Os quatro garotos estavam atualmente indo para os caminhões. Chaeyoung ia apenas deixá-los na pequena cidade próxima, ele tinha que ser responsável, então não ia beber. Ele queria deixar os garotos se divertirem, então ele ficou de fora dessa.

À distância, Jeongyeon viu Yeonjun acenando para eles.

- Vocês vão sair? - Ele sorriu para eles.

"Esse sentimento está de volta." Jeongyeon semicerrou os olhos para ele ligeiramente.

- Sim, quer ir junto? - Dahyun o convidou e Yeonjun gentilmente recusou.

- Obrigado! Mas não posso, desculpe. Não posso sair machucado.- Ele levantou o braço com uma risada. - A propósito, obrigado pelo curativo, Jeongyeo! - Yeonjun sorriu para ele e Jeongyeon apenas assentiu para ele. - De qualquer forma! Vejo vocês por aí. Divirtam-se! - Ele acenou e voltou para seus amigos.

- Estranho ele ficar todo sorridente assim depois que alguns de seus aliados faleceram.- Tzuyu apontou. Jeongyeon assentiu e Dahyun cantarolou.

- Talvez seja assim que ele lida. Quero dizer, olhe para mim! - Dahyun apontou para si mesmo e Tzuyu concordou. Todos lidavam de forma diferente, mas por algum motivo Jeongyeon não acreditou. - Ele é estranho - Mais cedo, eles fizeram um pequeno memorial para os soldados mortos. 8 japoneses e 1 sul-coreano morreram durante a invasão. Os meninos não os conheciam, mas derramaram algumas lágrimas. Perder alguém, mesmo que não se conheça, dói. Saber que não verão suas famílias novamente os deixa emocionados. Embora seja egoísta, Jeongyeon estava feliz por ter sobrevivido.

- Tudo bem, chega de conversa fiada, vamos antes que seja tarde demais.- Chaeyoung entrou em um dos caminhões e ligou o motor.

Chaeyoung os deixou em um pequeno bar. Ficava a cerca de 10 minutos da base. A base era segura, então nenhum civil pudesse entrar. A pequena cidade estava cheia de algumas lojas, algumas casas e, obviamente, o bar. Jeongyeon achou bem aconchegante.

- Não se embriaguem! Volto em algumas horas.- Chaeyoung os avisou e foi embora. Os três começaram a caminhar em direção ao bar. Era noite no momento, mas não era tarde.

- Finalmente! Um pouco de liberdade.- Dahyun exclamou enquanto respirava um pouco de ar. - Faz um tempo que não usamos roupas casuais também.- Ele apontou. Dahyun usava jeans com uma camisa branca. Ele usava uma jaqueta jeans, combinando com um Converse preto. Tzuyu usava um moletom bordô também com uma jaqueta jeans com jeans escuro e botas de combate. Jeongyeon usava uma camisa azul clara quadrada com calças pretas e sapatos brancos. Eles não se importavam muito com a forma como se vestiam, estavam confiantes em sua aparência. Além disso, Jeongyeon queria mostrar suas tatuagens. - Não é como se eu fosse atrair alguém.- Ele zombou mentalmente.

- Honestamente, se eles não nos deixassem sair, eu teria tentado sair escondido.- Tzuyu bufou.

- Não seria uma má ideia.- Jeongyeon acrescentou. - Embora provavelmente tivéssemos sido expulsos.- Ele riu e os outros fizeram o mesmo. Eles entraram e foram recebidos com luzes coloridas brilhantes e música explodindo dos alto-falantes.

- Isso é uma boate? - Dahyun tentou falar por cima da música. Os outros dois deram de ombros, mas continuaram e sentaram no bar. Jeongyeon sentiu todos os olhares nele e ficou tímido. Eles estavam olhando ao redor até que um barman veio em sua direção.

- Olá, rapazes! O que vocês gostariam de beber? - Uma garota sorriu para eles e Tzuyu ficou impressionada. Os três estavam com dificuldade para fazer o pedido, já que a garota falava japonês.

- Vamos querer 3 cervejas, por favor.- Jeongyeon pediu com o melhor japonês que pôde e a garota assentiu. Ele olhou para Tzuyu enquanto se inclinava no balcão. Ele sorriu e cutucou Dahyun, que estava ocupado olhando para algumas garotas. Dahyun olhou para ele e seguiu seu olhar. Ele também sorriu e olhou de volta para Jeongyeon.

- Feche a boca, uma mosca pode entrar.- Dahyun provocou e Tzuyu se afastou bruscamente do olhar fixo no barman que tinha acabado de abrir as cervejas. Ele fez uma careta para eles e tentou se recompor quando ela voltou. - Obrigado!.- Dahyun agradeceu à garota.

- Claro! Me avisem se precisarem de alguma coisa.- Ela se curvou para eles e sorriu.

- Na verdade, meu amigo aqui acha que você é-

- Isso é tudo. Obrigada.- Tzuyu cortou Dahyun e sorriu para a garota confusa. A garota apenas assentiu e foi embora. Tzuyu olhou feio para Dahyun que estava sorrindo. - Não se envergonhe assim.

- O quê!? Você está aqui de boca aberta por causa de uma garota! - Os dois começaram a discutir enquanto Jeongyeon balançava a cabeça. Ele tomou um gole de sua cerveja e isso aliviou sua garganta. 'Eu senti falta disso.' Ele deu outra olhada ao redor. Alguns caras estavam de pé, conversando enquanto seguravam suas cervejas. Casais estavam dançando ou tirando fotos juntos. Alguns estavam amontoados em um canto, fumando, já que as baforadas podiam ser vistas. "Como se não houvesse uma guerra acontecendo." Ele olhou de volta para seus dois amigos. - Lembre-se, vá com calma nas bebidas. Assim que ele disse isso, a garota voltou com mais cerveja.

- Obrigado! - Dahyun pegou outra cerveja. Jeongyeon suspirou e levou a cerveja aos lábios. Então ele sentiu seu braço cutucar e Dahyun sinalizou para Tzuyu. Ambos viram como o rapaz ficou congelado quando o barman estava falando com ele. - Parece que ele se mijou.- Os dois bufaram.

- E-eu sinto muito, eu não sei japonês.- Tzuyu deu um sorriso estranho.

- Oh! - A garota limpou a garganta. - Desculpe! Eu estava me apresentando. - Ela agora falava em coreano e Tzuyu ficou simplesmente espantada. - Meu nome é Sana, qual é o seu?

- T-Tzuyu.- Ele disse meio rápido. Sana percebeu o quão tímido o cara era, então ela não foi tão longe quando tentou flertar. Dahyun balançou a cabeça e tomou um último gole.

- Vou encontrar o banheiro. Ser seu apoio emocional não vai rolar.- Dahyun brincou e deixou Jeongyeon com um Tzuyu tímido. Jeongyeon olhou para a cena novamente e Sana estava agora encostada no balcão, seu queixo apoiado na mão. Tzuyu manteve os olhos no balcão, com medo até mesmo de fazer contato visual com ela. Jeongyeon queria rir, mas não queria estragar o momento para seu amigo.

Ele olhou em volta novamente. Não conseguia se lembrar da última vez que tinha ido a um bar. "Ah, certo." Ele esqueceu que era um alcoólatra deprimido há um ano. Estava feliz por estar melhor e poder se controlar agora. Terminou sua cerveja e olhou para a cerveja que Sana trouxe. "Acho que mais uma não faria mal." Ele pegou outra e tomou um gole.

Sua mente então vagou para Yeonjun. Ele não conseguia entender como seus amigos gostavam do cara, mas dele. Ele achou estranho como um japonês nativo era fluente em coreano. Sim, ele o ouviu dizer que aprendeu na faculdade, mas por algum motivo ele não acreditou. Embora, Sana, uma japonesa nativa, falasse com eles em coreano perfeito também. Mas Jeongyeon não a achou estranha. "Ela pode ser mestiça." Jeongyeon suspirou e tomou outro gole. Ele só sente uma vibração ruim de Yeonjun. O cara é todo sorridente e legal, mas Jeongyeon não confia em caras que são felizes. Felizes demais. Dahyun era uma exceção. Ele não machucaria uma mosca a menos que fosse necessário.

Seus olhos percorreram as poucas mesas. Ele viu alguém que estava sentada sozinha. Ele a observou enquanto ela tomava um gole de vinho. "Por que ela está sozinha em um lugar como este?" Ele observou alguns caras tentarem chamá-la para dançar, mas ela recusou. Um deles passou por ele após ser rejeitado. "Puta do caralho." Ele o ouviu murmurar. Jeongyeon não confiava em mulheres, mas não permitiria que fossem desrespeitadas. Ele cerrou o punho e depois o relaxou. "Eu não deveria causar problemas." Se Chaeyoung descobrir que ele entrou em uma briga de bar, Jihyo definitivamente não os deixaria sair novamente.

Ele tomou um gole enquanto mantinha o olhar nela. A garota apenas observava todos ao seu redor. Seu cabelo era longo, escuro e liso. Ela tinha um pouco de cabelo cobrindo seu rosto. Ela usava um vestido preto simples, tinha uma maquiagem leve. Então seus olhos olharam para cima, sem encontrar os dele. 'Aqueles olhos tristes.' Ele apertou os lábios. Por alguma razão, ele sentiu que queria protegê-la.

"Ela é como qualquer outra mulher." Sua mente disse e ele fechou os olhos. Ele se lembra de como se sentiu quando viu sua ex pela primeira vez. Ele queria protegê-la e ser seu herói. Ele seguiu em frente, exceto por sua mente, ao que parece. Ele abriu os olhos novamente e olhou para a garota. "Você é diferente?" Jeongyeon queria se aproximar dela, mas ele estava com medo. Ela poderia pensar que ele queria dançar com ela. "Eu não sou como esses caras desesperados." Ele se gabou. Ele não queria parecer assustador, então ele olhava para ela de vez em quando. "Por que esses olhos estão cheios de tristeza? Quem te machucou?"