Capítulo 30
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para a mim.
Medo de Amar | Rebelde Brasil
No dia seguinte, as enfermeiras vieram cedo, aplicaram os remédios necessários e trocaram as roupas de cama. Perguntei sobre a médica e avisaram que a mesma estava para chegar e finalmente me daria alta. Dei graças porque eu não aguentava mais ficar deitada nessa cama olhando para o teto sem ter nada de interessante para fazer. Victor se encontrava sentado no divã com seu Notebook no colo, o mesmo havia ligado para empresa mais cedo e solicitou o trabalho em Home Office, apenas para não ter que me deixar sozinha aqui nesse hospital. Confesso que essa atitude me deixou extremamente feliz e sem querer ter ainda mais esperança em relação a nós dois.
Queria entender o motivo de se negar tanto a sentir esse sentimento que estava latente entre nós. Parecia com medo de sentir e seguir adiante comigo e nosso filho, ainda não tínhamos conversado direito sobre como ficaríamos depois de tudo o que aconteceu. Eu sentia que ele estava tenso e parecia pensar muito, porque suas expressões mudavam a cada segundo que eu o pegava distraído.
Ele poderia negar o quanto quisesse, mas o nosso beijo só me fez ter a certeza de que sentia o mesmo e me queria na mesma intensidade, só estava lutando consigo e tentando mostrar que era apenas ilusão da minha cabeça.
Era fim de tarde quando a médica finalmente chegou e assinou a alta, me dando várias recomendações e fizesse um repouso absoluto. Victor garantiu que cuidaria de mim e a certeza em sua voz me sobressaltou. O que ele estava planejando? Eu ainda não vazia ideia, mas com certeza conversaríamos sobre isso assim que tivéssemos um momento a sós. Quando a mesma deixou o quarto, Victor pegou minhas coisas e começou a analisar minha mochila.
— Suas roupas estão úmidas e com cheiro de mofo. — Disse, deixando-a aberta sobre o divã e saindo em seguida. Não entendi bem, mas voltou em minutos, trazendo uma muda de roupas suas.
Levantei-me devagar, pois já estava livre dos cateteres e podia me movimentar sem esforço. Olhei as roupas e notei que haviam encharcado com a tempestade fazendo com que tudo molhasse e secasse de forma inadequada. Bufei, porque teria que gastar dinheiro em uma lavanderia, pois esse mofo não sairia fácil, apenas com produtos adequados.
— O que está fazendo? Sabes que não pode abusar né? — Disse ele, atrás de mim. Segurou meu braço e me ajudou a andar até o banheiro. Ainda me sentia fraca, mas conseguia dar passos curtos e leves.
— Eu sei, só preciso tomar um banho antes de trocar de roupa, quero tirar o cheiro de hospital.
— É, mas não se esforce muito, se precisar de ajuda, me chame! — Exclamou, deixando-me sozinha no banheiro. Queria que o mesmo ficasse e me ajudasse mais, tentaria provoca-lo mais uma vez e quem sabe não repetiríamos tudo o que fizemos em nossa primeira noite juntos.
Era apenas ilusão, não seria tão fácil como tinha sido da primeira vez e agora Victor estava mais ligado depois do beijo surpresa. Se render era uma coisa que ele não faria tão facilmente agora. Mas mesmo assim tentei ariscar, o chamei para me ajudar a tirar a roupa e para a minha surpresa, ele veio prontamente sem questionar. Ajudou-me a tirar aquela bata horrível e como eu estava nua por baixo, o mesmo se segurou para não olhar meu corpo e abriu o chuveiro na agua morna para mim. Arrumou minhas coisas e deixou a muda de roupas em cima da pia. Notei que estava nervoso e de repente virou de costas, parecia esconder algo e quando finalmente percebi o que poderia ser, precisei conter a gargalhada, pois aquilo só aumentava ainda mais as minhas expectativas. Victor não era imune a mim e agora eu tinha ainda mais certeza. Finalizei o banho e pedi a toalha, o mesmo me deu e precisou engolir em seco quando toquei seus ombros e sai do box. Me enxuguei bem devagar, prologando aquele momento e o mesmo ajudou a me vestir para que eu não fizesse nenhum esforço. Minha intimidade palpitou quando o mesmo se abaixou e vestiu a boxer que mais parecia um short em mim. Imaginei mil coisas enquanto estava agachado diante de mim e não consegui conter o riso, era como se o meu coração fosse sair pela boca de tão excitada que eu estava.
Victor percebeu meu delírio e levantou-se rapidamente, como se tivesse saído de um transe e tratou de mudar sua expressão para seria e vestir a minha blusa de pressa. Sorri para ele e estendi a toalha no local indicado, mas antes que saísse, fiquei em sua frente e passei a fechadura na porta. Eu tentaria de novo e dessa vez conseguiria mais do que um simples beijo.
— Aline, precisamos ir embora! — Exclamou, sério. Tentando passar por mim. Não deixei, pois era minha única chance.
— Victor, por favor, eu preciso... — Não consegui terminar a frase, seu corpo se chocou contra o meu e sua boca tomou a minha de um jeito gostoso. Nossas línguas se encontraram e gememos em busca de alívio.
Agarrei seu pescoço e o aproximei mais de mim, ficamos grudados, nos beijando e de repente o mesmo me pegou no colo e me pos em cima da pia, para me dar mais acesso. Desci minha mão até o cos de sua calça moletom e apertei sua ereção, que estava latejando de tão dura. Sorri em sua boca e o mesmo tentou se afastar, era como se tivesse se dado conta do que estávamos fazendo e quisesse parar, mas dessa vez fui mais esperta e o segurei junto a mim, apertando seu pau por cima do tecido grosso e lambendo seus lábios inchados do nosso beijo recente.
— Isso não vai dar certo... — Tentou dizer, mas o puxei para mais um beijo e enfiei minha mão por dentro do moletom e passei a masturba-lo. Ele gemeu em minha boca e minha vagina palpitou ainda mais, querendo um pouco de atenção.
— Agente não está fazendo nada demais...
— Você nem poderia estar fazendo essas coisas, acabou de passar por um momento delicado... — Não o deixei continuar, ele só queria cortar o clima e me fazer desistir.
— Nosso filho está bem e é isso o que importa. — O tranquilizei e continuei os movimentos, ouvindo os seus gemidos baixos e tentando beija-lo para que ninguém ouvisse o que estávamos fazendo aqui dentro.
Era um lugar ariscado, mas a adrenalina que subiu por nossos corpos foi mais forte do que qualquer outra coisa. Mordi seu lábio inferior quando senti seu corpo estremecer e seu sêmen se espalhar em minha mão, sujando o moletom e sentindo o prazer atravessar suas expressões.
— Isso foi uma loucura, temos que sair daqui. — Falou, ainda ofegante pelo orgasmo recente.
— Você vai precisar se limpar antes de sairmos.
— Tudo isso é culpa sua. — Disse, bem perto do meu rosto. Sorri safada, feliz por tê-lo provocado ao ponto de ter lhe causado um orgasmo. — Ainda não acabou.
Esperei que se limpasse e trocasse de calça, me perguntei o motivo de trazer tantas roupas sendo que o mesmo nem sabia que me encontraria no meio do caminho. Foram tantas coisas que esqueci de perguntar, mas depois quando tudo se acalmasse, eu o questionaria. Pensei que nossa aventura tinha acabado, mas me surpreendi quando me deu um selinho e me colocou de volta no chão, achei que estávamos nos preparando para sair, mas o mesmo me virou para o espelho que tinha ali e alisou a minha cintura, encarando-me através do vidro que nos refletia. O desejo que vi em seu olhar foi tão intenso que consequentemente empinei a bunda, esfregando em sua pélvis. Eu precisava de um alivio e ele sabia disso. Tanto que me chocou quando senti suas mãos alisarem a minha bunda e baixar a boxer, deixando a cair por minhas pernas que estavam bambas por tudo o que estava acontecendo.
Imaginei mil coisas, mas tudo o que fez foi se abaixar e abrir um pouco a minhas pernas, se enfiou no meio delas e passou a língua pelo meu clitóris. Quase gritei de prazer, mas precisei morder minha mão, pois ainda estávamos em um hospital e temíamos sermos pegos. Apertei meus seios enquanto sua língua trabalhava em meu brotinho sensível. Soltei gemidos desconexos e estremeci, sentindo o orgasmo chegar e Victor se lambuzar.
Naquele momento, não dissemos nada, apenas nos encaramos quando o mesmo se levantou e deixou um beijo casto em meu pescoço, pois eu ainda me encontrava de costas para ele. Foi então que ouvimos barulhos do lado de fora e nos apressamos, pois precisamos nos recompor e ninguém podia perceber o que aconteceu aqui. Nada me preparou para o que houve a seguir, Victor cumprimentou as enfermeiras e arrumou as coisas, puxou-me pela mão e andamos direto para o estacionamento, entramos no carro e ele deu partida, tudo no maior silencio, era como se nada tivesse acontecido e aquilo me entristeceu, pois queria conversar, dizer o que senti, mas preferi guardar para mim, a vontade de chorar querendo me invadir. Aguentei firme e não me deixei abater. Era apenas sexo, como ele deveria estar pensando.
As horas foram se passando e o trajeto foi ficando cada vez mais estranho porque a rota que estava fazendo não era a da casa da Sarah, mas eu conhecia aquela rua, e como estava tarde naquele dia, não reparei nos pontos de referência. Era o bairro em que morava e não aguentei mais ficar calada, decidi perguntar:
— Porque me trouxe para cá?
— Porque é aqui que você vai morar a partir de agora!
Ele só podia estar de brincadeira!
❤❤❤
Beijos e até o próximo capítulo...
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