Capítulo 31
O desejo é uma coisa que nos faz perder totalmente a cabeça.
Eu literalmente havia perdido o juízo, ainda não acreditava que tinha cometido a loucura de ceder aos seus desejos daquele jeito. Mas não posso negar, eu quis senti-la, do mesmo jeito que havia acontecido naquela noite. Confesso que a adrenalina de estarmos em um local proibido me excitou ao extremo, tanto que deixei que me tocasse e gozei desesperadamente em suas pequenas mãos. A forma como me olhou e sorriu, foi tão intensa que quase perdi totalmente o equilíbrio mental, deixando que o coração falasse e cedesse mais do que devia.
Era um caminho sem volta, mas eu não podia mais negar, eu a queria. Tanto que retribui, baixando-me e dando-lhe o prazer que tanto desejava. Queria ter a tratado melhor depois, mas o medo de apossou do meu ser e temi o envolvimento mais íntimo. Os barulhos do lado de fora serviram para que eu voltasse a si e tomasse as rédeas da situação. Nos organizamos rapidamente, guie-nos até o estacionamento e partimos para a minha casa. Ela ainda não sabia, mas a partir de agora moraria sob o mesmo teto que eu e teria que seguir as ordens medicas para que sustos como esse possam ser devidamente evitados.
Seguimos o percurso num silencio um pouco desconfortável, porque ela se fechou dentro de si mesma e eu imaginava bem o motivo. Precisei respeitar porque a culpa só podia ser minha e com certeza ela se abalou com a distância que impôs entre nós depois do nosso momento íntimo. Percebi seus olhos lacrimosos e culpei-me internamente sabendo que ela não podia passar estresse e ainda não era o momento para conversarmos sobre certas coisas, então preferir me manter quieto porque não queria ser a causa do seu nervosismo. Eu precisava trata-la com mais carinho de agora em diante pelo simples fato de que estava carregando o meu filho e por ele eu estava disposto a fazer qualquer coisa.
Quando estacionei em frente ao portão, a mesma ainda estava atônita com a resposta que lhe dei quando me questionou sobre estarmos indo para o meu pequeno apartamento. Não era o seu lugar dos sonhos, mas serviria até resolvermos nossas questões.
— Você não pode estar falando sério, eu quero ir para a casa da Sarah! — Exclamou, taxativa. Cumprimentei o porteiro e o mesmo abriu para que eu entrasse.
— Sarah concorda e me pediu para cuidar de você. — Deixei escapar, observando suas expressões mudarem drasticamente.
Ela ainda não sabia sobre nossa comunicação e temi que interpretasse isso de uma forma errada, pois houve um certo tempo em que nos encontramos na boate e consequentemente, eu flertei com sua amiga. Mas não demos certo e seguimos em frente. Aline estava com Diego na época e não eramos tão íntimos como agora, mas do jeito que ela estava me olhando tinha quase certeza de que havia recordado aquele dia e provavelmente questionaria sobre isso depois.
— Não sabia que vocês se comunicavam. — Falou, e a decepção em sua voz foi nítida, tanto que cheguei perto dela e segurei suas mãos, querendo de alguma forma tranquiliza-la.
— Eu apenas dei meu número a ela no dia em que nos reencontramos, queria poder saber de você porque não tinha me ligado mais depois dos exames que fez.
Ela balançou a cabeça e se soltou de mim, como se doesse estar em contato comigo. Eu respeitei aquele momento e quando estacionei em minha vaga, me preparei para recolher as coisas e ajudá-la a descer do carro, pois não queria que fizesse esforço. Obvio que a mesma não esperou e saiu andando na frente, estava chateada e eu precisei apressar o passo para alcança-la. Quando finalmente cheguei perto dela, tentei segurar sua mão para entrarmos juntos no elevador, mas ela recusou e a deixei à vontade. Teríamos tempo para nos acostumarmos com essa nova fase e era praticamente impossível que me ignorasse estando sobre o mesmo teto que eu.
— Bem-vindos! — Exclamei, quando o elevador chegou ao meu andar e abrir a porta para entrarmos. Ela já conhecia a casa, mas entrou como se nunca estivesse invadido e nem se aproveitado de mim. Mas deixei tudo de lado e me adiantei, mostrando tudo e indicando cada cômodo, a mesma prestou atenção e perguntou se poderia ir ao banheiro, acenei e coloquei todas as suas roupas para lavar. Estavam com cheiro de mofo e teriam que ser lavadas rapidamente.
Lourdes havia arrumado tudo e deixado comida pronta, para quando chegarmos não termos trabalho na cozinha e nem pedirmos comidas de Fast Food porque Aline não podia comer essas coisas e a partir de agora comeria comidas mais saldáveis para que nosso filho receba os nutrientes necessários.
— Sua casa é linda e aconchegante, não tive tempo de reparar naquele dia. — Disse, sentando-se no sofá.
— Sim, é pequena, mas confortável. Deve ter percebido que só tem um quarto, eu transformei o segundo em um escritório para trabalhar de vez em quando. — Contei, deixando claro que ficaria bem instalada.
— Onde eu vou dormir?
— Pensei em lhe instalar confortavelmente no quarto e eu me arrumo por aqui.
— Não, a cama é grande e cabe nos dois.
— Isso não está em discussão! — Fui taxativo, porque não dormiria ao seu lado.
Isso seria um tormento, já não bastava ter que dividir a casa, não queria dividir também a cama. Aline precisava entender que só estava aqui porque meu filho crescia aos poucos em seu ventre. Apenas isso me fazia raciocinar e manter a cabeça no lugar, já tinha feito muitas coisas hoje e não queria cair em tentação novamente.
❤❤❤
Beijos e até o próximo capítulo...
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