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Enquanto subia os degraus da longa escada caracol, eu pensava no porquê de Darcy estar tão apreensivo. Não me vinha outra coisa à mente além de ele querer terminar comigo. Era irreal, eu sei, como Darcy terminaria tudo depois do que passamos para ficarmos juntos? Não fazia sentido. Mas, naquele momento, analisando as possibilidades... Chutei essa ideia com um coice mental, ele não faria isso comigo. Não por uma crise de ciúmes boba dentre tantas outras. Meu namorado era sensato, mais do que eu, para falar a verdade. Com um suspiro agoniado, bati na porta do quarto, ouvindo um "entra Lizzie" soar através da porta de madeira.

Hesitante, fiz o que ele pediu, encontrando-o de costas, enxugando os cabelos escuros em uma toalha. Darcy vestia uma regata preta, contrastando com a cor pálida de sua pele. Fazendo meu coração doer de tão lindo que ele era. Quando se virou, seus olhos azuis pousaram em meu rosto abobalhado e aflito. Darcy sorriu, vindo em minha direção, seus braços envolveram minha cintura e não consegui suprimir um ofego de alegria.

Minha Lizzie, você tem noção do quanto eu te amo? — frisou o minha, fazendo meu coração derreter.

Pisquei, sem saber se ouvi direito.

— Como? — perguntei inutilmente.

— Eu te amo. — insistiu, pegando meu rosto entre as mãos. — Você sabe, não sabe? Eu odeio brigar com você, discutir por qualquer motivo. Eu não ligo para nenhuma outra garota e mesmo que seu ciúmes me irrite um pouquinho às vezes, eu não levo a sério. Porque você é a garota perfeita pra mim, Elizabeth Bennet. — ao concluir estava quase sem fôlego, pois toda a segunda parte foi dita de uma só vez.

— Não está bravo? — eu o olhava com a confusão estampada no rosto, tanto que Darcy logo percebeu meu estado.

— Claro que não.

— Pensei que iria terminar comigo... — iniciei, sem conseguir controlar minha língua. Eu não deveria dizer nada, visto que ele obviamente não faria essa tontisse.

— Terminar com você? — sua voz grave subiu no mínimo um semitom. 

Ao passo que seus olhos me engoliam, exigindo respostas.

— Sim. — já a minha não soou nada além de um chiado.

— Por que eu faria essa loucura? — Darcy me puxou para a cama, sentando-me confortavelmente e ocupando o espaço ao meu lado

Tudo sem soltar minhas mãos.

— Você não me ligou o dia todo, sumiu, eu não sabia onde estava e nem o que achou da nossa "conversa" de hoje cedo... — despejei, fazendo aspas com dedos em conversa. Com minha insegurança gritando descontrolada.

— Amor — ele me cortou sem que eu completasse meu surto —, eu jamais terminaria com você. — seus dedos longos tocando gentilmente a pele do meu rosto, deixando um rastro quente por onde deslizavam. — Eu te amo, você precisa parar de atribuir qualquer atitude incomum minha como um motivo para terminarmos. Não é porque talvez tenhamos discutido por algo que eu vá terminar nosso namoro. Sabe o quanto lutamos para ficarmos juntos, por que eu terminaria com a única garota que eu amei e continuo amando?

— Eu não sei, foi tudo tão estranho. Me desculpe. — pedi, por fim, sem saber o que argumentar ao meu favor.

Nesse instante Darcy passou as mãos pelos cabelos, exasperado. Uma sombra escura dominou seu semblante, deixando-o repentinamente muito sério e preocupado.

— Eu que tenho que te pedir desculpas, mais uma vez estou deixando meus problemas atrapalhar nosso namoro. — jogou, soltando minhas mãos e virando para frente. Sua postura enrijecendo, eu podia ver os músculos definidos das costas tencionando por baixo da camiseta de algodão. Ele cruzou os dedos no meio das pernas e abaixou a cabeça. — Meu tio está doente, muito doente, câncer em fase terminal. Eu tenho que decidir se enviamos ele pra cadeia assim mesmo ou permitimos que faça tratamento e permaneça em liberdade. Ao menos pelo resto do tempo que lhe resta de vida. — Darcy expirou lenta e profundamente, voltando os olhos azuis que eu tanto amo para mim.

Dava para sentir a angústia que emanava deles, estavam mais brilhantes do que nunca. Como se ele estivesse fazendo um esforço hercúleo para não chorar. Afaguei seus cabelos ainda úmidos do banho e deitei delicadamente sua cabeça em meu ombro, deixando um beijo por cima da franja escura que lhe caia sobre a testa. Darcy era tão lindo, eu não enxergava muito bem o que ele via em mim. Eu era bonita, não me achava uma baranga nem nada. Mas é que tudo nele era tão... Perfeito. A perfeição dele me deixava meio zonza. 

— Me conta os detalhes, duas cabeças pensam melhor do que uma, não é o que diz o ditado? — tentei descontrair e também fingi não estar surpresa pela descoberta do paradeiro de Eduardo, o homem que quase transformou minha vida num inferno.

Além de ter me feito ficar parecida com a dupla Chitãozinho e Xororó, abafa. Fingi tanto que até me convenci de que não estava agoniada com tal descoberta. Eu precisava compreender o que aconteceu e com o que Darcy lidava no momento.

Acho que minha farsa funcionou, porque Darcy abriu um sorriso largo e quase feliz. Depositando um selinho nos meus lábios, antes de começar a relatar todo o ocorrido de hoje e a razão de ele ter sumido durante o dia. Ouvi em silêncio, apenas sacudindo a cabeça vez ou outra, ou murmurando alguns arrãns, urrum, certo. Para que Darcy entendesse que eu estava atenta, porque eu estava.

A história é a seguinte, o tio dele, Eduardo — vulgo o sumido — que mandou George me sequestrar e depois desapareceu no mundo. Foi encontrado em um hospital com documentos falsos, esperando um tratamento gratuito do SUS para o câncer no estômago, estágio 4 com metástases. O advogado que ajudou Darcy a descobrir as safadezas desse mesmo tio, entrou em contato mais cedo com ele para dar a notícia. Fitz ainda não sabe, Georgiana também não. Ninguém sabe, somente eu, agora. Darcy está ponderando se conta ou não, afinal, estamos todos bem, não falamos muito sobre o ocorrido ou no fato de um cara descompassado estar a solta por aí. Sem dinheiro, mas a solta. Ou seja, tudo virá a tona novamente, o mesmo assunto que fizemos questão de enterrar. Além disso, por mais que Eduardo seja um cretino, permanece sendo tio dos dois. O que dificulta a decisão. Na real, Darcy não me falou essa parte, mas acho que está com medo de optar por ajudar o tio — que, querendo ou não, como falei, é família — e me magoar. Porque né, ele mandou George me sequestrar, já falei essa parte. É pura especulação, no entanto, conhecendo-o como eu conheço, boto minha mão no fogo por essa hipótese.

— Vida, olha pra mim — chamei sua atenção, pegando seu rosto entre minhas mãos. — Você é bom, sei que não vai tomar a decisão baseado em ressentimentos egoístas ou uma vingança que não vai levar vocês a lugar nenhum... — sentia-me confiante de que iria dizer e fazer a coisa certa, deixando de lado meus próprios sentimentos muito egoístas de vingança. Ignorando a vontade que eu sentia de que ele queimasse no mármore do inferno. — Eduardo continua sendo seu tio e eu sei que nem você, nem a Gi e muito menos o Fitz vão querer carregar na consciência uma decisão impensada. Você precisa contar a ambos e após, permitir que seu tio tenha uma vida confortável até o fim. — finalizei, firmando a voz para não demonstrar fraqueza ou dúvida.

— Mas e você... Ele te machucou... — Touché. Colei meu indicador em seus lábios, impedindo que concluísse o raciocínio.

— Sei o que está pensando e acho muito digno da sua parte pensar em mim. — expliquei, deixando claro que eu apreciava a genuína preocupação dele comigo. — Mas não, eu também não quero carregar o peso de ver alguém morrer à míngua na cadeia. — fitei seus olhos, buscando algum sinal de alívio e foi o que encontrei. Darcy já queria tomar essa decisão muito antes, talvez o que eu diria quando descobrisse sobre ela fosse o motivo de tanta aflição.

— Eu te amo, obrigado por me apoiar. — e seus braços circundaram minha cintura com efusão. Darcy afundou o rosto no vão do meu pescoço e eu alisei seus cabelos. Confortando-o ou tentando dada as circunstâncias.

— Eu também te amo, pode contar comigo pra tudo. Eu sempre vou te apoiar. — prometi, ainda que sem saber ao certo a extensão da minha promessa. 

Por hora pareceu o certo a se dizer.

— Me ajuda a contar aos dois? — perguntou, sussurrando na minha pele. Eu poderia ter ficado arrepiada com o contato. Tá legal, eu fiquei arrepiada com seus lábios tão perto do meu pescoço. Contudo, não era o momento para dar vasão àquilo. Darcy estava vulnerável e não continha segundas intenções nesse gesto. De modo que eu foquei no que era necessário e não nas reações do meu corpo quando ele ficava tão próximo de mim.

— Vamos, melhor falarmos logo. Até porque, o Fitz e a Gi também têm o direito de opinar.

— Eu sei... — um suspiro, seguido de um muxoxo sucedeu sua afirmação. — Me desculpe por ter sumido durante todo o dia, eu fui ao hospital ter certeza se era meu tio mesmo. Ele não me viu, estava dormindo — semimorto — acrescentou rapidamente. — Eu quis que você fosse comigo, mas o horário de visitas já iria terminar, por isso eu corri direto da faculdade. Não pensei em nada, desculpe mesmo, Lizzie. Prometo te compensar por ter te feito pensar coisas estranhas e...

— Ei, calma. — eu ri, aliviada por descobrir o porquê do sumiço dele. Tentando manter a resolução de que eu o apoiaria, que era o correto a se fazer diante das possibilidades. — Está tudo bem, vamos ficar bem. — afirmei, deixando um beijo rápido em sua boca. 

Quis aprofundar o beijo? Quis, e como eu quis. Mas não era o momento ideal para lidar com meus hormônios descontrolados.

— Eu te amo, minha Lizzie. Você é tudo o que eu sonhei pra mim. — foi sua resposta.

E, quando estava se inclinando lentamente sobre o meu corpo, visivelmente com segundas intenções. O que eu claramente gostei muito, diga-se de passagem. Gigi irrompeu pela porta com o telefone nas mãos. Fitz logo atrás tinha os olhos arregalados e parecia muito nervoso.

— O ti... quero dizer, Eduardo, acabou de falecer. — Gigi decretou, mordi os lábios, sem saber o que sentir ao ouvir essa informação.

Era aquilo, estava acabado.

___

Mais um capítulo. Eu revisei, mas se passou algum erro eu corrijo de manhã. Porque já está bem tarde hahaha!

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