Capítulo 44
Deixo você me cortar só para me ver sangrar
Desisti de quem eu sou para ser quem você queria
Não sei por que espero pelo que não vou receber
Seduzido pela promessa da máquina do vazio
The Emptiness Machine | Linkin Park
Semanas depois...
Quando as notícias se espalharam, acabei me trancando no apartamento de Victor e deixei que todos pensassem que eu não tinha nada a ver com a mulher que matou a ex-vizinha por causa de dinheiro. Jamais pensei que minha mãe fosse chegar a esse ponto por causa de sua ambição, mas Victor já tinha me alertado sobre suas atitudes impulsivas. E ainda restava saber quem havia ligado tanto para ela durante aquele período em que a mesma estava a minha procura. Sarah chegou a me visitar algumas vezes depois disso e pediu para que tivesse cuidado, pois ela poderia me descobrir aqui e tentar fazer algo comigo. Eu ainda duvidava que ela fosse capaz de tanta maldade, principalmente comigo que querendo ou não, era sua filha.
Victor não duvidada e por isso estava tomando todos os cuidados necessários, as vezes preferia trabalhar de casa com medo que alguém estranho invadisse o apartamento e me sequestrasse. Era um exagero de sua parte, mas os pensamentos dele estavam num nível extremos por causa das atitudes malucas da minha mãe.
Segundo Sarah, Victor estava certo, eu precisava de segurança e rezar para que a mesma não me encontrasse. O tempo passou e outras notícias chegaram, esquecendo um pouco o caso de homicídio que a minha mãe protagonizou. Eu já estava no nono mês de gravidez e prestes a dar à luz, terminei de arrumar as bolsas da maternidade e fui para sala, especificamente hoje, Victor precisou ir para o trabalho e garantiu que voltava cedo. Me sentei no sofá e peguei o livro que estava finalizando. Era a história de um príncipe perdido que lutou muito para conquistar seu lugar como verdadeiro herdeiro do trono de Icemet. Embarquei na leitura e de repente cochilei no sofá, acordei assustada com uma grande pontada na barriga, parecia que algo dentro de mim se partia ao meio de tão forte que a dor estava. Tentei pegar o celular na mesinha e outra onda de dor seguida de um liquido descendo por minhas pernas se fez presente. Olhei para baixo e vi tudo molhado, então a ficha caiu, eu estava prestes a conhecer o meu filho que a 9 meses carrego dentro de mim. Nem acreditei quando consegui pegar o celular e liguei para Victor, mas o mesmo estava em caixa postas, aquilo me frustrou, pois não queria ter que ligar para a sala dele, pois com certeza a secretaria atenderia, e a mesma não gostava de mim pelo simples fato de que tinha um caso fixo com ele antes de nos conhecermos e segundo pessoas da empresa, o mesmo havia a deixado para assumir o nosso filho. Jamais cobrei algo a Victor, mas ele mostrou interesse e eu apenas aproveitei porque já o amava desde a nossa primeira noite.
Quando disquei o número de Sarah a mesma atendeu prontamente, contei a ela o que estava acontecendo e a mesma se desesperou, pois, estava vindo me fazer uma visita àquela hora e precisava me dizer algo. Infelizmente eu não tive tempo de escutar pois a dor se tornou insuportável e eu precisava ir para o hospital urgentemente. Quando Sarah chegou no nosso andar, a mesma apertou um botão e com o comando de voz consegui abrir a porta, pois Victor havia comprado esse novo interfone tecnológico como sistema de segurança avançado criado pela empresa multimilionária em que trabalhava.
A Antonelli's Empress era referência quando o assunto era tecnologia, pois o fundador Elvis Antonelli estudou e fez a marcar brilhar nas paradas digitais. Quando o mesmo me contou um pouco da história da empresa, fiquei chocada com tantos projetos que só fazem sucesso e era por isso que a família era tão rica, porque a empresa não parava de inovar. Um dia eu quis fazer parte desse meio, mas hoje prefiro muito mais a vida simples que levo com Victor, pois sei que aqui na nossa bolha eu me sinto em paz e segura.
— Amiga, pelo amor de deus! Quando pensei em visita-la não imaginei que chegaria no momento certo. — Falou, correndo para o quarto e pegando as bolsas de Carlos Eduardo que eu havia deixado prontas para qualquer eventualidade.
— Você disse que precisávamos conversar! — Falei, um pouco ofegante pela dor insuportável.
— Depois, agora precisamos ir para a maternidade, já ligou para o Victor? — Perguntou, me ajudando a levantar, pois a dor não me deixava ficar em pé de tão forte que estava.
— Eu tentei, mas só cai na caixa postal.
— Vou tentar ligar quando chegarmos no hospital.
Fomos andando em direção a porta e por pura coincidência um dos vizinhos nos viu e depois de nos cumprimentar, nos ajudou a chegar até o carro, pois minhas pernas estavam moles e tudo o que eu queria era que o meu filho nascesse e aquela dor insuportável passasse. Olhei em volta e não encontrei nada de suspeito, pois o vizinho resolveu nos levar para que eu não perdesse tempo esperando um carro por aplicativo ou meu filho nasceria aqui mesmo nessa garagem cheia de poeira e bactérias. Minutos depois estávamos no hospital, nos registramos e Sarah tentou ligar para Victor, eu precisava dele e o mesmo odiaria perder o nascimento do nosso filho. Quando os enfermeiros vieram, olhei para Sarah e pedi silenciosamente para que não me deixasse sozinha. A mesma entendeu e me acompanhou até a sala onde me preparariam para a cesariana, pois por conta do breve sangramento que tive no início da gestação a medica achou melhor optarmos por uma cesárea do que correr o risco de perdermos ele. Fizemos a escolha certa e agora nosso filho nasceria bem e saudável. Chorei ao ver os médicos e enfermeiros correndo para me preparar para a cirurgia. Sarah pegou o telefone e sorriu ao avistar o visor.
— Victor recebeu o meu recado, ele está a caminho!
❤️❤️❤️
Beijos e até o próximo capítulo...
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