Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Dose número 9

Eu não queria ir naquele baile e ter que encarar o meu chefe depois de tudo o que aconteceu. Eu ainda podia sentir os seus beijos em mim quando cheguei em casa naquele dia e Ayla obviamente notou a diferença alegando que eu estava "reluzindo". É, eu estava mesmo e por um momento me senti novamente como aquela estagiária cheia de esperança e apaixonada pelo grande Marcos Tavieira. Mas agora tudo parecia distante. Nossas vidas tomaram rumos diferentes, não nos dávamos bem e eu ainda estava mentindo sobre a identidade da Cinderela, que graças ao meu esforço, causou uma impressão tão ruim a ponto de quase ser barrada naquela editora.  

Marcos tinha aquela estranha mania de sempre complicar a minha vida e depois do Bruno, eu preferia ficar sozinha, jogada no sofá comendo meus nuggets de sempre. Isso seria de fato levado ao pé da letra se eu não tivesse aberto a minha boca gigante e contado para minha amiga eufórica. Obviamente Ayla surtou, me obrigou a ir na festa e ainda "tentar parecer provocante", nas palavras dela. 

Fazia um bom tempo que eu não me arrumava pra valer e eu odiava ter que concordar com a minha mãe, mas ela estava certa: Bruno conseguiu mudar bastante coisas em mim que eu involuntariamente deixei. Eu encarei a garota que o espelho refletia e arrumei o vestido vermelho que praticamente gritava "ei gatinho, estou aqui". Não foi tão ruim, na verdade eu estava feliz, muito. Talvez estivesse mais se não fossem por aqueles malditos saltos que eu sabia que em algum momento me obrigariam a largá-los para trás, mas de alguma forma eu me sentia viva de novo e desejável.

Naquele momento, uma briga interna surgia dentro de mim e Ayla piorava tudo com os seus comentários. O seu apoio exagerado ao novo casal me deixava tão ansiosa quanto estressada. Eu queria encontrá-lo naquele evento, tirá-lo para dançar e provocar o suficiente para que rolasse um beijo porém, a minha cabeça, sempre coberta de razão, me impedia de sequer olhar naqueles olhos. De qualquer forma, toda esperança se esvaiu assim que cheguei na festa e vi Amanda tentando jogar todo o seu charme para Marcos. Ele sorriu pelo canto da boca e eu comecei a sentir o efeito do salgadinho da esquina, o mesmo que eu havia comido minutos atrás.

Então ele tenta me beijar e depois vai direto chorar no colo da aranha pevertida?

Eu não estava nada bem e foi assim que comecei a beber. Na verdade nem me lembrava mais quando foi que dei o primeiro gole. Depois daquela festa de fim de ano, eu tinha prometido que nunca mais beberia na vida e só agora pude me lembrar de que depois do primeiro copo, a tequila parece água.

Eu encarei Marcos novamente se desviando da aranha venenosa enquanto ela corria atrás.

Dane-se ele, hoje quero ser o centro das atenções.

E pronto, a bomba para a noite desastrosa já tinha sido implantada.

Joguei meus cabelos para o lado enquanto eu rebolava no ritmo da música e ondulava os meus quadris. Não era tão difícil. A batida envolveu o meu corpo tão rápido que, aos poucos, comecei a sentir os olhares ao meu redor e o efeito do álcool que eu havia ingerido. Eu estava bêbada, e esse era o meu gás.

Volta e meia Ayla me encarava de longe dando uma rápida conferida no meu estado. Eu desci até o chão quando o ritmo do funk alcançou os meus ouvidos e gargalhei jogando a cabeça para trás. 

Que sensação maravilhosa, porque eu nunca tinha feito isso antes?

Eu não sentia mais os meus pés doloridos e apertados com os saltos. Eu só queria ser levada pela música e cair na minha cama no fim da noite esperando pela ressaca de amanhã e o mau humor do meu chefe idiota e gostosão. Eu balancei mais uma vez o meu quadril quando alguém me cutucou pelo ombro.

— Senhorita — chamou o garçom.

Ele trazia em uma das suas mãos uma bandeja cheia de bebidas e eu comecei a me perguntar o motivo dele ter interrompido o meu show.

Será que eu estava passando vergonha?

— Aquele senhor está lhe oferecendo um martini.

Ele apontou para o meio do povo e eu apertei meus olhos tentando enxergar. Minha cabeça rodava mais do que uma roda gigante e comecei a me perguntar se eu não tinha bebido demais quando enxerguei Marcos parado no balcão me encarando. 

Idiota, ta achando que isso é pro seu bico?

— Tem um papel e uma caneta aí, Arnaldo?

— Senhorita, o meu nome é Paulo — respondeu, me entregando o que eu havia pedido.

Eu apoiei o papel em minha mão e escrevi um pequeno recado.

— Aqui, devolve a bebida e entregue o bilhete — Ele concordou e eu sorri. — Obrigada. 

Paulo se distanciou e eu fiquei ali, esperando para ver a reação do Marcos. Depois de alguns segundos encarando o papel, ele levantou os olhos confusos para mim e sorriu intrigado. Eu não sei se me sentia satisfeita pelo fora ou triste por ter recusado uma bebida grátis, mas se ele queria passar o resto da noite com alguém, essa pessoa não seria eu. Eu voltei a minha atenção à batida da música e joguei os meus braços para o alto nunca me sentindo tão desejada. 

— Eu vi isso mesmo que você acabou de fazer?

Ayla se aproximou com Armane e sussurrou em meu ouvido.

— Dançar?

— Não, você simplesmente acabou de dar um fora no teu chefe — gargalhou. 

— Aaah — Eu olhei novamente para trás analisando a estatueta divina. — Não estamos na empresa.

— Mas ele não tira os olhos de você! Aproveita!

Eu olhei novamente para trás na intenção de analisar as opções, e ele estava lá, no mesmo lugar me encarando. E que olhar. Que corpo, que boca, que desperdício!

Mas já que ele estava admirando, porque não lhe dar um agrado?

Eu acenei com um sorriso no rosto e ele balançou a cabeça rindo da situação.

— Eu não acredito! — Ayla gargalhou. — O que a bebida fez com você, hein?

— Menos estrago do que ele poderia fazer — respondi. — Vou ao banheiro.

Eu me distanciei com dificuldade. 

Eu já não sabia quantos copos eu havia bebido, porém, foram o suficiente para que as luzes não piscassem mais como antes. Pareciam dançar no ar junto comigo e quanto mais eu andava mais a boate rodava. 

Ok Bela, talvez fosse realmente a hora certa para parar de beber. 

Eu me apoiei nas paredes tentando me equilibrar no meio daquele redemoinho de gente quando, por um ato divino ou não, tropecei nos meus próprios pés.

Droga de sapato!

Meu corpo se inclinou para frente e antes que a vergonha fosse concretizada, senti duas fortes mãos me puxando de volta. Demorou para que eu entendesse o que estava acontecendo. Eu estava a um centímetro da boca do Marcos no momento que a vi subir e formar um sorriso safado.

— Olá problema!

Ora ora, o que temos aqui...o senhor Marcos Babaca Tavieira.

Eu ignorei aquele hálito quente que penetrava minha pele e joguei a cabeça em seu peito tonta demais para me manter em pé.

— O que você quer? Cansou da sua amiga?—  resmunguei. — Quero que fique bem claro que assim que eu conseguir me manter em pé sozinha, você vai tirar suas mãos de cima de mim.

— Tem certeza que é isso que você quer? — respondeu, me apoiando contra a parede.

Eu encarei seus olhos azuis tentando afastar a confusão que se formava em minha mente. Meu corpo não podia me trair agora, não mesmo.

— Deveria tomar mais cuidado anjo, os caras lá fora não param de te comer com os olhos — Suas mãos acariciaram o meu rosto e uma pequena preocupação fez com que suas sobrancelhas se unissem.

— Você é um deles, certo? — Eu sorri. — O que isso te importa? Se eu quiser, eu posso ficar com qualquer um, você não manda em mim.

— Eu te conheço Isabela e sei que você provavelmente nunca fez metade das coisas que aqueles caras gostariam de fazer com você. Vêm, você precisa comer alguma coisa. 

Marcos me puxou por entre a multidão contra a minha vontade. Eu queria ficar ali, com ele, por mais que eu não quisesse admitir. Eu passei por Ayla que rapidamente me lançou um sorriso e depois Amanda, que grudou o seu olhar em nós. Ela apertou os olhos furiosos para mim e então lancei para ela um beijo no ar, o suficiente para que ela me odiasse pelo resto da vida. Eu o segui para fora do prédio e assim que pisei na calçada, senti os primeiros pingos de chuva tocarem o meu nariz, me obrigando a parar. Marcos me encarou, confuso, enquanto eu mantinha a cabeça para cima, voltada para o céu e sentia aquele gostinho de infância me invadir. Eu estava bêbada, nostálgica e tudo o que eu queria era esquecer a minha vida problemática, mesmo que fosse com o cara que eu aprendi a odiar durante anos.

— Acho que vai chover —  sorri. —  Vem, dança comigo!   

— O que??

Eu o arrastei para o meio da rua, praticamente deserta e girei o meu corpo sob os pés enquanto ignorava os fotógrafos na entrada do evento e sentia aquela sensação gostosa da água gelada contra o mim. Eu tinha me esquecido de como era bom. O vento contra o meu rosto, os pingos sob a pele como se pudessem lavar a alma e levar embora qualquer preocupação enquanto eu estivesse me movimentando contra ela. Lá dentro, o som da música animada chegava até a rua me dando ainda mais gás para aproveitar aquela sensação de liberdade. Marcos observou os meus movimentos,  parado no meio da estrada, feito um espectador, deixando a curiosidade e alegria invadir o seu olhar. Um enorme sorriso abriu em seu rosto quando ele finalmente decidiu se aproximar, chamando minha atenção para si. Assim que nossas mãos se tocaram, o ritmo mudou.

Meu chefe me puxou, apertando o seu corpo contra o meu, no momento que a chuva leve começou a tomar forma.

Nada além da música era capaz de cortar o silêncio entre nós dois, e naquele momento, a única coisa que eu conseguia pensar era na merda que eu estava prestes a fazer. 

— Você é a mulher mais complicada que já conheci — sussurrou. — Eu quero você Isabela, mas não assim.

Ele desenhou o contorno da minha boca com a ponta do dedo e se inclinou, encostando a testa na minha. Marcos fechou os olhos, relutante, e eu fiquei ali, escutando nossas respirações ritmadas. Quando nossos olhos se encontraram novamente, ele avaliou cada centímetro da minha boca, deixando claro tudo o que sentia por mim. Eu podia sentir o fogo se propagando pela minha pele e aquela proximidade me incentivava a acabar com aquela tensão e puxá-lo para mais perto, mas ele era cavalheiro demais para me beijar bêbada e eu sabia que tanta espera me deixaria frustrada no fim da noite. 

— O que você está fazendo com a minha cabeça, senhor Tavieira? — sussurrei, roçando os meus lábios nos seus, numa tentativa desesperada de fazê-lo mudar de ideia e consumir com aqueles centímetros de distância que me separavam da terra ao paraíso.

  Gotas de chuva começaram a cair mais forte quando ele finalmente cedeu ao sentimento e trouxe a sua boca para junto da minha com a mesma urgência que eu. Eu estava tão fascinada e embriagada que não tive forças para parar. Eu não queria parar. 

E essa foi a última coisa que me lembro.

Olá amores, tudo bem? Mais um capítulo pra vocês, espero que gostem. Não se esqueçam de comentar e votar! Beijão ♥️

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro