Capítulo 33
Não adianta fugir, os sentimentos aparecem sem você perceber...
Meses Depois...
A véspera de natal é uma data especial, onde todos se reúnem para comer, beber e jogar conversa fora. Era bastante comum passar as festas de fim de ano na casa dos meus pais em Los Angeles, mas por causa de algumas complicações na gravidez de Aline, precisei adiar. Porque o médico achou melhor mantê-la em casa de repouso. E para não a deixar desanimada, fizemos alguns planos. Pedi que fizesse uma lista e providenciei basicamente tudo. Ela decorou o apartamento e preparou uma ceia simples.
Era difícil conviver e controlar tudo o que fazia, brigávamos a maior parte do tempo e depois dávamos um jeito de nos entender. Meses atrás tentei ser legal com ela depois de um momento extremamente intimo que tivemos no hospital, mas como o médico havia proibido relações sexuais excessivas, preferi não arriscar e naquele dia ficamos apenas nas preliminares.
Aline era fogosa e provocava quando tinha oportunidade, mas aproveitei aquela recomendação para me manter distante. Quando a apresentei a meus pais naquela noite, mamãe fez um escândalo pelo neto que estava prestes a ganhar. Viajaram as presas para cá e acompanharam algumas consultas medicas. Nisso dona Agnes fez uma grande amizade com Aline e eu soube que as duas tramariam para que eu me rendesse e caísse nos jogos de sedução e finalmente assumi-la como mulher. Conversei com a minha mãe em particular depois sobre o assunto e confessei que não tinha aquela intenção, ainda não estava pronto para dar aquele passo.
Aline entendia, apesar de ficar chateada e não desistir. Odiava vê-la triste pelos cantos, sem saber nada da família que infelizmente não fazia tanta questão de sua presença. Tentei conversar, mas ela ainda não se abriu totalmente comigo, falou apenas o básico. Tentamos ir até a casa onde a mãe vivia com o namorado. Encontramos vizinhos e disseram que eles haviam se mudado, pois a situação se complicou e até polícia chamaram para resolver a questão.
Ela não ficou surpresa, parecia conhecer e saber das coisas sobre a situação em que a mãe vivia. Apesar da curiosidade, não a pressionei e voltamos para casa. Sugeri que pedisse demissão do trabalho, para que ficasse tranquila e não se esforçasse demais. No início ela esperneou, brigou comigo, mas enfim aceitou. Garanti que enquanto estivesse aqui, nada faltaria. Não precisaria mais se preocupar com despesas. Fizemos o enxoval assim que soubemos o sexo, era um lindo menino e estávamos na batalha por nomes. Aline foi contra, mas chamei Diego para ser o padrinho e deixei que a madrinha ficasse por sua conta.
Sarah ficou feliz com o convite e nos ajudou em tudo, até na decoração do quarto. Meu apartamento era pequeno, mas consegui adaptar tudo para recebermos o nosso pequeno. Laura como sempre uma excelente arquiteta e arrasa no que faz.
Mandei uma mensagem para o meu amigo assim que anoiteceu, ele se encontrava no Brasil e os dias que passaria lá seriam tensos demais, pois em uma de nossas saídas comentou que reencontraria a prima que não via a muitos anos. No início, eu não entendi o teor da nossa conversa, mas depois de pensar melhor, decidi perguntar, mas como sempre ele era muito evasivo e não respondia as perguntas. O questionei sobre ter tido algo com a prima, e ele negou de imediato. Resolvi deixar para lá, ele não entraria nesse assunto e eu não queria insistir, mas algo naquela história me soava estranha e um dia eu saberia o que realmente aconteceu entre eles.
— A ceia está pronta. — Aline disse, indo até a mesa com uma travessa de lasanha fumegando nas mãos.
— Está com uma cara ótima.
— Duvidando dos meus dotes culinários? — Ironizou, voltando para a cozinha e trazendo pratos e talheres.
A ceia era simples, mas estava de bom tamanho para nós dois. O médico havia passado um encaminhamento para um nutricionista, para que comesse alimentos mais saudáveis e tomasse as vitaminas corretamente. Então a lasanha hoje era apenas uma exceção. Tomaríamos suco no lugar do refrigerante e aquilo realmente estava sendo divertido. Aline era diferente, se alegrava com coisas simples e talvez o que pensassem dela, não condizia com a pessoa que ela demonstrava ser.
A não ser que eu esteja completamente maluco...
— Pensando demais? — Perguntou, servindo-me a lasanha.
— Não, estou apenas feliz que esteja mais animada hoje. — Falei, pois não estava sendo fácil. Havíamos discutido ontem e para amenizar mais o clima, beijei-a.
— Eu gosto quando a gente se entende de maneira prazerosa.
— Aline, não vamos por esse caminho. — Falei, tentando ficar sério, mas foi impossível porque eu também sentia.
Eu a queria, essa era a verdade. Mas não admitiria.
— É natal, vamos comemorar.
— Com certeza, vamos brindar ao nosso filho! — Ela sorriu, levantou o copo e brindamos.
Estava cada dia mais linda com a barriguinha de 6 meses a mostra. As vezes se sentia pesada e dizia estar engordando. Achava engraçado e ela brigava comigo.
— Você nunca vai entender, mas eu sinto tantas coisas por você.
A vontade era levantar, deixar o jantar e leva-la para cama, mas como eu tinha medo dos meus sentimentos, apensas ignorei e continuamos o jantar como se nada tivesse acontecendo.
❤️❤️❤️
Beijos e até o próximo capítulo...
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