Capítulo 7: A Tristeza da Despedida
Carmilla, que agora é como uma prisão domiciliar para ela. Ela está vestida de luto, com roupas escuras e cabelos soltos. A atmosfera na casa é sombria, com cortinas pesadas bloqueando a luz do sol e poucos móveis decorando o ambiente.
Carmilla está sentada em uma poltrona, olhando para o nada, seus olhos expressando tristeza profunda. Ela parece distante e abatida. A única pessoa que pode vê-la e interagir com ela é sua mãe, Elysia.
Elysia se aproxima suavemente de Carmilla, colocando uma mão amorosa em seu ombro. Ela também está vestida de luto, mas sua expressão é de preocupação e compaixão.
— Carmilla, minha querida, como você está se sentindo hoje? – pergunta Elysia, com voz suave.
Carmilla suspira e olha nos olhos de sua mãe, seus olhos marejados.
— A dor parece insuportável, mãe. Meu coração está despedaçado desde que ele se foi. Não consigo acreditar que nunca mais verei seu sorriso, ou sentirei seu toque. - Carmilla responde, com a voz embargada pela tristeza.
Elysia aperta a mão de Carmilla gentilmente.
— Eu sei, minha filha. O luto é uma jornada difícil e dolorosa, mas você não está sozinha. Estou aqui para apoiá-la, para ser seu porto seguro. Juntas, encontraremos uma maneira de superar essa dor.
Carmilla abaixa a cabeça e soluça, suas emoções transbordando.
— Eu sinto tanto a falta dele, mãe. Parece que não consigo encontrar forças para seguir em frente. Como posso continuar sem ele?
Elysia se ajoelha em frente a Carmilla, segurando suas mãos com firmeza.
— Minha doce menina, você é forte. Sei que neste momento tudo parece escuro e sem esperança, mas lembre-se de que a vida ainda tem muito a oferecer. Seu amado gostaria que você encontrasse a felicidade novamente. Precisamos honrar sua memória, vivendo e encontrando a luz mesmo na escuridão.
Carmilla levanta os olhos, encarando a mãe com um misto de tristeza e determinação.
— Eu vou tentar, mãe. Vou tentar encontrar forças para seguir em frente. Mas agora, neste momento, tudo o que preciso é chorar e sentir a dor. Você ficará ao meu lado?
Elysia sorri com ternura.
— Sempre estarei ao seu lado, minha filha. Durante as tempestades mais intensas e nos dias mais sombrios, eu estarei aqui para te amparar. Juntas, enfrentaremos cada desafio que a vida nos apresentar.
As duas se abraçam, encontrando consolo e conforto uma na outra. Através da dor e da tristeza, mãe e filha se apoiam mutuamente, prontas para caminhar juntas rumo à cura e à reconstrução de suas vidas.
Carmilla, ainda abraçada por sua mãe, soluçava enquanto suas lágrimas molhavam os ombros de Elysia. Ela se sente vulnerável e perdida, mas o amor e apoio de sua mãe são como um bálsamo para sua alma ferida.
— Mãe, como vou conseguir seguir em frente sem ele? Ele era minha luz, minha razão para sorrir. Agora, tudo parece tão vazio... tão escuro. - Carmilla murmura entre soluços.
Elysia acaricia gentilmente os cabelos de Carmilla, transmitindo amor e compreensão.
— Eu entendo, minha querida. Perder alguém que amamos é uma dor avassaladora. Mas lembre-se de que você é uma pessoa incrível, cheia de amor para dar. Seu amado deixou um legado de amor em seu coração, e é através desse amor que você encontrará a força para se erguer novamente.
Carmilla funga, enxugando as lágrimas com as costas da mão.
— Eu o amei tanto, mãe. Nunca imaginei que a vida pudesse ser tão cruel. Eu queria poder tê-lo de volta, mesmo que fosse por apenas mais um instante.
Elysia segura o rosto de Carmilla com ternura, forçando um sorriso triste.
— Oh, minha doce menina, como eu desejaria poder aliviar sua dor. Mas a vida nos presenteia com momentos preciosos e, às vezes, com momentos de despedida. Precisamos aprender a valorizar o tempo que tivemos juntos e a aceitar o ciclo natural da existência.
Carmilla olha nos olhos de sua mãe, buscando consolo e sabedoria.
— Como você conseguiu superar a perda, mãe? Como você encontrou a esperança novamente?
Elysia suspira, refletindo sobre suas próprias experiências dolorosas.
— Cada pessoa lida com a perda de maneira diferente, minha filha. Para mim, encontrei conforto nas lembranças e no amor que compartilhamos. Também encontrei força em ajudar os outros, em espalhar bondade pelo mundo. O amor que nutrimos por aqueles que se foram nunca se perde. Ele continua a existir dentro de nós e nos impulsiona a continuar vivendo com compaixão e alegria.
Carmilla sorri fracamente, sentindo-se um pouco mais leve.
— Você sempre encontra as palavras certas para me acalmar, mãe. Eu sou grata por você estar aqui comigo, me guiando nestes momentos obscuros.
Elysia abraça Carmilla com firmeza, transmitindo seu amor incondicional.
— Eu sempre estarei aqui, minha amada filha. Você nunca estará sozinha nesta jornada. Juntas, encontraremos a cura e a paz interior. E lembre-se, meu amor, a luz sempre encontra seu caminho através das sombras mais densas.
As duas permaneceram abraçadas, compartilhando um momento de conexão profunda. Naquele momento, Carmilla sente uma centelha de esperança se acender em seu coração, enquanto sua mãe continua a ser seu apoio constante, guiando-a gentilmente para fora da escuridão rumo a um futuro cheio de amor e renovação.
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Na casa dos Apollo's, é onde Carmilla está em prisão domiciliar. Seraphina, uma jovem elfa de apenas 10 anos, está confusa e triste por não poder ver sua irmã mais velha. Ela está sentada em um pequeno banco no jardim da casa, olhando para a janela fechada, onde sabe que Carmilla está trancada.
Seraphina balança as pernas enquanto sua expressão reflete uma mistura de tristeza e curiosidade. Ela está vestida com roupas coloridas típicas dos elfos e seu cabelo loiro brilha sob o sol.
— Por que não posso ver a Carmilla, mãe? Ela é minha irmã, eu sinto falta dela... – diz Seraphina em um tom de voz tímido e confuso.
A mãe de Seraphina, uma elfa elegante com cabelos prateados, se aproxima e se agacha ao lado da filha, colocando uma mão gentil em seu ombro.
— Querida Seraphina, eu sei que é difícil para você compreender, mas a Carmilla se envolveu em uma situação complicada. Ela está cumprindo uma prisão domiciliar por ter se ligado a um demônio. É uma medida para manter todos em segurança.
Seraphina franze a testa, tentando assimilar as informações.
— Um demônio? Mas... eu não entendo. A Carmilla é minha irmã, ela não faria algo perigoso. Por que ela fez isso?
A mãe suspira, olhando nos olhos de Seraphina com um misto de tristeza e preocupação.
— Minha doce Seraphina, às vezes as pessoas que amamos tomam decisões erradas. A Carmilla foi seduzida pelas promessas e tentações do demônio, e isso a colocou em uma situação perigosa. A prisão domiciliar é uma forma de protegê-la e proteger os outros.
Seraphina abaixa a cabeça, brincando com a ponta de sua trança enquanto reflete sobre as palavras da mãe.
— Mas... eu sinto falta dela, mãe. Eu queria poder vê-la e abraçá-la. Será que ela está triste?
A mãe envolve Seraphina em um abraço reconfortante, acariciando seus cabelos.
— Tenho certeza de que a Carmilla está passando por momentos difíceis e sente sua falta também, querida. Mas precisamos confiar que as autoridades estão tomando as medidas adequadas para ajudá-la. Quando tudo isso passar, vocês poderão se reencontrar.
Seraphina olha para a mãe, seus olhos azuis brilhando com determinação.
— Eu quero ajudar a Carmilla, mãe. O que eu posso fazer?
A mãe sorri com ternura, admirando a coragem de sua filha.
— Você pode apoiá-la enviando mensagens de amor e esperança. Escreva cartas para ela, compartilhe seus sentimentos e lembranças especiais. Ela ficará feliz em saber que você está pensando nela.
Seraphina acena com a cabeça, um pequeno sorriso surgindo em seu rosto.
— Sim, eu vou fazer isso. Eu quero que a Carmilla saiba que eu a amo e que estou aqui para ela, não importa o que aconteça.
A mãe beija a testa de Seraphina com carinho.
— Tenho certeza de que essas palavras serão um conforto para a Carmilla, minha querida. Lembre-se, o amor da família é poderoso e pode ajudá-la a encontrar o caminho de volta para nós.
Seraphina se levanta do banco, determinada, pronta para escrever as primeiras palavras de apoio para sua irmã. Com a esperança no coração, ela parte em direção à sua jornada de manter o vínculo com Carmilla, mesmo que estejam separadas pela prisão domiciliar e pelo envolvimento com um demônio.
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Carmilla está sozinha em seu quarto, onde passa a maior parte do tempo durante sua prisão domiciliar. Ela está sentada em sua cama, cercada por lembranças de seu amado Nalac. Fotografias, cartas e pequenos objetos que eles compartilharam estão espalhados ao seu redor. A atmosfera é melancólica, e a luz fraca que entra pelas frestas das cortinas acrescenta um tom sombrio ao ambiente.
Carmilla pega uma fotografia de Nalac, acariciando suavemente o rosto dele com o polegar. Seus olhos se enchem de lágrimas e seu peito aperta com a dor da perda. A memória de momentos felizes que compartilharam juntos invade sua mente, trazendo um misto de alegria e tristeza.
Ela fecha os olhos por um momento, mergulhando nas recordações. Ela se lembra das noites sob o luar, caminhando de mãos dadas e conversando sobre seus sonhos mais profundos. Lembra-se de como Nalac a fazia rir com suas brincadeiras e como ele sempre encontrava uma maneira de iluminar seu dia mais sombrio.
As lágrimas escorrem pelo rosto de Carmilla, enquanto as memórias se tornam mais vivas. Ela se lembra dos beijos apaixonados, das promessas sussurradas e dos abraços reconfortantes que compartilharam. Cada lembrança é um lembrete doloroso de que esses momentos agora pertencem ao passado.
Com um soluço, Carmilla segura a fotografia contra o peito e deixa suas emoções fluírem livremente. As lágrimas caem em silêncio, como uma expressão pura de sua dor e saudade. Ela sente um vazio em seu coração, uma sensação de perda que parece insuperável.
Enquanto as lágrimas escorrem, Carmilla murmura palavras inaudíveis, uma mistura de desespero e amor incondicional. Ela se permite sentir o luto, permitindo que a dor percorra cada fibra de seu ser.
Após um tempo, as lágrimas diminuem gradualmente e Carmilla respira profundamente. Ela olha novamente para a fotografia de Nalac, seus olhos ainda úmidos, mas agora com um brilho determinado. Embora a dor da perda seja intensa, ela sabe que precisa encontrar uma maneira de seguir em frente, honrando a memória de seu amado.
Carmilla coloca a fotografia de volta com cuidado entre as outras lembranças, sabendo que esses momentos preciosos sempre estarão guardados em seu coração. Ela se levanta, determinada a encontrar forças para seguir em frente, mesmo que o luto ainda a pese.
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Elysia está sentada em uma poltrona confortável, com os olhos vermelhos e a expressão abatida. Ela segura uma fotografia de Carmilla e Nalac, observando-a com tristeza enquanto lágrimas escorrem silenciosamente pelo seu rosto. O ambiente ao redor é sereno, com velas acesas iluminando suavemente o espaço.
Thalion, marido de Elysia, entra na sala e a vê em seu estado de desamparo. Sua expressão se enche de preocupação e compaixão enquanto ele se aproxima lentamente.
— Elysia, meu amor, estou aqui. – Thalion se senta ao lado de Elysia, envolvendo-a em um abraço reconfortante.
Elysia se aconchega no abraço de Thalion, buscando consolo em seus braços fortes.
— Thalion, eu não sei o que fazer. Carmilla está sofrendo tanto pela perda de Nalac, e eu sinto como se não conseguisse alcançá-la. Ela está mergulhada em um luto profundo, e eu não sei como ajudá-la.
Thalion acaricia os cabelos de Elysia com ternura, transmitindo seu apoio incondicional.
— Eu sei que é difícil, querida. Às vezes, é difícil entender a dor de alguém, mesmo que sejamos seus entes queridos. Mas lembre-se de que o luto é um processo pessoal, e cada pessoa o enfrenta de maneira diferente. O mais importante agora é mostrar a Carmilla que estamos aqui para ela, mesmo que ela pareça distante.
Elysia funga, enxugando as lágrimas com um lenço de seda.
— Eu só quero que ela saiba que não está sozinha, que temos amor e apoio para oferecer. Mas parece que ela se afastou de nós, Thalion. Como podemos alcançá-la?
Thalion segura as mãos trêmulas de Elysia, olhando profundamente em seus olhos.
— Acho que devemos dar a Carmilla tempo e espaço para processar sua dor. Mas também devemos mostrar que estamos aqui quando ela estiver pronta para se abrir. Talvez seja bom escrever uma carta para ela, compartilhando nossos sentimentos e lembranças de Nalac. Assim, ela saberá que entendemos sua dor e que estamos prontos para apoiá-la.
Elysia assente, sentindo-se grata pela presença reconfortante de Thalion.
— Sim, uma carta pode ser uma maneira delicada de nos conectarmos com Carmilla. Vamos mostrar a ela que, mesmo em meio à tristeza, há amor e união em nossa família.
Thalion beija a testa de Elysia, transmitindo seu amor e confiança.
— Juntos, encontraremos uma maneira de ajudar Carmilla a superar esse luto. Nós a amamos, e isso é o mais importante. Vamos permanecer fortes e unidos, pois nossa família é um porto seguro em tempos de tempestade.
Elysia sorri fraco, sentindo-se reconfortada pelas palavras de Thalion.
— Obrigada, meu amor. Com você ao meu lado, tenho certeza de que podemos enfrentar qualquer desafio que a vida nos apresentar. Vamos ajudar Carmilla a encontrar a luz novamente.
Thalion aperta as mãos de Elysia com carinho, demonstrando sua determinação.
— Juntos, seremos o apoio que Carmilla precisa. Vamos enfrentar esse luto como uma família, com amor e compreensão. Estou ao seu lado, Elysia, sempre.
Elysia sorri, sentindo-se fortalecida pela presença de Thalion. Unidos, eles embarcam na jornada de apoio a Carmilla em seu luto, sabendo que seu amor e união podem ajudar a curar as feridas do coração.
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