Já era de manhã cedo no Japão. Jeongyeon conseguiu dormir um pouco depois de seus pensamentos exagerados. Todos vestiram seus uniformes de corrida e se juntaram aos japoneses em suas corridas matinais. Embora fosse verão, ainda havia uma brisa fresca no início da manhã e Jeongyeon adorou. Ele era o mais rápido entre os soldados, mas o calor é o que o mata. Agora, era perfeito para ele. Ele está correndo como se não fosse nada, diferente de alguém.

- Puta merda-" Dahyun estava ofegante e xingando. Mesmo que suas performances o tenham promovido, correr não era o seu melhor. Jeongyeon queria rir dele, mas Jihyo, junto com outros escalões mais altos, os estava monitorando. Chaeyoung estava ao lado dela, com as mãos atrás dele, com um rosto frio como pedra. Ele podia ser bem assustador às vezes quando estava falando sério.

A corrida matinal chegou ao fim e Dahyun se sentiu abençoada.

- Dois anos e você ainda não consegue acompanhar.- Tzuyu riu dele e Dahyun fez uma careta.

- Você tem pernas longas! É fácil para você.- Dahyun se virou para Jeongyeon para reforços. Ele fez uma pausa e apenas observou Jeongyeon enxugando o suor com a camisa. - Se eu fosse gay, eu literalmente namoraria você.- Dahyun comentou enquanto também enxugava o suor.

- Você pode simplesmente dizer que ele é bonito.- Tzuyu deu uma palmada no rosto e Jeongyeon riu.

- Tudo bem, garotos. Chuveiros! - Chaeyoung ordenou e eles obedeceram.

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- Para onde Jihyo foi? - Jeongyeon perguntou enquanto secava o cabelo. Todos os garotos tomaram banho e estavam descansando em seus dormitórios até o café da manhã ficar pronto. Ele estava sentindo falta das repreensões e da liderança dela por algum motivo. Isso quase o lembrou de sua mãe.

- Ela foi falar com um dos sargentos japoneses.- Chaeyoung estava parada na porta, esperando os meninos terminarem de arrumar.

- Nada mais?

- Não. Como ela disse, ela vai nos informar se algo acontecer.- Jeongyeon assentiu e finalmente calçou os sapatos. - Tudo bem, vamos.

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- Há rumores de que a Coreia do Norte tem uma surpresa para nós. E não é uma boa.- O sargento Hiroshi, um dos sargentos do exército japonês, informou Jihyo. Um tradutor estava ao lado dele, passando informações de um lado para o outro.

- Que tipo de surpresa? - Jihyo perguntou.

Quem sabe. Sempre podemos adivinhar que vai ser bem ruim. Talvez um ataque de mísseis, quem sabe.- Hiroshi suspirou. - Nós realmente apreciamos os reforços que o General Beomgyu enviou. Ouvi dizer que eles são os melhores dos melhores?

- Sim, senhor, de fato.- Ela sorriu. Ela estava tão orgulhosa dos meninos. Especialmente dos três meninos que ela adora. Foi uma luta para eles no começo e Chaeyoung estava lá para ajudá-los. Por causa dele, eles estão onde estão agora. Jihyo notou pela pequena janela que as tropas estavam começando a formar uma fila do lado de fora do refeitório. - Agora, se me dão licença, tenho que avisá-los que o café da manhã está sendo servido.- Ela fez uma reverência para ele e saiu do escritório.

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- Oh Jihyo! Ótimo timing.- Chaeyoung sorriu para ela. Os meninos acenaram para o sargento. Eles às vezes esquecem que precisam ser formais, mas Jihyo deixou passar dessa vez.

- Eu estava prestes a dizer a vocês que o café da manhã estava pronto.- Ela sorriu e viu como a fila estava ficando maior. - Depressa! Ou então vocês não vão comer! - Ela apressou os três garotos e segurou Chaeyoung para trás. Os garotos correram para longe, seus estômagos roncando.

- O que foi? - Chaeyoung viu o sorriso de Jihyo desaparecer. Jihyo estava hesitante, mas Chaeyoung a deixou levar seu tempo. Jihyo para ele, era como ter uma irmã. Jihyo e sua esposa, Nayeon, são amigas muito próximas. Os três eram próximos, pois cresceram no mesmo bairro. Apesar da diferença de idade, Chaeyoung respeitava muito Jihyo. Quase não havia mulheres em patentes mais altas, especialmente como sargentos.

- Devemos ficar alertas o tempo todo.- Jihyo finalmente falou. - A Coreia do Norte pode atacar a qualquer momento. Eles têm uma surpresa, mas não sabem o que.- Chaeyoung mordeu o lábio.

- Um ataque de míssil, talvez? - Era um ataque comum. Enviar um míssil definitivamente era uma maneira de fazer uma entrada chocante. Jihyo deu de ombros e olhou para ele.

- Só, certifique-se de que os meninos estejam focados, ok? Eu quero que eles comemorem a promoção logo. Se conseguirmos.- Jihyo deu um sorriso triste. - De qualquer forma, vá comer com os meninos. Me avise de alguma coisa, ok? - Ela deu um tapinha no ombro dele e foi para o quarto.

Chaeyoung observou enquanto sua figura diminuía. Ele se sentiu mal por ela. Ele sabia que ela estava passando por muito estresse. Ele prometeu a Nayeon que cuidaria dela, se não, então... bem, ele não gostaria de saber.

Nayeon e Chaeyoung estão casados há 5 anos. Eles estão namorando desde o primeiro ano do ensino médio e ainda estão firmes. Alguns de seus colegas de classe ficaram com ciúmes, pois eles eram o casal perfeito. Claro, nem tudo foi perfeito para eles. Eles tiveram algumas brigas, algumas delas quase os levaram ao rompimento, mas ambos se esforçaram para melhorar.

Agora eles estavam casados e felizes e Chaeyoung não podia pedir mais. Bem, Nayeon queria ter filhos, mas ele não queria pensar nisso atualmente.

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Os garotos estavam de volta aos dormitórios. Eles estavam descansando um pouco antes de ir para o treino noturno. Eles tinham que manter a forma e a resistência o tempo todo. Tzuyu estava na cama, mexendo no celular. Dahyun estava sentado na cadeira de escritório que ficava no quarto, girando lentamente enquanto olhava para o teto. Jeongyeon estava ouvindo música, sem ouvir os gemidos de Dahyun.

- Você consegue ler um livro ou algo assim? - Tzuyu deixou escapar, sem tirar os olhos do celular.

- Isso é chato.- Dahyun se sentou. - Sinto falta de estar em campo. Vocês não sentem o mesmo?

- Sim.- Jeongyeon respondeu. - Mesmo que seja uma zona de guerra, isso me mantém ocupado.- Dahyun concordou e Tzuyu zombou.

- Nós matamos outros soldados como nós para viver. Não há nada a perder sobre isso.- Tzuyu, sendo o único razoável, levantou-se da cama.

- Eu realmente espero que possamos explorar o Japão.- Jeongyeon mudou de assunto.

- É! Espero que Jihyo consiga permissão dos escalões mais altos. Talvez possamos levar Yeonjun também! - Tzuyu assentiu para ele. Jeongyeon, por algum motivo, se sentiu estranho em relação a Yeonjun. Era apenas algo em seu instinto que não gostava dele. Claro que eles tiveram uma boa conversa ontem, mas ele não conseguia identificar por que seus sentimentos mudaram de repente. Ele não queria pensar demais, então concordou com Dahyun, embora seu instinto não concordasse.

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Eram 4 da tarde. Os meninos terminaram seus exercícios noturnos com os outros. Os três decidiram ir para a academia que ficava dentro da base. Eles fizeram principalmente cardio hoje, então queriam trabalhar seus músculos.

-.Empurre, Jeongyeon, empurre! - Dahyun o encorajou, pois o estava observando enquanto Jeongyeon levantava sua última série de supino de 450 libras. Tzuyu estava ao lado dele fazendo curls de martelo.

Jeongyeon com toda a sua força, empurrou sua última série e Dahyun o ajudou a colocar os pesos de volta.

- Acho que vi o céu por um segundo.- Jeongyeon ofegou enquanto bebia sua água. Ele se viu no espelho enquanto esperava Tzuyu terminar. - Nada mal, Jeongyeon. - Ele se elogiou. Ele olhou para seus braços e suspirou. - Eu deveria fazer mais tatuagens.

- Vamos, Tzu! Última! - Dahyun encorajou novamente, dessa vez, Tzuyu. Dahyun era mais como um personal trainer do que um levantador de pesos. - Sim! - Tzuyu largou os pesos e se levantou para respirar. - Nós vamos encontrar algumas mulheres japonesas com essas armas.- Dahyun se flexionou fazendo os outros dois rirem.

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Os meninos tomaram outro banho e agora estavam de volta ao que eram antes de irem para a academia. Eles compartilharam um momento de silêncio por cerca de 10 minutos. Dahyun estava olhando para o espaço e soltou um gemido frustrante.

- O que foi? Parece que comeu e não gostou  - Jeongyeon brincou.

- Estou entediado! Por que algo não pode simplesmente acontecer? - Ele suspirou.

- Chaeyoung está fora há um tempo.- Tzuyu pulou da cama. - Vou procurá-lo.- Assim que Tzuyu colocou a mão na maçaneta, a porta se abriu. Chaeyoung entrou com uma cara séria, mas em pânico. - O que está erra-

- Armaduras! Tropas norte-coreanas estão se movendo para a base! - Os meninos não questionaram ou reclamaram nenhuma vez. Enquanto se armavam, Dahyun xingou a si mesmo.

- Eu não quis dizer isso. - Dahyun choramingou.