Capítulo 13
Sufoque esse amor até as veias começarem a estremecer...
River | Bishop Briggs
Despertei assim que senti o cheiro de café fresco invadir as minhas narinas, fazendo-me lembrar de que não havia passado a noite sozinho e que Aline ainda se encontrava em meu apartamento.
Aline...
Ainda não acreditava que havia passado a noite com ela...
Me espreguicei antes de levantar e resmunguei um pouco quando senti o mal jeito nas costas, pois não havia dormido em um lugar confortável e com certeza passaria o dia dolorido.
Queria não ter me lembrado da noite passada, mas a mulher de lindos cabelos negros sedosos, de costas para o fogão, parecia se emprenhar para que eu não a esquecesse.
Suspirei, sabendo que minha promessa de a manter longe da minha propriedade tinha caído por terra e mais uma vez eu estava a mercê dos meus sentimentos que nesse exato momento se afloraram com a presença feminina.
Eu sabia que isso não era uma boa ideia, mas meu coração estava acelerado, era como se algo tivesse mudado e eu teria que me esforçar para me manter impassível e não demonstrar nada na frente dela.
Quase vacilei quando me notou perto da bancada e avisou sobre ter me preparado um café, minha barriga deu sinal de vida assim que observei a bandeja pronta, mas eu não queria dar a entender que tinha gostado, tanto que fui seco e perguntei novamente como tinha conseguido entrar no condomínio sem a minha autorização.
A historia que me contou foi totalmente sem nexo, tanto que deixe-a falando sozinha e fui me aprontar, pois estava atrasado e com certeza Diego me mataria se por um acaso eu perdesse algo importante.
Minutos depois, voltei para sala e Aline já estava pronta para ir embora, tentamos nos manter naturais e fingir que nada demais havia acontecido, mas eu sabia que para ela estava sendo difícil, pois pensou que nós teríamos mais um momento de intimidade e troca de confidencialidades, como todo pós-sexo exige, mas infelizmente eu não era desses e ela pareceu fingir entender.
As coisas começaram a piorar ainda mais quando pedi para sair do mesmo jeito que entrou, achando totalmente errado eu não querer ajuda-la da forma mais simples.
Foi engraçado vê-la se esforçando para subir na arvore e pular o muro depois, me arrependi disso, mas pelo menos correu tudo bem e ela conseguiu ir embora e seguir o seu rumo.
Levei mais de 1 hora para chegar na empresa por conta de um engarrafamento e suspirei aliviado quando fui avisado de que o Leandro ainda não havia chegado, pois ele era o tio do Diego e tinha todo o direito de reclamar do meu atraso.
Segui tranquilamente até a sala da presidência, pois estava ansioso para conversar com o meu melhor amigo e desabafar com ele sobre a minha noite impulsiva com seu caso fixo.
Eu não tinha muito conhecimento do que rolava entre eles e aquilo me tranquilizou, pois ele não falava dela com frequência e lembrei de uma de nossas conversas de que ele confessou querer que ela arranjasse alguém que a quisesse de verdade.
Não era só a noite que estava me incomodando e sim os sentimentos que decidiram aparecer de repente, ele com toda a certeza perceberia a minha aflição, pois eu prometi a mim mesmo nunca mais acreditar e nem me apaixonar por mulher nenhuma, mas parece que o destino não está a meu favor, ou não teria colocado Aline no meu caminho.
Estava tão distraído que nem percebi a secretaria dele em pé andando de um lado para o outro, pegando e remexendo em contratos antigos.
Estranhei aquilo e me aproximei, tocando seu ombro suavemente para anunciar a minha presença, pois ela estava com o celular nos ombros como se estivesse falando com alguém.
— Oi, bom dia, como vai? — Cumprimentei, recebendo seu sorriso nervoso e um pedido de espera.
Sentei-me em sua mesa e esperei que a mesma desocupasse, pois queria ter notícias do meu amigo e parecia que o todo poderoso não estava na empresa.
Justamente hoje que eu precisava de você, pensei.
— Oi, desculpa, era a dona Elisa, querendo saber do filho. — Contou, me deixando ainda mais intrigado.
— Hm, ele não veio trabalhar? — Indaguei, estranhando aquele fato.
— Não, ligou mais cedo avisando que ficaria em home office e me pediu para auxilia-lo caso fosse necessário. — Afirmou, me deixando completamente frustrado, porque eu precisava muito dele e o bonito resolver se trancar em casa.
Depois de receber as informações, fui para a minha sala e dei início ao meu trabalho, pois havia muitos papeis na minha mesa e aquilo não iria se mover sozinho.
Horas se passaram e o meu expediente havia se encerrado, pensei em passar na casa do Diego para conversarmos, mais mamãe me ligou avisando que estava em meu flat e não queria deixa-la esperando.
Então arrumei as minhas coisas e segui direto para casa, louco para tomar um banho e tirar esse terno que as vezes me dava certa agonia.
Na verdade, eu estava mesmo era tentando me manter ocupado, pois Aline não saia da minha cabeça e tudo o que eu mais queria naquele momento era esquecer aquela noite que sem querer havia se espalhado por todos os cantos daquele flat.
❤❤❤
Beijos e até o próximo capítulo...
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