Ninguém
- Argh! Por que ele não está respondendo? - Chaeyoung bufou irritantemente quando tentou contatar Jeongyeon. Ele já estava pronto, mas precisava saber quando pressionar. Ele trouxe Tzuyu e Dahyun com ele, pois sabia que eles ajudariam o amigo não importa o que acontecesse.
- Talvez esteja fora de alcance - Dahyun sugeriu, sentando-se no banco de trás com Tzuyu. Chaeyoung balançou a cabeça e tentou ligar para ele novamente.
- Não é. Ele provavelmente está com problemas.
Chaeyoung gemeu novamente quando o fone de ouvido apitou duas vezes, sinalizando que a outra linha não atendeu.
- Vou rastreá-lo.- Chaeyoung rapidamente puxou um dispositivo de rastreamento para os fones de ouvido. Tzuyu e Dahyun se entreolharam. Eles sabiam que Jeongyeon não era capaz de se machucar ou ser pego. Ele sempre foi cauteloso e alerta.
- E se Yeonjun o tiver? - Tzuyu murmurou e Chaeyoung suspirou.
- É possível. Jeongyeon suspeitou dele.- Os olhos de Chaeyoung brilharam quando ele encontrou sua localização. - Yeonjun pode ter cruzado a linha com isso.- Chaeyoung ligou o caminhão e saiu, seguindo o GPS do dispositivo.
×××
- Por que esse carro está tão devagar? - Momo estava olhando para o velho carro preto. - Ele está abaixo do limite de velocidade.
- Provavelmente é um velho, Momoring, não tire sarro dele.- Sana riu, tendo seu braço entrelaçado com o de Momo. Sana também olhou para o carro e ele estava indo terrivelmente devagar. Ela franziu as sobrancelhas e olhou para a frente do carro. Dois caras estavam andando lado a lado e Sana só podia especular uma coisa. - Eu acho que ele está seguindo aqueles dois caras.- Sana discretamente apontou para os dois caras que estavam do outro lado da calçada.
- Por quê? Eles parecem normais para mim.- Momo questionou enquanto tomava um gole de seu chá verde.
- Você nunca sabe, Momoring. Pode ser relacionado a gangsters.- Sana suspirou. Nesta pequena cidade, havia gangues em quase todos os lugares. Pequenas ou grandes, elas eram perigosas. - Vamos segui-los.
- O quê!? Você está louca!? - Momo puxou o braço de Sana e olhou para ela como se ela fosse louca. - O que nós vamos fazer!?
- Podemos ser testemunhas! - defendeu Sana.
- Não! Se for relacionado a gangues, não quero fazer parte disso. Além disso, podemos ser mortas! - Momo pela primeira vez tinha razão. Ela estava certa, mas Sana não deixou que isso a impedisse. A ideia dela era insana, mas ela sentia que precisava ajudar aqueles dois caras. Se eles acabassem mortos, provavelmente estariam no noticiário e ela teria que carregar a culpa de não ajudá-los.
- Como quiser!.- Sana bufou e continuou andando, deixando Momo perplexa.
- E-Ei! Volte! - Momo a seguiu, não gostando do que ela iria fazer.
×××
- Ele está demorando um pouco lá dentro.- Jaehyun deitou a cabeça contra a parede de tijolos.
Hiroshi manteve os olhos na porta, mas também estava ficando cansado.
- Você não acha que eles...- Jaehyun levantou a mão, seu dedo indicador e polegar esquerdos formaram um círculo, inserindo seu dedo indicador direito dentro. - Você sabia?
- Não quero pensar nisso.
Hiroshi respondeu, embora Junho não o entendesse, ele riu de sua cara de nojo. Jaehyun estava distraído demais para sequer ficar de olho em seus arredores. Hiroshi estava muito focado na porta. Ambos não olharam para trás, nem uma vez.
Eles não notaram ou sentiram que alguém estava se aproximando deles por trás. Rapidamente, um pano cobriu a boca de Jaehyun, fazendo-o soltar um grito abafado. Quando Hiroshi se virou, ele foi instantaneamente nocauteado por um soco no rosto. Ambos estavam no chão inconscientes.
- Você não precisava ir tão forte, Jungkook - Yeonjun estalou a língua. Jungkook estava ofegante e limpando o sangue dos nós dos dedos. De repente, um dos walkie talkies apitou, fazendo os dois olharem para baixo. - Como espiões de verdade.- Yeonjun riu enquanto se agachava, pegando o pequeno, agora danificado, rádio. Jungkook rapidamente amarrou os dois caras inconscientes. Ele cobriu a boca deles com trapos e Hiroshi acordou lentamente.
- Você está ouvindo? - A voz de Jeongyeon ecoou, fazendo Yeonjun sorrir. Ele se levantou e encontrou Hiroshi olhando para ele. Ele foi até ele, ajoelhando-se, levantando o walkie talkie até a boca coberta, apertando o botão. Hiroshi tentou gritar, mas é claro, foi abafado. Yeonjun não conseguiu conter o riso e recolheu o rádio.
- Jeongyeon! É bom ouvir você de novo.
- ... Quando... Yeonjun? - Sua voz rangeu e Yeonjun sinalizou para Jungkook levar os dois para o carro. - O que diabos você fez? - Ele podia ouvir a raiva em sua voz.
- Calma, Jeong, eu não machuquei seus amigos. Jungkook machucou! - Ele disse alegremente. - Agora - Sua voz baixou de repente. - Se você quer ver aqueles dois vivos, saia da casa, com as mãos para cima.- Ele ordenou.
- Nem pensar que eu faria isso.
- Ah? Tudo bem, vou atirar em seus crânios e a culpa será sua - Ele provocou e Jeongyeon rosnou.
- Você não vê o que está fazendo? - O sorriso de Yeonjun caiu, levantando suas sobrancelhas. Quase como se a realização o atingisse. - Sua irmã está comigo. Você está colocando-a em perigo.- Yeonjun olhou para a parede de tijolos à sua frente. Ele se esqueceu de sua irmã. - Você realmente quer que ela veja o que você se tornou? - Ele podia imaginar o rosto de choque dela. As lágrimas e as perguntas. Como seus pais reagiriam. De repente, ele balançou a cabeça.
- Como se eu desse a mínima! Você estragou tudo! Meu plano! Meu disfarce! Eu ia ser um herói! Finalmente fui reconhecido pelas minhas habilidades! É por isso que fui escolhido! - Yeonjun balbuciou.
- Um herói que traiu seu próprio país!?
Jeongyeon não conseguia acreditar no que estava ouvindo agora. Mina saiu do quarto, confusa sobre o porquê de Jeongyeon estar levantando a voz.
- Por sua causa, muitas pessoas do Japão perderão suas vidas! Isso não faz de você um herói.- Jeongyeon tentou argumentar com ele. Ele sabia que o velho Yeonjun estava lá. Ele não o conhecia, mas sentiu aquele silêncio antes. Yeonjun estava lutando consigo mesmo.
Yeonjun ficou em silêncio. Ele estava bravo, confuso, sobrecarregado. Por raiva, ele jogou o walkie talkie no chão, quebrando-o em pedaços. Ele saiu pisando duro e foi em direção ao carro de Jungkook. Jeongyeon não ouviu uma resposta dele e tentou falar com ele pelo rádio.
- O bastardo quebrou.- Jeongyeon enfiou o rádio no bolso, indo em direção à porta, mas parou quando a ouviu.
- Jeongyeon? - Sua voz era suave, cheia de preocupação e medo. Jeongyeon se virou e viu Mina com sua mala. Seu coração ficou pesado ao vê-la. Sabendo que seu irmão e namorado eram traidores de seu país. Duas pessoas em quem ela confiava e amava, ambos ficando cegos pela ganância. - Aquele era... Yeonjun?...
Duas pessoas em quem ela confiava e amava, ambas ficando cegas pela ganância.
Jeongyeon suspirou e jogou o cabelo para trás.
- Sim, foi.- Ele limpou a voz. - Não quero que você se preocupe com isso-
- O quê? - Ela perguntou incrédula, dando a ele um olhar. Jeongyeon foi pego de surpresa por sua reação. - Ele é meu irmão! Por que eu não deveria me preocupar!? Eu deveria estar ajudando ele! - Mina cerrou o punho. - Eu vou falar com ele.- Ela foi até a porta, mas Jeongyeon agarrou seu pulso. - Solte!
- Mina! Escute-me! - Jeongyeon tentou apertar seu abraço, mas Mina continuou lutando. - Escute! - Ele levantou a voz e segurou os dois braços. Segurando-a parada, seus olhos raivosos o encarando, sem perceber o quão perto eles estavam. - Seu irmão é perigoso. Ele pode te machucar. Ele não estava ele mesmo agora, eu sei.- Jeongyeon disse humildemente. - Estou tentando te proteger. Deixe-me lidar com isso.- Mina ainda estava olhando para ele.
- Você vai matá-lo, não é?
- O que-
- É isso que você faz com um inimigo, certo? Você os mata! - Ela levantou a voz, tentando escapar do aperto de Jeongyeon - Por que eu deveria confiar em você!? Você não é ninguém! - Jeongyeon ficou magoado com as palavras dela. Seus olhos se arregalaram ligeiramente e ele olhou para baixo. Ele tentou dizer algo, mas não conseguiu. Sentiu que se falasse, sua voz falharia. Eu não sou ninguém.' Ela está certa. Eles nem se conheciam. Ela tinha todo o direito de não confiar nele, mesmo que ele fosse um soldado aliado. Jeongyeon afrouxou o aperto e recuou. Ele não levantou os olhos do chão.
- Certo.- Sua voz ligeiramente seca, tentando evitar chorar. - Eu sou um covarde.- Ele riu de si mesmo. Chorar por tal coisa. - Eu não vou te impedir.- Ele piscou rapidamente e olhou para ela uma última vez. Ela ainda tinha chamas em seus olhos. Ele podia ver a carranca em seu rosto. Isso o machucou. Ele sentia falta do sorriso que ela lhe dava. Os olhos brilhantes sempre que faziam contato visual. "Você não é ninguém." Essa frase continuou se repetindo em sua mente enquanto olhava para ela. - Desculpe, senhorita.- Ele murmurou e saiu.
Ele sentiu a brisa fresca bater em seus braços expostos. Não o afetou, ele estava entorpecido até mesmo por sentir frio. Ele olhou para onde Jaehyun e Hiroshi estavam. Ele abriu caminho e viu os walkie talkies, um deles destruído.
Ele olhou para ele, sem emoção no rosto. Naquele momento, uma voz feminina o chamou.
- Ei! - Jeongyeon reagiu rapidamente sacando sua arma, apontando-a para as duas garotas. - AH! - Ambas se agacharam e tentaram se proteger. Jeongyeon voltou a si e as reconheceu.
"Elas não são...os bartenders?"
- Desculpe. Fiquei assustado.- Ele disse secamente e sacou a arma. As duas garotas espiaram os olhos abertos e se levantaram lentamente. - O que vocês duas estão fazendo aqui? Está ficando tarde.
- Nós vimos o que aconteceu! - Sana, é o que Jeongyeon assumiu, levantou o dedo. Ele levantou uma sobrancelha e a deixou continuar. - Os dois caras estavam sendo seguidos e ambos foram nocauteados por um cara musculoso!
- Eu sei.- Jeongyeon brincou. Sana sorriu sem jeito e assentiu. Ele fechou os olhos, pois se sentiu mal por ter sido rude com eles. - Você... pelo menos viu para onde o carro foi?
- Eu sei! - A outra levantou. Jeongyeon se lembrava do rosto dela, mas nunca soube seu nome. - Ele saiu da cidade, seguindo esta estrada.- Ela assentiu, orgulhosa de si mesma. Jeongyeon suspirou e reconheceu.
- Obrigado. Eu vou-
- Mãos ao alto! - Jeongyeon olhou para a direita e viu três soldados com suas armas em punho, apontando para as duas garotas. As garotas gritaram e novamente caíram de joelhos, implorando.
- O que diabos vocês estão fazendo? - Jeongyeon fez uma careta para os três. - Elas são inocentes, não assustem as mulheres desse jeito.
Enquanto ele dizia isso, Momo olhou para ele. "Como se você não fizesse o mesmo."
- Oh! Espere, são as bartenders do bar!.- Dahyun exclamou e tirou o capacete e a máscara. Tzuyu fez o mesmo e as duas garotas olharam para elas.
- Desculpem, moças.- Chaeyoung tirou a sua e fez uma reverência. - Achamos que nosso garoto estava em perigo.- Ele sorriu para elas e estava prestes a oferecer sua mão quando Dahyun o empurrou para longe.
- Aqui, deixe-me ajudá-la.- Ele sorriu para a morena. Tzuyu fez o mesmo com Sana, dando-lhe um sorriso tímido. Jeongyeon revirou os olhos e olhou para Chaeyoung.
- Vocês chegaram atrasados. Yeonjun está com Jaehyun e Hiroshi.- Ele os informou e Chaeyoung deu um tapa no rosto.
- Você não atendeu quando tentei ligar!
- Eu estava ocupado! - Jeongyeon defendeu-se e lembrou-se do porquê de estar ocupado. Seu coração ficou pesado novamente e bufou. - Tanto faz, temos que encontrar Yeonjun e trazer aqueles dois de volta.- Ele estava indo para o caminhão quando Chaeyoung o parou.
- E a irmã dele? - Jeongyeon congelou e olhou para a casa que estava alguns metros à frente deles.
- Ela está bem. Vamos.- Ele simplesmente disse, ganhando um olhar confuso de Chaeyoung. Ele olhou para os dois e eles deram de ombros. Chaeyoung foi para o banco do motorista e os outros dois tentaram entrar rapidamente.
- Nós nos encontraremos novamente! - Dahyun gritou para as meninas. - Lembrem-se de nós como seus heróis! - Dahyun jogou um beijo para Momo. Tzuyu estava espiando atrás dele, acenando para Sana. As duas meninas sorriram para a tolice delas, enquanto o caminhão lentamente desaparecia na distância.
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