe, me dando um empurrão. Eu não saio do lugar e ela sussurra para mim:

— Você precisa entregar a ela! — Ela bate na própria testa, suspirando e balançando a cabeça como se eu fosse burro.

     Olho para Genevieve, minhas sobrancelhas erguidas agora. Parece que a filha dela andou assistindo muita comédia romântica. Ela também nota isso, suas bochechas vermelhas quando ela percebe o porque da Freya ter trazido esse buquê.

    Antes que a própria Freya me arraste até sua mãe, vou até Genevieve e lhe ofereço o buquê.

— Para você — digo, tentando não rir.

     Freya surge ao lado da mãe e lhe cutuca como fez comigo.

    Genevieve aceita, lançando um olhar penetrante à filha antes de forçar um sorriso para mim.

— Eba! — Freya bate palmas, feliz que a sua missão deu certo.

— Eu vou… colocar isso na água — Genevieve murmura antes de me dar as costas. O termo "fugir" seria mais adequado.

— É a primeira vez que a mamãe ganha flores — Freya sussurra para mim. — Acho que ela ficou nervosa.

     Interessante. Se esse Kevin fosse alguém com quem ela tivesse algum envolvimento romântico, ele certamente lhe daria flores.

    Olhando em volta do apartamento — ignorando a pintura manchada e os móveis gastos — há vasos de plantinhas no parapeito da janela acima do sofá, na mesa de centro, no rack… Não me surpreende que ela goste de coisas ligadas à natureza. Talvez isso seja algum estereótipo para com pessoas ruivas.

    Quando Genevieve volta, avisando que está pronta, saímos do apartamento. Ao que parece, Freya ficará com esse tal de Kevin, o que significa que Genevieve confia muito nele se deixará sua filha aos seus cuidados. Isso também indica que provavelmente não deve ser a primeira vez.

    Paramos no segundo andar e eu acompanho as duas até o apartamento de número 4. Genevieve bate na porta antes de se agachar para poder falar com a filha.

— Comporte-se e nada de dormir tarde hoje, ok? Você tem escola amanhã. Eu vou ligar para lhe dar boa noite — diz à filha.

     Freya anue obedientemente antes de abraçar a mãe.

    Nessa hora, a porta do apartamento é aberta, revelando um homem negro, alguns centímetros mais baixos que eu, vestindo um pijama laranja.

— Chérie, você está um arraso — o homem diz assim que Genevieve fica de pé.

— Obrigada, Kevin. Por ficar com ela também. Tô te devendo uma.

    Então esse é o tal do Kevin?

— Relaxa, gata, vou colocar na conta. — Kevin a dispensa com um gesto com a mão. Seus olhos deslizam para mim e ele ergue as sobrancelhas, olhando-me de cima a baixo. — Esse deve ser o chefe gostosão de quem você tanto fala.

    Genevieve engasga e eu estaria a meio passo de fazer isso se não tivesse achado o comentário interessante. Então ela fala de mim?

    Aposto que estou sorrindo quando os olhos azuis da mulher me encaram.

— Nós conversamos sobre o quanto você é insuportável e egocêntrico. Além de algumas formas de te matar — diz para mim, suas bochechas atingindo um tom de rubro.

— Sei — murmuro. Genevieve revira os olhos, voltando-os para Kevin.

— Viu? Agora ele vai ficar se achando ainda mais.

— E com razão — é o murmúrio de Kevin antes de pigarrear. — Vamos, pirralha. Sua mãe tem um encontro e nós estamos atrapalhando.

— Não é um encontro. E, Freya, você nunca atrapalha, querida.

    A garotinha ri.

— Tá bom, mamãe. Tchau! — E corre para dentro do apartamento.

— Andando, vamos! Xô, xô, xô. — Kevin empurra Genevieve que ainda estava hesitante, como se fosse difícil deixar a filha. Imagino que seja, um laço entre uma mãe e um filho é algo inexplicável.

— Cuide dela e não deixe que assista muita TV…

— Eu sei, eu sei. Tchau. — Ele bate a porta.

    Acho que Genevieve vai bater e chamá-lo outra vez, mas ela suspira, dando as costas e vindo em minha direção.

— Agora quem é a obcecada? — provoco-a, lembrando-a das suas palavras ontem.

— Não fique animadinho até ouvir todas as brilhantes formas que eu pensei em acabar com a sua existência irritante — atira de volta, nós dois descendo as escadas, com ela na frente.

— Eu adoraria ouvir.

— Claro que sim, você é um sádico.

    Passo por ela, parando um degrau abaixo dela e em sua frente. Genevieve se eleva um pouco sobre mim e eu encaro seus lábios ao perguntar:

— Essa é mais uma das suas fantasias? Acha que eu tenho prazer em sentir dor?

    Seu peito sobe e desce com respirações profundas e ergo os olhos para os seus, satisfeito com a fúria e algo mais… algo que me dá muita satisfação.

— Acho — Genevieve sussurra, inclinando-se para dizer em meu ouvido, me dando uma vista privilegiada do seu decote. — Essa é a única explicação para você estar sempre tão desesperado para que eu pise no seu ego.

    Então ela empurra meu ombro e passa por mim.

    Mordo o lábio para não sorrir, não demorando muito para seguir atrás dela.

❦︎

        Durante o trajeto até a casa dos meus pais, tentei não notar as mãos de Genevieve se contorcendo em seu colo, único sinal de nervosismo que ela mostrou. Estranhamente, quis estender minha mão e segurar as suas para acalmá-la. A situação seria no mínimo esquisita, como esse pensamento passageiro foi, por isso não fiz nada e fingi não notar.

    Agora abro a porta da casa, não surpreso por estar destrancada, já que estão à nossa espera. Uma mão minha está entrelaçada à de Genevieve, lembrando do nosso papel hoje a noite, além de ser uma justificativa para tocá-la.

— Mãe, pai? — chamo por eles quando não vejo ninguém na sala de estar ou de jantar. Eu sei que Carlota não se esqueceu porque me mandou mensagem há uma hora perguntando se já estávamos chegando.

     Estou prestes a pegar meu celular para ligar para meu pai, quando noto a porta que dá para a área de fora, entreaberta.

    Ao me aproximar e ao abrir, congelo.

Surpresa! — todos dizem. E quando digo todos, quero dizer um número grande de pessoas, talvez cinquenta. Talvez mais.

    Acho que Genevieve se assusta ao meu lado, pois sinto um aperto em minha mão. Mas estou tentando não fuzilar minha mãe com os olhos para poder lhe dar atenção.

— Finalmente vocês chegaram! Estávamos preocupados que não viessem — Carlota diz, enquanto os outros convidados riem.

    Ela caminha até nós com meu pai e eu forço um sorriso para as pessoas que estão nos observando.

— Mas que porra é essa? — sussurro quando meus pais estão próximos o suficiente para me ouvir, esperando que meu sorriso não se transforme na careta que quero fazer.

— Sua festa de noivado — papai diz simplesmente, dando tapinhas em meu ombro. — Pedimos desculpas por tomar essa liberdade, mas achamos que fosse gostar, filho.

— Eu posso saber de quem foi essa incrível ideia? — pergunto, minhas bochechas doendo de manter a farsa de noivo feliz com a surpresa.

— Minha, é claro. — Anthony surge ao lado de Carlota, piscando um olho para mim. Desgraçado.

— Algum problema, querido? — A mulher parece genuinamente preocupada. — Nós sabemos que você se tornou um pouco… reservado, mas achamos que ficariam felizes com a surpresa.

    Eu estou prestes a dizer o quanto eu estou feliz, quando Genevieve dá um passo à frente.

— Nenhum problema, Sra Blackburn. — Ela sorri para minha mãe. — Eros só está surpreso. Eu também, na verdade. Não é, meu amor? — Suas unhas cravam em minha pele.

— Sim. É isso mesmo. — Aperto sua mão de volta. Olho para meus pais. — Pai, Anthony, vocês já conhecem a Genevieve. Mãe, essa é Genevieve, minha noiva.

— Sim, é um prazer recebê-la em nossa família. — Papai a cumprimenta com um aperto de mão, enquanto meu irmão mais novo a sauda com a taça de champanhe.

— Com certeza. Ficamos muito felizes que nosso Eros tenha conhecido alguém tão adorável. — Mamãe a abraça enquanto eu reviro os olhos.

— A senhora nem a conhece — resmungo.

— Não preciso. Ela deve ser forte e determinada para poder aguentar você — Carlota retruca.

— Nossa, muito obrigado. — Olho feio para ela enquanto Anthony engasga com o champanhe e Genevieve ri.

— O prazer é todo meu, Sr e Sra Blackburn. — a mulher ao meu lado diz. — Confesso que conviver com seu filho é lutar uma batalha todos os dias.

— Iden — digo a ela, que me ignora.

— Nós sabemos, querida, acredite. — Carlota sorri, a traidora. — Enfim, venham. Não vamos mais alugar vocês.

    Apesar da minha família e Genevieve gostarem de me caluniar, preferiria ficar com eles parados na entrada do que ter que socializar com essas pessoas.

    Genevieve parece saber o que estou pensando, porque diz para mim, baixo e apenas para que eu ouça:

— Se esforce um pouco, você está noivo de uma mulher incrível e deslumbrante por quem você é completamente apaixonado. Conheço alguns homens que estariam mais animados se estivessem em seu lugar.

— Eu não desejaria esse mal nem para o meu pior inimigo.

    Genevieve belisca meu bíceps e eu paço o braço por sua cintura, apertando-a. Seu corpo fica tenso e nem sei se ela está respirando.

— Comporte-se ou vou afogá-la na fonte que tem atrás da casa — aviso quando começamos a seguir meus pais.

    Esse comentário parece fazê-la relaxar, pois ela diz de volta:

— Apenas se você ainda tiver forças depois que eu envenenar a sua bebida.

    Eu sorrio, então começamos a nossa atuação de noivos felizes.

❦︎

    Genevieve é melhor com as pessoas do que eu. Enquanto tentei com muito afinco não ser rude com as pessoas — o que acabou resultando em frases com três palavras, sempre — Genevieve é toda sorrisos, como uma noiva que acabou de ganhar uma festa de noivado surpresa deveria ser.

    Eu a ouvi contar sobre a "nossa emocionante história de amor" e me perguntei se era possível afogar alguém com uma taça de champanhe.

— Depois de dois anos implicando comigo, ele finalmente confessou que agia assim porque não sabia outra forma de esconder seus sentimentos — ela disse a três casais próximos que estavam curiosos sobre nós. — Ele estava tão nervoso quando se declarou. Não é, amorzinho?

    Amorzinho? Quase gritei, mas forcei um sorriso, apertando meu braço em volta dela.

— Sim, eu achei que fosse vomitar. Foi uma experiência que eu não desejo repetir.

    Genevieve riu, me dando um tapa.

— Você tem um senso de humor tão engraçado, meu amor. — Ela quase engasgou com as últimas palavras, mas não acho que alguém mais notou além de mim. — Contamos a eles do pedido?

— Sim! Nós precisamos saber de tudo! — uma mulher com mais joias do que senso de moda, disse, seguida por outros.

— Nós tínhamos brigado, sabe — Genevieve contou, um sorriso secreto nos lábios, por um momento me lembrando… — E eu saí, abalada. Ele conseguiu me achar, e bem no meio da Michigan Avenue, ele se ajoelhou e fez o pedido. Ele chorou. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.

    Ela disse isso com a mão no peito, suspirando e deixando a vista de todos o brilhante anel de safira em seu dedo. Os murmúrios sonhadores das mulheres quase me fizeram revirar os olhos.

    Então sim, Genevieve é muito melhor nisso do que eu, mesmo que eu queira esganá-la. Quer dizer, chorar? E na Michigan Avenue? Ela definitivamente tem uma imaginação e tanto.

— Você não chora desde o dia que a nossa adorável mãe foi embora. — Khalil aparece ao meu lado com um copo de gin.

— Cale a boca — resmungo, cruzando os braços. Ele está certo e Genevieve não sabe disso ou teria sido mais economista com a sua imaginação.

— Acalme todo esse mal humor, nem parece que está noivo.

    Lanço a ele um olhar e depois forço um sorriso. Khalil revira os olhos, tomando um gole da sua bebida. Dou uma olhada nele, surpreso por vê-lo de terno. O cabelo ainda é uma bagunça úmida, mas ele está apresentável.

— Quanto Anthony deu a você para que parecesse uma pessoa normal essa noite? — pergunto.

    Aquela diversão fria desaparece quando ele tensiona o maxilar.

— Não posso fazer nada por boa vontade?

— Apenas se estiver drogado. Ou bêbado. — Olho de forma significativa para o seu copo.

— Foda-se. — Khalil empurra a bebida para mim e eu pego antes que caia, observando-o se afastar.

    Suspiro, mas não vou atrás dele. Uma briga familiar agora não seria uma boa ideia.

    Como viemos com o motorista da empresa, estou livre para beber hoje sem ter que me preocupar porque vou dirigir, então bebo o gin do seu copo.

    Ou o que eu acho ser gin. É água.

    Franzindo as sobrancelhas, procuro por Khalil, mas ele já não está mais à vista.

    Ainda estou confuso quando Anthony surge em minha frente, segurando meu ombro.

— Não surte — começa — mas Tobias está na cidade e papai o convidou.

— Essa noite não podia ficar pior — resmungo.

    Tobias é nosso primo — meu e de Khalil, na verdade — por parte de mãe. A mulher não tinha família além da irmã, que faleceu anos antes de ela nos abandonar. Quando ela se foi, o pai de Tobias morreu em serviço pouco antes de o filho completar dezessete anos. Meu pai, que tem um bom coração, acolheu Tobias. Eu já tinha ido para faculdade naquela época, sou três anos mais velho que ele, mas nas raras ocasiões que nos encontramos, sempre alfinetamos um ao outro.

    Meu pai pagou os estudos de Tobias quando esse foi para Oxford. Eu fui vê-lo uma vez lá, não por vontade própria, mas porque Khalil tinha saído da reabilitação e ido se aventurar na Inglaterra com nosso primo. Foi a porra do final de semana mais doido da minha vida, principalmente porque eu tinha acabado de terminar com America e tudo que menos precisava era estar longe, mas sim tentando fazê-la voltar para mim. Acontece que eu pisei na bola, deixei Khalil me convencer a termos um final de semana só de irmãos, deixei que ele bebesse quando estava fora da reabilitação há apenas alguns dias. Eu mal me lembro do que aconteceu, bloqueei totalmente a minha memória e pedi desculpas a America quando voltamos. Me pergunto se ela me perdoou mesmo ou foi ali que tudo entre ela e Noah começou.

— Na verdade… — Anthony hesita, olhando por cima do meu ombro. — Ele acabou de chegar.

    Eu não preciso olhar para saber que ele está certo. Apenas uso meus últimos momentos para respirar em paz.

— Você não está fugindo de mim, está? — Genevieve aparece ao lado de Anthony.

— Por incrível que pareça, amor, você não é a pessoa mais irritante aqui no momento.

— Além de você, quer dizer? — Genevieve bate os cílios, um falso sorriso doce em seus lábios.

— Vocês são… — Anthony começa, provavelmente para fazer algum comentário idiota, mas ouvimos uma voz atrás de mim.

— Veja só se não são os irmãos Blackburn!

    Lanço um olhar de raiva a Anthony por ter deixado nosso pai convidar Tobias e olho para Genevieve, que ficou branca como papel.



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Oiê, desculpem -me pela falta de capítulo ontem, avisei no mural que não estava possibilitada de postar ontem.

Mas enfim, gostaram do capítulo?

Qual o(a) personagem preferido(a) de vocês até agora?

Me: a Freya, ela é muito pitica😭❤️

Até sexta-feira, galera <3

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2bjs, môres♥

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